Chapeuzinho Vermelho e o Lobo (uma releitura) - Capítulo 15

Um conto erótico de RedCap
Categoria: Gay
Contém 2125 palavras
Data: 08/06/2020 07:54:01

Por incrível que parecia, Nicolas não esboçava nenhuma reação sobre o que tinha acontecido mais cedo na barraquinha. Ele estava completamente decidido a não deixar aquele episódio influenciar suas atitudes, e baseado nisso, eu também esqueci, com esforço, o que tinha se passado.

Andávamos pelas ruas da cidadezinha, que na verdade não era tão “inha” assim. Vimos algumas casas antigas que Nic fez questão de me explicar a qual arquitetura elas pertenciam, e ele falava tão avidamente que pude notar que aquilo era realmente a vocação dele. Continuamos andando pelas ruas e hora e meia parávamos para falar com algum morador dali, bem curiosos.

- Olá vô, como está?! - falei a um senhorzinho que estava parado numa janela ao lado. Conversamos sobre um pouco da vida dele, e fui presenteado com histórias antigas e divertidas de bem antes de eu existir.

Na sequência, paramos numa praça menor e ficamos ali conversando um pouco, já ia dando cinco da tarde. Sentados num banco, olhando ao redor, eu pude notar algumas crianças que brincavam de bola por ali, com seus pais os supervisionando, e sol ia baixando lentamente tingindo o céu de laranja. Entretanto, um homem que estava parado ali perto, olhava pra nós fixamente, e notei ser o mesmo homem do primeiro dia na entrada da cidade.

- Nic! - chamei e recebi sua atenção de imediato. - Tá vendo aquele homem parado ali perto daquela casa verde? - perguntei e ele virou discretamente e o viu.

- Sim, eu tenho percebido que ele tá seguindo a gente. - disse Nic franzindo a testa.

- Eu não gosto como ele olha pra gente, não fui com a cara dele desde o primeiro dia. - disse pensativo. - Tenho pra mim que ele quer alguma coisa da gente, ou que ele tá envolvido nos assassinatos que ocorreram aqui… - falei.

- Acho que não é pra tanto, no mais somos de fora, é normal que alguém que cressceu aqui fique estranhando turista. - ponderou Nicolas.

- Enfim de qualquer forma ele parece… - fui interrompido pelo celular do Nicolas que tocou, e ele o atendeu de prontidão.

- Alô?! - falou ao telefone. - Ah sim, mãe! Estamos bem sim, a vovó tá ótima, e as coisas por aí? - perguntou com tom de doçura. - Entendido, tá, tudo bem, okay, calma eu entendi! - disse ele com tom de voz nervoso. - Beijos!

- Ué, que que tá acontecendo? - perguntei preocupado.

- Minha mãe disse que soube dos homicídios aqui, e falou pra gente ir embora amanhã. - disse ele não dando crédito a ordem materna. - Mas não acho que seja pra tanto, 3 dias só se passaram, não vai acontecer nada nos outros 4. Vem vamos pra casa. - disse ele se levantando e me dando a mão.

Seguimos pro casarão da vovó. Chegando lá, fomos recebidos por um cheiro inebriante de sopa. Não tinha percebido até aquele momento, porque estava imerso em pensamentos sobre o homem esquisito que estava tão interessado em nós, o frio que estava fazendo lá fora. Quando entrei na casa, senti um calor aconchegante, que me fez perceber a friaca de fora.

- Nossa, eu nem percebi que estava tão frio lá fora assim. - disse.

- Sim, no caso eu quero comer mesmo, pode ficar aí curtindo o frio! - disse Nic dando uma corrida até a cozinha. - OI VOVÓ! - falou elevando a voz.

- Olá, como estão? Espero que famintos. - falou vovó com ternura.

- Ah estamos sim, Potter certeza! - falei rindo. - Só vou ao banheiro rapidinho e já desço.

Nicolas ficou pra ajudar vovó a arrumar a mesa, enquanto subia notei que passaram por mim 5 garotas diferentes, e isso indicava que elas estavam começando a voltar pra casa, logo estaria bem mais cheia do que no início da semana. Fui ao quarto, coloquei um casaco, voltei ao banheiro e lavei as mãos, e segui rumo à sala de jantar.

À mesa, já estavam algumas das jovens que moravam na casa, vovó sentada na cabeceira, e Nicolas ao seu lado, e logo após ele um lugar vazio que provavelmente deveria ser pra mim. Me sentei e todos agradeceram a refeição brevemente e já começaram a servir-se. Vovó tinha feito um caldo verde com folhas da sua própria horta, e estava tudo muito gostoso.

Conversamos sobre diversos assuntos, e as meninas que estavam na casa também falaram sobre tudo que haviam feito enquanto estavam fora. Ajudamos vovó a retirar a mesa, todo mundo inclusive, o que agilizou muito o processo, menos de 10min já estava tudo organizado, já que pelo menos 3 pessoas estavam lavando as louças e outras tantas secando e guardando, eu e Nic estávamos carregando lenha pra dentro, pra por na lareira, enquanto isso.

Ficamos ainda na sala em frente à lareira conversando um pouco antes de subirmos pro quarto, e acabei notando que o frio que fazia era quase exclusivamente pela proximidade tão grande à floresta. As meninas aos poucos foram subindo pros seus quartos, restando somente Nic, vovó e eu. Aproveitei que estávamos só nós e perguntei:

- Vovó, o que elas fazem aqui exatamente?! Quero dizer, nessa cidade! - esperei a resposta dela.

- Ah claro, isso é uma dúvida bem recorrente. Olha meu filho, algumas vêm pra cá pra ingressar em diversos seminários religiosos que essa cidade oferece, sabe? - explicou paciente. - Outras vêm porque aqui existe uma instituição de ensino superior exclusiva a pedagogia, e pode acreditar, ela é de grande excelência, mas infelizmente é pouco divulgada por causa das poucas vagas que ela pode oferecer. - falou por fim.

- Ah sim, agora entendi, realmente eu fiquei bem confuso, já que a principio é mais comum as pessoas saírem para a cidade grande né, estudar e seguir a vida. Mas olha, eu mesmo não troco a minha cidadezinha por nada, vovó. - falei sorridente, e pude perceber os brilhos nos olhos da vovó.

- Ah Eric, é muito bom mesmo, acho que é menos perigoso, e a vida é mais suave aqui no interior, pelo menos pra uma velha senhora igual a mim. - ela deu uma risadinha. - Entretanto, eu nunca estou só, isso é maravilhoso, meus filhos sempre vêm aqui me ver, eles moram em outras cidades, e tem as meninas que moram aqui comigo. E o Nic, que vem quase sempre. - disse ela pegando na mão de Nicolas. - Bom meninos eu vou subir, estou um pouco cansada, sintam-se a vontade e até amanhã. - disse vovó e nos beijou.

- Boa noite, vovó, duma bem - falamos Nic e eu retribuindo seu beijo.

Nic se achegou mais perto de mim, e ficamos no sofá aninhados perto do fogo quente. Enquanto fazia lhe um cafuné nos cabelos castanhos, eu falei:

- Olha, será se não é melhor mesmo a gente ir embora amanhã? - perguntei meio apreensivo com sua resposta.

- Claro… que não. - disse ele me olhando. - Por que você acha que devemos? - perguntou e esperou.

- Ah sei lá, vai que né. - tentei buscar uma justificativa boa, mas falhei. - Ah quer saber, que aquele homem dane-se, não devemos nada pra ele, melhor a gente aproveitar mesmo, porque só faltam quatro dias nesse lugar maravilhoso, que mal conheço e já considero pacas voltar! - falei sorrindo.

- Gosto assim! - disse ele rindo comigo. - Fora que a gente ainda vai entrar na mata pra eu te mostrar umas grutas e cachoeiras que tem aí pra dentro. - falou ele categórico fechando os olhos.

Nesse momento eu o beijei, aquele rostinho lindo, que dava vontade de socar, mas ao mesmo tempo de não parar de beijar nunca. Ele retribuiu meu beijo, e logo ficou mais sedento. Decidimos ir pro quarto, já passavam da meia noite, entramos e fechamos as janelas e a porta que dava pra varanda, ligamos o aquecedor bem fraco, e fomos tomar banho, eu fui primeiro.

Eu saí do banheiro e Nic entrou pro seu banho. Assim que ele saiu, todas as luzes estavam apagadas, exceto uma luminária que ficava na parede sobre a cama, que tinha uma luz tênue e permitia que pudéssemos ver um ao outro. Levantei-me da cama, na qual estava sentado, e me aproximei dele, percorri pelo seu braço esquerdo minha mão direita e parei em seu pescoço, segurei pela sua cintura e o puxei pra um beijo apaixonado.

Ele segurou meu cabelo por trás, e com o outro braço minha cintura, apertamos nossos corpos um contra o outro naquele beijo. Estava mais que pronto para aquilo, e dessa vez sem influência de lua cheia nem nada. Era apenas eu, Eric, querendo e fazendo o que meu coração, e talvez o tesão também, estava pedindo desde o dia em que nos beijamos naquela boate.

Paramos e ficamos olhando um pro outro, diretamente nos olhos, e era uma conversa tão íntima e ardente que nossos olhos trocavam, e com isso, eu deslizei minha mão e soltei minha toalha que caiu no chão aos meus pés, e ele da mesma forma. Nos seguramos pelos braços, nos beijamos, e então fomos para cama, um passo de cada vez.

Deitei-me e ele sobre mim, nos beijamos, e entre esses beijos podia sentir o calor através do seu corpo, e cada músculo pedindo por aquilo, da mesma forma eu retribuindo seus estímulos com os meus. Beijava seu pescoço, mordia sua orelha, ele segurando meu cabelo e liberando meu pescoço para logo em seguida inspirar meu cheiro em grande quantidade.

- Ok, but I think that we already can start with the safadeza! - ele falou me olhando com malícia e eu sorri safado.

- Right, so I’m the first. - falei e inverti as posições, agora eu estava por cima dele.

Beijei sua boca, seu queixo, seu pescoço, que também fiz igualmente ele e inspirei seu cheiro maravilhoso, desci pelo peitoral, chupei seu mamilo, desci pelo seu abdômen, continuei até chegar no seu pau duro igual pedra de tanto tesão. Segurei o e chupei sua cabeça, enquanto olhava pra expressão de prazer na cara de Nic, visão divina inclusive.

- Wanna this?! - perguntei categórico.

- YEAH, please, now. Chupa essa piroca! - falou ele me olhando.

Chupei seu pau vorazmente, enquanto ouvia o gemer a cada minuto que descia e subia novamente. Sua mão bem segura em meus cabelos mantinha a direção exata, não me deixando fugir pra lado nenhum. Podia sentir que ele estava quase perto do ápice, então continuei com mais intensidade.

- YEAH, suck that cock. Eu tô quase gozando! - anunciou ele. - Você quer leite? Ham? Quer? - disse ele que levantou minha cabeça pra olha na minha cara e respondi:

- Aham… - com a boca entreaberta e os olhos semicerrados. Ele perguntou novamente. - YES, gimme that cum, goza na minha boca. - falei.

Voltei a chupar seu pau, agora com mais vontade ainda, e logo em seguida ele gozou. Ele não esperou muito pra logo em seguida me chupar até eu gozar também. Ele puxou o telefone e colocou uma playlist pra tocar, enquanto isso eu virei e empinei a bunda pra ele, e disse:

- See that butt? Mete nessa buceta! - Ele segurou minha bunda e enfiou o pau de uma vez só. Afundei a cabeça no travesseiro com a dor que senti.

Ele segurou meu cabelo e passou a mão pela barriga e me levantou, perguntou ao meu ouvido se estava bem, respondi acenando com a cabeça. E começou então a meter de vagar, um tempo depois já estava começando a acelerar. Podia sentir sua respiração ofegante, seus gemidos, sua frases sujas ora em inglês ora em português, o que só aumentava meu tesão.

Eu virei de barriga pra cima e ele veio sobre mim, notei que estava perdendo um pouco do vigor, não perdi tempo, dei um tapa de leve na cara dele, segurei seu rosto e aproximei do meu.

- Hard, fuck me hard, mete com força! - falei, ele ficou um pouco assustado, mas logo em seguida vi seu sorriso safado.

- Então você quer forte? - ele perguntou. - RESPONDE?! – exclamou. Agora quem se assustou fui eu. Balancei a cabeça afirmativamente.

Ambos gemíamos e estávamos ofegantes como aquele sexo, os minutos passavam acompanhando as músicas da playlist, quando ambos anunciamos quase juntos:

- I almost there. - nos beijamos e cada vez mais estávamos chegando perto do ápice.

Então ambos gozamos, senti seu gozo dentro de mim, enquanto eu gozava sobre sua barriga e peito. Ficamos uns minutos respirando ofegantes, e nos beijando. A playlist ainda rolava. Abraçados, ficamos nos olhando e somente olhando e ouvindo a música. Quando ele quebrou o silêncio.

- Eu realmente tô perdidamente apaixonado por você, Eric. - disse ele.

- Olha… eu nem tenho meme pra isso! - ambos rimos da piada. - Eu gosto muito, muito, muito de você Nic. - falei.

Levantamos e tomamos um banho rápido, pra nossa sorte não tínhamos sujado as roupas de cama, pois é a sorte estava ao nosso favor. Nos aprontamos e fomos dormir agarradinhos, aquela noite com certeza iria entrar pro meu pódio pessoal de melhores noites da minha vida. Adormecemos assim, e tive a certeza de que um sentimento estava crescendo, e só podia ser amor.

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