Com uma fêmea dentro de si - Final
Sábado, 9 de dezembro de 2017
Éramos pouco mais de uma dúzia na Black Husky, com predomínio dos rapazes, o que nos levou a concluir que as garotas que haviam recusado o convite deviam estar engatilhadas nalgum relacionamento. O Ryan ficou ao meu lado o tempo todo, como se quisesse reviver de alguma forma o que havia rolado entre nós no passado. Mostrou-se gentil, atencioso, ofereceu-se para pegar minhas bebidas e, de vez em quando, apoiava o braço nos meus ombros, displicentemente, embora o fizesse com o tesão à flor da pele, o que constatei quando flagrei sua ereção, a qual ele não se deu ao trabalho de esconder.
Passava de uma da manhã quando, subitamente, notei que o Jeff entrava na cervejaria acompanhado de dois amigos. Por uns segundos senti meu corpo estremecer, não nos víamos desde o rompimento, estava na hora de encarar tudo de frente. Ele me viu assim que passou a vista pelo salão. Aguçou o olhar para o círculo de poltronas que estávamos ocupando num dos cantos do salão. Eu sabia pelo que estava procurando, e isso mexeu comigo. Ele também não havia me esquecido. Naquele momento, não sabia se devia estar feliz com isso, ou se me conscientizava que ambos ainda sofriam. Ele e os amigos tomaram apenas uma cerveja no balcão, não demoraram mais do que meia hora. Antes de sair, ele ainda se voltou para trás. Fiquei aliviado de ele não ter vindo puxar conversa. Seria embaraçoso demais explicar para a galera quem era aquele homem que fixava tão penetrantemente seu olhar em mim.
Domingo, 10 de dezembro de 2017
Era quase meio-dia quando acordei. Nevava lá fora. A casa estava imersa no silêncio, pensei que todos ainda dormiam quando a campainha tocou.
- Pai! Noah! Alguém vivo nessa casa? A campainha está tocando! Estou de pijama, dá para alguém atender? – não fossem o Champ e o Dexter latirem, teria ficado sem resposta.
Desci descabelado e sonolento como estava. Os cães arranhavam a porta e estavam agitados como se soubessem de quem se tratava. E sabiam mesmo, o Jeff de carne e osso. Foi quando o vi que despertei no mesmo segundo.
- É Ryan o nome do sujeito, não é, se me lembro bem? Era com ele que você andava para cima e para baixo nos tempos do colégio, eu o reconheci apesar da barba. – ele se atirou porta adentro, mal me dando tempo de sair de seu caminho.
- Do que você está falando? Que Ryan?
- Não se faça de sonso! Eu vi aquele braço nos teus ombros, eu vi como ele só faltava babar em cima de você. Esse sujeito não tinha ido estudar no Michigan? O que o fez voltar? Saudades do antigo namoradinho? – ele andava de um lado para o outro, seus punhos estavam cerrados e a raiva explodia como a tampa de um barril de pólvora.
- Você já tomou café? Vem até a cozinha, pois eu acabo de acordar. – devolvi.
- Me responde, Alex! Responde o que estou te perguntando, pelo amor de Deus, ou não sei do que sou capaz de fazer! – berrou ele, socando a parede.
- Eu vou responder, mas procure se acalmar, pois assim não vamos chegar a lugar nenhum. – ponderei, assustado com sua reação.
- Caralho! Eu não vou me acalmar, porra nenhuma! Você me deixou para ficar com aquele moleque? É isso, Alex? – ele estava tão próximo de mim, gesticulando ameaçadoramente, que o Dexter rosnou para ele, como forma de me proteger.
- Eu não estou com ninguém! O Ryan está passando uns dias com os pais e resolvemos nos encontrar com a turma do colégio. – expliquei.
- E aquele braço em cima de você, o que foi aquilo?
- Um gesto de afeto entre velhos amigos.
- Sei! Então quando nos encontrarmos daqui a alguns anos e eu enfiar minha rola no teu cu, também vai ser um gesto de afeto entre velhos amigos. – devolveu ele.
- Não seja irônico, por favor, Jeff! Você é muito importante para mim para que estejamos nos tratando dessa maneira chula. – argumentei.
- Eu sou importante para você, ora essa! Tão importante que levei um pé na bunda sem nenhuma explicação convincente. – retrucou ele. – Agora estou me lembrando de outra coisa. Na nossa primeira noite na cabana em Holland, você me disse que não era sua primeira vez. Sua primeira vez foi com esse sujeito, não foi? Foi ele quem te descabaçou! Confessa! – ele parecia estar se acalmando quando isso lhe veio à mente, e tornou a ficar furioso.
- Que importância tem isso agora? Estamos separados e eu não tenho nada com o Ryan além de uma amizade de colégio. – argumentei.
- Tem toda importância! Ele veio procurar o que deixou para trás, só um cego não vê isso! E você me deve uma explicação decente desde o dia em que me deu um pé na bunda. E eu quero essa explicação agora, Alex! – exigiu, em tom severo.
- É o que ele vai fazer, Jeff! Oi, seu tratante sumido! – interveio o Noah, que acabava de chegar da rua.
- Oi, Noah! Seu irmão está de caso com o colega que o desvirginou no colégio, você sabia disso? Se sabia e não me contou, você é um amigo que ninguém precisa ter. – afirmou agressivamente para o Noah.
- Coloque um ponto final nisso, Alex! Abra o jogo com esse maluco antes que ele vá parar num hospício. Conte a ele por que abriu mão do amor que ainda sente por esse babacão! – exclamou meu irmão.
- Contar o quê? Você ouviu o que eu disse, Noah? O Alex voltou com o namoradinho do colégio. Me trocou como se troca de meia. – repetiu o Jeff.
- Seus pais levaram o Alex a tomar essa atitude! E, sabe porquê? Por que ele é uma besta que te ama a ponto de abrir mão da própria felicidade para que você tenha a sua. – sentenciou o Noah em alto bom som. O Jeff desabou sobre uma das cadeiras do balcão da cozinha.
- Não vou te perdoar por isso, Noah! Juro que não perdoo! Você não podia ter feito isso. – esbravejei, voltando aos prantos para o meu quarto.
Era óbvio que o Noah não se daria por satisfeito enquanto não desfizesse todo aquele mal-entendido, enquanto não abrisse as portas para eu voltar a ser feliz. Sob o olhar pasmo do Jeff, ele revelou o que sabia sobre a conversa que eu tive com seus pais no dia de seu aniversário e, sobre a decisão de deixá-lo livre para encontrar uma garota como queriam os pais dele.
Segunda-feira, 11 de dezembro deligações do Jeff no meu celular. Nenhuma atendida.
Terça-feira, 12 de dezembro deligações do Jeff no meu celular, mais três mensagens no Whatsapp. Nenhuma atendida ou respondida.
Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Uma ligação do Jeff no meu celular às 06:45, não atendida por que estava dormindo. Uma mensagem do Jeff no Whatsapp às 09:00 horas da manhã – ESTOU INDO ATÉ AÍ, NEM PENSE EM NÃO ME ATENDER! VOU ATÉ O INFERNO PARA TE ENCONTRAR, SE FOR PRECISO. - duas caretas furiosas terminavam a mensagem. Esperei por ele com o coração na mão. Todo carro que passava na frente da casa me deixava sobressaltado. Quando ele estacionou a caminhonete na rampa da garagem, os cães correram ao encontro dele. A hora havia chegado!
- Oi! Eu só quero que você saiba que nunca foi minha intenção jogar seus pais ..... – antes que pudesse concluir a explicação, ele colou sua boca na minha e me apertou em seus braços com tanta força que pensei que fosse quebrar minhas costelas.
- Está sozinho em casa? – grunhiu, praticamente sem tirar seus lábios dos meus.
- Sim, porquê? – indaguei incrédulo.
- Vamos subir! – não era uma sugestão, mas uma ordem.
Só vi minhas roupas voando pelo ar à medida que ele me despia e a si próprio. Abrindo mão da delicadeza com que sempre me tratou, o Jeff me lançou de bruços sobre um dos cantos da peseira da cama, de tal forma, que uma perna ficou de um lado e a outra do outro. Ao olhar para trás para recriminá-lo pela grosseira intempestiva, só consegui ver ele vindo para cima de mim com o cacetão duro. As duas mãos dele se fecharam ao redor da minha cintura e ele comprimiu meu corpo contra a cama, cerceando minha defesa e me encurralando. Quanto senti o toque das coxas dele contra as minhas e, uma única pincelada daquela pica no meu reguinho, já era tarde. A penetração abrupta e certeira meteu aquele colosso todo no meu cuzinho.
- Aaaaaiiiii .... aaaaiiii .... aaaaiiii, Jeff! – gritei, ao mesmo tempo em que meus esfíncteres se contraíram num espasmo violento. Eu mal conseguia respirar.
Com o cu travado ao redor de sua rola grossa, comecei a sentir as primeiras estocadas, brutas, vorazes, impiedosas e selvagens.
- Aaaiii, Jeff, está me machucando! Para! – gani, sem que ele me desse ouvidos, enquanto bombava meu rabo e apertava suas mãos contra meu ventre.
- Quem é o único macho que você ama? – grunhiu ele.
- Aaaaiiii, Jeff! Eu não estou aguentando! Por favor!
- Vamos! Quem é o macho que você ama?
- Você! – balbuciei com a voz trêmula pelas estocadas profundas.
- Eu não ouvi?
- Você, Jeff, você! Eu amo você!
- Você vai se afastar do macho que você ama mais alguma vez?
- Aaaaiii, Jeff, você está me arrebentando!
- Responda! Vai se afastar de mim por um motivo fútil, sem me dar explicações?
- Eu não queria .... – Ele me fodia com tanta força que pensei que fosse desmaiar.
- Sem rodeios! Vai se afastar?
- Não! Não vou! Mas para de me machucar, está doendo, Jeff! – finalmente, minha voz chorosa surtiu efeito, e ele foi aliviando a pressão.
Ao ouvir as portas do carro batendo dentro da garagem, soube que meu pai e o Noah haviam regressado. Não demoramos a ouvi-lo chamar.
- Alex! Você está aí em cima, Alex! A camionete do Jeff está na rampa, ele está aí com você? – como não obteve uma resposta de pronto, voltou a chamar.
- Você está me ouvindo, Alex? Vocês estão aí em cima?
- Já estamos descendo, Sr. Butler! – respondeu o Jeff, pois eu só conseguia gemer enquanto ele me fodia.
- Seu macho sou eu, está me entendendo?
- Estou! Você deixou a porta aberta, eles vão nos ver aqui nessa situação, por favor, Jeff, eu preciso descer.
- Prometa que nunca mais vai fazer outra besteira como essa. Você sabe que não posso ficar sem você!
- Prometo! Eu te amo, Jeff! Só queria fazer o melhor para a sua felicidade. – gemi.
- A minha felicidade é ao seu lado e, aqui dentro! – rosnou ele, metendo o caralhão até o talo, o que o levou a gozar. Eu estava aliviado por ele ter sucumbido ao clímax, pois estava totalmente sem forças para continuar levando vara no cu. – Você vai casar comigo, Alex! Guarde bem isso, você vai se casar comigo! – repetiu, antes de tirar a verga ainda gotejando porra do meu ânus.
Eu mal conseguia me mover. Tentei fechar as pernas, mas a dor no períneo não permitiu. O Jeff se vestiu e desceu, enquanto sua porra vazava do meu cuzinho arregaçado. Todo meu corpo tremia, e eu tentava assimilar o que tinha sido aquilo, o que tinha dado nele para agir dessa maneira.
- Olá, Sr. Butler! Oi, Noah! – Avise seu filho que vou me casar com ele, Sr. Butler! Pode começar a preparar a festa de casamento, pois quero uma festança! Diga a ele que vamos nos casar! – exclamava o Jeff ao passar pela cozinha rumo à saída dos fundos.
- Não é você quem deve dizer isso a ele? Aonde vai só de camiseta, meu rapaz? Está fazendo menos quinze graus lá fora! Quer pegar uma pneumonia? Tome uma taça de vinho conosco! – retrucava meu pai, enquanto o Jeff continuava seu caminho rumo à porta sem se deter ou prestar atenção nas palavras dele.
- Vou me casar com o Alex, Sr. Butler! Deixe isso bem claro na cabeça dele! – repetiu, já do lado de fora da casa. O Noah e meu pai se entreolharam e caíram na risada, se questionando o que tinha dado no rapaz, que bicho o tinha mordido.
Tão logo consegui dar alguns passos, comecei a descer a escada cambaleando, temendo que minhas vísceras saíssem pelo cu dilacerado. Meu andar trôpego foi o suficiente para que meu pai e o Noah deduzissem o que tinha acontecido lá em cima. O Noah deu uma risadinha marota e sarcástica. Ia fazer um de seus comentários que me deixariam ainda mais vexado do que já estava, encarei-o enfurecido, o que bastou para ele desistir do gracejo.
- Pelo que estou vendo vocês reataram, não foi? O Jeff passou por nós como se estivesse tendo alucinações. Que história de casar é essa? – questionou meu pai, a quem eu não tinha coragem de encarar com as entranhas encharcadas de porra.
- Não sei se reatamos! Esse sujeito é maluco! – exclamei. Os dois voltaram a rir.
- Acho que o Jeff usou um meio pouco ortodoxo para reatar com você, e falar em casamento. – gracejou o Noah, irônico.
- Deixe suas gracinhas para outra hora! Já me basta ter que aturar aquele destrambelhado! – censurei.
À noite, o Jeff me ligou no viva-voz do Whatsapp. Eu já estava na cama, tive que tomar um analgésico e um anti-inflamatório para suportar o estrago que ele fez no meu cuzinho. A cara risonha e debochada dele me irritou.
- Tudo bem com você, amorzinho? – começou, todo dengoso.
- Estou puto com você! – revidei
- Não devia, sou seu grande amor! Você mesmo me confessou, não foi?
- Nem vem, você sabe muito bem do que estou falando! Eu tenho o dia de amanhã repleto de coisas para fazer na faculdade e no estágio, como é que você acha que vou dar conta de tudo nesse estado? – questionei zangado.
- Ainda está dodói?
- Cínico! Desalmado!
- Teu pai te falou que te pedi em casamento? – indagou, jocoso
- Quem é que vai levar suas maluquices a sério?
- Você vai se casar comigo por que me ama, você sabe disso!
- Até amanhã, seu .... seu....! Tchau! – antes de desligar o celular ainda ouvi sua risada.
Quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Meu pai, o Noah e eu estávamos assistindo a um especial de Natal na TV após o jantar quando o Jeff apareceu.
- Estou aqui para pedir seu filho Alex em casamento, Sr. Butler! – disse, ao que meu pai riu.
- Entre meu rapaz! Que brincadeira é essa? Até ontem vocês estavam brigados, e agora querem casar. – sentenciou.
- Já fizemos as pazes, não foi, Alex? – questionou, piscando para mim. O Noah não conteve a risada.
- Ele me ama, Sr. Butler! Esse pilantra me ama tanto que quis me abandonar devido a um mal-entendido com meus pais. Mas agora já está tudo certo! Em breve vou chamá-lo de sogrão! – gracejou.
- Olha o respeito, rapaz! – devolveu meu pai, rindo. O afeto que ele tinha pelo Jeff lhe dava essas liberdades. – Você sabe que eu apoiei a postura do Alex, não sabe? Ninguém é feliz criando desarmonia numa família. – sentenciou meu pai, agora sério.
- Precisei ter uma conversa séria com eles, sabe Sr. Butler. Nem todos os pais são como o senhor. Mas colocamos todos os pingos nos ‘is’ e tudo ficou certo. E para ter a certeza de que ninguém vai recorrer à velhas amizades para suprir a minha falta, é que estou aqui para falar de casamento. – disse o Jeff
- Que velhas amizades? – inquiriu meu pai
- Nada não pai! Não dê ouvidos às bestagens desse maluco!
- Brincadeiras à parte, eu gosto muito de você Jeff, se o Alex pensa em viver a seu lado, terá meu total apoio. – afirmou meu pai.
- Ele pensa sim! Aliás, é só o que ele quer. – retrucou o Jeff provocativo, abrindo um sorriso para o meu lado.
Janeiro de 2018
Os pais do Jeff promoveram um jantar no qual estavam dando seu aval para o nosso namoro continuar. Quiseram se desculpar comigo, mas não os deixei passar por esse constrangimento, uma vez que percebi que me viam com outros olhos desde a nossa última conversa. Não sei quais foram os argumentos que o Jeff usou para mudar a opinião deles sobre mim, mas eles foram eficazes.
Era meu último semestre na faculdade. Eu estava tão engajado no estágio que constantemente ouvia rumores de uma provável contratação após o término da faculdade. Em casa, a única novidade vinda com o início do novo ano, foi o namoro do Noah. Pela primeira vez ele trouxe uma garota para dentro de casa e a apresentou como namorada. Fiquei feliz por ele, pois até então, ele ciscava por aí até se enfadar parecendo nunca estar contente com seus relacionamentos. A Elisa era uma garota especial, tinha o tino para mergulhar na essência das pessoas e fazê-las aflorar o que tinham de melhor. Com essa capacidade aguçada e inata, não lhe foi difícil conquistar os meandros do coração do Noah. Para o meu pai foi como ganhar uma filha, e para mim, como ter uma irmã. Ter novamente uma mulher em nossas vidas foi a confirmação de que a vida é um ciclo que se renova. Desde a morte da minha mãe, esse ciclo havia se rompido e tivemos que aprender a viver com a dor dessa perda. Enquanto isso, o Jeff não falava noutra coisa que não fosse o nosso casamento. Qualquer insinuação minha para não nos precipitarmos, de nos estabelecermos profissionalmente primeiro, ou de simplesmente curtirmos um pouco a vida antes de assumirmos essa mudança radical em nossas vidas era motivo dele se zangar comigo. E, para deixar evidente seu descontentamento com essa minha postura retardatária, ele se valia do prodigioso instrumento, com o qual a natureza o presenteou entre as pernas, para me demover da ideia de protelar aquilo que já estava mais do que consumado carnalmente. Como essa tática havia funcionado para reatarmos o namoro, ele passou a usá-la toda vez que queria deixar claro que era o homem que me faria feliz. Essa certeza eu já tinha a tempos, mas convencê-lo disso não era tarefa fácil.
Julho de 2018
Meu primeiro verão sem a condição de estudante e, portanto, sem grandes possibilidades de gozar férias descompromissadas. Logo nos primeiros dias do mês, fui surpreendido com uma carta da maior concorrente da empresa onde eu estagiava, me convidando para fazer parte de seu quadro de funcionários. A origem dessa carta estava em alguns encontros que tive com um engenheiro que atuou em projetos tocados conjuntamente pelas duas empresas. O nome dele era Larry, um boa pinta indócil e tarado que não escondia sua dificuldade em manter o pinto fora de algum buraco, além de ter um faro tão aguçado para realizar essa sua necessidade que mais parecia um urso farejando por uma fêmea no cio a quilômetros de distância. Foi essa habilidade que o intuiu sobre a minha condição. De repente, ele se viu diante de uma possibilidade totalmente nova para suas taras, e eu passei a me empenhar em driblar seu assédio. Ao mesmo tempo em que estava inclinado a aceitar a proposta de emprego, ficava pesando os prós e contras que isso teria sobre minha relação com o Jeff. A menor desconfiança de que o Larry estava interessado em usufruir das minhas potenciais qualidades seria uma verdadeira catástrofe.
- Case-se com o Jeff! Você sabe como ele é, enquanto não ficar sacramentado para todo o mundo que ele é o seu homem, ele não vai te dar um minuto de sossego e, quem estiver a sua volta está sujeito a se tornar o maior inimigo dele. – aconselhou o Noah, quando me abri com ele.
- Não posso permitir que ele comande minha vida dessa maneira! Ou ele acredita no meu amor, ou nunca teremos paz. Ele precisa aprender isso. – devolvi.
- Então, maninho, boa sorte! Por que você vai precisar para convencer aquele tinhoso disso.
- Ele que esperneie! Não abro mão dessa postura. – concluí.
A esse embate com o Jeff surgiu outro, só para completar meus problemas. Uma visita surpresa do Ryan num domingo quando comemorávamos o aniversário do Noah com um churrasco em casa. Eu não o tinha visto mais desde aquele nosso encontro com a galera do colégio no Black Husky, e sempre foi difícil esconder a alegria que eu sentia ao reencontrá-lo, não tanto pelo que rolou sexualmente entre nós, mas por aquela amizade descompromissada e ingênua da adolescência. E, era exatamente desse clima amistoso que o Jeff não gostava.
- Você não me disse que convidou seu ex-namoradinho! – reclamou o Jeff, depois de eu ter sido abraçado carinhosamente pelo Ryan.
- Não comece! Você bem viu que ele apareceu de surpresa sem saber que estava rolando uma festa. Como um velho e querido amigo da família sempre será bem bem-vindo.
- Claro! Foi o maravilhoso e querido Ryan que inaugurou o caçulinha da casa! Vamos recebê-lo com todas as honrarias! – ironizou.
- Não seja cínico, amor! Você se atenta a um único detalhe e fica batendo sempre na mesma tecla.
- Acontece que esse não é um detalhe qualquer. Esse é tão somente um detalhezinho sem importância que só envolveu o cacete desse sujeito abrir o cuzinho de quem eu amo para todas as novidades e possibilidades sexuais. Isso, apenas isso, algo tão banal, não é? – questionou com sarcasmo.
- O fato de hoje eu te amar mais que tudo nessa vida não tem importância alguma, não é? É no meu passado que você quer encontrar provas para o seu ciúme. – argumentei. Ele se tocou que estava pisando na bola.
- Caralho! Não consigo me controlar quando vejo esse cara perto de você. Não é fácil fingir e fazer uma social com o macho que já teve a pica encapada pelas preguinhas que são só minhas. Tenta entender! – isso era um pedido desculpas, meio torto, mas era.
- Veja o contrassenso das tuas afirmações, são só suas, você mesmo admite e, não apenas elas, mas o meu amor e todo meu ser são única e exclusivamente seus. – ele fez aquela carinha de menino desolado, que ficava um charme naquele macho imenso e viril, e que só conseguia aumentar minha paixão por ele.
- Amo você! – balbuciou, encabulado e cabisbaixo. – Sou uma besta, não sou?
- É, é a besta mais fofa e querida que eu podia desejar. – respondi, ele me sorriu e foi se juntar à rodinha onde meu pai, o Noah e o Ryan trocavam suas experiências como mestres da churrasqueira.
- Parecem crianças, não é? – questionou-me, subitamente, a Elisa que apareceu ao meu lado imediatamente após a conversa com o Jeff.
- Sim, parecem, sim! – respondi um pouco perdido, não sabendo se ela se referia ao que eu acabava de conversar com o Jeff, ou se tinha haver com o papo que rolava ao lado da churrasqueira. Cheguei a ficar sem-graça só de imaginar que ela tinha ouvido aquela conversa.
O fato de o Jeff não ter partido quando a festa acabou, já me sinalizou que ele queria me enrabar naquela noite. Eu ainda ficava constrangido, diante do meu pai, quando ele passava a noite em meu quarto; embora meu pai nunca tivesse feito qualquer tipo de comentário quando, na manhã seguinte, nós descíamos com um atestado estampado em nossas testas afirmando que rola e cuzinho tinham comungado peripécias sexuais. Foi exatamente naquela noite, depois de ter chupado demorada e carinhosamente a verga do Jeff, de ele ter me fodido com a firmeza e cuidado que só o amor verdadeiro consegue imprimir ao ato, que eu tomei uma decisão. Pautado no que ficara em suspenso desde o dia em que descobri que havia uma fêmea potencial e completa dentro de mim, resolvi que me submeteria a cirurgia para efetivamente me tornar uma mulher antes do casamento. Não era para que ninguém em particular se mostrasse menos contrário à nossa união, ou para não expor o Jeff socialmente a nenhum tipo de constrangimento, era tão somente por nós dois, pela vontade cada vez maior que eu tinha de dar um filho para o homem que tanto amo.
- Sei que você não vê a hora de nos casarmos, mas eu quero dividir com você uma questão que vai impactar em todo nosso futuro. – participei ao Jeff.
- Não me venha com alguma desculpa para adiar ainda mais o casamento! Você está me enrolando! – esbravejou, já nas minhas primeiras palavras.
- Dá para me ouvir, sem assumir uma postura de leão prestes a enfrentar uma disputa por território e fêmeas? – questionei, ele se desarmou e veio me beijar para demonstrar seu arrependimento. – Quero saber o que acha de eu fazer aquela cirurgia para efetivamente me tornar uma mulher, uma vez que ela está aqui dentro desde que nasci? – indaguei.
- Por que isso agora? Eu te desejo e te amo exatamente como você é! Não quero que você se sacrifique por nada para me agradar, eu estou mais do que satisfeito com o jeito como você é. – respondeu ele, tomando-me em seus braços para provar o que estava afirmando.
- Eu sei disso, amor! Só acho que na condição de mulher nossa união não seria tão questionada, isso facilitaria nossa vida em muitos aspectos, não concorda? Além disso, nesses últimos tempos, toda vez que você está dentro de mim, eu sinto um desejo enorme de poder ter um filho seu. – revelei. Ele abriu o sorriso imenso.
- Não me importa e, nunca fez diferença alguma o que os outros pensam sobre nós. Eu te amo do jeitinho que você é, tesudo, gostoso e cheio de amor para dar. Fico desesperado só de pensar que pode acontecer alguma coisa com você durante uma cirurgia dessas. Eu não vivo sem você. – retrucou ele.
- E eu ter a chance de ter um bebê seu não te diz nada?
- Te inseminar e ver essa barriguinha linda crescendo com um filho meu aí dentro me deixa maluco! Isso não nego. – ele passava a mão no meu ventre de modo tão carinhoso que eu precisei me conter para não chorar.
- Quero fazer a cirurgia, e quero poder segurar nessa mão para me dar coragem de enfrentar tudo que tiver que enfrentar. – afirmei, tomando sua mão entre as minhas e a beijando.
- Eu sempre estarei ao seu lado, sempre! Te amo cada dia mais! – exclamou, emocionado.
Meu pai recebeu a notícia como se tivesse recebido um soco na barriga. Não disse abertamente o que sentia, mas seu receio era o mesmo que o do Jeff, o de que algo poderia me acontecer. Quando pedi seu apoio, ele o concedeu com a mesma generosidade de sempre, embora aquelas rugas de preocupação estivessem presentes em sua testa.
- Enquanto seus órgãos genitais masculinos pareçam quase normais, a despeito da criptorquia bilateral e do micro-pênis, que levou seus testículos, retidos intra-abdominalmente, a não produzem testosterona suficiente para desenvolver barba e voz grossa, você tem um útero, colo do útero, ovários e trompas perfeitamente funcionais, o que é um bom indicativo para a cirurgia de redesignação. – afirmou o médico, diante do Jeff que segurava minha mão e do meu pai que o ouvia com o coração na mão, após estar de posse dos resultados da batelada de exames que solicitara.
Não havia dúvida de que eu era o mais confiante no dia agendado para a cirurgia e, era nessa minha confiança que tanto o Jeff quanto meu pai e o Noah se espelhavam para não demonstrar suas preocupações. Ao me levarem ao centro cirúrgico, já um pouco dopado, o Jeff me beijou com tanta emoção e carinho diante da afirmação de que ele não poderia passar daquela porta que eu tive mais do que certeza que tinha tomado a decisão acertada.
Para alívio e felicidade de todos, eu voltei sonolento ao quarto após o procedimento, com a confirmação do cirurgião de que tudo havia transcorrido normalmente e, que os dias que se seguiriam seriam para um acompanhamento mais de perto de toda a equipe multidisciplinar envolvida no caso. A raridade do caso despertava a curiosidade de muitos profissionais. Eu só não gostei quando ouvi que seriam duas semanas, pois queria estar em casa com a sensação de ter deixado para trás toda uma vida ambígua e cheia de percalços.
Os primeiros dias de recuperação preso àquele leito foram os mais complicados. Urinar sentado, quando sempre havia bastado segurar o pintinho e mijar, sentir o efeito dos hormônios que me aplicavam atiçar as células dos meus peitinhos e fazê-las se multiplicarem criando um embaraçoso e sensual contorno neles, bem como ter aquela fenda entre as coxas, para a qual o Jeff olhava cheio de tesão, obrigando-o a ajeitar o caralhão dentro da calça cada vez que vinham me trocar os curativos, era um mundo novo que eu descortinava dia-a-dia.
- Você já era lindo! Agora está ainda mais lindo! Estou me apaixonando por quem já estava perdidamente apaixonado! É a coisa mais maluca que já senti. – confessou o Jeff, que não saía do meu lado.
- Fico feliz que tenha gostado! Mais do que a cirurgia, do que eu mais tinha medo era de perder o seu amor. – revelei.
- Isso nunca vai acontecer! Independente da sua aparência, eu sempre amei e vou amar esse Alex que está aí dentro, foi por ele, ou agora ela, que me apaixonei perdidamente. – afirmou ele.
Poucos dias antes de receber alta, dava para perceber o quanto à perigo o Jeff estava. Inquieto, caminhando de um lado para o outro pelo quarto do hospital, sem paciência para folhear uma revista por mais de alguns minutos, ajeitando constantemente o caralho na calça que parecia nunca encontrar uma posição confortável, arregalando os olhos famintos sobre o contorno sensual do meu novo corpo, bufando de tédio a espera de o médico liberar seu acesso ao recém-criado brinquedinho entre minhas coxas, tudo parecia não acontecer no tempo em que ele precisava. No dia da alta, um enfermeiro entrou para remover as últimas suturas da minha vagina.
- O senhor pode sair por um momento para que eu possa remover os pontos? Depois disso, você está liberado, Alex! – disse o enfermeiro.
- De jeito nenhum! – exclamou o Jeff, de supetão, o que me fez cair na risada e, assustar o enfermeiro.
- Deixe-o ficar, não tem problema! – intervi, pois conhecia não só o ciúme do Jeff como a vontade de admirar meus novos genitais.
- Tem cabimento! Deixar você a sós com outro sujeito mexendo no que é meu, era só o que faltava! – exclamou, exasperado, depois que o enfermeiro concluiu seu trabalho e saiu do quarto. Eu ri e o chamei para perto de mim. Ele veio meio sem jeito, como um garotinho que reluta envergonhado de ganhar um doce que lhe oferecem.
Peguei sua mão, beijei-a sem tirar os olhos de seu rosto e, lentamente a levei até minha bucetinha. O olhar do Jeff se arregalou ao sentir a maciez dos meus grandes lábios, delicadamente ele os acariciou, deslizou o polegar pela fendinha quente. O pauzão dele parecia que ia estourar a calça querendo sair do confinamento. Eu abri a braguilha e o soltei. Lambi meus dedos molhados com seu pré-gozo que vazava num longo fio espesso e translúcido.
- Você sempre fica injuriado quando vê o Ryan perto de mim, por não se conformar de ter sido ele a me desvirginar. – afirmei.
- E não espere que vá me conformar, nunca! – retrucou
- E nem precisa! Eu ganhei mais uma oportunidade de perder a virgindade, e quero dá-la a você! Entre aqui e tire minha virgindade agora! Ela é toda sua, pura e intacta como foi criada. E será sempre sua, como eu por inteiro. – ele mal podia crer que estava ouvindo um pedido desses.
- Aqui? Agora? Você acaba de tirar as suturas. Vou te machucar! É uma loucura! Podemos ser flagrados! – repetia ele, tomado pelo tesão.
- Sim, é o que vai tornar tudo ainda mais inesquecível! – devolvi.
Ao se deitar sobre mim, ele agia como se tivesse um raríssimo e caro objeto de cristal nas mãos. Eu me divertia com sua insegurança tentando sobrepujar o tesão. Abri os botões de sua camisa e deslizei minhas mãos sobre os pelos de seu peito, enquanto abria as pernas para encaixá-lo nelas. Ele tinha um sorriso nervoso estampado na cara safada.
- Você sabe o quanto eu te amo, não sabe? – perguntei, num sussurro.
- Muito! Você me ama muito, por que sou seu macho! – respondeu ele, enquanto minha mão se fechava ao redor da sua rola latejante e a guiava para dentro da minha bucetinha molhada.
- Ai! – gemi, quando ele a estocou em mim rompendo minha carne.
- Doeu? Não quero te machucar, Alex! – quando ele ficava nervoso, trocava meu nome, perdido entre o ele e o ela.
- O suficiente para eu sentir que sou sua fêmea. – respondi, cobrindo seu rosto com meus beijos. O Jeff ainda estava guardando apressadamente o pau na calça quando vieram me buscar com a cadeira de rodas com a qual me levaram até o estacionamento. Nada podia ser mais providencial naquele momento, pois uma dor persistente e seu sêmen quente me faziam sentir a transformação implantada no meu corpo.
Tanto o Noah quanto meu pai haviam passado horas ao meu lado no hospital nos últimos quinze dias, mas assim que entrei em casa, foi como se não me vissem há anos. Ambos me examinaram da cabeça aos pés, olhavam ainda incrédulos para aquela mulher de carne e osso que tinham diante de si. Meu pai acabava de ganhar uma filha e o Noah uma irmã, era algo tão inusitado que custava a crer ser verdade.
- Vou ganhar um abraço, ou vão ficar aí olhando para mim como se eu fosse um alienígena? – questionei abrindo os braços. O Noah me tirou do chão e rodopiou comigo. Meu pai me apertou em seus braços da mesma maneira como fazia quando eu era criança, e caminhava até o quarto dos meus pais com meu urso de pelúcia nas mãos choramingando que havia fantasmas debaixo da minha cama, e chorou.
- Não dê importância a essas lágrimas. Estou ficando velho e emotivo por que sei o que essa transformação significa para você. Saiba que tenho muito orgulho por ter agora uma filha tão corajosa e especial, que passou por tantas dificuldades, mas sempre se manteve sorridente, carinhosa e íntegra, apesar de tudo. – sentenciou emocionado.
- Amo vocês! O que me dava forças para enfrentar tudo foi o amor de vocês dois. – afirmei.
- Bem! Chega de choro! Até o Jeff durão já está se debulhando em lágrimas! – exclamou meu irmão com seu jeito irreverente. – Suba até o seu quarto, tem uma surpresa te esperando lá. Depois volte, pois vamos abrir uma champanhe para brindar esse novo recomeço.
Sobre a minha cama havia uma caixa esmeradamente embrulhada como um presente. Desatei o grande laço e a abri, dentro, um vestido. Comecei a chorar. Vesti-o e fui diante do espelho, ele se amoldou ao meu corpo, às minhas curvas, como nenhuma roupa que eu havia trajado até então tinha conseguido. Pela primeira vez eu reconheci aquela imagem refletida no espelho como sendo eu. Só aquela imagem refletia a verdadeira junção de corpo e alma que eu reconhecia serem meus e, que finalmente se juntaram. Até então, era como se o que eu reconhecia como sendo eu, vivesse num corpo que não era meu. Por fim, sorri, pois dentro do espelho, com aquele vestido, havia uma pessoa sexy e feliz.
- Minha nossa! Essa gostosona é a minha namorada! – exclamou o Jeff, assim que voltei a me juntar a eles.
- Oh! Você está falando da minha irmã, seu pervertido! – advertiu o Noah, tirando uma com a cara do amigo.
- Você está ainda mais linda, filho! – exclamou meu pai, confundindo-se com tantas mudanças. O Noah e o Jeff o corrigiram rapidamente, sob risadas. – Acabo acertando uma hora dessas! – devolveu meu pai.
Domingo, 7 de outubro de 2018 – Véspera do Dia de Colombo
Fazia um mês que eu dei a resposta àquela carta de emprego e iniciara meu trabalho na nova empresa. Voltar a encontrar as pessoas com quem trabalhei durante o estágio, e que me conheciam como o Alex, seria mais uma experiência excruciante pela qual eu não estava disposto a passar, explicando como havia me transformado numa mulher e, sujeito aos mais diversos tipos de escárnio. Na nova empresa eu já seria a Alexis sem nenhuma carga do passado.
Para comemorar a data e também o feriado prolongado, o Jeff e eu resolvemos passear e visitar a Octoberfest da cidadezinha de Lake Geneva cerca de uma hora à sudoeste de Milwaukee. Das caminhadas vespertinas ao longo do calçadão de 20 milhas ao largo das margens do lago, ao tour de três horas de barco navegando pelo lago, até os momentos mais íntimos numa das suítes dos antigos estábulos de uma mansão datada de 1856 e transformada em hotel, procuramos espairecer depois dos meses tensos pelos quais havíamos passado.
Galhos de bétulas e amieiros ardiam e crepitavam na lareira da suíte, amenizando o frio precoce do outono. Havíamos levantado cedo para o tour de barco sobre o lago e a caminhada de pouco mais de três horas pelo centro da cidadezinha terminou por exaurir nossas forças. Por isso, jantamos cedo e, após uma ducha relaxante estávamos na cama. Porém sem sono, e com uma disposição avassaladora para fazer amor.
- Podíamos começar a pensar em procurar um lugar para morar, não é? – perguntei ao Jeff, depois de ter ficado lambendo e chupando o cacetão dele por quase meia hora, e o deixado cheio de segundas intenções com o tesão a transbordar.
- Isso finalmente é um ‘sim’ para o meu pedido de casamento? – questionou ele, todo animado com a possibilidade e com as carícias que estava fazendo no sacão dele.
- É uma preparação para isso, sim! Ou você quer ir morar com seus pais ou com o meu depois de casados? – a maciez e textura dos culhões dele eram a coisa mais deliciosa de sentir nas pontas dos dedos.
- Deus me livre! Há temos penso em me mudar lá de casa. Não temos um lugar sossegado para namorar e trepar, já percebeu isso? Estamos sempre driblando as circunstâncias, e não somos mais adolescentes para aproveitar a casa vazia para dar asas aos nossos desejos. – afirmou. – Falando em desejo, essa mão aí está me deixando doido.
- É exatamente essa a minha intenção! – devolvi, num sorriso libidinoso. – Podemos pensar em algo bem simples, confortável, que se adeque as nossas necessidades e ao nosso ritmo de trabalho. Ah! E perto o suficiente do trabalho para não termos que madrugar todos os dias.
- Eu até já sei por onde começar a busca. Há algumas ruas transversais entre a Manitoba e a Montana com algumas casas simples à venda, quase todas térreas e com quintais generosos, seria ideal para o Dexter e Champ. – revelou animado, começando a acariciar minha bunda com sua mão gulosa.
Enquanto as sugestões de cada um iam sendo expostas, o tesão aumentava. Ele já havia se inclinado sobre mim e acariciava meus seios, lambendo os mamilos ou apertando-os entre os dedos até eu desviar meu olhar para o seu rosto concupiscente. Minha pelve ardia, eu já estava úmida só de sentir o calor dele roçando minha pele, e de contemplar seu membro tomando consistência. Após a cirurgia, mesmo enfiando constantemente a mão na minha vagina, era meu cuzinho apertado que ele gostava de foder. Às vezes, isso me frustrava um pouco, pois eu tinha passado por tudo para presenteá-lo com uma bucetinha que ficava toda molhada toda vez que ele me encarava com aquele rosto barbado e viril transbordando de desejo, e acabava gozando sem ser preenchida por seu membro impávido, tendo que amargar por um ou dois dias com o cuzinho todo esfolado.
Naquela noite eu decidi que não seria assim. Sentei-me em seu colo o que bastou para sentir seu membro endurecer de vez. Tomei seu rosto entre as mãos, beijei-o em diversos pontos, sussurrando confissões de amor e reavivando em sua memória as sacanagens que ele gostava de fazer comigo. Suas mãos se fecharam ao redor do meu tronco, eu me ergui para colocar um seio em sua boca, ele imediatamente o mordeu e me fez gemer lascivamente. Cavalguei-o sensualmente, só fazendo a pica deslizar no meu rego. Meus lábios vaginais se contorciam de tanto tesão, sentindo aquela verga sedenta tão perigosamente próxima. Ele percebeu meu desejo e me fazia esperar, numa tortura angustiante, por sua atenção. O biquinho de uma teta já estava ligeiramente inchado com suas mordidas voluptuosas, eu lhe dei o outro, enquanto empinava a bunda e deixava ele enfiar o dedo no meu cuzinho. Ele fazia um esforço tremendo para ficar naquela posição o mais tempo possível, enquanto o tesão ia se acumulando nele e querendo obrigá-lo a se atirar sobre mim e meter sua jeba na minha vagina.
- Lutando bravamente para se controlar! – sussurrei em seu ouvido, antes de mordiscar sua orelha. Ele soltou um gemido, estava prestes a capitular.
- É você quem não consegue mais se dominar, está toda molhadinha! – devolveu, junto com um risinho de satisfação.
- Será mesmo? O que poderia me fazer perder o domínio sobre meu desejo? – questionei, ajeitando os grandes lábios sobre sua cabeçorra babona.
- Isso é um bom argumento para você? – devolveu, girando nossos corpos abraçados e metendo a pica na minha bucetinha. – gemi, enquanto minha carne se amoldava àquele intruso colossal. E depois, abri um sorriso de satisfação por ele estar pulsando dentro de mim.
Eu erguia minha pelve de encontro a sua virilha, sedenta para levar aquela vara profícua. O Jeff a metia em mim num vaivém frenético, enquanto eu me agarrava a ele deslizando minhas mãos por seus ombros, costas e bíceps, afagando meu macho e cobrindo-o de carícias. Na intrepidez com que me fodia, sua cabeçorra chegava a trespassar o colo do meu útero, eu gania e fui sentindo a aproximação do clímax tomando conta do meu corpo.
- Era disso que você estava precisando, minha cadelinha gostosa? – grunhiu ele, sem parar de me estocar a vagininha.
- Ai, Jeff! Meu macho gostoso! – gritei, enquanto gozava.
Ele perdia a cabeça toda vez que me via gozando com seu desempenho, fosse no rabo ou na bucetinha. Meu corpo entregue generosamente à sua tara, e as reações dele às suas investidas o endoideciam. Ele me agarrou com mais força, intensificou as estocadas, retesou-se todo, seu tesão desceu todo para os genitais, um leve afrouxo se fez sentir na pica rija como ferro, e a porra explodiu em jatos abundantes, tépidos e reconfortantes dentro da maciez que a agasalhava. Abafei seu urro com um beijo cheio de amor, sentindo seu corpo suado colado ao meu.
- Desde aquele dia no hospital, quando fui cobrir a ausência do seu pai e do Noah, eu soube que você me faria o homem mais feliz desse mundo, e não me enganei. Eu te amo, Alexis! – murmurou ele, depois de ter inundado minha vulva de esperma.
- Levo uma vantagem sobre você! Eu sempre soube que minha felicidade só seria completa a seu lado, e isso aconteceu na primeira vez que o vi. – revelei. Te amo, Jeff! Ele sorriu feito um bobo, era o sorriso mais lindo do meu homem, era o sorriso que resumia toda nossa felicidade.
Primeira semana de janeiro de 2019
Encontramos uma casa em Jackson Park conforme o Jeff havia dito. Ela precisava de uma pequena reforma para se adequar ao que precisávamos, bancada meio a meio pelos pais do Jeff e pelo meu, como presente antecipado de casamento que ainda continuava sem data definida.
Uma visita durante nosso horário de almoço num dia de nevasca, quando faltava apenas a conclusão da pintura interna, me fez sentir o estômago se revolvendo com o cheiro da tinta. Era a terceira vez naquela semana que meu estômago reclamava de algum cheiro ou da simples visão de algumas comidas.
- Você está bem? – perguntou, quando voltei do banheiro onde tinha ido correndo às pressas. – Está pálida! Aposto que está outra vez em jejum desde esta manhã! – censurou-me o Jeff.
- Falta muito para terminar a pintura, Sr. Martínez? – perguntei ao pintor, que me encarava como se eu estivesse prestes a morrer.
- Na verdade não! Até o final de semana concluímos tudo. – respondeu.
- É que o Jeff e eu vamos precisar da casa urgentemente. Temos que apressar o casamento, pois desconfio que esse marmanjão vai ser papai dentro em breve. – revelei, a partir das menstruações que cessaram, daqueles enjoos intermináveis e, do aumento e sensibilidade dos meus seios. Levou alguns minutos para a ficha do Jeff cair. O Sr. Martínez já sorria.
- Você está ...., jura? Você está grávida? Eu escutei direito o que você disse? Eu vou ser pai? – ele gaguejava de felicidade em meio a incredulidade do que eu acabara de revelar. Seus olhos estavam marejados, e ele olhava para mim feito o mais delicioso dos idiotas.
- Tudo me leva a crer que sim! – respondi. Ele me apertou com tanta força em seus braços e me beijou com tanta volúpia que eu mal conseguia respirar. – Isso se você deixar que eu sobreviva aos seus abraços. – acrescentei, o que fez o Sr. Martínez rir e nos parabenizar.
Se o Jeff já era meio afobado com as coisas, depois da confirmação do exame médico, ele parecia estar plugado a uma rede de alta tensão. A notícia de que ia ser pai ele dava para a primeira pessoa que encontrava pela frente. A partir do que o ginecologista havia dito, ele iniciou uma contagem regressiva dos dias que faltavam para o parto. A cada detalhe de que ele se lembrava ser necessário providenciar para a chegada de seu primeiro filho, ele saía correndo para resolver. Era o típico e mais lindo papai de primeira viagem, e eu o amava por isso.
Nem preciso dizer o quanto meu pai ficou feliz com a notícia. Enquanto a gravidez avançava, em muitas ocasiões parecia que o pai seria ele, tão envolvido estava. Os pais do Jeff também vibraram com a notícia do primeiro neto a caminho. Se por ventura ainda existisse algum resquício ou reserva à minha pessoa, isso tinha deixado de existir. Após o Jeff e eu reatarmos, tudo já tinha ficado bem com eles, mas sem dúvida esse neto modificou completa e definitivamente o conceito que tinham de mim.
Sábado, 1 de junho deVocê ficava tirando o sarro de mim quando dizia que queria me ver com um barrigão, pois agora aí está. Pareço uma leitoa que mal consegue caminhar e se virar na cama. – reclamei, quando estava na trigésima terceira semana de gestação.
- Eu não me canso de olhar para ele! Você está gostosa, tesuda e mais feminina com esse barrigão. – retrucou.
- Você só pode mesmo ser um tarado pervertido para achar isso! Olha como eu estou, mal tive tempo de me acostumar com meu novo corpo e já pareço um monstrengo outra vez.
- O mais gostoso dos monstrengos! – sussurrou ele, enfiando a mão por baixo do meu vestido e acariciando minha bucetinha.
- Para, Jeff! Não estou para brincadeiras! – eu sabia que andava ranzinza, mas havia tantas sensações dentro do meu corpo que eu não encontrava um meio de lidar com elas.
- Dessa brincadeira você vai gostar! – devolveu ele, enfiando o dedo em mim. Ao mesmo tempo em que me zangava com ele, ficava cheia de tesão só de sentir seu cheiro másculo. – Eu já te falei uma porção de vezes que essa oscilação de humor é a falta que você está sentindo do seu macho. – sussurrou no meu ouvido, enquanto me arrastava até o sofá.
- É claro! Você agora virou especialista e PhD em mulheres grávidas! – ironizei.
- Em mulheres grávidas genericamente eu não diria, mas nessa aqui, em particular, sim! – ao concluir a frase eu já estava sem o vestido e o sutiã, e sua mão impudica continuava mexendo na minha vagina. Prenhe feito uma paquiderme, eu não conseguia deixar de sentir tesão por aquele macho, cuja rola dura formava uma barraca sob sua bermuda.
Ele tirou minha calcinha lenta e sensualmente, separou minhas pernas e foi beijando minhas coxas até alcançar o monte de Vênus que passou a roçar com os dentes. Eu gemi e agarrei a cabeça dele. Não demorou para eu sentir sua língua se intrometendo nos meus lábios vaginais, depois um dedo pérfido que vasculhava minhas entranhas, antes do segundo ser enfiado para dilatar meu canal estreito.
- Ai, Jeff! Não! – O bebê se mexeu no meu útero e formou uma saliência bem à vista do Jeff. Ele me encarou e sorriu.
- Vamos suprir as carências da mamãe, vamos filhão? – ronronou, tirando o cacetão duro da bermuda.
Depois de acomodar minhas costas sobre as almofadas, ele se encaixou entre as minhas pernas e apontou a cabeçorra da pica na minha fenda úmida. Ele me encarou e meteu suave e progressivamente, fazendo a verga desaparecer nas minhas carnes. O bebê começou a se mexer mais impulsivamente, eu gemia de tesão e daquela miríade de sensações que acometiam meu baixo ventre.
- Ai, Jeff! Não faz isso comigo. Você sabe que essa estrovenga enorme entra no meu útero, você não vai querer que seu filho te conheça primeiro por esse ângulo, vai?
- Está sentindo a xaninha toda preenchida, está minha tesudinha? – murmurou. Eu assenti.
Ele tirou a pica da minha buceta, me fez ficar ajoelhada sobre o sofá apoiada no espaldar e tornou a enfiar no meu cuzinho. Eu gemia à medida que a pica entrava em mim. Enquanto bombava meu rabo, meu ventre cheio se movia no mesmo compassado vaivém que sua verga, enquanto minhas tetas sacolejavam livres no ar.
- Se papai não pode brincar no playground da frente, vai brincar no de trás! – exclamou o tarado desalmado, pouco antes de inundar meu cuzinho com sua porra cremosa.
Quarta-feira, 10 de julho de 2019
Nem o Jeff nem eu conseguimos pregar o olho na noite passada. Eu porque simplesmente tudo me incomodava, fora as inúmeras vezes que precisei ir ao banheiro. Ele porque estava tão ansioso que mal conseguia ver as horas passarem naquele ritmo lento. Mal havia amanhecido e os telefonemas começaram. A mãe do Jeff foi a primeira, depois meu pai, depois o Noah, depois o irmão do Jeff, depois zilhões de amigos que queriam notícias. O grande dia havia chegado.
O trajeto curto e praticamente livre até a maternidade não impediu de o Jeff soltar quatro palavrões para os motoristas que seguiam a sua frente. Acariciei sua coxa enquanto ele dirigia, o que sempre teve a capacidade de fazê-lo esquecer de qualquer percalço que estivesse adiante, mas desta vez pouco adiantou. Ele estava uma pilha.
Dentro do quarto ele caminhava de um lado para o outro, qualquer gemido meu ou a simples abertura da porta na entrada de uma enfermeira provocavam um sobressalto nele.
- Onde está o Dr. Hesme? Ele nos disse que estaria aqui às 09:00 horas, são 09:10! – inquiriu ele, à coitada da enfermeira.
- Eu o vi circulando pelo hospital, em breve deve vir até aqui. – respondeu ela calmamente.
- Minha esposa está se contorcendo toda, esse menino vai acabar nascendo aqui dentro do quarto! – revidou o Jeff agoniado.
- Isso é normal, senhor! Sua esposa vai ser encaminhada para a sala de cirurgia em alguns minutos. A cesárea não está agendada para as 09:30 horas? Pois bem, ainda temos alguns minutos. Tente se acalmar para não enfartar antes de conhecer seu filho. – retrucou ela. O Jeff passou a mão pelos cabelos e eu lhe estendi a minha para que viesse ficar comigo.
Pari um garotão de 3,98 Kg e 56 cm, numa cesárea sem intercorrências, às 10:18 daquela manhã ensolarada e quente. Ao voltar para o quarto ele estava apinhado de gente esperando meu retorno. O Jeff me beijava e me apertava mesmo sob as recriminações alertando-o de que eu precisava descansar.
- Você viu que coisinha mais linda nós fizemos? – perguntou, assim que lhe deram chance de ficar comigo.
- É lindo, não é? Você fez de mim a pessoa mais feliz desse mundo, amor! Quando é que eu podia imaginar que um dia teria um filho com um homem? – balbuciei, um pouco sonolenta e muito cansada.
- Você conseguiu isso por que é a pessoa mais especial que pode haver! E, é claro, porque fisgou o melhor macho para te inseminar. – exclamou, todo prosa.
- Amo você, Jeff! Obrigado por existir em minha vida! – os sedativos fizeram efeito, pois pronunciar essas palavras foi mais exaustivo do que uma maratona.
- E eu amo você, Alexis! Tão ou mais do que vou amar esse fruto lindo do nosso amor, que você acaba de me dar. – confessou, segurando minha mão e velando meu sono.