Olá meninas e meninos,
Desculpem o atraso na publicação, pronto mais uma história de nossa sagaz personagem e hoje com umas supresinhas. kkkkk
Divirtam-se comentem amo ler os comentários de vocês. Fernandinha Canedo, calma mulher eu vou postar... beijos querida amo seus comentários
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- Marcinho, após comer vamos escolher uma outra roupa para você e a Kelly vai te mostra nosso sítio.
A mesa era grande, cabia uns 8 a 10 lugares forrada com uma linda toalha e estava posta, com uma jarrinha de alumínio que eu imaginei ser o leite, em uma outra ponta uma linda garrafa de cor âmbar que pela fumaça saindo da tampa deduzi ser o café, ao centro tinha alguns pães, frutas, bolos e mais alguns doces que não sabia o que era, mas queria provar. Era um banquete bem farto, que não se via em minha casa, nem quando tínhamos visitas, não porque éramos pobres e sim devido a correria do dia a dia, mal parávamos em casa ou tínhamos tempo para fazer um café mais elaborado. Sentei na mesa, e logo após fui observada de perto pela Kelly. Dessa vez com uma voz mais acalentadora.
- Seja bem-vindo Marcinho – disse segurando o meu pulso – Espero que sua estadia por aqui seja muito boa para você. E vai ser bom ter alguém da minha idade para gente conversar.
Eu sorri para ela e fiz um sinal de agradecimento com a cabeça, estava com muita fome. Devido a tudo que aconteceu no dia anterior, não comi muito bem e aquela mesa farta e um bom café era tudo que eu precisava nesse momento. Durante o café conversamos amenidades, soube de algumas histórias do sítio, da infância da Kelly e até a trágica morte do meu tio após um acidente. Apesar do “luxo” a tia e a minha prima viviam do que o sitio oferecia e da venda de laranja, maçãs e uva que plantavam no sitio.
Após o delicioso café, fui levado pela minha prima para o quarto dela. Um quarto até bem ajeitado, a pintura na parede com um rosa claro, algumas poucas bonecas em umas prateleiras misturadas com livros. A cama era uma fofura, tinha um desenho na cabeceira bem sutil da Penélope Charmosa e era acolchoada, a cama mesmo desarrumada dava pra ver que as fronhas eram brancas e com estampas de rosas e pássaros. Ao lado da cama uma penteadeira rosa bem clarinho e um lindo espelho ovalado, me assustei com o tanto de coisas que tinha em cima, maquiagens, potes com pinceis, e muitos mais muitos batons. E claro um lindo e enorme armário de 8 portas, branco cada porta com um espelho.
- Primo primeiro preciso pedir desculpas, acho que fui um pouco infeliz com os comentários lá embaixo. Não foi uma boa primeira vez – Disse Kelly me abraçando. – É que as vezes sou meio direta e não meço minhas brincadeiras.
- Tudo bem prima, sou meio acanhado. E não liguei para o que você disse, apesar de tímido, logo me solto mais.
- Olha tenho muitas roupas femininas vai ser difícil achar algo unissex para você.
Ao se virar ela dá um sorriso de canto da boca, como se tivesse imaginando algo e vai logo pegando uma jardineira lindíssima preta de short, e me entregou dizendo.
- Vista isso! – entregando junto com uma baby look branca com um desenho de um pônei rosinha.
- Desculpa prima, sei que a intenção é boa. Mas eu não sei se vou vestir isso não – Disse tentando manter o resto de masculinidade que existia naquele momento
- Bom... então vai ter que andar com esse pijama calorento por aí ou se preferir ficar pelado.
Sem escolhas eu peguei e já ia me virando para sair quando ela fala.
- Ei tu pensa que vai vestir isso com o que por baixo? – E me mostra uma calcinha do mesmo modo da que eu usava só que dessa vez rosa – Ali tem um banheiro, se veste para eu te mostrar o sitio.
Peguei a calcinha meio sem jeito, por fora parecia meio contrariado, mas por dentro eu estava em uma euforia que eu nunca havia sentindo antes.
Ao entrar no banheiro, foi outra surpresa, tudo bem arrumado e impecável. Na pia alguns potes com escovas, pinceis e maquiagens, em outro alguns pentes e uma escova de cabelo, próximo a torneira tinha um pequeno pote onde tinha uma escova de dente rosa, uma pasta e um fio dental. O espelho era grande e quadrado, o box era quadrado todo de vidro verde-água belíssimo, após o encantamento, comecei a me trocar. A experiência de usar aquela calcinha era melhor do que a outra, primeiro por ser rosinha e porque essa ficava entrando um pouco na minha bunda, a outra era mais larga e mais folgada. Após vestir a jardineira, percebi que o short ficou bem justinho e por ser bem curtinho, um pouco mais de um palmo da cintura, me deixou ainda mais feminina. E para fechar o caixão do Marcinho, a baby look, o tecido era gostoso diferente dos tecidos de blusas masculinas de algodão, era mais geladinho e de um tecido que imitava lycra, confesso que fiquei um tempo me admirando no espelho. Juro não se via traço nenhum de menino naquelas roupas, acho que até por eu ter um cabelo um pouco grande, perto do ombro. Saio do banheiro e vejo a minha tia e Kelly me olhando incrédulas
- Desculpa, mas tem certeza que você é um menino? Vejo uma linda menina. Ficou melhor em você do que em mim, primo.
Sim, fiquei muito feliz com esse comentário, mas precisava disfarçar o indisfarçável.
- Oh prima é só uma roupa! Hehe - estava envergonhado mas consegui balbuciar algumas palavras
- Vamos preciso te mostrar o sitio – Disse Kelly pegando pela minha mão e me levando para fora do quarto. Ao longe só escuto a tia dizendo
- Não demorem para o almoço, meninas... – E riu.
O espaço era grande para um sítio, poderia dizer que era quase uma pequena fazenda. Kelly me mostrava empolgada cada ponto da fazenda, nas macieiras aproveitamos pra comer maçã e contarmos uma da vida da outra. Ela queria saber como era minha vida na cidade, ela contava também como era vida no interior, que não gostava muito das meninas por serem muito exibidas. Alguns passos mais na frente, ela mostrou uma arvore bem frondosa onde ela dizia que gostava de ler, ela acabou me confessando que foi ali que era deu o primeiro beijo. Vimos o celeiro, alimentamos as galinhas e ficamos vendo os bezerrinhos no curral. Apesar de está com ela e adorando o passeio, era impossível não sentir o vendo batendo nas minhas pernas desnudas, a calcinha entrando cada vez mais a cada caminhar, a sensação era gostosa não posso negar. Eu estava me entregando aqueles sentimentos, e isso estava estampando no meu andar, na maneira de gesticular ao conversar coma Kelly, quem observasse de longe. Eram duas meninas andando pelo sitio. E por falar em observação, eu tinha essa sensação que alguém nos observava, de longe. As vezes eu virava de costas e não via ninguém, mas sei lá eu pensava nisso direto. Achegamos em um pequeno morro onde do alto tinha uma linda arvore muito frondosa, de lá conseguíamos ver o pequeno vilarejo após os confins do sítio. Se via a igrejinha, a escola, umas ruas com alguns comércios era muito pacata, poucos transeuntes se viam nas ruas. De repente, Kelly me puxa novamente dizendo:
- Vamos Ma! A mãe já deve está com o almoço pronto, ela não gosta que eu atraso.
E lá fomos nós, no caminho conversávamos besteiras de adolescentes, quando estávamos próximo a escadinha que dava acesso a varanda escutamos uma voz que acelerou meu coração.
- Olá meninas...!
Quando eu virei era um menino aparentava ter uns 17 anos, mulato, dava para reparar que a barba estava crescendo, apesar do rosto um pouco sujo, era atraente, tinha um olhar castanhos e lindos. Estava sem camisa, apesar de jovem percebia os braços fortes e o corpo bem sarado, se via os gominhos do abdômen. Um verdadeiro Deus mulato, vestia uma calça jeans velha e estava montado em um cavalo muito bem cuidado branco.
- Oi Pedro... essa aqui... quero dizer esse aqui... – Nitidamente Kelly estava confusa no que dizer.
- Esse aqui é meu sobrinho, Marcio – chegou para me salvar, ou quase, a minha tia -veio do Espirito Santo está passando uma temporada aqui. – Marcio, esse é o Pedro filho de nossos caseiros.
Acenei sem graça e sem saber onde enfiar a cara.
- Ah me desculpe, eu de longe observava – pronto já sei da onde vinha a sensação de estar sendo observada - e vi duas meninas que eu achei que...
- Hahahaha Pedro, coitado do meu sobrinho. Ele está assim porque a mala dele ser perdeu e não tem nenhuma roupa.
- Posso tentar arrumar alguma roupa minha para ele.
- Não precisa meu bem, você é muito grande. Não caberia nele, você é bem mais forte e másculo.
Acho que a minha defesa por parte da tia estava ficando pior, eu não sabia o que dizer e nem conseguia olhar direito para ele, na verdade estava hipnotizada e admirando o corpo dele. Pela primeira vez eu sentia algo dentro de mim que não sabia explicar. Era uma sensação de desejo, que eu lutava ainda para não sentir, não queria sentir aquilo, mas era inegável que eu estava me sentido atraído por ele.
- Ah Dona Marly, uma pena. De longe vi uma linda menina passeando com a Kelly – Disse Pedro saindo cavalgando no seu cavalo.
- Ah Pedro seu paquerador – Disse Tia Marly suspirando e rindo
- Olha só! Mal chegou e já está abalando corações – Essa piada eu nem precisava dizer de quem foi.
E eu, bom eu mais uma vez, não sabia onde enfiar minha cara, mas tinha gostado do que ele disse no final, não vou mentir.
CONTINUA...
E aí o que será que vai acontecer? Será que rolou um clima de paquera? Saberemos no próximo episódio, na verdade nesse domingo eu estou pensando em soltar dois episódios, o que vocês acham? E quero dar sequencia ao conto A Modelo
Aguardem, beijos de luz queridos