VIDA DE UNIVERSITÁRIO - Capítulo 3: Início do amor e desejo

Um conto erótico de Ferdinand Fiore
Categoria: Homossexual
Contém 1934 palavras
Data: 20/06/2020 16:47:50
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual

RENATO: Eu e Bianca brigamos mais uma vez. Ela fica com esses ciúmes louco, e isso tá me deixando mais louco ainda. Ontem discutimos feio. Foi a pior briga que tivemos desde que começamos a namorar.

Olhei para ele e percebi que realmente ele estava muito triste. Senti uma vontade imensa em passar a mão em seu cabelo, de lhe dar um abraço, porém me controlei. Falei algumas palavras para animá-lo, mas não foi suficiente. Fomos para a Universidade. Eu e os outros rapazes tentamos animá-los mais uma vez, porém ele estava realmente triste. Vimos a Bianca chegar e ela sequer olhou ou dirigiu uma palavra para nós e muito menos para o Renato. Isso acabou com ele. Esqueci de falar que ela não fazia Medicina, mas fazia Arquitetura.

Durante o intervalo conversamos e o Renato parecia um pouco mais animado, porém era notável a sua tristeza.

ARTHUR: Pessoal, o que vocês acham de sairmos num bloco amanhã? Vamos aproveitar o Carnaval!!

Sei que o Arthur fez essa proposta tentando animar o clima e o Renato. Embora não gostasse de pular carnaval, topei na hora, pois também queria animar o meu mais novo amigo. Combinamos e deixamos tudo certo para o dia seguinte. A aula terminou e eu e Renato pegamos o carro para ir embora.

RENATO: Fer, o que você irá fazer agora?

EU: Não tenho nada programado. Ia ficar em casa, arrumar algumas coisas do curso, mas nada muito sério. Por que?

RENATO: Posso ficar lá um pouco com você? Não tô muito afim de ir para casa, não quero ficar lá curtindo a tristeza. Preciso me distrair um pouco.

Nem preciso dizer o quanto me alegrei com a proposta. Falei que poderia ir sim e estava contente pela proposta dele. Antes passamos pelo supermercado, compramos algumas cervejas, aproveitei para comprar algumas coisas para comer ou preparar algo caso precisasse. Guardei o carro dele na vaga da garagem que tinha no prédio e subimos. Nem acreditava que passaria a tarde com ele lá no meu apartamento. No apartamento deixei ele a vontade, guardei a compra e liguei o aparelho de som numa rádio qualquer.

Sentamos no tapete da sala e começamos a beber e conversar. Busquei assuntos para tentá-lo fazer esquecer da Bianca e acho que consegui. Beliscamos algumas coisas de comer, rimos muito, ele quis saber sobre como era minha vida no interior de sp, o que fazia, sobre minha família. Contei tudo!!! Ele também falou sobre ele, sobre a infância, sobre o desejo dele em querer ser médico. Realmente estava uma tarde deliciosa ali com ele.

Estava um dia extremamente quente. Ele perguntou se poderia tirar a camisa e falei que poderia numa boa. Meu coração disparou ao vê-lo com aquele peitoral peludo ali na minha frente. O suor escorrendo do seu pescoço pelo tórax. As axilas peludas e a barba por fazer. Ele era um cara muito bonito e atraente. Não era o tipo de homem que fazia academia e era bombado, mas tinha um corpo maravilhoso. Só naquele momento me dei conta o quanto estava atraído por aquele homem. Que me sentia bem em estar ao seu lado não só por ele ser uma pessoa agradável e bonita, mas por estar me sentido atraído por ele. Ele realmente mexia comigo. Tentei disfarçar meu olhar para o corpo dele para ele não perceber o que estava sentindo.

RENATO: Você não está com calor também Fernando? Aqui tá muito abafado.

EU: Me desculpe, por enquanto não tenho ventilador ainda e nem ar condicionado.

RENATO: De boa, não estou reclamando disso não. Por que não tira a camisa também?

EU: Ah, não tenho o corpo legal como seu. Sou branquelo e não me sinto bem.

RENATO: Que nada cara!! Você tá bem! Mas fique da maneira que achar melhor.

Resolvi tirar a camisa também. Como disse anteriormente, sempre fui peludo desde a adolescência e um pouco acima do peso, mas num corpo sem muito exageros. Cabelos ondulados e castanho na época. Meus olhos azuis sempre chamaram a atenção. Pernas grossas e peludas.

Aproveitei e fui no quarto e coloquei uma bermuda. Ofereci uma para o Renato também, que não se fez de rogado e aceitou, se trocando ali na sala, na minha frente. Mais um momento que meu coração disparou... Ele estava com uma cueca vermelha e o volume era muito interessante...

A tarde voou, passou muito rápida. Mostrei minha coleção de cds, ouvimos muita música, rimos bastante. Nós dois ali juntos, de bermuda, descalços e sem camisa no meu apartamento, bebendo e conversando.... era tudo o que eu queria naquele momento, e estava aproveitando cada segundo. Já estávamos alterados com a cerveja e resolvi preparar algo para comer. Modéstia parte sempre me virei muito bem na cozinha.

RENATO: Fer, posso abusar da sua recepção e tomar um banho aqui na sua casa, enquanto você faz algo aí. Não sou muito bom na cozinha, mas prometo que lavo a louça depois. (risos)

Peguei uma toalha e lá foi ele para o banho. Minha vontade era entrar junto, vê-lo sem roupa, mas não poderia abusar. Não queria, de maneira alguma, perder a amizade dele por bobeira. Me concentrei no jantar que preparava. Já eram quase 19 horas. Marcos e Heloísa me ligaram querendo saber se tinha notícia do Renato, pois ligaram na casa dele e avisaram que ele não estava e que estavam tentando ligar no celular dele e nada. Contei para eles da nossa tarde e eles ficaram mais sossegados e felizes por eu estar tentando animá-lo.

Renato saiu do banho. Vi que ele colocou a sua cueca no meio da sua calça dobrada sobre o sofá. Isso era sinal que ele estava usando a bermuda que emprestei sem cueca por baixo. Seu corpo ainda estava molhado, as gotas de água escorrendo pelo tórax, por meio dos pêlos. Respirei profundamente!! Contei que Marcos e Heloísa ligaram e que provavelmente os pais dele deveriam estar preocupados com o sumiço dele. Ele contou que o seu celular estava desligado, pois ele não queria falar com ninguém. Mas convenci para que ele ligasse para os seus pais somente para tranquilizá-los.

Fiz uma macarronada com molho branco e bacon, assei alguns pedaços de carne com batata e, enquanto terminava de cozinhar, Renato ficou ao meu lado conversando. Resolvi abrir um dos vinhos tintos que tinha. Ofereci uma taça para Renato e peguei outra para mim. Tudo estava tão perfeito e queria que aquele dia não terminasse.

Jantamos, Renato elogiava o tempo todo a comida. Ele comeu e repetiu. Como prometido ele lavou a louça e aproveitei para colocar um cd que tinha acabado de comprar: The Cranberries (lançamento na época). Fomos para a sala e continuamos a conversar e com as nossas taças de vinho. Abri mais uma garrafa. Estava um clima perfeito e meu coração disparado com tudo aquilo. Renato estava olhando pela janela o movimento da rua.

EU: Estou gostando muito da nossa amizade! Você foi o primeiro amigo que fiz aqui no Rio e agradeço por isso.

RENATO: Também estou gostando muito da nossa amizade. Você é um cara muito legal. E obrigado por te me deixado ficar aqui hoje. Estava precisando de um momento assim com um amigo. Gosto muito dos meninos, mas o Arthur sempre está com a Heloísa, que é outra garota que admiro muito, e o Marcos sempre atarefado com o estágio dele. Acho que a nossa amizade começou numa hora perfeita.

Eu sorri nesse momento, pois sentia sinceridade por parte do Renato. Nessa hora começou a tocar a música “Linger”, sucesso da época. Renato sentou ao meu lado no sofá e ficou um tempo calado apenas escutando a música e bebendo o seu vinho. Também fiquei. Tinha vontade em tocá-lo, mas não queria estragar aquele momento e nem nossa amizade. Quando percebo Renato chorava. Eu não estava acreditando... Aquele homem lindo estava chorando ali na minha frente.

EU: O que foi Renato? O que aconteceu? Falei alguma coisa que não gostou?

RENATO: Estou lembrando da Bianca. Cara, eu realmente estou gostando muito dela e essa briga mexeu muito comigo. Não queria ter brigado com ela, mas os ciúmes dela e a desconfiança é demais!!!

Que raiva senti naquele momento, mas não demonstrei. Estava muito perfeito e não queria que ele lembrasse dela. Essa Bianca era uma garota idiota, como poderia deixar um homem daquele sofrer daquela maneira?

Num impulso do momento eu fui e abracei ele, sem afetação nenhuma e sem intenção nenhuma. Apenas fiquei com dó em vê-lo chorar ali na minha frente. Ele não recusou o abraço. Realmente era um amigo tentando consolar o outro. Sentia meu coração disparado e o corpo dele soluçando. Minhas mãos nas suas costas, sentindo o calor da sua pele começou a mexer comigo. Comecei a ficar excitado com tudo aquilo e morrendo de medo dele perceber, mas também não queria me separar dele. Estava gostando de estar abraçando, tocando em seu corpo. Meu pau estava extremamente duro e resolvi me afastar e coloquei uma almofada em cima da bermuda para disfarçar.

RENATO: Me desculpe Fer, por este papelão aqui. Mas foi impossível segurar.

EU: Tranquilo Renato, chore quanto for preciso. E no que puder te ajudar, conte comigo.

RENATO: Obrigado mais uma vez. Você realmente está sendo um grande amigo.

Ele deu um tapinha no meu ombro. Resolvi trocar o cd e colocar uma música mais animada.

EU: Vou aproveitar tomar um banho e já volto, ok? Fique a vontade aí...

RENATO: Vai lá!!

Precisava tomar um banho frio e baixar a excitação que estava sentindo. Foi inevitável não me masturbar embaixo do chuveiro. Imaginava beijando a boca dele, nossos corpos juntos, sentindo o seu cheiro e gosto. Gozei fartamente no azulejo e no chão. Recomposto voltei para a sala. Percebi que ele dormia no sofá. Toquei em seu peito para acordá-lo, mas continuava a dormir profundamente. Continuei com a mão em seu peito. Minha excitação voltou. Me ajoelhei ao seu lado e passei a admirá-lo. Queria beijá-lo. Deslizei a mão sobre os pêlos do seu peito, passei a mão na sua perna peluda. Quando fui passar a mão eu seu rosto, na sua barba, ele se mexeu e eu me assustei. Mas ele não acordou, continuou a dormir. Decidi não continuar com a minha investida e deixá-lo dormir. Liguei para a casa dos pais dele e falei que ele estava na minha casa e dormia. A mãe dele agradeceu por ter avisado e disse que não tinha problema em dormir por lá.

Fiquei por um tempo ali na sala ainda, somente observando o Renato dormindo e terminando o vinho da garrafa. Vi a sua calça dobrada e lembrei que sua cueca estava ali. Peguei a cueca e olhava. Resolvi cheirar. Senti o cheiro de homem, do seu pau, de suor que ali estava. Fiquei mais excitado ainda. Ele novamente se mexeu e me assustei. Guardei a cueca dele novamente no meio da calça dobrada e fui para meu quarto. Minha cabeça estava a mil. Eu estava gostando daquele garoto que dormia na minha sala, tão perto de mim. Pela primeira vez me dava conta dos meus desejos, da minha atração por outro homem. E desejava profundamente que tudo acontecesse realmente. O dia tinha sido perfeito e queria muito tê-lo pra mim, mas não poderia ir adiante, afinal ele gostava da Bianca, ele era hétero, e não queria, de jeito nenhum perder a sua amizade. Adormeci pensando em tudo aquilo.

No dia seguinte acordo com uma mão tocando em meu corpo, em meu tórax. Acordo assustado e reparo Renato sentado ao meu lado na cama e me olhando...

(continua....)

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Comentários

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Quero a continuação pra ontem...adorando cada vez mais...Bjs qrdo.

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Será que o Renato tá chorando por ter brigado com a namorada,ou por está se apaixonando pelo o Fernando?

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Está a cada vez mais envolvente!! Continue !!!

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Quero a continuação pra ontem...adorando cada vez mais...Bjs qrdo.

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