Acordo com uma enorme dor de cabeça, sem entender nada, olho ao meu redor estava cheio de aparelhos ligado a mim e com um pouco de dificuldade de respirar, e aí que ouço uma voz de uma moça dizendo Dr. Carlos ele acordou, isso a sala onde estou deitado se aparece mais algumas pessoas, a moça vai retirando todos os aparelhos médicos que estavam ligados em meu corpo enquanto o médico começa a fazer varias coisas em meu corpo, olhando meu olhos com uma lanterna mandando eu acompanhar a luz, e após pega o estetoscópio e começa ouvir meus batimentos, ainda continuo sem entender nada do que estava acontecendo e procurando algum rosto conhecido ali naquela sala branca. Depois que alguns minutos começo a lembrar da cena, o grito da minha mãe, o barulho horrível da buzina e começo a gritar desesperadamente chorando e perguntando ao médico pelos meus pais.
Eu: cadê minha mãe? Cadê meu pai? Falem alguma coisa, não fiquem me olhando assim, quero ver minha mãe, eu quero a minha mãe por favor chamem ela.
O médico me olha com um sério olhar e com uma voz calma me diz,
Dr: calma João, tente descansar um pouco que vou comunicar a sua tia Maria que você acordou e ela já entra para falar com você.
Nesse meio tempo entra varios médicos diferente fazendo varias avaliações comigo, pedindo para fazer movimentos nas mãos e nos pés e dizendo uns aos outros está tudo ok.
Acho que depois de mais ou menos 1h de tanto entra e sai, aparece minha tia na porta do quarto, junto com Amanda minha amiga e o Dr. Carlos. Ele toma a frente das palavras e fala a minha tia Maria.
Dr: como você sabia Maria o João sofreu varios ferimentos e colocamos ele em coma induzido para melhor recuperação, ele acordou nessa manhã e já fizemos todos os exames preciso e graças a Deus ele está bem.
Minha tia e Amanda com os olhos cheios de lágrimas chegam perto de mim me abraça e começa a chorar de imediato eu digo onde está minha mãe tia? Quero vê-la. Minha tia olhando pra mim chorando ainda mais diz.
Tia M: J.R infelizmente seus pais não só sobreviveu, eles estão com papai do céu nesse momento, todo o impacto da batida foi na frente do carro e como você estava no banco de trás ainda se feriu bastante mas para seus pais foi fatal. Nesse momento sinto como se um buraco atravessar meu peito, uma dor inexplicável atinge, não sai uma palavra de quer apenas o meu choro. Amanda me abraça forte e assim choramos juntos e muito. Depois de muito choro, Amanda fica na sala comigo e minha tia vai assinar os papéis para minha liberação, nesse tempo ou perguntando a ela tudo que queria saber, já estávamos em janeiro de 2015, passei mais de 1 mês em coma, meus pais já tinha sido enterrado em nossa cidade e eu estava em Recife, pois onde morávamos não tinha hospital para fazer todos os atendimentos necessário que precisava, aquilo me trazia muita dor, quando minha tia entra no quarto me avisando que estava liberado vamos para o estacionamento do hospital para irmos em seu carro para sua casa que ficava no bairro da cidade universitária no Recife, no carro Amanda tenta a todo momento me alegrar sem muito sucesso só pensava nos meus pais e na minha vida como estava, meu coração partido por uma vagabunda que me traiu, perdi meus pais, sem irmãos pois era filho único as únicas pessoas mais próximas a mim era a Amanda que quase uma irmã pois fomos criados juntos desde pequenos e agora minha tia Maria que fiquei sabendo que iria passar a morar com ela na capital agora. A Amanda por sua vez estava na casa da minha tia, foi ela que ajudou em tudo a minha tia, a ir na nossa casa, pegar minhas coisas e trazer e dando apoio, pois estávamos agora livre da escola e com a permissão dos seus pais ela esteve presente junto com minha tia ajudando em todos meus cuidados.
Chego na casa da minha tia, diga-se de passagens uma bela casa para uma senhora sozinha, lá ela mostra meu quarto e onde passaria a morar, Amanda estava no quarto ao lado, naquele dia só deitei e dormir tentado esquecer tudo que aconteceu e na esperança de acordar e ver que tudo não passou de um terrível pesadelo.
No dia seguinte acordo sendo chamado por Amanda, abro os olhos e vejo meu novo quarto vendo que tudo era real, a tristeza ainda continua, mas nesse momento eu penso comigo, infelizmente rapha a vida não está nada fácil mas tem que seguir, por mais duro que seja perder alguém que você tanto ama, se eu ficasse vivendo de tristeza só iria piorar ainda mais minha vida, não iria sair daquela situação podendo piorar e viver de uma forma que sempre desprezei, uma vida sem luxo, dinheiro e profissão.
Na mesa tomando café comunico a minha tia que irei até a nossa cidade junto com Amanda, me despedir dos meus pais, ela prontamente diz que vai comigo de carro e já pegamos alguma coisa que eu esteja sentindo falta e voltamos hoje mesmo, depois de comer seguimos caminho e o tempo inteiro calado, aquele momento era meu, e só queria eu e minhas lembranças dos meus amores que Deus o velou, chegamos em frente ao cemitério da cidade e vou direto a uma floricultura comprar uma rosa, minha mãe adorava rosa vermelha, toda vez que ela é meu pai brigava em forma de paz ele comprava apenas uma, ela se derretia toda com a sua atitude é assim ficava tudo bem, ela adorava coisas simples e isso que a deixava bem, e a paz voltava a reinar na casa, pego a rosa já com os olhos cheio de lágrimas e vamos ao túmulo deles, foram enterrado juntos, sempre foi a vontade dê ambos, me ajoelho e olho as fotos deles, não consigo controlar meu choro junto comigo a manteiga derretida da manda vai aos prantos também é assim me foi minha homenagem aos meus queridos pais, uma rosa vermelha que sempre foi o símbolo da paz em nossa casa. Amanda fica em sua casa por dias ela estava lá com minha tia, eu vou até minha antiga casa e pego algumas coisas para levar comigo e seguir minha nova jornada. Vamos tia, estou pronto.
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Então pessoal está aí mais um capítulo da história de J.R , as coisas não estão nada fácil para ele, mas assim que é a vida. Espero que estejam gostando e ajudem nas dicas e comentários.