Ainda à tarde, a Limousine nos levou até as proximidades do castelo em questão. Nguvu estava vestido de terno, mas levava em mãos uma valise com o que -creio-seriam seus paramentos para o Ritual. Regina estava com um sobretudo branco, longo, e suspeito, completamente nua por baixo, levando na mão uma nécessaire com sua identificação e coisas para retocar sua maquiagem, se preciso fosse. Diana estava com sua roupa de couro preto, e eu, de terno. Fizemos um lanche rápido na margem do Rio Thames. Dava para ver perfeitamente a Tower Bridge, que estava se elevando para a passagem de um navio.
Havia um horário exato em que seríamos recebidos , primeiro na entrada do castelo, depois na Torre. Horário britânico. Nesse horário, visitantes comuns não estavam sendo permitidos, apenas os que tinham a identificação especial. Entramos eu, Nguvu, Regina, Diana e mais alguns membros , que eu não sabia se eram apenas da Irmandade ou também da Agência.
Andamos por longos corredores, descemos vários andares de escadas, mais corredores, e enfim chegamos ao local onde estava preparado o Ritual. Como membros da Irmandade e também seguranças, eu e Diana poderíamos assistir.
Um homem vestido com armadura medieval abriu solenemente a porta. O lugar era muito mais impressionante que aqueles onde eu e Regina havíamos passado nossa iniciação. Aquele, uma cópia dos ambientes antigos. Este, um castelo real com mais de mil anos de idade! Torres e masmorras com muitos séculos de história...
Antes de entrar na masmorra, tivemos que colocar túnicas com capuzes negros. Eu e Diana entramos primeiro. Dentro do local, havia um círculo de membros , todos também com vestes negras e capuzes. Apenas tochas e velas iluminavam o local. Era como uma viagem no tempo. Então, soou um gongo, e entrou Nguvu, com suas vestes rituais. Havia, no centro, uma mesa coberta com um tecido negro, tendo ao lado um cálice e uma adaga, algo muito parecido com o que eu havia visto antes ( ver capítulos anteriores).
A entrada de Regina era esperada. Certamente, totalmente nua, com a coleira cravejada de rubis e a tornozeleira e mais nada...
Alguns momentos se passaram, e nada. Corri para a porta, sem atentar a protocolo ou coisa alguma, pressentindo o pior. O homem com armadura medieval estava caído no chão, desacordado, bem como dois outros membros que acompanhariam Regina. Um enfeite de cabelo, que tinha o chip localizador, estava no chão. Alguém sabia disso. Eles a levaram!!
Nguvu arregalou os olhos, petrificado! Diana colocou as mãos no rosto. Olhei furioso para os dois.
“- Vamos!!”
“-Para onde? Perguntou Diana”. “Os guarda-costas foram neutralizados, ”.
Peguei meu celular e acionei o localizador.
“-Por aqui!” -gritei, e fui pelo corredor à esquerda. Diana, com ar pasmo, me seguiu.
“-Você acha que eles não vão perceber o celular?”
“- Eu não sou tão ingênuo como vocês pensam”, respondi.
Nguvu seguia com a gente, transtornado. Ele, que sempre tinha tudo sob controle, estava desnorteado.
“- Mas como..?”
Encontramos o celular de Regina no chão daquele corredor. A direção era a correta. Mas agora, para onde?
“- Eu lembrei que, a última vez que Regina perdeu o celular, o localizador apontou apenas alguns metros de distância ...”
“-Mas o celular dela está aqui!!” Diana respondeu, meio desesperada.
Mostrei a ela a tela do meu celular. Havia um outro sinal, a menos de 5 metros de nós.
“- Mas...”
“- O iPod. Sem ela saber, escondi o iPod no forro da nécessaire”. E acho que devem ter jogado o celular, mas espero que a nécessaire não de imediato.
Mas alguma coisa estava errada. O sinal aparecia, mas não havia nada nem à direita nem à esquerda.
“-Tem que estar por aqui. Talvez atrás desta parede, na tela é aqui . Eu lique os castelos tinham passagens e corredores secretos, tem que ser isso”
Nguvu concordou. “- Mas temos que ser rápidos, ou...”
“- Ou vocês estarão FODIDOS!” Eu comecei a apalpar as pedras da parede, procurando alguma maneira de abrir alguma passagem.
Diana, boa observadora, disse :
“-Esta pedra aqui parece mais desgastada nesta parte... pode ser que...” Ela tentou mexer de um jeito, de outro, e então houve um movimento, uma porta começou lentamente a se abrir.
A porta dava para um corredor paralelo. Um pouco à frente, estava a túnica branca de minha esposa, bem como a nécessaire. Só me restava rezar para que a masmorra onde ia acontecer o outro ritual estivesse perto.
Andei naquela direção onde a túnica havia sido jogada. Mais à frente, pareceu-me ver uma leve luminosidade, bruxuleante, como se fosse um lugar iluminado por velas. Fui para lá, procurando não fazer barulho, mas logo deixei de me preocupar, pois dali vinha um som lúgubre, alto, misturado com tambores. Cheguei ali, não havia porta, era uma entrada, um portal. Talvez, por ter corredores secretos, não precisassem de porta. Era uma espécie de anfiteatro todo de pedra, com um altar no meio. Desse altar, saíam canais de pedra, certamente serviam para fazer circular o sangue dos sacrifícios realizados ali. Ao redor do altar, várias pessoas de mantos negros e capuzes ( exatamente como eu estava vestido) aguardavam o início do ritual. Com certeza, deviam ter drogado Regina e esperado que as drogas fizessem efeito para a levarem.
E foi isso que aconteceu. Um monge todo de vermelho, com capuz, entra lentamente, puxando pela corrente dourada aquela linda mulher, Regina, completamente nua, que andava lentamente, em transe, apoiada pelo braço por outro membro, este totalmente de preto.
Fazendo gestos rituais, o monge de vermelho colocou minha esposa deitada sobre o altar de pedra. Ela estava de olhos abertos, mas parecia não ver nada. Respirava lentamente. Então, o que eu pensava ser um homem, o monge de preto, tirou sua túnica . Eu não conseguia acreditar. Era Diana, que estava totalmente pelada, com desenhos pintados em seu corpo. E o monge de vermelho também tirou a veste, revelando o Negão, Nguvu!! Ele também tinha o corpo completamente pintado com desenhos rituais.
Eu havia sido traído! Eu e Regina fomos atraídos para aquele lugar, e minha esposa seria sacrificada sabe-se lá para qual entidade!!
Eu estava desnorteado. Não podia acreditar naquilo, não podia ser verdade! Não havia a quem recorrer. Era pior que qualquer filme de terror ou pesadelo!
Regina estava praticamente anestesiada, deitada naquele altar de pedra. Ela foi massageada por Diana em alguns dos pontos secretos mencionados anteriormente, com o uso daquele óleo especial. Minha amada esposa parecia nem perceber o que viria a seguir. Completamente nua, cercada por vários homens vestidos com túnicas negras e capuzes, ela recebeu novamente pulseiras e tornozeleiras de couro , que foram presas a correntes pelo Negão . Estava com os braços e pernas abertos, formando um “X”. Os homens de preto, então, vieram um a um, a acariciaram e lamberam várias partes de seu corpo, em especial os pontos secretos, as nádegas , as solas e os dedos dos pés, ondek ela era muito sensível e se excitava com facilidade. Ela pareceu estremecer naquele estado de transe, os olhos verdes , no entanto, fitavam o nada. As carícias ados homens aumentaram, e lentamente ela passou a se contorcer, suavemente, naquela mesa. Então os homens, ainda acariciando Regina, olharam para o Negão musculoso, completamente nu, com desenhos rituais no corpo. Nguvu ya Kiume, o traidor. Ele pegou alguns objetos que já havia usado em rituais anteriores. Aquele falo curvo adornado, o plug anal que havia sido usado anteriormente, porém este era ainda maior e tinha uma imagem de caveira em vez de pedra preciosa como adorno. Sempre fazendo gestos rituais, controlando as energias do local, e Diana, a suposta espiã britânica, com um turíbulo nas mãos, desenhava com a fumaça naquele ambiente.
Minha esposa, agora, suspirava e se movimentava lentamente. Os estímulos naqueles pontos, o óleo especial, e aquele ambiente fizeram com que o transe fosse ficando mais superficial. Nguvu, então, pegou em suas mãos o falo adornado, lubrificado com o óleo, e o introduziu lentamente na bucetinha de minha mulher, que gemeu levemente. O outro objeto, introduzido com cuidado no cuzinho, pois era ainda maior que o anterior , também provocou suspiros e gemidos em minha esposa, não sei se desta vez era tesão ou desconforto.
O som da música lúgubre e do batuque aumentavam. Diana pegou a adaga, que certamente havia trazido da outra sala de ritual, e entregou a Nguvu que, pelado, subiu no altar e passou a fazer uma dança ritual em volta do corpo de Regina. Ora se abaixava, quase batendo seu cacete no rosto de minha esposa, ora fazia círculos, fazia gestos rituais com aquela adaga , passando com ela bem perto dela, dos seus pés, de suas pernas, ventre... achei que havia chegado o momento em que ele iria cravar a adaga no peito dela e acabar com tudo, mas não foi ainda o que ocorreu. Ela precisaria estar tendo um orgasmo para isso. A dança se intensificou, ele começou a passar o cacetão bem perto dos lábios de Regina, que abria os lábios instintivamente, querendo aquele caralho, sem saber da traição que ele havia cometido, e nem ter noção do que iria acontecer com ela. Mais um pouco, e o clima de tensão aumentou.
Diana, então, passou a massagear o sexo de Regina, seu clitóris, aumentando sua excitação, que estava acesa depois daquela dança erótica. Ela gemia e suspirava, num intenso transe sexual. Quando seu corpo começou a ter pequenos espasmos, sinalizando a proximidade do orgasmo, Nguvu se ajoelhou e, segurando firmemente seus quadris, começou a penetrar sua bucetinha. Como já estava no limiar do prazer, minha esposa teve o primeiro orgasmo. Ele bombava seu cacete, enquanto ela delirava. Gozou fortemente , suspirando e gemendo . Quando ela relaxou, ele parou seus movimentos, mantendo o caralho duro dentro dela. Enquanto isso, ele a acariciava, um ponto no espaço entre a bucetinha e o cuzinho. Este local foi massageado longamente pelo polegar enorme do Negão. Regina, amolecida, parecia sem forças. Nguvu, então, retirou seu enorme membro da buceta dela e, lubrificando-o com o óleo, passou a esfregar a cabeçorra no cuzinho de minha esposa. Ela gemeu, puxando as correntes, mas estava presa, assim como seus pezinhos. O cacete do Negão foi entrando, e ela teve mais um orgasmo, prolongado. Ele , então, ficou parado desse jeito por uns instantes, murmurando algumas palavras rituais, e estendeu a mão a Diana, que estava prestes a lhe entregar a adaga.
Alguns momentos antes, quando o Negão começou a penetrar o cuzinho de Regina, eu entrei em estado de meditação e , de repente, eu estava ao lado dele. Eu tinha a adaga na mão, eu havia conseguido entrar na mente de Diana. Isto provavelmente foi facilitado pelo fato de eu já ter feito sexo com ela, e sentido sua energia. Sendo isto ou não, eu tinha a adaga, e, com toda minha força, a cravei na mão de Nguvu, e em seguida atirei a adaga para onde estava o meu corpo físico. O golpe de adaga ter sido no peito, mas foi algo instintivo. Ainda dentro de Diana, ataquei os homens da primeira fila , que , surpresos, começaram a reagir. Voltei a mim, peguei a adaga que havia caído aos meus pés, e corri para soltar Regina. Os monges estavam estupefatos, olhando para a mão de Nguvu, que espirrava sangue, e para Diana, que não sabia por que estava sendo socada pelos outros. Um homem chegou perto para tentar me segurar enquanto eu cortava as pulseiras de couro, mas creio que furei o olho dele.
Então, aconteceu algo inusitado. Tiros . Tiros vindo de todos os lados. Homens armados e uniformizados, como se fosse uma tropa de elite, cercaram todo mundo.
Fiquei sem ter o que pensar. Peguei Regina no colo e fui o mais rápido que pude para um canto, enquanto os membros daquele grupo eram presos.
CONTINUA