Figura Paterna 7

Um conto erótico de Mendler
Categoria: Gay
Contém 2564 palavras
Data: 22/06/2020 10:48:44

Capítulo 07: "Apaixonado" (parte 1) | Cassio

Eu fui acordado por meu pai se levantando da cama, eu não tinha o sono muito pesado, por isso sempre acordava quando meu se levantava para ir trabalhar, eu não me importava já que era uma oportunidade de vê-lo antes de ir para a escola, onde eu ficaria o dia inteiro.

- Bom dia! – eu disse me sentando na cama e me espreguiçando.

- Ah! Bom dia! Eu te acordei? Me desculpa.

- Não, dormiu bem?

- Sim e você querido? – ele se aproximou e me deu um beijo na testa.

- Também – me levantei e fui me arrumar no banheiro.

- Você sabe que não precisa se levantar comigo, você ainda pode ficar dormindo um tempo antes de ir para a escola.

- Sim eu sei, mas eu quero tomar café com o senhor.

- Tudo bem, vou descer e fazer o café.

- Okay!

Me banhei e me arrumei para ir para a escola, meu pai estava me esperando para tomar café comigo – Demorei? – disse.

- Não. Acabei de fazer o café.

Meu pai tinha melhorado suas habilidades na cozinha, principalmente depois que eu comecei a estudar, ele tinha o dia inteiro sozinho e precisava comer, eu apenas fazia o jantar para ele. Eu cozinharia para ele sempre, mas ele sempre fazia questão de fazer sua comida pelo dia, foi apenas com muita insistência que eu consegui tirar o jantar de suas mãos, ele queria mostrar que era capaz de ser um pai, mesmo não precisando.

Ultimamente eu pensava mais naquele assunto, para mim meu pai era meu pai, não Robert, mas o que compartilhávamos juntos era mais do que o que um pai e filho normalmente compartilham, eu devia o chamá-lo de Robert ou pai? Eu o amava demais, mas ele queria que eu o chamasse de pai, apesar de tudo ele ainda queria que fossemos pai e filho, aquilo de certa forma me fazia ficar triste, será quer ele me via apenas daquele jeito, como um filho?

Eu tive um dia completamente normal na escola, eu não podia acreditar que todo aquele tempo eu tinha medo de ir até lá, medo de meus agora, colegas. Eu não era muito sociável com a maioria deles, mas tinha alguns colegas de quem eu era próximo e ficava com eles passando o tempo entre as aulas.

Quando as aulas acabaram meu pai não estava me esperando, do lado de fora, ele era um dos únicos pais que vinham buscar o filho, a nossa fazenda era um pouco longe da escola, e meu pai fazia questão de me buscar todos os dias, além de ser um momento em que ficávamos juntos ele voltava trabalhar o resto do dia e só nos víamos no fim da noite quando jantávamos juntos.

Mas naquele dia ele não estava me esperando, ele já tinha se atrasado algumas vezes, mas nunca como naquele dia, todos tinham ido embora e eu tinha ficado lá, sentado na escadaria na frente das portas da escola, eu esperei, e esperei. Fiquei sentado esperando por meu pai por mais de uma hora quando percebi que ele não viria me buscar, fiquei triste e com raiva dele, mas eu conhecia meu pai, ele não faria uma coisa daquelas sem um motivo muito bom, e era aquilo que eu iria exigir dele quando eu chegasse.

Estava perto da metade do caminho quando entrei na estrada que ia para casa quando eu ouvi um carro se aproximando, eu conhecia aquele barulho era o carro do meu pai, quando me virei e voltei em sua direção, sim era a picape azul de meu pai, eu fui em correndo em sua direção e ele parou, mas quando eu entrei não era meu pai dentro do carro.

- George? – Eu disse quando o vi pela janela.

- Oi, Cassio tudo bem?

- O que você está fazendo aqui, e no carro do meu pai?

- Eu... é... ele teve um imprevisto e teve que ir para a cidade.

- O quê? Por quê?

- Eu... Não sei, ele só recebeu uma ligação e disse que tinha que sair e me mandou te buscar.

- Oh... Tudo bem – eu entrei dentro do carro e fechei a porta, eu sabia que meu pai tinha um motivo para não ir me buscar, quer dizer, eu não sabia o motivo, mas algo deveria ter acontecido, alguém havia ligado para ele, seria algo com Débora?

- Vamos indo então? – George disse.

- Tudo bem – disse e coloquei o cinto – como está o trabalho? - George continuou o caminho e ficamos em silêncio, estava incomodado com o silêncio, ou talvez eu só não queria pensar muito e me preocupar com mau pai e o que ele estava fazendo, então tentei começar uma conversa com George.

- Está bem, bem agora está mais cansativo, mas nada para se alarmar – meu pai tinha demitido algumas pessoas, ele deixou apenas as pessoas em quem ele realmente confiava e que trabalham na nossa fazenda há muito tempo. Desde que começamos a ficar juntos ele ficou mais desconfiado das coisas, e quando o próprio George quase nos flagrou ele ficou com medo de algo acontecesse e de que nos separassem de alguma forma.

- Sim, você deve ter mais trabalho agora com poucas pessoas, não é?

- Sim, mas eu não me assusto com trabalho, nunca fiz.

- George... quantos anos você tem?

- Eu? Eu tenho 19.

- Mas você sempre trabalhou aqui, com quantos anos você começou?

- Com uns quinze.

- Você terminou a escola?

- Não, eu pensei em começar a fazer a escola noturna, mas seu pai achou melhor eu não continuar – aquilo me fez ficar de coração partido, meu pai fez aquilo?

- O quê? Por quê?

- Ele disse que atrapalharia o trabalho.

- O quê?! – como meu pai podia dizer aquilo? Principalmente depois de tudo o que ele fez para que eu fosse para a escola, e logo com George, George via meu pai como um pai para ele.

- Isto não está certo George!

- Com assim?

- Você tem que ir na escola sim!

- Mas seu...

- Mas você tem que fazer isso por você, e não o que meu pai te mandou – George olhou para mim confuso e depois voltou os olhos para a estrada.

- Bem, já é tarde demais, então não tem precisão de...

- Não tem tempo para essas coisas, se você quiser fazer você apenas faz, a Débora está na faculdade e é um pouco mais nova que você, você nunca pensou em ir para a universidade?

- Eu...? – ele disse e gargalhou com se aquilo fosse quase impossível.

- Não ria!

- Desculpa. Se for para falar a verdade... eu já pensei em fazer veterinária por um tempo, mas isso nunca ia dar certo.

- Por quê?

- Eu nunca fui bem na escola quando eu ia e...

- Isso não é desculpa, é só você se esforçar – eu disse, ficamos o resto da viagem sem conversar.

George sempre olhou para mim como se eu fosse o filho mimado do chefe dele, e talvez eu fosse, talvez fosse inocência minha em pensar que ele poderia fazer faculdade, mas eu sabia que não impossível todos poderiam, meu próprio pai dizia isso para mim, como ele poderia dizer uma coisa para mim e outra para George?

Quando chegamos em casa George parou o carro para eu sair, mas antes eu segurei em sua mão e disse:

- Você pode fazer qualquer coisa se você se esforçar, e se você quiser eu posso te ajudar – ele olhou para mim – te... ajudar a estudar, eu não sou o melhor aluno, mas eu posso te ajudar se você quiser.

- Cassio, eu...

- Não precisa falar agra, pensa no assunto – eu disse e sai do carro e me aproximei da janela aberta – eu não sou o melhor aluno, mas posso tentar o meu máximo em tentar de ajudar, e eu também sei que minha escola também faz testes para o supletivo, para quem não estudou e quer ter o seu diploma.

- Nossa, Cassio eu nem sei o que falar, não sei se isso é para mim.

- Como eu disse, pensa no assunto, o que o meu pai disse para você não estava certo, eu vou falar...

- Não! Cassio, por favor não comenta nada com o seu pai.

- Por quê?

- Eu não quero o deixar mais frustrado ainda mais com o que anda acontecendo...

- O que "anda acontecendo"? – George olhou para mim, como se ele tivesse tido algo que não era para ser dito.

- Nada, não, só me promete que não irá contar para ele.

- Tudo bem, por agora – disse.

Quando meu pai chegou da cidade ele não estava com uma cara boa, não me respondeu quando perguntei o que ele estava fazendo, pelo menos não com a verdade, ele apenas disse que estava resolvendo alguns assuntos da fazenda. Naqueles últimos dias eu tinha cada vez mais a sensação de que alguma coisa era me escondida, primeiro com George, e agora com meu pai, que costumava contar tudo para mim, e qualquer que fosse esse segredo, era algo que não deixava meu pai quieto, ele começou a passar os dias avoado, como se estivesse pensando em alguma coisa mais importante, até quando estávamos juntos, as poucas vezes que estávamos juntos, ele começou a chegar cada vez mais e mais tarde em casa, e suas viagens a cidade começaram a ser mais constantes e mais demoradas, sozinho, eu pensava nas mais possíveis razão daquilo, e na maioria das vezes elas eram horríveis, eu só rezava para que nada do que passava pela minha cabeça fosse real.

Uma noite, meu pai tinha chegado cedo em casa, por um momento fiquei feliz, mas não durou muito, ele logo avisou que iria sair e que não tinha hora para voltar, ele beijou minha testa e foi para o quarto tomar banho, eu dei um longo suspiro, não lembrava mais a última vez que ele me dera um beijo, um beijo de verdade, um beijo apaixonado. Eu sentia falta de seu toque, de estar próximo a ele.

Eu subi as escadas, eu não queria estar longe dele, ele era meu pai e meu amante, a ideia de que estávamos nos distanciando passava pela minha cabeça sem parar, eu não queria aquilo, eu queria ele, queria meu pai. Quando cheguei ao quarto ele estava vazio, meu pai ainda tomava banho, ele estava virado para a parede, eu tirei minha roupa e entrei dentro do box com ele, ele se assustou com minha presença repentina.

- Cassio? – ele disse se virando.

- Pai... - disse nervoso, tínhamos compartilhado tantas coisas, mas estar ali, nu em sua frente, agora parecia algo estranho.

- O que você está... – eu o interrompi o beijando e o abraçando passando meus braços em seus ombros altos.

- Pai, eu estou com saudades – disse.

- O quê? Como? Estamos sempre juntos.

- Fisicamente, mas eu sinto que o senhor não está aqui, você está tão distante nesses últimos dias.

- Eu só estou ocupado é só isso – ele disse.

- Mas...

- Tudo vai se ajeitar em breve, eu prometo.

- Promete?

- Sim – ele disse, e me beijou, me senti feliz, senti falta daquele beijo, de seu toque, eu passei minhas mãos de seus ombros até a sua barriga e as abaixei até chegar em seu membro – Cassio – ele disse se afastando de meu corpo.

- O quê?

- Eu... Eu estou atrasado...

- Mas pai nós não...

- Eu sei, como eu disse, eu estou muito ocupado é só isso.

- Eu... – Meu ai pegou a toalha do lado de fora e saiu do box e do banheiro me deixando sozinho, me senti horrível, aquilo nunca tinha acontecido antes comigo, meu pai nunca tinha me rejeitado, especialmente não para aquilo, não queria encará-lo, não depois daquilo, esperei no banheiro até que ele saísse do quarto e de casa. Já seco eu me deitei na cama e fui dormi, demorei até pegar no sono, tantas coisas passavam pela minha cabeça, Eu via cada minuto passar pelo relógio, e meu pai não voltava, fiquei preocupado, fiquei triste, fiquei com raiva, chorei por sua recusa a mim, eu nunca tinha me sentido daquele jeito, tantas emoções passavam por mim ao mesmo tempo, será que era aquilo estar apaixonado?

Naquela noite meu pai chegou em casa no meio da madrugada e sequer tinha ido dormir, ele foi direto trabalhar na fazenda, eu fiquei acordado o tempo todo o esperando, eu pensei em diversas coisas para falar para ele quando ele voltasse, de como eu me sentia, e como aquilo estava sendo como um inferno para mim, mas quando eu ouvi a porta do quarto se abrir, toda a minha coragem se esvaeceu e eu apenas fingi que estava dormindo. Depois dos vinte minutos que ele ficou no banheiro tomando outro banho e se arrumando com cuidado para não me acordar ele saiu com a sua roupa de trabalho, aquele era a hora que nós normalmente acordávamos e conversávamos e tomávamos café juntos. Agora eu estava sozinho, enquanto meu pai se afastava cada vez mais de mim.

Depois de ter minha vontade de sair da cama tirada de mim eu finalmente dormi, estava cansado, de tudo o que aquele dia havia me proporcionado, eu apenas acordei algumas horas depois ouvindo meu nome ser chamado baixo, estava vindo do corredor.

- Cassio? – a voz dizia, eu havia acordado e me levantei da cama ainda zonzo, quando cheguei na porta ouvi meu nome ser chamado mais uma vez e no automático respondi – O quê? – quando me dei conta era George, ele estava na porta do meu outro quarto me chamando, ele achava que eu ainda dormia lá, quando percebi que estava apenas de cueca e no quarto do meu pai meu coração gelou, o que eu falaria?. – George? Eu...

- Cassio – ele se aproximou, sua testa e seu cabelo estavam suados, ele estava com seu boné em suas mãos – eu não tenho muito tempo, eu só queria avisar que sim.

- Sim?

- Sim, sobre o que conversámos antes, eu quero fazer o supletivo, eu quero sim cursar uma faculdade, eu quero ser um veterinário – ainda estava sonolento, demorou um pouco para lembrar de nossa conversa quando andamos de carro, com tudo o que estava acontecendo entre mim e meu pai eu havia esquecido daquilo, mas eu fiquei feliz, feliz por ele ter se tocado e feliz que agora eu teria algo para ocupar minha mente.

- Sério?

- Sim, você ainda quer me ajudar?

- Claro!

- Só que eu não tenho muito tempo livre, apenas a noite, eu trabalho com seu pai o dia inteiro.

- Eu posso pedir para ele de dar um tempo livre para...

- Não! Ele não pode saber disso.

- Por quê?

- É melhor assim, eu conto para ele depois da prova.

- Tudo bem, eu acho... Quando podemos nos encontrar então?

- Eu não sei.

- Meu pai saí na maioria das noites, você pode vir nesse meio tempo.

- À noite? Para onde?

- Eu não sei, e sinceramente, nem quero saber – disse, nesse momento George olhou para o meu corpo, eu percebi que estava completamente nu com exceção de minha cueca, ele virou a cabeça, tivemos um momento estranho, eu tentei me cobrir com meus braços, mas não adiantava de nada.

- Bem, eu, acho que... eu vou indo...

- Sim, nos vemos depois então!

- Sim!

Quando eu fechei a porta do quarto eu sentia minhas bochechas vermelhas de vergonha, eu voltei para a minha cama e me enterrei no edredom e pensei em nunca mais sair da lá, já que assim não teria que ver George novamente depois de ele ter me visto daquele jeito e no quarto do meu pai ainda por cima

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Comentários

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Então Cassio é adulto? Pena. Seria mais exitante com ele bem mais novo.

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COMO ASSIM? JORGE ENTRA NA CASA SEM SER CONVIDADO. QUE LIBERDADE É ESSA??? ESTRANHO ISSO. NÃO E ASSUSTARIA SE JORGE ESTIVESSE TENDO UM CASO COM O PAI DE CÁSSIO. MUITO ESTRANHO ESSE COMPORTAMENTO DO PAI DE CÁSSIO. SERÁ QUE ALGUÉM DESCOBRIU E O ESTÁ CHANTAGEANDO??? SERÁ QUE É O CÁSSIO? VEREMOS.

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