Regina e a Irmandade - O Portal de Ishtar

Um conto erótico de Paulo_Claudia
Categoria: Grupal
Contém 2100 palavras
Data: 30/06/2020 18:21:31

Antes de continuar a narrativa, tenho que fazer um comentário. Alguns leitores disseram que a narrativa estava “muito fantasiosa”. Preciso dizer que os contos são baseados em experiências reais. Quem nunca fez uma projeção astral nem recebeu uma “visita astral” pode não acreditar, nesse caso encare como um conto de fantasia. Mas quem entende do assunto, saiba que as histórias remetem a eventos que realmente aconteceram, embora nomes de pessoas e de grupos estejam mudados.

Val estava finalmente livre, em nossa casa, dormindo em nossa cama. Eu e Regina tomamos um banho, arrumamos algumas coisas, escolhemos roupas para nossa hóspede ( ela estava nua e não tinha absolutamente nada, se havia ficado algum dos seus pertences no mosteiro, não tínhamos como saber). Depois, fomos nos deitar, com cuidado para não acordá-la. Um de cada lado, ela no meio.

Acordei de madrugada com um braço sobre meu peito, e o rosto de Val colado ao meu, os lábios dela tocando os meus. O rosto dela estava úmido, ela havia chorado. Eu a abracei carinhosamente. O corpo perfeito e macio dela era algo indescritível. Regina percebeu, e também a abraçou por trás. Val suspirou, acho que estava ansiando por aquele contato real.

Ficamos assim, apenas abraçados, os corpos colados, por um bom tempo. Claro que meu cacete endureceu imediatamente, quando sentiu aquele corpo macio e lindo. Mas procurei me controlar, agindo como o cavalheiro que eu achava que deveria ser. Embora parados, eu sentia a energia que fluía no quarto, faixas coloridas que iam e vinham em espiral.

Val, provavelmente percebendo os ciúmes de Regina, virou-se para o lado dela e beijou-lhe os lábios. As línguas se acariciavam. Nessa posição, a maravilhosa bunda da nossa nova amiga encostou no meu cacete duro como pedra. Ela, sentindo a dureza, deu uma reboladinha para que meu pau encaixasse bem no meio das nádegas. Ela e Regina se abraçavam, acariciavam e se beijavam, enquanto meu cacete esfregava na bucetinha e no cuzinho de Val. A mão de Val, delicadamente, procurou a bucetinha de minha esposa, e passou a acariciar seus grandes lábios e o clitóris. Regina suspirava e gemia, abraçando forte e beijando apaixonadamente aquela linda mulher. Regina também começou a acariciar a bucetinha de Val, e eu, animado, passei a penetrá-la por trás, de ladinho. A excitação foi aumentando, e elas gozaram ao mesmo tempo, as bocas coladas, uma cena linda de se ver. Val rebolava a bundinha, e eu gozei em seguida, mas meu cacete continuou duro. Mudei de lugar e comecei a penetrar a bucetinha de minha esposa. Val continuava a beijá-la e acariciá-la. Regina teve um novo orgasmo, e continuamos nos revezando, o tesão era imenso. Ficamos por várias horas nos amando, nós três. O dia inteiro passou e nós continuamos ali.

À noite, as duas fizeram um jantar delicioso ( eu sou um péssimo cozinheiro) , que desfrutamos com um bom vinho tinto. Nossas afinidades eram tantas que continuamos trepando por dias seguidos. Fomos ao cinema na noite seguinte, fomos a um restaurante, éramos um “trisal” perfeito. Val ficava o tempo todo nua em casa, era o seu costume. Claro que isso já dava vontade de ir para a cama de novo, e era o que acontecia...os ciúmes de Regina pareciam ter amenizado, mas eu também fazia força para dividir minha atenção entre as duas.

Infelizmente, o que é bom dura pouco. Estava chegando a hora de nossa viagem a Berlim. Com a providencial ajuda de Bernard e da Agência, conseguimos toda a documentação de Val , ela viajaria conosco e depois retornaria ao seu país. Conseguimos uma vídeo chamada para o marido dela. O Sr. Rosselli, quando soube que ela estava viva, ouviu a notícia com lágrimas nos olhos. Mesmo após todo o tempo que passou, ele não havia passado um dia sem procurá-la. Ela disse que , felizmente, nós a havíamos acolhido muito bem e que a fizemos se sentir parte da família.

Na última noite, tivemos horas de sexo sublime. Mas com uma ponta de tristeza, porque nosso relacionamento a três estava chegando ao fim. Val nos beijou suavemente, e disse que nunca iria nos esquecer. Na manhã seguinte, nos arrumamos e partimos para o aeroporto. Val estava muito elegante, com uma roupa que Regina havia escolhido para ela. Regina não fazia por menos, estava lindíssima. Por onde passávamos, todas as pessoas reparavam, com certeza me considerando o cara mais sortudo do mundo.

Durante o vôo, elas conversaram muito, se acariciavam e se beijavam. Finalmente, o avião pousou no aeroporto de Tegel. O transfer era para um Hotel bem próximo da Alexanderplatz. E, por sorte, ainda tinha um restaurante ótimo a uma quadra do Hotel, onde se podia tomar cerveja naqueles canecos de 1 litro, e tinha um Eisbein excelente.

Recebemos um telefonema da Agência. A viagem de Val para seu país estava marcada, mas ainda tivemos tempo de nos despedir em grande estilo, com várias horas de sexo. As duas nuas, na cama , criavam imagens inesquecíveis para mim. E sabiam como me dar prazer intenso.

Enfim, chegou a hora e acompanhamos nossa amada Val até o aeroporto, ela iria finalmente se reunir com seu marido, que com certeza a esperava quase em desespero. Ficamos até ver o avião dela decolar. Regina tinha lágrimas nos olhos, admito que eu também.

Já de volta ao hotel, era impossível não rememorar o que passamos.

“- Amor, esse olhar vazio só pode significar que você está pensando nela”

“- Querida, pare de se preocupar. Eu amo muito você.”

“- Mas você não vai querer revê-la algum dia? ”

“-Não sei se o marido dela é liberal o suficiente , acho que iria perceber alguma coisa se fôssemos visitá-los... e duvido que ela queira voltar a se envolver com esoterismo, pelo menos por enquanto. “

Val disse , uma vez, que a realidade não é um fato único e objetivo, mas um caleidoscópio de possíveis interpretações desses fatos, diferentes pontos de vista, diferentes ângulos, detalhes omitidos e verdades ocultas. Nossas próprias recordações são um amálgama entre o que vivenciamos com nossos sentidos limitados e o que nosso cérebro recebeu, sendo percebidos de acordo com o que queremos ou entendemos . Realidade, recordações, sonhos e fantasias. Existe um momento onde tudo se mescla, e onde as diferenças se tornam tênues.

Eu tinha certeza de que tudo o que havíamos passado juntos não seria esquecido. Mas talvez as memórias fossem se misturando a outros fatos no decorrer dos anos.

A questão da “juventude eterna” de Val, e aparentemente também de Regina, também me vinha à mente. Será que tinha a ver com a energia sexual ou alguma outra coisa? Com o equilíbrio energético do organismo? Eram coisas que eu ainda teria que estudar.

No dia seguinte, aproveitamos para passear no Mitte, depois ir à famosa “Ilha dos Museus”. Ao que parece, o “Pergamonmuseum” e, mais específicamente, a “Porta de Ishtar” (uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo) e o corredor da procissão, guardado por leões, touros e feras míticas como os “Mushussu” eram, em certas épocas, palco de rituais sexuais secretos , onde era feito sexo ritual em homenagem a Ishtar, sobre a qual já comentei alguma coisa em contos anteriores. Então, aproveitamos para dar uma boa olhada no museu Pergamon e em tudo o que era relacionado a Ishtar, que , ao que parece , já tinha alguma conexão com Regina, ao menos no sentido arquetípico.

O que me preocupava um pouco é que, na “Dança dos Sete Véus”, Regina, ao representar a descida de Ishtar às profundezas do inconsciente, entrou naquele estado de “orgasmo permanente” cuja energia era tão intensa que levou Meister a querer usá-la para fins nefastos. E talvez tenhamos sido chamados a Berlim justamente por essa conexão com Ishtar. O que poderia acontecer, ao se reencenar um ritual de alta energia em um templo construído há mais de dois mil e quinhentos anos?

Obviamente, quando chegamos ao museu, fui em busca de locais onde poderíamos nos ocultar, quais as saídas existentes, e onde eu , mais especificamente, poderia ficar parado para fazer uma projeção astral caso necessário.

No caminho de ida e volta do museu ( preferimos ir a pé), havia vários carrinhos, parecidos com os de cachorro-quente brasileiros, só que lá vendiam salsichão e chopp. Achamos divertido. Claro que, como todo bom turista, conhecemos o que sobrou do Muro de Berlim, visitamos o Memorial do Holocausto, o Portão de Brandemburgo, e Regina pôde aproveitar para tomar sol pelada no Tiergarten, onde isso é permitido. Ela ficou completamente nua , e deitou sobre uma canga na grama. Obviamente, a beleza dela não passou despercebida .

Quando voltamos ao Hotel, já havia um recado para que nos encontrássemos com uma certa Fraülein Kant , que iria nos colocar a par de nossas atividades naquela cidade.

O encontro seria na Alexanderplatz, na “Berliner Fernsehturm” ( a Torre Panorâmica). Além de conhecermos mais um ponto turístico, a cerveja ali era muito boa, segundo constava.

Chegamos lá e escolhemos uma mesa. Logo em seguida, aproximou-se de nós uma loira alta, olhos azuis, certamente era Fraülein Kant.

“-Mas pode me chamar de Eva”, disse ela.

Como eu já imaginava, nossa missão em Berlim tinha a ver com o Museu Pergamon e a Porta de Ishtar. Um grupo ligado ao Conselho das Irmandades estava fazendo rituais ligados a Ishtar, até aí nada de mais. O problema é que a energia sexual gerada estaria sendo usada para influenciar pessoas-chave em altas posições de governos de alguns países, com o plano de iniciar uma guerra de consequências nefastas. Eu sabia bem que era possível, não apenas influenciar, mas até mesmo incorporar em uma outra pessoa e agir sem que ninguém soubesse que não era ela.

Para que pudéssemos nos infiltrar e participar dos rituais, teríamos que aprender tudo a respeito. Felizmente, Regina já havia aprendido várias coisas relacionadas à Deusa, e eu havia memorizado boa parte do lugar “in loco”, então o mapa que nos foi apresentado foi fácil de entender . Eu e Regina já tínhamos as pulseiras- e ela a tornozeleira- que nos identificavam como membros da Irmandade na Europa. Mas recebemos identidades novas, e recebemos um treinamento intensivo, que incluiu aulas de tiro. Nesse ponto, Regina se saiu melhor que eu, a pontaria dela realmente ficou muito boa. Eva a elogiou muito. Não pareceu dar muita atenção a mim, talvez ela gostasse apenas de mulheres. Mas a cultura alemã é diferente da nossa, eles são mais reservados mesmo.

Eva passou a nos instruir sobre como eram realizados os rituais nesse templo, mais especificamente dentro dos costumes desse grupo esotérico.

Os rituais eram relativamente complexos, envolviam cânticos, leitura de textos antigos, encenações de antigos mitos ; tradicionalmente, incluíam o sexo ritual com um estranho que colocasse uma moeda no colo da mulher que estivesse à frente do Portal. Mas , neste caso, houve uma adaptação, onde os Adeptos da Irmandade em questão eram os que escolhiam as mulheres para os rituais.

O ritual seria em uma noite de Lua Cheia, e quando o planeta Vênus estaria em uma posição mais próxima da Terra. E isto seria daí a duas noites, uma sexta-feira. Enquanto isso, deveríamos nos preparar para o Ritual, e algumas coisas deveriam ser providenciadas. Vênus está associado ao culto de Ishtar. Nesse meio tempo, Regina se preparou, revendo cuidadosamente o gestual e movimentos da Dança de Ishtar, que simbolizava sua descida ao submundo. Era algo potencialmente perigoso, como já escrevi antes, mas poderia ser necessário. Ela, quando fazia isso, como que se transformava, sua beleza se tornava algo irreal, deslumbrante, até um pouco assustador.

Durante o dia, aproveitamos para conhecer mais alguns lugares, como o museu DDR, o rio Spree, o Reichstag, e sempre aproveitando a excelente cerveja alemã e as comidas típicas.

Finalmente chegou o dia. Entraríamos junto com outros membros relacionados ao Conselho das Ordens, mas eles não sabiam que estávamos a serviço da Agência. Nossa missão seria identificar os monges que iriam ser responsáveis pela manipulação e canalização das energias sexuais do ritual.

Regina e eu fomos levados até o local à noite , junto com a comitiva, em uma limousine . O Museu estava fechado, e fomos conduzidos a uma entrada lateral oculta, que não era conhecida pelos turistas.

Ao chegarmos lá, a cena era impressionante: a iluminação especial dava à Porta de Ishtar um aspecto impressionante. O ritual iniciaria com uma procissão pelo corredor, aquele que era adornado com imagens de leões , touros e “Mushussu”.

Uma música muito antiga , que remetia a milênios passados, começou a tocar. Havia fumaça de incenso no ar, talvez mesclada com alguma coisa diferente, porque, subitamente, as imagens das paredes pareciam se movimentar. Será que os Guardiões do Templo de Ishtar iriam nos considerar intrusos?

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