AREIAS DO DESEJO (SEM TEMPO PARA CHORAR)

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2615 palavras
Data: 22/06/2020 22:13:14

O tenente Grant, líder de uma equipe de Rangers da 101, retornava de uma patrulha nos arredores de Mossul, ávido por uma caneca de café e rosquinhas, ouvindo as risadas do primeiro-sargento Novak com as piadas repetidas do cabo Wellington, pensando em como seria bom um churrasco em casa, umas cervejas e uma companhia feminina …, Grant era um militar calejado e experiente, que fizera do exército sua razão de viver, muito antes dos eventos do onze de setembro. Agora, ele pensava seriamente, na oferta feita por um colega de formação para retirar-se das Forças Armadas e trabalhar na maior empresa de segurança privada do mundo, ACADEMI; afinal, foram anos de combates, patrulhas, emboscadas, uma medalha e alguns ferimentos …, era algo para se pensar.

O HUMVEE avançou para dentro dos portões da “Zona Verde”, e, finalmente, todos relaxaram um pouco; muitas canecas de café depois, Grant relaxava em seu alojamento, dividido com seus companheiros de equipe, ainda pensando na oferta pendente. As vezes ele sonhava …, sonhava com Suzana em uma tórrida noite de amor abundante e irreverente …, repentinamente, seu celular piscou, alertando que o pessoal do JSOC tinha uma urgência; gritou ordem de comando e saiu pela porta do alojamento, acompanhado de seus homens.

No Centro de Comando, o oficial de inteligência, cercado por um graduado “DELTA” e outro Marine, começou sua explanação; tiveram notícias que um grupo da milícia aliada ao governo havia sido emboscada em fogo cruzado na região mais ao norte da cidade. Novak mascou o palito que tinha entre os dentes e olhou para seu comandante com aquela expressão de “sobrou pra nós!”. Grant perguntou quantos estavam na tal milícia, e o “DELTA” respondeu:

-Eram uns seis …, mas, ao que se sabe, sobraram apenas três, e com pouca munição.

-Bem …, lá vamos nós! – comentou Novak, cuspindo o palito – Afinal, não existe dia fácil …, dia fácil foi ontem!

Em poucos minutos, Grant e sua equipe estavam fora da “Zona Verde”, rumando para o norte de Mossul; a cidade, àquela altura, era apenas um amontoado de escombros, prédios vazios, sobreviventes caminhando como zumbis e ameaça grunhindo nas esquinas. E neste clima eles foram recebidos ao entrar na região em conflito: com tiros de metralhadora e explosões de granadas de estilhaçamento. Derek, respondia com sua metralhadora sob o teto do veículo, enquanto Wellington buscava miras precisas para abater o inimigo. Grant olhou para o tablet com o localizador acionado e não demorou a apontar a direção para o resgate dos milicianos.

Estacionaram atrás de uma pilha de escombros e desceram em formação 5X1, com Grant a frente, seguido por Fridge, o especialista em armamentos, portando seu fuzil M-4 com bojo alimentador; acionaram seus visores noturnos e avançaram com cuidado; no trajeto alguns inimigos do Estado Islâmico foram abatidos, e logo, eles estavam no interior do prédio em ruínas que antes fora um hospital; Grant abriu o rádio e chamou pelos milicianos. “Estamos no necrotério; siga pela ala oeste e nos achará”, respondeu uma voz, aparentemente, feminina.

Dentro do necrotério, Grant encontrou o pequeno grupo acuado e quase sem munição; o chefe deles, um árabe alto e barbudo, chamado Aziz cumprimentou Grant e apresentou o que restara de sua equipe: outro sujeito forte e usando um velho uniforme da guarda real, era Kalil …, Aziz apontou para o outro membro e disse: “Esta é Laila …, e não se enganem com sua aparente fragilidade …, ela é a mais mortal de nós!”. Grant olhou para a mulher e surpreendeu-se com sua beleza; Laila era uma mulher lindíssima; mesmo vestindo uniforme de campanha e hijab, era impossível não ficar extasiado com aqueles grandes olhos escuros profundos e intrigantes e o rosto sóbrio que não sorria, mas emanava confiança.

Saindo do breve devaneio, Grant preparou a retirada do grupo; perguntou para Aziz se havia algum veículo que podiam usar; ele respondeu que atrás do prédio eles avistaram um utilitário TOYOTA, mas não sabia seu estado; Grant chamou Derek e mandou que ele verificasse; pediu que Fridge checasse o perímetro enquanto ele e Novak preparavam um plano de escape seguro.

Pelo rádio, Derek avisou que o utilitário estava pronto para uso; o grupo retirou-se do hospital, circundando a área do pátio interno, até chegarem ao veículo; Grant ordenou que Derek dirigisse e somente avançasse após sua equipe retornar ao HUMVEE. Minutos depois, o veículo de assalto avançava por trás dos escombros, até posicionar-se próximo do utilitário; o comboio seguiu em frente, liderado pelo HUMVEE; mais rajadas de metralhadora rasgaram o ar, atingindo ambos veículos. Realizando manobras de direção defensiva, Wellington conseguiu desviar-se dos tiros mais precisos, logrando escapar da área vermelha de ataque e rumando para a velha rodovia radial que apontava para a “Zona Verde”.

Tudo parecia bem, até surgir uma barricada com sérias ameaças ao grupo; Wellington girou a direção realizando um drift lateral e freando, servindo de anteparo para o utilitário que vinha logo atrás; todos saltaram e iniciaram uma longa troca de tiros com o inimigo. Fridge avançou para uma pilha de tonéis e de lá conseguiu alvejar alguns dos oponentes; Grant, por sua vez, tentou uma manobra pelo outro lado, mas um tiro de fuzil acertou seu ombro esquerdo, fazendo com que ele fosse ao chão; com uma dor lancinante, o Tenente Ranger, tentou ficar de pé, mas, não conseguia.

Repentinamente, uma mão segurou seu braço direito. “Venha, vamos para aquela elevação …, lá estaremos mais seguros”, disse Laila enquanto fitava o rosto do oficial; Grant retribuiu o olhar e sentiu algo diferente …, algo intenso! Com a ajuda, ele se levantou e eles correram até a elevação; nesta altura, Derek e Novak conseguiram abater mais inimigos, e Fridge arrematara com tiros precisos. Recuperados do assalto, todos correram até Grant. Ele estava sendo cuidado por Laila que estancara o sangramento com uma espécie de torniquete, improvisando uma tipoia.

Retornaram aos veículos e partiram, sempre atentos para novas ameaças. Foi uma longa estrada até a “Zona Verde”. Ao descerem dos veículos, Laila ajudou Grant, e juntos, foram até a enfermaria onde ele recebeu os devidos cuidados. Mais tarde, no alojamento, o tenente confraternizou com os companheiros, e todos encheram a cara de cerveja. “Tenente …, nunca mais faça isso!”, disse Novak com a voz embargada pelo álcool. Grant fitou o rosto marcado e barbudo do seu primeiro-sargento e sorriu.

-Se você continuar deixando de proteger meu traseiro, vai se arrepender Ranger – ele respondeu com um tom alegre.

Todos riram e relaxaram. Todavia, um toque em todos os celulares os chamaram de volta a ativa. Na sala do JSOC, o comandante Taylor estava presente, acompanhado do oficial de ligação, o mesmo DELTA de antes, mas sem o fuzileiro. “Sentem-se senhores …, Tenente, como está o ferimento?”, perguntou o comandante em tom formal.

-Estou bem, Senhor …, pronto para outra! – respondeu Grant que já se livrara da tipoia – Aliás, acho que essa é a razão para estarmos aqui, não?

-Sim, de fato, Tenente – respondeu o comandante, iniciando sua explanação – Bem, Senhores, o resgate que vocês efetuaram agora há pouco, tinha uma razão crucial …, a miliciana que vocês trouxeram tem informações muito importantes que precisamos analisar.

-Mas, essas informações não podem ser transcritas aqui – emendou o DELTA – Ela precisa ser levada para um lugar seguro …, ela precisa ser removida para Bagdá e entregue ao pessoal da Inteligência.

-E para isso …, precisam de nós, não é? – completou Novak, mascando o palito como de hábito.

O Comandante Taylor acenou afirmativamente com a cabeça, enquanto o DELTA desviava o olhar. “E quando partimos, Senhor?”, perguntou Grant, levantando-se da cadeira. O comandante olhou para o DELTA que fez um sinal para alguém que estava no canto da sala e não fora notado até o momento. A pessoa levantou-se e revelou sua presença para todos. Grant abriu um enorme sorriso ao ver o rosto de Sarah, analista de inteligência do exército que ele conhecia há um bom tempo. Ela sorriu de volta e fez sua apresentação, bem como a missão de transporte da miliciana, que ocorreria na manhã do dia seguinte.

Terminada a reunião, Grant foi cumprimentar Sarah e conversaram animadamente. “Grant, preciso te dizer uma coisa …, os dois sujeitos …, Aziz e Kalil …, não confie neles …, muito menos na garota …, tenho dúvidas quanto à fidelidade dela com sua nação! Portanto, tome muito cuidado!”, disse ela em tom sóbrio. Grant sensibilizou-se com as palavras da analista de Inteligência, e lhe agradeceu com um beijo na face. No caminho para seu alojamento, o Tenente observou Laila encostada em um poste de iluminação olhando para o céu.

-Esse firmamento é de tirar o folego, não acha? – perguntou ele, ao aproximar-se da jovem Iraquiana.

-Sim, é lindo …, e você, Tenente, como está? – devolveu ela voltando seu rosto para ele.

-Melhor …, bem melhor! – respondeu ele, fitando aqueles lindos olhos – Aliás, esqueci de agradecer seu apoio …, não fosse ele, eu estaria morto agora.

-Fiz o que devia ser feito, Tenente – respondeu ela assertivamente – Aliás, creio que fiz isso para assegurar que você volte são e salvo para sua esposa.

-Não tenho uma! E se ela existisse, provavelmente já teria pedido o divórcio! – retrucou ele em tom brincalhão – E você …, tem alguém em sua vida?

Laila fitou o rosto do soldado e permaneceu em silêncio por algum tempo; Grant ressentiu-se de ter feito a pergunta, já que parecia ser algo muito delicado para ela. “O irmão de Aziz, Khaled, era meu marido …, ele foi morto pelos homens do ISIS …, eles atacaram nossa aldeia, mataram os homens, estupraram as mulheres e levaram as crianças …”, contou ela, algum tempo depois. Grant ficou sem saber o que dizer; sentira que falar sobre aquele assunto era algo delicado para Laila, e ele não soube como lidar com a narrativa dela, limitando-se a abaixar e cabeça lamentando o evento.

-Não precisa ter pena de mim, Tenente! – prosseguiu ela com tom áspero – Quando chegou minha vez, eu consegui emascular um deles, abrir a barriga de outro …, até que eles me impediram …, não fui estuprada, mas, em compensação …, ganhei esta cicatriz!

Dizendo essas palavras, Laila retirou o véu e exibiu um enorme corte eu vinha do alto da cabeça até atrás da orelha. Grant ficou revoltado ao ver aquele ferimento cicatrizado. “Desgraçados! Como podem? São mesmo uns animais!”, grunhiu ele, rangendo os dentes. Laila ficou pensativa, pois as palavras de revolta do soldado tocaram seu âmago como há muito não sentia. Por um momento, teve um ímpeto de abraçar aquele homem e sentir-se segura em seus braços …, mesmo sabendo que não poderia fazê-lo, Laila não negou esse desejo.

-Tenente …, preciso lhe dizer algo – manifestou-se a miliciana, segurando a mão do soldado – Tudo que aconteceu comigo, não extirpou de mim a mulher, a fêmea …, meu marido era um bom provedor, mas em outros assuntos, ele preferia me ignorar …

-Porque está me dizendo tudo isso, Laila? – interrompeu Grant com um questionamento.

-Porque …, nem eu mesmo sei! – desconversou ela, soltando a mão de Grant e tentando afastar-se.

-Espere, por favor! – pediu ele, tornando a estender sua mão – Não vá …, há algo, não é?

Imediatamente, Laila atirou-se nos braços do soldado, e eles selaram um primeiro e longo beijo. Grant sentiu todo a seu corpo reagir ao beijo ardoroso da miliciana; eles se abraçaram, colando os corpos como se quisessem ser apenas um. “Há algum lugar aqui, onde possamos ficar a sós?”, perguntou Laila, em uma clara demonstração do desejo que ardia em seu interior. Grant pensou por um minuto, sopesando as consequências de um ato impensado e tempestuoso.

-Nesta área militar, penso que somente um lugar exista – respondeu ele, apertando corpo de Laila contra o seu – Mas, você quer correr o risco?

-Tenente …, para mim, viver é um risco! – respondeu Laila, exibindo o primeiro sorriso desde há muito tempo – vamos para onde você quiser!

Grant, então, tomou a mão de Laila e ambos caminharam em meio à escuridão; vaguearam por alguns minutos entre os contêineres estacionados na área de apoio, até chegarem ao seu destino: um velho galpão que servia para manutenção de veículos militares. Entraram e subiram ao mezanino onde ainda estavam as velhas camas de campanha usadas pelos mecânicos da empresa terceirizada.

Tal era o estado de excitação do casal, que a ação de ficarem nus era sobrepujada pelo desejo de beijos, abraços e carícias intermináveis. Ao ver Laila desnuda, Grant ficou extasiado, incapaz de reagir; a iraquiana era uma belíssima morena de corpo escultural, com seios de firmeza instigante e colo ensejador de milhares de desejos ao mesmo tempo; ela ficou imóvel por algum tempo, como permitindo que o militar norte-americano degustasse seu corpo como uma fina iguaria.

Grant deixou-se levar pelos sentidos, tomando Laila nos braços e levando-a para a cama; assim que ela se deitou, ele veio por cima dela, selando beijos quentes e molhados; ainda insaciável, ele desceu sua boca até os seios dela, sugando e lambendo os mamilos intumescidos que pareciam pedir por uma boca ávida. Laila gemeu baixinho, enquanto acariciava os cabelos do seu homem, sentindo-se plena de prazer naquele encontro improvável.

Sedento de desejo, Grant esgueirou-se, até que sua boca alcançasse o cálice quente e molhado de Laila; ele passou a lamber a vagina, divertindo-se com sua parceira se contorcendo como uma gata no cio, dominada pela língua hábil do macho. Laila colocou seus pés sobre os ombros do soldado, abrindo-se ainda mais para ele, permitindo que ele esmiuçasse com esmero sua intimidade quente e vibrante. A língua de Grant aproveitou a situação e explorou mais profundamente possível, chegando a tomar o clítoris entre os lábios, fazendo pressão sobre ele, e ouvindo Laila gemer e gozar caudalosamente.

Após uma sucessão de orgasmos proporcionados pela boca experiente do militar, Laila não se aguentava mais, balbuciando uma súplica: “Me possua …, faz-me mulher mais uma vez, antes que o mundo ou essa guerra acabem comigo!”. Grant ouve a súplica e volta a ficar sobre Laila, cuja mão habilidosa, conduz o membro rijo do soldado na direção de sua gruta ardente. E a penetração se opera como um encaixe perfeito, de modo que a vagina de Laila tivesse sido concebida para receber o membro grosso e grande de seu parceiro.

Os movimentos pélvicos do macho sucederam-se em uma cadência frenética, penetrando profundamente e fazendo Laila gozar como nunca …, ela sentia-se mulher e fêmea novamente, e mesmo que aquele encontro sensual jamais se repetisse outra vez, ainda assim, ela estaria realizada. Grant, por sua vez, estava liberando toda sua energia sexual reprimida há muito tempo; desde Suzana, ele jamais estivera com mulher e aquela experiência com Laila revelava-se única e especial, mostrando-se mais que apenas satisfação carnal.

Por muito tempo, eles copularam febrilmente; em dado momento, era Laila que cavalgava o macho, subindo e descendo sobre o membro rígido que não cedia ao seu assédio; por seu lado, Laila experimentou uma sucessão de orgasmos tão intensos que chegou a achar que era impossível, já que nunca sentira nada igual! Impressionava-se ainda pela incrível resistência física de seu parceiro, cujo desempenho era algo de insólito, não demonstrando qualquer sinal de arrefecimento de sua impetuosidade de macho!

O término daquele idílio sexual, deu-se com Grant tornando a saborear a vagina de Laila, enquanto ela matava sua vontade de sentir o membro do macho dentro de sua boca. E quando o soldado gemeu alto e balbuciou o anúncio da chegada de seu gozo, ela se preparou para receber a carga de esperma dentro de sua boca. Como o soldado há muito não liberava sua energia sexual, a pequena boca de Laila não foi capaz de suportar o volume de sêmen que foi lançado pela ejaculação vigorosa de Grant, mas, ainda assim, ela se deliciou em sentir o líquido viril lambuzando seu rosto. Finda a onda de prazer mútua, o casal quedou-se exausto, incapaz de esboçar um movimento sequer, adormecendo naquela cama de campanha, dentro do velho galpão.

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