Levei o restante da semana voltado à faculdade, muita matéria para estudar e eu não poderia desviar meu foco para os encontros. Na sexta-feira voltando para casa, toca o celular, era o policial, ele não havia me dado seu nome, nem eu me identifiquei apesar de que ele sabia quem eu era...
- Olá, Felipe, é o Marcelo, tudo bem?
- Tudo bem, Marcelo. Que bom saber seu nome, ironizei.
- Pois é, acabei não te informando por pura distração, me desculpe.
- Claro! Sabia que descobriria seu nome na próxima conversa. E como tem passado?
- Estou bem, obrigado. Que tal nos encontrarmos no Domingo à tarde?
- Humm... não posso, tenho um almoço com a família e acabo ficando até tarde pois sempre aparece um jogo de futebol na televisão... Sinto muito.
- Que pena, como sei que estuda e tenho meus horários, consegui a folga para o Domingo, achando que você poderia. – Nossa história começou muito mal mas o segundo encontro fui muito bom... Porém eu já tinha combinado com o Inácio e eu não iria desmarcar, pensei.
- Lamento muito Marcelo... – Então ele complementou:
- E no Sábado? – Eu titubeei mas respondi.
- Sábado tenho aula e não posso perder pois estou indo mal nesta matéria...
- Que horas sai da aula?
- Por volta das 12:00, como alguma coisa na lanchonete da universidade e sigo para casa. Por quê?
- Que tal se eu te buscar ao meio-dia e vamos comer um lanche, depois te levo para casa?
- Tudo bem, mas não posso chegar em casa tarde. O máximo que consigo é alegar que vou ficar por lá estudando e ganho três ou quatro horas. Pode ser?
- Combinado! Eu também trabalho à noite. Até amanhã, então. E desligou. – Parece que ele está interessado, espero que possamos nos divertir em algum lugar seguro, chega de carros de polícia e camburões, pensei.
No outro dia, tudo aconteceu como planejado, avisei que iria chegar antes do jantar e fui para a USP, ao final da aula, ele estava me esperando em frente ao prédio que eu estava. Fiquei surpreso e falei?
- Como localizou meu prédio? Na universidade, temos aulas em vários prédios, depende da matéria. – Ele sorriu e falou?
- Sou um investigador amador mas experiente. – Eu respondi:
- Claro, esqueci deste detalhe. - Então o segui até o estacionamento e entramos no seu carro, que tinha vidros bem escuros?
- Estes vidros são permitido por lei? – Perguntei:
- Não, somente em casos especiais, nós temos licença para usar por segurança. Bom, na verdade não é algo previsto em lei mas sempre se dá um jeitinho quando o assunto é proteger a força policial. – E sorriu de forma atrevida. Ele me levou num lugar famoso em frente à Igreja de Nossa Senhora do Ó, não vou citar o nome mas quem é de São Paulo conhece, pois tem a melhor coxinha da cidade e uma vasta coleção de cervejas. Pedimos alguma coisa para comer, ele pediu refrigerante mas me ofereceu uma cerveja:
- Tem cervejas excelentes aqui mas, como estou dirigindo não posso tomar.
- Tudo bem, eu vou tomar um refrigerante também. – E ele complementou:
- Da próxima vez, você experimenta. – Eu ri e falei:
- Como assim, próxima vez. – Ele ficou meio sem graça e falou:
- Um dia, quem sabe, não estou sugerindo nada. – Eu ri novamente e falei:
- Estou brincando, Marcelo!
Comemos, ele fez questão de pagar a conta e levou com ele 4 garrafinhas de cerveja para tomar quando estivesse em casa. Ele me levou num motel da Marginal Tietê, caminho para a minha casa. Entramos e eu vi que ele carregava uma mochila, meu sexto-sentido me deixou alerta mas já estava no quarto. Porém, perguntei:
- Por que entrou com a mochila? Deixei a minha no carro...
- Ah, tenho alguns brinquedinhos aqui, além de camisinha e gel. Não se preocupe, se não gostar dessas coisas, não usamos. Olha, Felipe, nunca mais vou te obrigar a nada, ok? Nem gosto de lembrar como foi nossa primeira vez. – Eu respondi:
- Também quero esquecer mas não posso deixar de te sacanear e dizer que foi a sua primeira vez, a minha foi no dia seguinte... – E ri enquanto ele ficava rubro de vergonha novamente.
- Mas o que temos aí? – Perguntei curioso.
Ele virou a mochila em cima de uma mesa redonda e vi vários tipos de apetrechos eróticos, coisas que nunca tinha visto ou somente em filmes e revistas. Então ele deixou tudo lá e se aproximou de mim e me beijou, perguntando:
- Vamos tomar uma ducha? Nós dois estamos cansados e suados, vai nos relaxar. – Eu aceitei e começamos a tirar nossa roupa enquanto nos acariciávamos. Ele me pegou pela mão e me levou até o box e me deu um banho bem gostoso com massagens e carícias, eu retribui o banho mas não queria que a coisa acontecesse ali em pé, queria tê-lo na cama. Então dei-lhe uma toalha, peguei a outra e fui caminhando para a cama onde me deitei.
Ele chegou e se deitou sobre mim, me beijando e me acariciando, eu retribui e na primeira oportunidade abocanhei seu membro pois sabia que ele gostava muito disto. Ele me posicionou num 69 e começou a lamber minha portinha enquanto eu lhe dava uma boa mamada. Depois de um tempo lambendo, ele começou a enfiar o dedo e eu gemia dizendo: “Ah! Como isto é bom...”. Ele, então se levantou da cama e voltou com um pênis artificial, longo mas mais fino que o dele, perguntou se eu queria experimentar e eu afirmei que sim.
Ele passou gel no brinquedo e no meu ânus, me colocou de quatro e começou a enfiar devagarzinho... Eu gemia e ele foi tirando e enfiando novamente, me deixando louco. Então tirou este brinquedo e me mostrou outro, bem realista, mais curto que o primeiro porém mais grosso, tinha a aparência de um pênis de verdade, com saco e bolas. Eu pedi para ele tomar cuidado e ele fez uma cara carinhosa, dizendo:
- Não vou te magoar, nunca mais! – E começou a enfiar o segundo brinquedo sem pressa também. Depois que ele o colocou por inteiro em mim, ele ligou um controle e o pênis começou a vibrar, eu gemia e urrava de prazer, então ele o deixou dentro de mim e foi até minha boca, me beijou gostosamente e me deu seu pênis para mamar novamente. Que loucura! Eu mamava o mastro do Marcelo enquanto o outro pênis me fazia vibrar literalmente. Ficamos assim um tempo então tirei seu pau da minha boca e falei:
- Agora eu quero você, Marcelo!
Ele imediatamente tirou o vibrador com cuidado e o substituiu pelo seu mastro já protegido por uma camisinha. Ele estava muito excitado com a brincadeira, devia ser um dos seus fetiches. Com seu estado de excitação ele foi acelerando e socando fundo no meu traseiro, eu gemia e gritava sem preocupação pois sabia que ali ninguém nos ouviria. Então aconteceu o inevitável e ele gozou.
Nos deitamos juntos e ficamos abraçados sem falar nada, ele se recuperando do orgasmo e eu realizando a experiência que tive, nunca havia experimentado aquilo. Gostei da sensação de ser possuído enquanto mamava.
Marcelo se recuperou e começou a me dar carinhos, perguntei se ele queria novamente e ele disse que, naquele momento não, mas que provavelmente iria querer depois, eu ri. Ele se levantou e me pediu para continuar deitado. Ele foi até a mesa e voltou com mais um brinquedo, uma espécie de capacete miniatura com alguns fios e controles, essas coisas ainda me assustavam.
Ele foi me beijando, me excitando e colocou novamente o pênis vibrador dentro de mim, automaticamente tive uma ereção. Ele passou um pouco de gel no meu pau e colocou o “capacetinho” na minha glande, o aparelho tinha um dispositivo para que se mantivesse no lugar, sem pressionar ou causar dor. Então ele ligou o aparelho que começou a vibrar me levando a loucura, não havia como um ser humano dar um prazer no meu pênis da forma que aquele aparelhinho deu, eu olhei para ele com cara de gozo e ele me deu um grande beijo na boca e passou a mordiscar meus mamilos enquanto movimentava o vibrador atracado ao meu traseiro. Tive o maior e o melhor orgasmo já experimentado até aquele momento.
Jorrei jatos e mais jatos, foi a maior ejaculação que tive até então, ele tirou o aparelho do meu pau pois senão eu iria ter um enfarto tamanha era a excitação. Tirou também o vibrador de dentro de mim e levou os três brinquedos até o banheiro. Eu fiquei parado, barriga para cima e olhando para o teto, nunca usei drogas mas acho que deveria ser uma sensação dessas que o viciado sente, pensei.
Marcelo voltou e colocou seus brinquedos de volta sobre a mesa e, com uma toalha úmida em punho, me limpou pois meu esperma estava por todo lado.
Deitou-se ao meu lado e voltou a acariciar meus cabelos, eu virei para ele e falei:
- Espero que você não queira mais nada hoje, pois eu estou acabado. Ele deu uma risada e falou:
- Sem problema, se você prometer que iremos repetir o encontro...
- Prometido! – Respondi.
Então ele se deitou ao meu lado e ficamos em silêncio algum tempo. Até que ele falou:
- Gostei muito de te conhecer, Felipe. Você é um cara cheio de vida e sabe bem o que quer, isto é raro nos jovens de hoje.
- Devo isto aos meus pais, eles sempre me apoiam em minhas decisões, claro que me punem quando faço algo de errado mas raramente faço.
- Eles sabem que você é gay?
- Eles sabem, tenho certeza. Mas nunca assumi. Nunca me cobraram uma namorada ou algo assim, mas nunca tocaram no assunto. Eu sei que eles aceitarão quando tiverem a confirmação. Meu pai tem um irmão gay assumido e ele diz que a melhor coisa que o irmão fez foi “sair do armário”, trocou o medo das pessoas falando dele pelas costas por uma qualidade de vida sem igual. Com o tempo nem ele ligava para essas pessoas bem como as pessoas pararam de falar... – Então me virei para ele e perguntei:
- E você? Creio que você não contou para ninguém, estou correto? – Ele afirmou com a cabeça e eu completei:
- Na sua profissão é complicado...
- Sabe que não? – Ele falou. – Temos alguns caras assumidos que dizem gostar de homem, sempre com aquele conversa que são só ativos, etc. Meu problema é que eu descobri isto um pouco tarde e não quero complicar a vida de ninguém, eu fui casado, não era feliz, não era o que eu buscava até que conheci um cara e experimentei o sexo com homem e descobri que isto o que quero. Eu contei para minha esposa, que entendeu e nos separamos, ela não comentou com nenhum de nossos amigos ou familiares, ela alegou que não me amava o suficiente para seguir casada comigo.
- Você tiveram filhos?
- Não, ela se casou novamente e tem duas filhinhas.
Então eu, que ainda lhe olhava nos olhos perguntei:
- E quais são seus planos?
- Profissionalmente, estou tentando uma promoção para investigador, estou estudando e prestando os exames, depois disto vou tentar ser delegado, sou formado em direito. Mas quero, primeiro, ser investigador. Na vida pessoal, estou procurando um cara que queira repartir sua vida comigo. Estou de olho num carinha aí... – E riu.
- Bom, eu quero terminar meus estudos e arrumar um bom emprego, depois disto vou pensar em um relacionamento fechado.
- Você está falando de quatro a cinco anos, eu posso esperar!
- Opa! Não conte com isto, Marcelo! A vida é cheia de histórias...
- Sem problema, sou um grande apreciador de histórias. – Falou e mudou de assunto:
- Vamos? Creio que está na hora. – Concordei, nos vestimos e partimos.
Ele me deixou próximo à minha casa, nem preciso dizer que ele já tinha o endereço no GPS. Eu desci e fui pensando na tarde agradável que tive, ele era um cara legal, terei que ser muito transparente com ele pois não quero iludi-lo. Então toca o telefone, era o Inácio:
- Tudo certo para amanhã à tarde? No mesmo lugar às 14:30, pode ser?
- Pode, Inácio, tudo certo. Mas deixa eu te pedir algo?
- Tudo que o garotão quiser!
- Você conhece algum coroa bonito e gostoso como você para brincar conosco amanhã? – Achei que ele poderia se ofender ou não gostar, mas ele respondeu rindo:
- Tenho uma pessoa perfeita para nós! Vou ligar para ele agora mas tenho certeza que ele vai topar. – E desligou.
˜Se com um pênis e um vibrador foi bom. Imagina com dois pênis de verdade!” – Pensei comigo mesmo e segui meu caminho feliz com a vida.