Na Praia, Sozinhos

Um conto erótico de Primo
Categoria: Gay
Contém 1672 palavras
Data: 18/05/2020 00:59:35

"Amanhã?"

Eu ouvi o telefone desligar e um suspiro antes que ele abrisse a geladeira. Estranhei que tivesse pego o vinho. Meu primo não era de beber. Muito menos perto de mim. Desde pequenos, por atritos ou desavenças familiares, nunca fomos próximos. Ele era muito mais forte que eu. Mais bruto, rude. Porém algo nele me atiçava. Mais jovem, ainda não entendendo, gostava de sua presença. E nossas lutinhas na cama de vovó, nas jantas familiares, tornaram-se mais constantes conforme o tempo passava. Eu me aproveitava da sua vontade de brincar de lutador. Ele fazia boxe. Eu nunca me importei com esportes nem achava nada interessante. Porém, especificamente com ele, tudo ficava. O suor ficava interessante. O cheiro de suas meias roçando de leve nas minhas bochechas. Deixava que ele me imobiliza-se e nem fazia força. Quando pressentia que ele se achava dono de mim, invertia os papéis, minha virilha próxima de sua bunda gorda. Era assim que eu via. Uma bunda gorda e branca. Gulosa.

Mas ele não tinha ainda o odor de um homem feito. Me atrai por outras meias e cuecas. De primos e tios mais velhos, com mais experiência. Um dia, em meio as nossas brincadeiras de final de semana, revelei "Sou vilão, nada me derruba. Meu único ponto fraco é chulé!"

Não precisou muito. Atirei ele contra o sofá, o coração aos pulos, esperando que ninguém subisse as escadas para nos vistoriar. Ele divertindo-se pensando me derrotar, enfia os pés em mim, e eu consigo disfarçar no chão enquanto me deleito por entre as solas. Mas não sinto quase nada.

Ele gostava de andar de chinelo, os pés sempre ventilando. Sentia raiva nesse momento. Queria ele suado, transpirando masculinidade perto de mim. Não aquele terrível cheiro bom de sabonete.

"Você nunca usa tênis?" Perguntei, um dia na rede. Mostrei a ele como dormiam as pessoas em navios. Fiz a rede de navio e me virei. "Você põe seus pés pra cá e eu ponho os meus pra aí".

Tirei meus tênis e tentei aproximá-los ao máximo de seu rosto. Vai que ele se descobre podólatra também? Nada.

Ele logo se cansou, achando a brincadeira monótona. Eu ainda tentei cheirar alguma coisa quando ele saiu da rede, por entre o tecido. Mas tive que me contentar com minha imaginação durante anos.

Crescendo, descobri meu interesse por homens. Perdi o contato (e algumas lembranças) com meu primo. Achava que ele cresceria um homem grosseiro e feio. Porém, nos encontramos quando eu tinha 19 anos e ele 18. Levei um choque. Nunca mais havia reparado nele em fotos.

Não estava estonteante nem lindo. Mas era um homem feito. Barba no rosto,as feições bruscas porém bonitas. O nariz era delicado e largo. corpo forte, mas não definido. As mãos ainda delicadas. As pernas grossas e peludas. E os pés...com tênis. Como seriam seus pés agora?

Nas noites seguintes, fantasiei loucamente com meu primo nu. Sem meias.

Tratei de me reaproximar. E, conversando, descobri um homem bem mais acessível. Ainda era resguardado, mas gostava da minha companhia. Fui almoçar com ele algumas vezes. A casa vazia, os pais fora. Ele andava descalço, mas não me atrevi a olhar para baixo. Depois de muito papo, sentamos em sua cama para ver alguns vídeos. Ele estava longe do computador e esticou a perna para dar play apertando a tecla de espaço.

Pude ver, quase que em camera lenta, ele mordiscando os lábios, concentrado, enquanto seu dedão curvava, seu pé esticado ao máximo descendo com precisão em cima da tecla. Pude ver com detalhes a marca do dedão por cima das outras teclas, o jeito como seus outros dedos apertaram-se nos quadrados do teclado. Presenciei aquele espetáculo a centímetros do meu rosto e fiz melhor do que me jogar ali mesmo: aguardei, silencioso. Sabia que, estabelecendo confiança, haveria oportunidade para algo.

Sai de lá com planos.

Alguns meses depois, no inverno, minha tia precisava ir à praia de tempos em tempos vistoriar sua casa e arrumar o jardim. Num almoço, despretenciosamente, me ofereci para ir. Porque não? O ar da praia poderia me fazer um bem enorme no meio do ano, sem falar que gostava de cuidar de plantas e queria dar uma volta no final de semana. E o carro?

"Você sabe dirigir, não é, primo?"

Ele fez que sim, sorrindo.

Aprontamos mochilas, ouvimos indicações e partimos, sem olhar pra trás. A viagem foi boa, batemos bons papos. Meu pau latejava dentro da calça ouvindo sua voz grossa e sentindo seu hálito fresco. Seu cheiro de homem. O final de semana prometia ser frio e chuvoso.

Fiz com que desse uma volta maior para chegarmos, queria chegar à noite e queria ele cansado, pronto para uma massagem.

Depois de descarregarmos tudo do carro e arrumarmos a casa, vi uma lareira. Liguei e coloquei vinho na geladeira. Depois fui tomar um banho. Quando sai vi ele falando com minha tia pelo telefone. A princípio, estavam vindo para praia também. Meu coração despedaçou-se. Todos meus planos por água abaixo. Porém, a conversa continuou.

"Amanhã?"

Logo após desligar, ele veio até mim e disse

"Podemos abrir uma, a tia acha que vem só amanhã de tarde ou domingo!"

Quase pulei de alegria. Me sentei no sofá depois de me secar. Ele ia para o banho e eu disse para tomarmos o vinho primeiro.

"Estava lavando meus tênis no box, está cheio de terra. Preciso tirar antes de tu usar". Não era de todo mentira, mas havia levado terra nos bolsos, antes de entrar. Queria um momento só com ele.

Ele riu e sentou no sofá. Bebemos e conversamos. Vi que ele não estava muito a vontade e disse para ele tirar os sapatos. Ele tirou, uma meia furada próxima do peito do pé.

"Sabe, eu ainda acho seu pé bonito"

"Como assim ,ainda?"

"Você não lembra quando a gente era criança?"

Lembrei de algumas coisas despretenciosamente, como se tivesse tirando sarro daquela época. Ele riu e falou que achava estranho mas gostava de lutar comigo.

"Dá uma relaxada aí" eu disse, colocando os pés dele em cima do meu colo e começando a massagear as meias. Ele hesitou mas continuou ali, esperando atento. Eu acabei puxando o papo para outras coisas e ele se distraiu com o vinho e as chamas da lareira. Comecei a tirar uma de suas meias lentamente, arrastando pelo seu pé macio junto de meus dedos. Fiz questão de puxar vagarosamente, fazendo ele espreguiçar-se e soltar um suspiro.

"isso foi bem bom, mas não precisa fazer"

Eu disse que fazia questão e que gostava.

Tirei a outra meia e pude finalmente contemplar seu pé. Inteiro. Grande. Os dedos com unha cortada, pequenos.A sola um pouco aspera, o peito do pé macio e o cheiro. Ele tem chulé. Mesmo que fraco, quase elegante. Mas cheiro de homem. Não me aguentei.

Coloquei seus pés apoiados no banco que estava sentado e me virei de frente para aqueles pés másculos.

"Sabe, eu sempre quis saber se tu tinha chulé. É meio estranho, mas eu meio que gosto."

Ele, um pouco ébrio, hesitou. Puxou os pés e falou, ríspido.

"Tenho. Mas eu não gosto de homem não!"

"Eu não quero ficar com você. Nem fazer nada. Só queria massagear seus pés. O que tu tem a perder? Se estiver ruim, eu paro."

Ele inclinou-se e falou:

"Você é estranho"

Mas nessas alturas eu já não me importava. Cheirei seus pés como nunca antes, com calma e intensidade. Pude finalmente esfregar meu rosto naqueles pés nus e suados. Aproveitei para passar minha barba em sua sola e arco. Ele gemeu e riu.

"É engraçado isso. Faz de novo"

Fiz. Duas, três, quatro vezes. Depois falei:

"Vou te dar uma massagem que você nunca vai receber de ninguém, aproveite!"

Suavemente, coloquei minha língua para fora e lambi toda extensão de seu pé esquerdo. Deixei que babasse bem e escorres-se até sua sola. Depois chupei seus dedos. Primeiro três. Depois dois. Depois só o minguinho. Beijei e passei a língua pelo minguinho e depois por todos outros dedos. Até chupar seu dedão, intenso, sugando, como um pau. E ao sair, fazendo questão de fazer barulho com a boca, e deixando um rastro de saliva, babei seu peito do pé, mordiscando.

Ele gemeu e tirou os pés, porém não os afastou.

"Na verdade isso é bom, mas eu..."

"Não tem problema. Ninguém está te vendo. Bebe o vinho aí e aproveita. Onde tu gostou mais?"

Ele se encostou de novo e eu passei a língua por entre os dedos, ouvindo crescentes gemidas. Quando descia ela pelo arco, chupando com os lábios sua sola e peito, ele respirava mais forte. Eventualmente, até fechava os olhos.

Fiz isso com o outro pé e comecei a chupar e massagear os dois com a língua. Passava de um para outro, sentindo aquele cheiro agridoce, suave e persistente, mesclando minha barba, minha saliva.

Vi que a calça do meu primo cresceu levemente de volume. Mas deduzi que ele deveria estar bastante confuso, então não me atrevi a fazer nada. Mas, em dado momento, estava tão excitado que coloquei meus pés com meia em cima de seu colo. Deixei eles ali, convicto de que ele não faria absolutamente nada com eles. Mas gostava da sensação de ele ter que encarar um pé masculino. Gostava de ver as mudanças nas suas narinas e sombrancelhas quando eu mencionava a palavra chulé, pé, meia. Gostava de imaginar que isso massageava seu libido.

Sentia o calor da lareira inundar minhas costas e as solas de meu primo, que estava agora completamente relaxado e suspirando forte, aproveitando cada milimetro chupado. Me atrevi a esfregar , como se fosse sem querer, meu dedão por seu mamilo. Ia bem de leve e saia, como se fosse sem querer. Até que senti sua mão direita segurar meu pé bem pelo meio, com certa firmeza e vontade. Senti seus dedos acariciando minhas solas enquanto minha meia era retirada vagarosamente e ele repousava meu pé nas suas coxas, próximo da virilha.

CONTINUA NA PARTE II

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