VIDA DE UNIVERSITÁRIO - Capítulo 6: Conflitos familiares

Um conto erótico de Ferdinand Fiore
Categoria: Homossexual
Contém 2308 palavras
Data: 23/06/2020 01:31:29
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual

RENATO: Também te amo!

Não podia acreditar que ele disse aquilo. Retribuí com um beijo ardente. E ali ficamos abraçados sobre o tapete, nus, um entregue ao outro, escutando o barulho da chuva que caía lá fora, numa completa felicidade.

Abracei o seu corpo e repousei minha cabeça sobre os pêlos de seu peito. Sentia sua respiração e seu coração batendo. Ele afagava os meus cabelos e a outra mão estava sobre as minhas costas. Comecei a chorar...

RENATO: Ei, o que aconteceu? (Se levantou, sentando-se no tapete). Por que você está chorando? (Enxugando minhas lágrimas). Fiz alguma coisa que você não gostou?

EU: Estou chorando de felicidade. Você não sabe o quanto estou feliz... Não tem ideia de quanto estou apaixonado por você.

RENATO: (Passando mão na minha barba) Me desculpe mais uma vez pelo o que te fiz. Não queria te machucar, te magoar. Agi totalmente errado.

EU: Fiquei com tanto medo de te perder para sempre, de nem ao menos ter a sua amizade. Me culpei tanto pelo beijo que te dei naquele dia. Quando você me deu o soco a dor não foi física, a dor interna foi pior.

RENATO: Depois que eu e a Bianca tínhamos terminados, a nossa amizade cresceu muito. Estava adorando passar cada minuto ao seu lado e realmente eu sentia que era uma amizade diferente das que tenho com os outros amigos, que tinha algo a mais. Porém eu não sabia o que realmente era ou não queria acreditar... Fiz a besteira de retornar com ela e na minha festa, enquanto dançávamos e olhei nos seus olhos e você começou a chorar, começou ali a minha luta interna, por perceber o verdadeiro sentimento que eu estava sentindo e não queria aceitar. Fiquei preocupado com você quando saiu daquele jeito da festa, mas quando você me beijou aqui na sua sala, desencadeou a verdadeira batalha interna: nunca me imaginava antes em estar gostando de uma pessoa do mesmo sexo. E os dias seguintes foram terríveis, pois morria de vergonha em ter te dado o soco.

Morri de preocupação quando escutei a sua mensagem no celular e saber que você não estava passando bem. Pedi para a Heloísa saber de tudo por não ter coragem em chegar perto de você. Não queria te perder de jeito nenhum!!! Eu me escondi num pseudo namoro que estava capengando cada vez mais.

EU: E vocês continuam juntos ainda?

RENATO: Não. Eu não podia aceitar a maneira que ela falou com você ontem. Fiz a besteira de contar para ela que você me beijou, em outro momento de fraqueza, porém ela não tinha o direito de ter falado com você do jeito que ela fez. Depois que saímos de lá da Universidade nós brigamos e resolvi terminar. Mas o modo que ela falou não foi o único motivo que me fez pedir o fim do namoro, mas por ter certeza que eu estava gostando de você. (Meus olhos encheram de lágrimas).

EU: E você falou isto para ela?

RENATO: Não falei. Ainda estou aceitando pra mim todo esse sentimento. Esta noite mal dormi pensando no que faria e a tarde saí no meio da chuva tentando criar coragem em vir aqui... Chorei muito, pois pra mim, você não me perdoaria.

Nessa hora comecei a beijá-lo novamente. Nossas bocas se uniram, nossos corpos se entrelaçaram deitados naquele tapete enquanto a chuva continuava a cair pesadamente lá fora. Senti o pau dele aumentar de tamanho e o meu também começou a crescer. Ele desceu passando a língua sobre o meu corpo todo, sobre os meus pêlos e minhas pele, me arrepiando e me deixando com mais desejo. Embora de maneira ainda desajeitada, ele sugou meu pau deixando-o muito mais duro. Deitamos num meia nove, permitindo que eu ao mesmo tempo sentisse o seu pau melado na minha boca. Seus pentelhos encostavam em meu nariz quando forçava seu pau na minha garganta. A sensação era maravilhosa, estávamos em êxtase, tamanho era o nosso desejo um pelo outro. Começamos a acelerar a nossa mamada, meu tesão aumentava... senti meu pau inchando na boca dele e num momento de profundo prazer despejei minha porra dentro da sua boca. Ele não aguentando mais, no exato momento que eu gozei, ele também me presenteou com a sua porra. Ainda anestesiado com tudo aquilo, deitados ali no chão, nos beijamos e sentindo o gosto de nossos fluídos em nossas bocas.

Estava morrendo de fome e ele também. Após um banho maravilhoso onde gozamos mais uma vez, preparamos um jantar, acompanhado de duas garrafas de vinhos. Realmente era a melhor noite da minha vida. A chuva não cessava. Após o jantar, dormimos abraçados em minha cama ao som das gotas que caíam lá fora, e extremamente felizes.

Era domingo. Acordei ainda abraçado com ele em forma de conchinha. Sentia seu pau duro encostado em minha bunda. Seu pau estava babando, pois sentia algo úmido e escorrendo. Meu pau também estava duríssimo. Me mexi de modo que joguei meu corpo mais para trás fazendo seu pau duro encaixar exatamente no meio da minha bunda. Ele forçou o pau, me desejando um bom dia. Eu retribuí seu bom dia forçando minha bunda e fazendo seu pau entrar tudo de uma vez, me rasgando de desejo e me fazendo soltar um suspiro de tesão. Ele começou a bombar deitado ali de lado. Após uns cinco minutos nessa posição pedi que ele deitasse em cima de mim, soltando seu peso todo sobre meu corpo. Ele começou a bombar com força e eu estava adorando tudo aquilo. Suas bolas batiam na minha bunda, nossas mãos entrelaçadas, seus beijos em minha nuca, seus pêlos do peito suado esfregando no me corpo, toda essa situação me fez gozar sobre o lençol sem ao menos tocar em me pau. Ao gozar eu contraí minha bunda, abocanhando mais o seu pau o que fez ele me encher com jatos da sua porra quente.

Passamos o domingo juntos. Estava um dia frio, com garoa o tempo todo. Liguei para minha mãe avisando que não iria para o interior de SP e que tinha decidido ir só na semana seguinte. Minha irmã quis saber o porquê e contei toda a história para ela, afinal era a minha confidente. E tinha certeza que ela contaria para minha mãe também. Assistimos filmes, almoçamos juntos, namoramos muito, fizemos muito amor e conversamos por demais. Foi um final de semana maravilhoso.

A semana seguinte também não foi diferente. Passamos quase todo o tempo juntos. Voltei a frequentar a sua casa e sair junto com os amigos, que sacaram algo entre a gente, mas preferiram não comentar nada. Apenas confirmei para a Heloísa que estávamos juntos, porém não falei para o Renato que ela sabia em razão de um pedido que ele fez.

RENATO: Fernando, quero que você tenha paciência comigo. Embora eu esteja gostando muito de você, não quero que mais alguém saiba que estamos juntos, por enquanto. Não quero que meus pais saibam e meus amigos também, pois morro de receio das brincadeiras que possam surgir e do preconceito em relação a isso. Me desculpe por falar isso, mas ainda estou me aceitando e aceitando esse sentimento.

EU: Te compreendo Renato. Vai no seu tempo, apenas quero você ao meu lado, sempre...

E assim foi a nossa semana. Sempre quando tinha alguém perto agíamos como se fôssemos dois grandes amigos, mas entre quatro paredes a coisa esquentava muito. Às vezes, em público, me aproximava perto dele, fingindo que ia pegar em sua mão e ele rapidamente saía de perto, bravo por eu ter feito aquilo e com receio que alguém poderia ter visto. Eu ria da situação, mas respeitava o seu pedido.

Convidei-o para que fosse comigo para a casa dos meus pais no interior de São Paulo. Ele prontamente e alegremente aceitou, pois, afinal, estávamos de férias. E assim no segundo domingo de julho de 1995 pegamos o meu carro e partimos.

Minha família nos recebeu com muita alegria. Fizeram o Renato se sentir em casa, mostrei minha cidade para ele, os pontos turísticos, os locais que costuma frequentar, apresentei meus amigos e amigas, saímos para as baladas. É óbvio que ele dormia no meu quarto. Colocávamos o colchão no chão, trancávamos a porta e ele pulava para a minha cama. Fizemos amor todas as noites. A única coisa ruim era que não poderíamos fazer nenhum tipo de ruído, pois alguém poderia escutar. Minha irmã me disse que a minha mãe tinha sacado o nosso relacionamento e fiquei feliz por ela ter aceitado numa boa. O grande problema seria meu pai se ele descobrisse, afinal a sua criação tinha sido diferente e ele não aceitaria que um filho dele fosse homossexual e tivesse um relacionamento com outro homem. Meus irmãos também não iriam gostar a princípio, mas talvez, com o tempo, fossem se acostumando com a ideia. Mas eu não queria comprovar isso, e preferia manter nosso relacionamento no sigilo para os meu pai e irmãos. O Renato morria de medo que alguém descobrisse....

No sexto dia que estávamos na minha cidade levei o Renato para conhecer a empresa da minha família. Meu pai não se encontrava lá, pois tinha ido visitar, juntamente com a minha mãe, alguns clientes. Eu era o único da família que decidira não trabalhar na empresa. Nesse dia somente meus irmãos estavam lá. Após uma breve visita resolvemos voltar para casa, afinal estávamos com muito frio por causa da temperatura que tinha caído naqueles dias. Nós queríamos era mais nos esquentar nos braços um do outro, embaixo de um cobertor bem quentinho.

Aproveitamos que estávamos sozinhos em casa e deitamos na minha cama, namorando aos beijos e carinhos, porém não trancamos a porta do quarto. Nosso namoro começou a esquentar e o desejo de entregarmos ao sexo foi maior. Tiramos as nossas roupas e passeamos com as nossas mãos e boca pelo corpo do outro, explorando cada ponto de pudesse dar prazer. Nos entregamos totalmente naquela tarde fria ao desejo, porém não notamos que meu pai tinha chego das suas visitas aos clientes.

PAI: O que significa isso?!!

Lá estava meu pai na porta do meu quarto, não acreditando no que estava vendo. Seus olhos eram de raiva e espanto, por estar vendo o seu filho namorando outro homem. Não poderia ter sido da pior maneira para ele descobrir sobre a minha opção e sobre o meu recém relacionamento com o Renato. Pulamos da cama rapidamente, nos cobrindo da maneira que podíamos, ou com o cobertor ou com as roupas que estavam próximas. Meu pai não parava de esbravejar na porta do quarto. Ele não tinha coragem de entrar. Minha mãe ouvindo os gritos dele veio a nosso encontro e percebendo a situação puxou a porta do quarto, fechando-a.

Renato estava extremamente nervoso e apavorado, e eu também. Com que cara eu iria encarar meu pai e minha mãe, sabendo que ele estava furioso. Comecei a chorar de desespero e Renato ficou mais apavorado ainda. Nos vestimos e resolvemos sair dalí, pois daria mais margem para pensarem algo se ficássemos trancados no quarto. Ao sair do quarto encontro minha mãe na cozinha. Abaixei a cabeça morrendo de vergonha.

EU: Desculpa mãe.

MÃE: Oh meu filho, por que não fechou a porta do quarto ou foi para outro lugar? (Eu não tinha o que falar, afinal a cagada já tinha sido feita).

EU: Cadê o pai?

MÃE: Saiu esbravejando daqui. Furioso pelo o que viu. Você sabe como ele é, não será fácil aceitar isso. Até melhor ele sair um pouco para esfriar a cabeça. E acho melhor vocês saírem também para esfriarem a de vocês. Dê um tempo e voltem mais tarde. Vou tentar conversar com ele.

Fiquei preocupado pelo o que minha mãe disse e sobre a reação do me pai. Saímos e ficamos o resto da tarde e uma boa parte da noite enrolando na rua. Renato não queria voltar com vergonha de tudo e receio do meu pai. Por volta das 22 horas retornamos. O carro de meu pai e dos meus irmãos estavam lá. Estava tremendo, mas tinha que encarar aquela situação. Renato preferiu esperar no carro enquanto eu entrasse para ver a situação.

Minha mãe estava na sala chorando ao lado da minha irmã. Ao seu lado estavam algumas malas. Meu pai escutando a porta que se abriu veio ao meu encontro gritando.

PAI: Nesta casa não aceito filho viado! Pegue suas coisas e suma daqui. É isso que dá permitir morar em outra cidade, sozinho. Dá liberdade e pensa que pode fazer o que quiser. Quer ser viado, pois então será longe daqui! De hoje em diante você não pertence mais a esta casa.

No final meu pai chuta as minhas malas. Meus irmãos tentaram acalmar meu pai, porém ele estava totalmente alterado. Minha mãe chorava mais ainda. A muito custo levaram meu pai para o quarto dele. E eu, totalmente estático e chocado com tudo aquilo, com a reação que ele teve, por estar sendo expulso da minha casa.

Minha irmã veio ao meu encontro e me disse que era melhor eu voltar para o Rio até que as coisas se acalmassem.

SAMANTHA: Vai para o Rio, que nós aqui vamos tentar conversar com ele. Pegue as suas coisas e leve. Arrumei as coisas do Renato e estão juntas. Depois te ligo para conversar.

Ela me beijou no rosto. Me despedi da minha mãe que continuava a chorar. Peguei minhas malas e levei para o carro. Renato estava estático lá dentro.

RENATO: Escutei tudo daqui. É melhor voltamos logo para o Rio.

Entrei no carro e comecei a chorar. Renato me abraçou tentando me consolar. Estava arrasado com tudo aquilo. E assim votamos para o Rio, com o Renato dirigindo, pois não tinha condições, no maior tempo calados. Eu estava acabado com aquela situação.

(continua...)

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Comentários

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Começaram os problemas,se o amor for verdadeiro resistirá

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Que coisa ruim. Se hoje em dia é difícil aceitar, imagina no século passado

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A pior burrice é o ódio ao outro por ser o que ele é.

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Situação difícil, mas deve ter sido muito especial essa sua história com o Renato

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Situação complicada. Capítulo bem tenso

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Triste! O conto se passa em que ano, você coloca 2015 ou 1995, fico confuso.

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