Olá! Me chamo Lapinha e prefiro não falar meu nome porque ele é horroroso. Sou mulata, baixinha com 1,60m, há uns 2 meses estava com 62kg, cabelo super cacheado bem encaracolado, lábios carnudos e boca grande de mulher negra, uma verdadeira baiana. Tenho 34 anos e atualmente moro no interior da minha amada Bahia.
Eu tinha um amigo de infância, amigo do peito, aquele tipo que está a seu lado a todo momento, nos bons e maus momentos, como um verdadeiro casamento perfeito, mas nesse caso, amigos em vez de casal.
Absurdamente novo, meu amigo foi pego sentado no colo de um homem, mais de 20 anos mais velho, que trabalhava para os pais dele, os dois estavam fazendo sexo, e foi aquela polêmica. Os pais não colocaram ele pra fora de casa por causa da idade, mas o menino comeu o pão que o satanás pisou igual um tapete. A família toda quase acaba com ele.
Dos amigos dele, fui a única que fiquei ao lado, opoiei, não deixei ele sozinho nem viver uma vida amargurada. Já vi gente se suicidar porque a família abandonou por ser homossexual.
Meu amigo crescia intelectual, estudava feito condenado, mas estava virando uma puta. Puta porque pegava gato e cachorro, mas se vestia como garoto, e se portava masculino, as pessoas só sabiam que ele era gay porque ele não fazia questão de esconder, e apoio essa coragem. Melhor que se esconder e viver num mundo sombrio.
Quando tinha 16 anos ele conheceu um policial militar do Rio Grande do Norte que havia vindo para um passeio turístico aqui na cidade. Os dois se engraçaram e mantiveram um namoro, e meses depois o policial veio buscar ele pra morar com ele. Foi outra polêmica, mas para a família certamente foi um fardo removido.
Aos 19 anos ele me informou por carta que passou no concurso do TJ. Eu não tinha celular na época, não tinha acesso a Internet, não tinha nada. Depois disso, ele só me escreveu duas cartas e sumiu, pensei até que havia sido morto, até que em 2017 ele apareceu na cidade e a notícia logo se espalhou. A primeira pessoa que ele procurou foi a mim.
Eu morava com um homem, já tinha 3 filhos com ele, não éramos casados mas éramos uma família. Meu marido trabalhava de segunda a sexta em outra cidade; ele é uma barra de negão forte, negro lindo, beiçudo, um pênis que faz jus à raça, o homem que maioria deseja, e ele era meu. Como quase toda mulher, eu era ciumenta sim.
Meu amigo de infância chegou numa quarta-feira e ia embora na sexta pra circular por outras cidades e na capital, Salvador, pois estava de férias. Ele havia se separado do policial porque ele havia envelhecido. Apenas 1 ano mais novo que eu, ele se desenvolveu um lindo moreno cabo-verde, cabelo liso cortado bem estiloso, um corpo perfeitíssimo já que a genética da família ajuda. Eu mesma disse que se ele não fosse veado eu daria uns pegas; mas brincando, porque eu era fiel.
Meu amigo não tinha intenção de ficar na minha casa, mas eu insisti e ele ficou conosco. Quarto tinha e amizade pura, sincera e saudável não lhe faltava.
Fiz uma chamada de vídeo pra meu marido naquela mesma noite pra apresentar meu amigo e dizer que ele ia ficar na minha casa.
Eu:
- Amor, esse é Dino, meu querido amigo.
Meu marido:
- Finalmente conheci o amigo que Lapinha tanto falava. Prazer aí, amigão!
Dino:
- Oiiii! Prazer todo meu em conhecer o homem que faz minha amiga feliz todos os dias.
Ficamos na chamada de vídeo por algum tempo, apareceu outros colegas de trabalho dele pra falar com a gente, e foi uma fechação, uma viadagem só, mas tudo com muita alegria.
Durante a chamada Dino elogiou muito meu marido, disse que eu havia ganhado na loteria, que ele era um pedaço de mal caminho, um negão de se tirar o chapéu, e muitas coisas mais. Mas levei tudo na graça, na esportiva, rimos muito, e por mais que meu amigo fosse gay, meu marido ficou se achando o dono do pedaço, o gostosão... No fundo, no fundo, todo homem gosta de ser elogiado, mesmo se for por gays... eles podem até jurar que não, mas gostam.
Naquela mesma noite estava calor e saímos pra dar uma volta na praça, tomar uma cerveja, colocar os assuntos em dia, conversar, resenhar, e foi aquela falsidade do povo que chegava pra cumprimentar Dino. Irmãos dele foi reclamar porque ele não ficou na casa dos pais e sutilmente ele deu uma baixa nos irmãos.
A surpresa veio dia seguinte, quando antes do meio-dia chega meu marido:
- Pedi pro chefe pra folgar hoje e amanhã.
Estranhei porque ele não avisou nada.
Aí diz Dino:
- Hum! O bofe veio correndo achando que eu ia roçar e raptar a mulher dele.
Foi aquela risarada.
Eles se conheceram, meu marido tratou ele muito bem, senti dentro de mim que Dino se sentiu bem quisto, bem vindo em minha casa. Mas eu fiquei com uma pulga atrás da orelha... eu achei que Zezéu (meu marido) estava com ciumes por eu ter hospedado Dino, mas fiquei na minha, calada e fingindo que não estava achando nada.
Naquele ano eu estava desempregada.
Naquela quinta-feira, Dino foi a tarde na casa dos pais porque a família chamou. Me chamaram também mas sei que foi por educação porque a família de Dino nunca gostou de mim, então não fui.
Na ausência de Dino, Zezéu e eu deu damos uma trepada, como sempre, já que os meninos estavam na escola. o negão é super bom de cama, faz tudo o que uma mulher quer e gosta, parece dom... Ele sabe perfeitamente onde tocar, como pegar, e o momento exato como fazer e o que fazer. Tudo isso me deixava ardentemente louca por ele.
Depois das 6 da tarde Dino chegou e estava bem alegre, havia bebido. Tomou banho e arrastou logo a gente pra sair. Ele não deixou Zezéu pagar 1 real sobre nada as vezes que saímos juntos. Eu gosto de chegar junto, gosto de dividir a conta, mas com Dino não se discute.
Na sexta-feira fomos pra um hotel-fazenda e lá algumas coisas ficaram estranhas. A primeira coisa foi eu notar que Zezéu saia da piscina, ia pra nossa mesa beber, ficava muito em pé, parecendo que estava se exibindo ou exibindo aquele tronco dentro da sunga; momento e outro ele levantava a sunga e a mala subia junto ficando mais avantajado, o tronco ficava mais exposto, e não sei pra que porra ele arrumava tanto a mala dentro da sunga. Aquilo me incomodava mas eu não dizia nada, afinal, poderia ser impressão minha, e gosto de falar quando tenho certeza.
- Calma Lapinha! Pára de ver chifre em cabeça de cavalo. (Pensei comigo mesma)
A cerceja, o uísque, o coquetel de frutas e até mesmo caipirinha rolou a solta. A gente resenhado muito, e Zezéu sempre dizendo a Dino o quanto ele era bem-vindo lá em casa, e o fato de eu amar tanto Dino isso já era o suficiente pra ele tê-lo como amigo. Dizia que eu falava muito em Dino, e dizia que eu era a mulher da vida dele, blá, blá, blá... Comecei achar que ele estava com ciumes de mim mesmo. Até que num dado momento, numa das várias saudações a Dino, achei que havia percebido que Zezéu coçou a palma da mão de Dino com o dedo indicador. Eu poderia estar bêbada e vendo coisa demais, já que eu sou muito ciumenta. E mesmo que fosse, o natural seria Dino dar em cima de Zezéu, já que Dino que era gay.
Como Dino não bebe mais depois que almoça, a gente ficou apenas comendo alguns petiscos e deixamos pra almoçar perto da hora de ir embora. Quando nos sentamos pra almoçar, Dino se curvou como se fosse coçar a panturrilha, mas tive a impressão que ele alisou foi a perna de Zezéu. Mais uma vez fiquei intrigada. Mas como falei, gosto de ter certeza antes de desarmar o barraco.
Dino e Zezéu ficaram muito amigos, riam, conversavam, perturbavam... quer dizer... nós 3, não me deixaram pra escanteio.
Naquela sexta Dino havia adiado sua ida porque segundo ele, amou estar conosco e vieram à tona lembranças ótimas. Mas ele disse que ia pra casa da família, e não deixei; dessa vez, com apoio incondicional do meu marido.
No sábado veio o ápice da minha desconfiança.
Zezéu me disse:
- Lapinha, vou ter que dar um pulo em Valença porque o chefe quer falar comigo.
Como o chefe queria falar com ele em um dia de sábado que era folga dos trabalhadores? E isso nunca aconteceu desde que ele pegou a construção, por que justamente naquela visita isso aconteceu?
Mas, como eu não tinha o contato do chefe, nem sabia quem era para tirar a prova, fiquei na minha.
- Ok, negão! Tá de boa! Mas vem hoje?
- Venho sim.
E lá se foi Zezéu pela manhã, por volta das 10.
Lá pelas 10:30 pra 11:00 Dino inventou de ir ver um cara que ele conversava antes dele vim pra cidade. Eles iam se conhecer. Ele não me falou quem era o cara. Mas o diabo é sujo e colocou na minha cabeça pra dar um jeito de ir atrás e falei pra Dino:
- Vou descer contigo que vou no mercado e vou encontrar uma amiga minha porque ela quer falar comigo.
Descemos juntos.
Entrei no mercado pra disfarçar e Dino seguiu. Saí do mercado pra ele não perceber, e vi Dino pegar um táxi. Corri até o ponto de moto-taxi e pedi pro colega seguir o táxi na maremansa, disfarçadamente. O coligado motoqueiro e meu amigo, disse:
- Agora mesmo, Negona.
E assim ele fez.
Dino seguiu de táxi como se tivesse indo embora. Ele e o taxista saíram da cidade, pegaram uma longa pista seguindo pra Ubaitaba.
- Ele deve tá indo ficar com o taxista. Melhor eu voltar. Devo tá imaginando coisa demais. (Pensei)
Mas um diabinho falou no outro ouvido:
- Acompanha um pouco mais.
E dei ouvido aquela voz desgraçada, quando uns 5 minutos a mais de corrida, o táxi parou na BR, e quem estava em pé na beira da pista esperando? Pois é... o safado do Zezéu.
Mas a porra do motoqueiro percebeu e deu meia volta na hora, ainda quase batemos numa carreta. Todo mundo tinha medo de Zezéu e ele não quis se envolver. Depois até concordei com ele.
Gritei com ele pra voltar ou pra ele parar a moto, mas ele não quis.
- Negona, calma aí. Teu sangue tá fervendo que eu sei, é melhor vocês conversarem depois.
- Negão, para essa moto ou vou pular.
- Nada disso. Relaxa e vocês conversam depois.
E ele aumentou a velocidade. Se eu pulasse ali eu ia virar extrato de tomate e não ia poder dar uns tapas naqueles dois. Também voltei pra cidade aos prantos.
Meu amigão percebendo meu estado, me levou pra casa e seguiu viagem quando viu meus filhos na porta brincando. Não era bom eles me verem daquele jeito. Amigo sabe exatamente o que fazer.
Ele seguiu por uma estrada rural e paramos num bar na estrada. Logo aonde. Pedi pra colocarem logo um litrão e nem me dei conta que estava sem dinheiro. O motoqueiro amigo pagou a conta depois e fiquei de acertar com ele a viagem e a bebida, mas a bebida eles quis que ficasse por conta dele. Não foi maldade minha, eu estava desnorteada.
Chorei o quando tinha lágrimas, ele me ouviu, me aconselhou bastante, e quando consegui ficar mais calma eu pensei em estratégias. Ali na pista foi carona, eu não vi pra onde os dois iam, na verdade. Estava nítido, claro, mas eu não cheguei pegar os dois.
Meu amigo me levou pra casa, eu não estava bêbada, estava louca, mas com a cabeça no lugar e pronta pra armar e dar o bote.
Liguei pra uma amiga minha do peito que fazia tratamento no hospital Aristides Maltez, em Salvador e pedi pra ela mandar um áudio pra mim me chamando pra ser acompanhante dela na segunda-feira. Óbvio que ela não tinha consulta nem nada, mas conversei com ela sobre Zezéu, sobre minhas desconfianças... não mencionei que era com Dino. E ela topou me ajudar.
Por volta das 4 da tarde chega Zezéu na maior cara limpa. Agi como se não tivesse visto nada. Foi duro, mas consegui. Lá no começo da noite chegou Dino. Eu queria estapiar os dois, mas agi friamente, coisa que nunca fui. A noite saímos, conversamos, rimos, bebemos, peguei dinheiro com Zezéu e fui pagar a corrida do negão, ele estava no ponto ainda trabalhando.
- Nada, Negona, deixa isso lá. Você já teve um dia atribulado.
- Justamente por eu ter um dia atribulado, pega esse dinheiro senão te meto goela abaixo.
Eu já tava irritada.
- Eta negona braba da porra! (Disse ele)
- Poxa negão, vai desculpando aí. Não estou legal, sabe? (Me desculpei pela grosseria)
- De boa! Imagino como você tá. Mas deve ser gostoso uma negona dessa braba assim na cama.
- Só você pra me fazer rir. Agora deixa eu voltar pra aquela mesa de traidores.
Como disse, agi como se não tivesse ocorrido nada.
Dia seguinte a madame me mandou o áudio em alto e bom som, me chamando pra acompanhar ela naquela segunda-feira pra Salvador porque ela não tinha arrumado acompanhante. Eles ouviram o áudio e ficou certo de eu ir pra capital com minha amiga. Geralmente quando alguém vai pra Salvador pra algum tratamento, por causa da distância o povo vai de manhã e chega a noite.
Curtimos o domingo todo, viajamos, e eu louca por dentro, decepcionada com aqueles dois.
Na segunda me arrumei de madrugada pra fazer a falsa viagem às 4 da manhã. Como Zezéu saia 6:30, larguei ele ainda na cama.
Fui pra casa da minha amiga e fiquei lá com ela. Umas 5 e pouca fui em casa pra dar o flagra, abri a porta cautelosamente, entrei de ponta de pé, mas Zezéu estava dormindo ainda, e acordou.
- O que houve? (Perguntou ele)
- Fala baixo pra não acordar Dino e os meninos. Eu esqueci meus documentos e tivemos que voltar. Olha, acorda os meninos antes de você sair e manda eles pra casa de mamãe pra eles não fazerem zoada cedo e acordar Dino.
- Pronto! Faço isso.
Como não teve flagra, voltei pra casa da minha amiga, afinal com os meninos em casa eles poderiam não fazer nada. Mas Zezéu ia ter que trabalhar. Fiquei achando que foi tudo em vão as minhas armações.
Acabei dormindo na casa da minha amiga e acordei umas 9 e pouca... ou melhor, parece que o inimigo me acordou.
Saí em disparada pra casa, abri a porta bem devagar.
Não deu outra. Ouvi ruído de cama arrastando, ouvi gemidos fortes, ouvi um tal de: mete vai... me come... me lasca... me fode...
Eu tive naquele momento uma sensação de desmaio, mas invadi o quarto, e lá estava Dino deitado de barriga pra baixo e Zezéu montado nas costas dando cada empurrada na bunda do meu falso amigo que chega empurrava a cama.
Fui pra cima dos dois aos berros e a briga foi acirrada. Eu fiquei louca. Juntou vizinhos na porta, entrou gente em casa e foi uma baixaria completa.
A cidade com 35 mil habitantes, onde quase todo mundo se conhece, mais uma vez Dino saiu da cidade falado.
Zezéu me disse que foi tudo jogo de interesse porque Dino encheu o bolso dele de grana, ele até meteu o dinheiro na minha cara, mas essa não cola, sabe? O cara que não trabalha, que não tem renda alguma, ainda vale mais ou menos usar essa desculpa; mas um pai de família que ganhava cerca de 1.500 aquilo não foi desculpa. Certo que eu tava sem trabalhar, tínhamos 3 filhos, mas mesmo assim não era motivo pra comer um gay, por cima, amigo meu. Por que não assumiu que foi tesão mesmo nessa porra? Poxa!
Quando saiu da cidade, Dino insistia tão intensamente o meu perdão que tive que mudar de zap. Ele jurou que Zezéu quem deu em cima dele. Assumiu também que dava dinheiro pra meu marido mas não disse que era na intenção de ficar com ele. Mas se dava dinheiro sem eu saber, com boas intenções que não era.
Não me separei de Zezéu naquele momento porque queria ter o prazer de dar o troco antes. E já tinha meu alvo certo.
Bem, gente, minha intenção não era deixar essa estória picante, porque vou deixar isso para a próxima onde quero detalhar minha traição e os horrores que fiz com aquele que me ajudou dar um belo par de chifre no meu marido; essa estória foi apenas pra mostrar um dos motivos que muita gente trai seu parceiro ou sua parceira. Quando os dois é casal aberto a fazer uma putaria com gente extra, tudo bem, mas garantir que é vida a dois, tem que ser a dois e pronto.
Eu sempre fui mulher completa, mãe de família, dona de casa, quem é dona de casa sabe que em casa tem mais trabalho do que fora dela, sempre fui louca na cama, chupava, dava o cu, a buceta, fazia tudo do jeito que ele queria, como ele queria, e um pouco além ainda, mas ele foi sacana comigo, e sacaneei também.
E Dino ficou tão arrependido, mas tão arrependido, em sacanear sua melhor amiga, que em 2018 ele mandou as passagens de Zezéu e ele foi pra Natal viverem juntos. A casa era dos pais de Zezeu e não fiquei na rua porque ele ao menos foi homem de arrumar outra casa e me colocar dentro com nossos filhos.
Hoje tenho um namorado mas fidelidade, nunca mais.
Bem, abraços a todos e ótimo fim de noite!