A porta fez um pequeno som ao se abrir, mas ninguém se moveu, era cedo e a falta de maiores ruídos significava que tudo estava bem. Eu entrei em silêncio e fui direto para a minha cama. Aparentemente Lucius também estava dormindo e não me ouviu chegar.
Quando eu me deitei, um escravo que dormia próximo abriu um olho, era Telônius, aquele que, na minha chegada me ajudou no banho e me deu os primeiros esclarecimentos, eu fiz sinal de silêncio para ele, que sorriu e fechou o olho novamente. Eu adormeci também e acordei com os escravos em volta de mim, querendo saber como foi. Eu tomei cuidado com as palavras e evitei responder perguntas, então Lucius apareceu, percebi que não havia se arrumado ainda e, como era muito vaidoso, entendi que queria urgentemente conseguir informações.
- Telônius, disse para o escravo, Petrus chegou muito tarde? – Eu olhei para Telônius que, com muita calma, respondeu:
- Um pouco, todos já dormiam quando os guardas o trouxeram aqui. Arrisco dizer que chegou por volta da meia-noite.
- Por que demorou tanto? Ficou todo este tempo com nosso senhor? – Lucius, se voltou para mim mas eu calmamente respondi.
- Nosso senhor me deixou em uma saleta esperando enquanto resolvia um problema de última hora, me disse uma serva que me levou algo para comer e um pouco de água. – Aparentemente Lucius aceitou a resposta e foi até sua cama para, provavelmente, se arrumar. Telônius continuou em sua cama e, quando todos se afastaram para tratarem-se para o dia, ele me falou:
- Há poucos foi dada a honra de dormir com nosso senhor. – Eu supliquei, sem demonstrar medo ou preocupação:
- Peço que não comente com ninguém, pois isto pode complicar minha vida aqui. – E olhei para Lucius que entrava na banheira.
- Não se preocupe, nosso grupo já começa a te enxergar com um líder. Os dias de tirania de Lucius estão chegando ao fim. – Eu comentei com ironia:
- E se eu for um Tirano pior que ele? – Ele sorriu discretamente e falou em voz baixa.
- Este é um risco que terei que correr pois com você, será algo novo, com Lucius já sabemos como funciona e não queremos continuar nesta situação.
- Não almejo poder, Telônius, o que quero é que todos nós tenhamos uma vida mais digna, somos escravos e esta é, no momento, nossa sina, não precisamos além disto viver dias de terror e maldade. – Parece que ele gostou da minha (sincera) resposta e completou:
- Existe um grupo aqui, que é a maioria e pensa como eu, este grupo sabe que você salvou a vida de Decius... – Eu me assustei e falei:
- O Lucius não pode saber! – Telônius fez uma cara de tranquilidade, me acalmando e falou:
- Somente este grupo saberá, e durante o dia você saberá quais são.
Achei esta conversa muito boa, já tinha um grupo de apoio, o que me permitiria algumas manobras e um líder do grupo que os manteriam informados e em prontidão. – Mesmo assim, falei para ele:
- Excelente notícia, mas por enquanto evite conversas sobre meu nome para não chamar a atenção de ninguém.
Precisávamos neutralizar Lucius, não sabia ainda por quanto tempo eu conseguiria mantê-lo sob controle, se é que eu o mantinha, na minha opinião eu tinha tido muita sorte mas até quando a sorte iria me sorrir? Então bateram à nossa porta para as instruções do dia, Lucius falou com o nosso general e voltou dizendo:
- Nosso senhor receberá um importante integrante da realeza ibérica hoje e quer que todos nós estejamos à disposição. Eu vou servir ao nosso senhor e Petrus ao príncipe, vocês estarão circulando entre os visitantes, seduzindo-os da melhor forma, qualquer reclamação já sabem! – Então se aproximou bem perto de mim e falou em voz baixa:
- Sabe, Petrus, nosso senhor é muito generoso com convidados ilustres e se o convidado gostar da sua companhia ele o oferecerá como um presente. Quem sabe esta noite não é a sua última aqui? – E partiu andando de forma graciosa, como costumava fazer. Mas, de repente, se virou e voltou com um sorriso leviano em seu rosto.
- Ah! Esqueci de dizer que se o convidado não gostar de seus carinhos e reclamar ao nosso senhor, ele mandará tirar sua vida em respeito ao convidado. Convém você se esforçar ao máximo. – “Bom”, pensei, “vou seguir o conselho, melhor partir para a Ibéria que perder a vida aqui”.
Telônius esperou Lucius sair para vir até mim com um ar preocupado:
- Pode ser que esta seja sua última noite conosco, na verdade existe uma grande possibilidade de que isto aconteça... – Eu olhei para ele demonstrando paz e falei da forma mais calma que conseguia:
- Se tiver que ser, será, meu amigo Telônius, mas minha história me ensinou que enquanto houver vida, haverá esperança, prefiro contar com a sorte que tem me sorrido e com a astúcia que me foi presenteada pelos deuses. Só sei que esta será uma noite de derrota ou de grande vitória. E fui me preparar.
Ao final do dia estávamos todos prontos e ansiosos, inclusive Lucius que não conseguia disfarçar seus sentimentos como fazia tão bem. Afinal seria sua chance de estar com nosso senhor e, com sorte, recuperar seus sentimentos para com o “preferido”. A porta se abriu, nosso general chegou usando uma veste mais elegante que a normal e com seis guardas, quando normalmente está acompanhado por dois – “Era uma tática de guerra”, pensei ele tinha que balancear a quantidade de escravos com a quantidade de soldados.
Ele se aproximou de Lucius e perguntou se estava tudo pronto. Lucius, em mais um de seus movimentos teatrais, ergueu o braço e foi saindo fazendo com que todos o seguissem, eu fiquei estrategicamente para o final pois o general estava parado acompanhando a saída de todos. Ao passar em sua frente, ele me falou:
- Algo a dizer, Petrus?
- Nosso general está muito bonito nestas vestes, que o deixam mais iluminado ainda. – Ele sorriu vaidoso e falou:
- Fique calmo pois nosso senhor tem um plano para você, haja o que houver, não se manifeste de nenhuma forma, entendido? – Eu fim um sinal afirmativo com a cabeça e sai acompanhando o grupo até o salão de festas.
O salão estava finamente decorado, sedas, ouro e pedras em todos os objetos, incluindo cálices, jarros e travessas. Muitas iguarias diferentes, entendi que eram comidas ibéricas típicas para agradar os convidados que eram homens fortes e bonitos, a maioria usava barba e tinham o corpo muito peludo, os antigos da minha aldeia falavam que a ibéria foi conquistada pelos árabes que deixaram seus traços na região.
Os escravos foram se espalhando entre os convidados que estavam ávidos por se deliciar com os famosos escravos de Demétrius. Eu e Lucius nos aproximamos da área onde nosso senhor estava. Era uma área muito grande com duas camas enormes cheias de almofadas de seda e linho. Deitados entre as almofadas estavam nosso senhor e seu ilustre convidado: um homem de quase dois metros de altura, braços e coxas musculosas, cabelos e barba preta e olhos negros penetrantes. Paramos na frente dos dois, com a cabeça abaixada esperando que nos chamassem. O convidado virou-se para nosso senhor e falou:
- Muito obrigado por me oferecer companhias tão agradáveis, com qual irei me saciar?
- Este é meu preferido, o nome dele é Lucius, um rapaz gracioso que conhece todas as carícias que se pode imaginar. O outro é Petrus, chegou recentemente e, como pode perceber, tem um corpo lindo mas muito a aprender. – Pelo canto dos meus olhos eu via Lucius com um sorriso no rosto pois, na comparação ele era melhor que eu aos olhos de nosso senhor.
- Agradeço muito pela recepção, já ouvi falar que o preferido do homem que mais entende dos prazeres que um jovem pode oferecer, é realmente uma joia rara. Mas este seu preferido conhece tudo mesmo? - Falava com uma voz cheia de lascívia e curiosidade.
- Lucius percebeu a armadilha de nosso senhor no mesmo momento que eu, e tirou o sorriso do rosto. – Então nosso senhor, com voz educada e cordial, falou:
- Façamos o seguinte, fique com meu preferido e me diga ao final se não for a melhor experiência que já teve, te garanto que vai me dizer isto depois de saciar, falou olhando para o Lucius e para o general. – O ibérico falou com voz soberba:
- Grande é sua fama de receber seus convidados com glórias, Demétrius! Agradeço o que me oferece e digo que este será o primeiro marco de nossas resoluções junto ao teu Império Romano. – Lucius ergueu a cabeça com um olhar sedutor e se dirigiu ao convidado dizendo:
- Que imensa honra o servir esta noite, estimado amigo de meu senhor. – O convidado abriu um sorriso e fez um sinal de aprovação, pegou Lucius pela mão e o levou para sua cama, fechando sua cortina em busca de privacidade. Eu me dirigi a cama de meu senhor e ele fez um sinal ao general que veio até nós, fechou as cortinas e ficou do lado de dentro. Meu senhor se virou para mim e falou;
- Você tem roubado toda a minha energia, meu garoto, posso convidar o general para participar do meu banquete.
- Não existe maior honra que cumprir suas ordens, meu senhor. - Olhei para o General e estendi minha mão que ele segurou. Então disse me aconchegando ao corpo de Demétrius:
- Por favor, meu general, junte-se ao meu senhor neste momento de relaxamento. – O general estava esperando por este momento desde que eu cheguei.
Eu comecei a beijar o meu senhor e depois desci até seu membro já duro e comecei a chupar de forma a ouvir os seus primeiros gemidos. Marcus Vinicius se deitou ao meu lado e começou a acariciar meu corpo, então meu senhor tirou minha cabeça com cuidado e me mostrou o general com uma ereção gigantesca, ele tinha um membro muito grande porém não era muito grosso. Meu senhor fez mais um sinal e eu, de quatro fui até o general que se levantou e passei a mamá-lo enquanto meu senhor se apoiou em minhas costas e começou a esfregar seu pau na minha portinha. De repente parou por alguns segundo e derramou o óleo da primeira noite eu seu pênis e no meu ânus. Pronto! Eu estava preparado para receber meu senhor enquanto mamava o mastro do meu general, eu estava morrendo de felicidade, a sorte me sorriu novamente e me ofereceu mais do que eu esperava, não imaginava que seria possuído pelo general nesta noite.
Depois de um longo tempo me penetrando, meu senhor convidou o general a experimentar, ele me possuiu com vigor mas de forma carinhosa. Depois de um tempo ele se deitou e eu subi em cima dele, seu mastro entrou dentro de mim e eu fiquei me mexendo para aumentar o prazer. O meu senhor se aproximou e começou a me beijar enquanto oferecia seu pau para o general que o abocanhou com prazer, ficamos nesta lascívia um bom tempo, estava ótimo. Então nosso senhor se afastou das carícias, foi atrás de mim e me fez deitar carinhosamente em cima do general, que continua com metade de seu mastro dentro do meu corpo. Então o general me olhou com carinho e falando com os olhos, demonstrou que queria isto, queria muito.
Nisto sinto nosso senhor me apertando por trás e tentando enfiar seu pau onde o do general já estava, olhei para o general com medo e ele fez um sinal de que estava tudo bem, eu fiquei muito excitado e relaxei para que nosso senhor me partilhasse com seu general. Nosso senhor socava acariciando meu anel e, ao mesmo tempo, sensibilizava o pênis do outro participante. Nós três gemíamos muito e nosso senhor foi o primeiro a se entregar, lavando nossas genitais com seu leite. Em seguida saiu e se deitou. Eu sai de cima do general e fui de quatro até Demétrius comecei a beijar sua boca, pescoço, orelhas e mamilos enquanto o general veio para cima de mim querendo terminar o que começamos, em poucos minutos ele também caiu em combate e se deitou, então eu me deitei entre os dois.
Achei que estavam satisfeitos mas nosso senhor começou a beijar meus mamilos e enfiar seu dedo no meu buraquinho todo melado. O general começou a beijar a minha boca e me masturbar. Em poucos minutos eu urrei e soltei meu leite por cima da minha barriga. Afinal, o ato havia se acabado!
Nosso senhor dormiu mas o general ficou acariciando meus cabelos e olhando meu rosto, eu retribuía e acariciava sua lança em repouso. Me deu um beijo e perguntou ao nosso senhor se devíamos ficar ali em sua companhia ou devíamos deixá-lo dormir. Ele respondeu, sonolento: “Fiquem aqui e não se importem comigo. Só não façam o que eu não faria...”. Sorrimos e ficamos nos olhando até que seu mastro se ergueu e eu virei de lado e arrebitei minha bunda para ele usufruir um pouco mais do meu corpo, afinal não sabíamos se iríamos ter esta oportunidade de novo.
Depois disto o general se levantou e foi verificar como estava indo nosso convidado, ele abriu a cortina levemente e o ibérico dormia abraçado com Lucius, que o acompanhava no sono, Lucius havia cumprido seu papel e salvo sua vida. O general levou os escravos de volta ao dormitório, pois todos já tinham cumprido seu papel, deixando apenas eu e Lucius descansando com nossos pares. Então voltou e me deu a mão para eu me levantar e me vestir, me levando de volta em sua companhia.
- Então tudo foi um plano do nosso senhor, ele não pretendia ficar com o Lucius esta noite, certo?
- Sim, nosso senhor estava preocupado com a presença de dois preferidos em sua casa, ele sabia que isto não terminaria bem. E foi a saída mais nobre que ele conseguiu para o Lucius, pelo tempo de serviços prestados.
- Sabe, meu general, não lamento pelo Lucius pois ele se tornou uma pessoa má, creio que novos ares lhe farão bem mas, eu não me engano, sei que meu dia também chegará. – Ele me olhou e falou francamente:
- Tudo depende de você traçar seu caminho, Petrus, aprenda com os erros do Lucius e construa uma estrada sólida para seu futuro. – Eu concordei com ele mas, atrevidamente, falei:
- Posso considerar você no meu futuro? – Ele me olhou como quem não entendeu meu ponto, fez uma cara séria mas sua expressão foi se abrandando enquanto ele pensava na resposta e finalmente falou:
- Pode, eu quero estar no seu futuro!