Regina e a Irmandade – Um caso sério
Após o episódio com Idris ( o que parecia com ator de cinema), fiquei imaginando se Regina não estaria realmente era com saudades de Nguvu, ela realmente demonstrava um carinho especial por ele, talvez porque tenha sido o que participou do primeiro ritual com ela, talvez pelo vínculo dele com ela através das várias práticas físicas e psíquicas que experimentaram. Eu sabia que ela me amava, ela demonstrava isso diariamente, mas eu também sabia que devia respeitar o direito dela de realizar suas fantasias, o mesmo direito que eu tive a minha vida inteira como homem. Se eu pude fazer festas, surubas e orgias à vontade, por que ela não? Então, em um momento a sós, perguntei a ela: “- Você sente saudades dele?” “-De quem? Do Walter? “ “- Não, do Nguvu”.
“´- Ahhh....Por que a pergunta?” “Porque eu achei que, lá na praia, você estava querendo mesmo o Nguvu. Se não, teria feito o cacete do Idris ficar duro como uma rocha, com suas técnicas especiais” “- Eu não tinha pensado nisso, mas...” “-Mas o que?” “Mas eu estava tentando dar um tempo com ele, para a gente ficar a sós, nós dois” “- Por que? Você tem medo de estar sentindo algo mais por ele, ficando apaixonada?” “- Ah nãaaaooo, eu só amo você, você é o meu amorzão! O resto é fantasia, talvez seja bom até ficar na fantasia mesmo” “- Agora não dá, né, entramos nessa Irmandade e, para não rolar nada, só ficando trancados em casa...mesmo se viajarmos para Londres, alguém pode reconhecer a tornozeleira, e pelas regras, temos que usar. É um compromisso que assumimos”. “-Verdade. Ainda mais, eu mesma queria ver até onde poderia ir em termos de excitação e orgasmos.” ( como foi visto no capítulo I da “Sociedade Secreta do Sexo)
“- Mas eu vou confessar : tenho um afeto especial por ele, ele me faz sentir bem, eu gozo gostoso com ele. Eu gozava gostoso com o Walter também, talvez desse para fazer um ménage com os dois” Regina riu com a ideia. Mandei uma mensagem para ele, mas Nguvu, como advogado de renome, estava em uma viagem internacional.
“-Algum problema, amigos?” A resposta dele foi imediata. Ele realmente tinha um grande apreçopor nós ( ou por minha esposa).
“-Não, mas acho que Regina está com saudades suas”
“-Essa é uma notícia maravilhosa. Eu também penso nela sempre. Assim que voltar, eu aviso”. Mostrei a mensagem a ela, ela abriu um sorriso largo. “-Viu como eu sou gostosa? Viu como ele gosta de mim? Você é um sortudo, eu sou foda, admita!!” Ela tirou a camiseta que estava usando e ficou pelada, se jogando no meu colo, me abraçou e me beijou. “-Quero seu cacete agora!”. Fizemos amor gostoso. Ela sempre tem orgasmos múltiplos, desde que nós trepamos pela primeira vez. Antes, para ela era algo muito raro. E mesmo algumas amigas dela, para quem ela conta que já teve 48 orgasmos em um dia, acham que ela está mentindo. Claro que existem vários fatores: nós nos amamos, praticamos bastante ( essencial, hehe ), estudamos várias técnicas , usamos acessórios, detonamos vários vibradores até achar os melhores, procuramos criar um ambiente ideal... por falar nisso, estávamos arrumando o “local secreto” para nossos estudos e rituais. Como a casa é grande. Fizemos um no andar de cima, que também é o meu estúdio. Ainda não trouxemos ninguém aqui, o último ménage foi no meu antigo estúdio, que ficava em um apartamento que eu havia comprado para morar, depois virou o estúdio onde eu tinha meus instrumentos musicais, equipamentos e materiais de desenho e pintura.
Os dias passaram, e, em uma sexta-feira à tarde, recebi uma mensagem no celular :
“-Olá, preciso de um favor”. Era o Negão, Nguvu. Nesse caso, um pedido de favor dele era, na verdade, uma obrigação, em decorrência do que havia acontecido ultimamente.
“-Diga e já está feito”, respondi
“- Você pode me buscar no aeroporto? Meu carro apresentou problema, não vão poder me buscar agora”
“- Já estou saindo”, e corri para avisar Regina. “-Vamos sair agora ! Temos que ir ao aeroporto buscar Nguvu!”
“-Aimeudeus, estou desarrumada, só de camiseta, como é que eu faço?”
“-Você está sempre linda ! Vamos agora, pelo jeito ele tem pressa de alguma coisa!”
Regina pegou um vestidinho curto do guarda-roupa e veio comigo até o carro. Entramos e fomos rumo ao aeroporto, de onde morávamos não era muito tempo, apenas uns vinte minutos. Talvez ele tenha lembrado disso, talvez estivesse com saudades de minha esposa. Mas ela parecia feliz. No carro mesmo, tirou a camiseta e colocou o vestidinho, sem nada por baixo. Era costume dela andar pelada em casa, às vezes só colocava uma camiseta e mais nada. Mas estava linda do mesmo jeito. Mesmo assim, pegou um batom e um estojinho de maquiagem que havia no porta-luvas e deu uma arrumada no visual. Chegamos ao aeroporto, os passageiros estavam saindo após retirar as bagagens. Quando Nguvu apareceu, Regina foi correndo até ele, e lhe deu um longo abraço e um beijo. Ele parecia muito feliz de ver minha esposa ali.
“- Onde você precisa ir?” Perguntei
“- Nããão, vamos passar lá em casa antes!” Disse Regina
“- Regina, ele pode ter compromisso...”
“-Nada disso, primeiro vamos lá em casa tomar alguma coisa, você descansa e depois...”
“- Tudo bem”, ele disse. “- Hoje é sexta-feira, minha agenda de compromissos só começa na segunda. Pedi para vocês me buscarem porque meu carro realmente pifou, ficou muito tempo sem ligar e a bateria acabou, então , já que iria demorar para chamar o socorro, resolvi rever os amigos”. No primeiro semáforo que fechou, ela pulou para o banco de trás e abraçou o amigo, só que nessa movimentação, deixou ver que estava nua por baixo do vestido. Nguvu abriu um sorriso largo. “- Na pressa, saímos correndo, eu estava pelada e só coloquei esse vestidinho”. Ela ficou abraçada nele, sorrindo e fazendo carinho no rosto dele. Ele não resistiu e começou a passar as mãos grandes nas coxas de Regina. “-Eu tava com saudade” “- Eu também, minha linda. É impossível esquecer aquela noite em que você me fez gozar por tanto tempo” “-Você gozou gostoso? Gozou muitão?” “-Gozei, gozei muitão” Ela beijou ele nos lábios e sentou no colo dele, a bundinha nua direto na perna dele. Ele apertou a bunda de Regina. “Devagar, lembra...devagar...” Ele passava a mão na bundinha dela e certamente colocava o dedo no cuzinho dela “_De leve...assim...” ela suspirava. Felizmente, o isofilme dos vidros não permitia ver dentro do carro, ou os outros veículos estariam assistindo a um filme erótico, como eu via pelo retrovisor.
Regina e a Dança dos Sete Véus
Chegamos em casa, entre a ida e a volta do aeroporto, já estava escurecendo. Colocamos as malas do nosso amigo no quarto de hóspedes, e fomos para a sala. Regina providenciou as bebidas e aperitivos, conversamos um pouco, ele disse que não costumava ter muitos amigos, mas que considerava nossa amizade especial, que éramos duas pessoas também especiais por vários motivos, e queria que considerássemos uma proposta que ele iria fazer. Nisso, minha esposa interrompeu a conversa e disse: “- Antes de qualquer assunto sério , quero que vejam algo que preparei especialmente e apenas para vocês dois ! Fiquem aqui bebendo e aguardem !” Ela saiu e foi em direção ao nosso quarto. “- Então, qual é essa proposta? Fiquei curioso” “- Envolve uma viagem internacional relacionada, indiretamente, à Ordem, mas implica em muito mais que isso, então Regina precisa estar junto para que eu explique exatamente o que é.” “- Viagem internacional? Nossa, parece algo importante” “-Não se preocupe, não teria custo algum, todas as despesas seriam pagas pela Agência..” Ele silenciou após falar “Agência”. “– A sua empresa de advocacia?” Nisso, chega Regina. Ela apagou totalmente as luzes da sala. As cortinas “blackout” eram para isso, quando quiséssemos assistir filmes na tela grande da sala, como em um cinema. Mas agora, com certeza, era outra coisa. Propositadamente, ela deixou tudo escuro por um tempo, como que para criar um clima de suspense.
Um ou dois minutos escorreram, lentamente. Então, uma luz se acendeu no centro da sala ( Nossa sala tem várias luminárias , que permitem diversas combinações de luminosidade , controladas separadamente) . Regina estava ali, altiva, movimentando-se sensualmente, os pés descalços sobre o tapete macio, coberta com véus transparentes de várias cores. Ela ia fazer a Dança dos Sete Véus exclusivamente para nós. ( a descrição desta dança, com detalhes, e o significado, pode ser vista na parte XV do conto “A Sociedade Secreta do Sexo”). Ela, como havia feito naquela tenda, pegou uma taça dourada, com uma bebida que certamente era aquela usada no ritual, e a sorveu delicadamente com seus lindos lábios. A música que ela escolheu para a dança começou a tocar.
Os cabelos dela ondulavam suavemente , e movia os braços lentamente. Eu e nosso amigo estávamos sentados, já sendo hipnotizados pela graciosidade dos seus movimentos. Ela já apresentava uma luminosidade própria, talvez eu tivesse desenvolvido meus sentidos para observar isso, talvez qualquer um que a visse pudesse ver o mesmo.
Os meneios sensuais dos quadris dela , os movimentos das mãos, tudo nos envolvia. Então o primeiro e fino véu caiu aos belos pés de Regina. Uma luminosidade de cor violeta, como uma chama, era visível sobre a cabeça dela. Muito lenta e suavemente, caiu o segundo véu , depois o terceiro. A chama violeta , ao fluir para baixo, se tornava um azul escuro e depois mais claro . O corpo de minha esposa ia se deixando entrever, nesses suaves movimentos. Senti meu corpo estremecer , ela me olhou com aqueles lindos olhos verdes e sorriu docilmente.
Mais um véu caiu, revelando os lindos seios, mamilos endurecidos. Os movimentos agora eram mais sensuais, mais lascivos , quando ela tirou o véu e revelou o belo ventre. Eu e Nguvu estávamos imóveis, como que paralisados, quase sem respirar. Ao cair o penúltimo véu. As cores daquela aura de energia fluíam, brilhantes. E Regina, finalmente, sem hesitar, retira o último, ficando completamente nua à nossa frente . Estávamos paralisados, de verdade. Regina, novamente, parecia uma Deusa de tempos remotos.
Perdemos a noção do tempo, havia essa energia estranha no ar, a luminosidade diferente. Ela dançava lenta, sensualmente, se aproximando de nós dois, que estávamos completamente pasmos. Mesmo já tendo visto essa dança da outra vez, o efeito foi devastador. Minha esposa, nua, então se sentou aos meus pés . Eu a admirava dos pés à cabeça. Desnorteado, sem saber o que fazer, se a adorava como uma deusa ou se a agarrava selvagemente, eu apenas olhava... então ela se levantou suavemente, sentando no meu colo, e me beijou apaixonadamente. Senti seus seios macios de encontro ao meu peito. Ela suspirava baixinho, beijando a minha orelha e o meu pescoço. Eu a beijava, totalmente apaixonado, afinal ela era o que de mais precioso havia neste mundo. Ela, então, estendeu o braço ao nosso amigo, que apenas observavam, pasmo, e também beijou seus lábios. Nguvu a beijou carinhosamente. Ele foi tirando devagar a roupa, e eu fiz o mesmo. Tudo estava acontecendo como se fosse em câmera lenta, e com aquela energia fluindo no ambiente . Nguvu a acariciava, beijava seus seios, enquanto eu beijava a boca de Regina. Ela suspirava e gemia baixinho, para não dispersar aquela energia intensa que permeava tudo. Nguvu a acariciava com muito cuidado e carinho, e parecia que naqueles momentos em que ela pedia para fazer devagar, com suavidade e delicadeza, estava nos preparando para este momento. Enquanto pensávamos que ela estava apenas pensando em sexo, em maneiras diferentes de ter prazer, até mesmo brincando e se divertindo com isso, ela estava desenvolvendo seu controle dos campos energéticos envolvidos nas práticas esotéricas. Nosso amigo beijava e dava mordidas leves pelo corpo de minha esposa, que continuava no meu colo, me acariciando e beijando. Ela estava em êxtase, e já tinha pequenos espasmos em algumas partes, indicando que um orgasmo se aproximava. Mas era um orgasmo diferente, porque não estava havendo estímulo no clitóris, nem penetração. Era apenas a energia que fluía para cima e para baixo, ritmicamente. As carícias e beijos continuavam, e tanto eu como Nguvu estávamos imersos naquele verdadeiro mar de energia. Então, ela deixou a cabeça cair para trás, suspirando e estremecendo inteira, num orgasmo prolongado. Ondas de prazer percorriam todo o corpo de Regina, que brilhava como se estivesse em chamas. Ela gemia e estremecia por inteiro no meu colo. Nosso amigo a abraçava por trás agora, apertando-a contra si. Minha esposa sussurrava palavras desconexas o orgasmo dela continuava, seus músculos estremecendo levemente. Ela novamente parecia que ter entrado naquele estado de êxtase que poderia se prolongar por várias horas. O corpo dela vibrava, e ela permanecia com leves tremores nas pálpebras fechadas, a boca entreaberta. Eu a acariciava e beijava seus lábios, Nguvu a beijava de leve na nuca e nas costas. O tempo foi passando e Regina permanecia daquele jeito. Mas ainda era sexta-feira, ninguém tinha pressa de nada. Nem poderia ter.
“- Acho melhor não penetrar agora, da outra vez as coisas não correram muito bem...” Sussurrei para nosso amigo. “- Concordo, ela teve um orgasmo psíquico, sinto que toda essa energia deve ter alguma finalidade. Ela não comentou nada com você?” “- Não, algumas vezes em que perguntei sobre esses contatos com outros planos, ela apenas sorriu.” “- Existem ensinamentos que só nos são passados quando atingimos outros níveis. Regina certamente aprendeu coisas que talvez nenhum de nós tenha aprendido, coisas reservadas apenas para ela”. Cuidadosamente, levamos minha esposa no colo para o quarto e a deitamos lá. Ela ficou na cama, nua e linda, estremecendo de leve e sussurrando algumas palavras que pareciam de alguma língua muito antiga, a qual eu não fazia ideia do que fosse. “-É possível canalizar alguma Deusa antiga, ou isso é uma entrada no Inconsciente, entrando em contato com os Arquétipos?” perguntei a Nguvu “- Independente da interpretação dada, essas energias existem, e depende exclusivamente de cada um de nós fazer uso dessa energia para uma finalidade positiva”. Bom, estávamos envolvidos nessa energia imensa, que fluía por toda a casa. Tínhamos que manter bons pensamentos e tentar canalizar o que estávamos recebendo para coisas boas, ou estaríamos agindo como Meister, que alterou a realidade para seus objetivos egoísticos.
Mas, afinal, a magia sexual tem o poder de alterar realmente a realidade, ou ela altera a nossa percepção de realidade?
Regina vibrava, sua energia fluía e refluía. E eu só pensava no quanto eu a amava, e o quanto eu queria que ela estivesse segura e feliz. Nguvu me olhou, como se lesse meus pensamentos. “- Vocês são realmente especiais, e merecem toda a felicidade possível”, disse, colocando a mão no meu ombro.
Por vezes, ela parecia levitar na cama, mas podia ser apenas o efeito daquela luminosidade que vinha dela. Então lembramos que continuávamos pelados. Coloquei um quimono ( que eu havia trazido de uma viagem ao Japão), e emprestei outro ao nosso amigo. Sentados aos pés da cama, discutimos assuntos como a energia sexual , suas manifestações e efeitos , algumas técnicas que eu havia estudado...e finalmente eu contei o que realmente havia acontecido a Meister, de como eu havia feito a projeção astral e “incorporado” no Lobo Negro. Ele não pareceu impressionado. “-Desconfiei desde que aconteceu, aquele animal nunca atacaria Meister, havia sido muito bem treinado. Sei que não preciso dizer isso a você, mas essa técnica deve ser usada para defesa, nunca para prejudicar pessoas inocentes. Essa e outras técnicas que, tenho certeza, você já deduziu após ter conseguido isso”.
Como as horas passavam, enquanto ele ficava ali no quarto, eu trouxe umas cervejas e petiscos. Não vou dizer ( embora dizendo) que ficar admirando uma mulher lindíssima , nua , tendo orgasmos por horas seguidas, é muito melhor que qualquer cinema.
Acabamos cochilando, um de cada lado da cama. De minha parte, tive sonhos realmente estranhos, envolvendo deidades de vários povos, um fluxo de energia viva que se espalhava pelo Universo como uma revoada de pássaros, um ponto desse mesmo Universo onde galáxias se formavam e retornavam para se extinguirem e então reiniciar o ciclo, um deus egípcio que veio falar comigo e me avisar para ter cautela com determinadas coisas... bem nessa hora, percebi a mão de Regina me tocando suavemente. “- Pesadelo, amor? Você parecia agitado.” “- Não, não foi bem um pesadelo. Talvez um aviso”.
Nosso amigo acordou um pouco depois. “- Regina, sua dança foi maravilhosa”. “- Preparei tudo especialmente para vocês...já vi que gostaram”. Eu a abracei e beijei. Nguvu, então, disse: “- Como eu estava começando a contar antes, tenho uma proposta para vocês, que envolve uma viagem internacional relacionada, indiretamente, à Ordem, mas implica em muito mais que isso. É uma viagem a Londres, mas saibam que isto envolve um segredo muito maior que o de sua Iniciação”.