A coisa estava complicada.
Estávamos em Londres, eu e minha linda esposa Regina. Após nossa iniciação na Sociedade Secreta, fizemos amizade com um Adepto de nome Nguvu, que na vida cotidiana era um renomado advogado de um escritório internacional.
Ele nos convocou para uma missão na capital inglesa, e soubemos que na verdade seu escritório fazia parte de uma “Agência” que seria um tipo de Serviço de Inteligência ligado a vários grupos, Ordens e Fraternidades ao redor do mundo. Isto porque havia grupos dissidentes que usavam os conhecimentos e técnicas ancestrais para fins escusos, incluindo sacrifícios humanos.
O que ficamos sabendo após estarmos metidos nessa confusão toda é que Regina seria a isca para um desses grupos, e eles planejavam raptá-la e sacrificá-la para roubar sua imensa energia sexual.
Havíamos saído da festa , aparentemente antes do final, e estávamos na Limousine rumo ao hotel.
“- Mas a festa acaba assim? Não há um ritual depois, para direcionar ou trabalhar toda aquela energia que vi circulando no ambiente?”
“- Se você foi capaz de perceber todo aquele fluxo de energia, então você está indo bem” disse Nguvu.
“-Mas a festa acaba assim, todo mundo cansado de tanto trepar e só?”
“- Não. Em um andar acima, os Altos Adeptos direcionam as energias sexuais do ambiente para fins altruísticos.”
Eu pensei, cá comigo, que se todos esses grupos realmente tivessem fins altruísticos mesmo, o mundo não estaria nesse caos em que vivemos... isso inclui igrejas de todo tipo, religiões...
“- Você deve estar duvidando, tenho certeza. Mas o fato é que, para cada grupo com fins altruísticos, existe um ou mais com fins egoístas. Para cada Regina, um Meister. Entende? Ordem e Caos. Yin e Yang. “
“- Entendo que a energia criativa do Sexo é uma das mais potentes do mundo. Através do Sexo, a humanidade existe, e todos os seres viventes. Em resumo, o Sexo é o que transmite a energia vital, a própria vida. Então, por que alguém iria querer tirar a vida de outra pessoa para roubar sua energia, em vez de simplesmente fazer sexo ?”
“-Por uma interpretação errônea dos mecanismos de energia. Como alguém que rouba e assalta em vez de obter seu dinheiro de forma honesta. As pessoas também interpretam de forma errada os livros antigos, Escrituras de diversas religiões... e por isso mesmo existe tanta confusão no mundo em que vivemos.”
“- Passamos de uma noite de sexo selvagem para discussões filosóficas”.
Regina e Diana, nuas, dormiam abraçadas no banco da Limousine, exaustas após horas de sexo.
Chegamos ao hotel. Antes de sair do carro, já haviam sido providenciados roupões para Regina e Diana. Eu e Nguvu colocamos as duas para dormir na cama do quarto de casal principal, e sentamos em duas poltronas.
“-Você me disse que o plano de rapto de Regina estava marcado para amanhã. Como sabe disso?”
“- Amanhã vai haver um ritual especial , secreto, reservado apenas para os circulos internos das Fraternidades, em uma das masmorras de uma das torres de um castelo que fica às margens do Rio Thames. Esse castelo é muito antigo, data do século XI, e nos séculos XVI e XVII teve a reputação de ser um local de tortura e morte. Rainhas e damas famosas foram executadas lá. “
“-Então é a...”
“-Não vamos citar nomes. Como eu disse, será um ritual secreto. Mas como o castelo é grande, nossa informação é que o plano é raptar a sacerdotisa que é o centro do ritual – no caso, Regina -e levá-la para outro ponto, onde o ritual oposto ao nosso estará preparado pelo grupo rival. Não vou aqui entrar em detalhes de como vários grupos obtêm acesso a essas dependências dos castelos, mas você deve saber muito bem que várias sociedades secretas fazem seus rituais onde bem entendem, desde que acionem os canais certos.”
“-Hum. Espero que saibam o que estão fazendo. Se alguma coisa acontecer com Regina, aquele episódio do Lobo Negro é o que de menos pior estou pensando para todo mundo”
Nguvu me olhou, com ar preocupado. “- Você não faz ideia do que está dizendo. Não sabe o que você pode desencadear se fizer isso.”
“- Depois daquilo, eu fiquei analisando como seria se, em vez do Lobo, eu tivesse...”
“- Não pense em como seria, meu caro. Você bem pode precisar disso hoje.”
Ele já sabia o que eu estava pensando. E, não apenas sabia o que eu poderia fazer , como esperava que eu fizesse. E a vida de minha esposa poderia depender disso”.
Olhei para Regina, que, nua, dormia abraçada a Diana. A noite seguinte poderia ser a nossa última. Então, deitei ao lado dela na cama e a beijei. Ela correspondeu.
Beijei seu rosto, seu nariz, suas orelhas, pescoço, e fui descendo.
Mordisquei seus mamilos, beijei seu umbigo, suas coxas, joelhos, pernas, demorei nos pés, lambendo as solas, os dedinhos, eu sabia que ela adorava isso. Depois, subi novamente até a bucetinha.
“- AAAiiiamor....você está taradinho ainda....”, disse, suspirando.
Eu lambia o clitóris dela e estimulava o ponto G com o dedo indicador. Ela abriu bem as pernas para receber minha boca e minha língua. Regina estremecia levemente. Diana, ao lado dela, dormia. E Nguvu apenas observava.
Regina gemia e suspirava, contorcendo-se de prazer. Eu lambia seus grandes lábios, chupava a bucetinha e voltava para o clitóris.
Passei a me concentrar no clitóris, mantendo o ritmo constante, para Regina isso era importante. Se mudasse, diminuía a intensidade da excitação. A cada lambida, um pequeno tremor no interior das coxas acontecia. Os tremores foram aumentando. Mais alguns minutos e ela endureceu as pernas, gozando forte, em seguida tremendo inteira. Ela gozava, muito intensamente.
Durante o orgasmo de Regina, o Negão se aproximou e a beijou na boca, avidamente. Ela se torceu inteira, em um orgasmo ainda mais intenso. Então, eu penetrei a bucetinha dela com meu cacete, enquanto Nguvu ainda a estava beijando. Ela teve orgasmos múltiplos.
Nesse momento, Diana acordou, Nguvu já estava quase em cima dela. Ela se abraçou a ele, e começaram a trepar. Nguvu estremeceu e gozou dentro de Diana.
Eu não. Evitei a ejaculação. Precisava da minha energia para alguma coisa que eu nem sabia se iria funcionar.
No dia seguinte, após o café da manhã, Nguvu levou Regina novamente ao salão de beleza reservado, e enquanto ela estava sendo preparada, reuniu-se novamente com membros de sua Agência, levando Diana. Eu fiquei no quarto do hotel, praticando algumas técnicas que estava estudando e desenvolvendo.
Eu sabia que o episódio do Lobo Negro não era algo tão simples. Às vezes, durante o sono, eu me via correndo pelo mato, caçando animais silvestres, e mesmo sentindo o gosto do sangue deles na minha boca. Como se tivesse restado algum vínculo entre a fera e eu. Mas eu precisava desenvolver e controlar isso.
Sentado na poltrona, entrei em estado de meditação. Isto durou alguns minutos. Senti meu corpo formigar e depois uma leve paralisia nos membros. Então, alguém bateu à porta do quarto.
A porta se abriu e, por um instante, eu estava olhando para mim mesmo, do lado de fora do quarto.
Logo depois, eu estava olhando da cama para a porta.
A camareira me olhou com uma cara de espanto, como se estivesse confusa e não soubesse o que estava fazendo ali. Então, era isso. Se fosse necessário, teria que dar certo.
Regina voltou do salão com uma expressão alegre. Estava ainda mais deslumbrante que de costume.
Os cabelos levemente cacheados, uma maquiagem leve que realçava sua beleza muito mais que o excesso de cosméticos. Unhas e pés perfeitos. Como se fosse uma divindade ou uma rainha... então lembrei da Torre e das torturas e execuções. Por que cargas d´água iriam inventar de fazer rituais exatamente nesses lugares?
Nguvu e Diana, por outro lado, pareciam preocupados. Se algo desse errado e acontecesse o pior, eles certamente teriam um inimigo a mais.