E foi no meio da rodoviária, ao lado do puteiro mais famoso da cidade, que nos encontramos pela primeira vez em 28 anos e 28 dias. Ou 29, dependendo do ponto de vista. Ele estava com uma daquelas camisas descoladas com a manga de outra cor, sabe? Camisa branca com as mangas cor de rosa. Salmão, diria ele. Bermuda preta, tênis, uma mochila nas costas e o violão na mão. Eu o reconheci lá de longe pelo tamanho do sorriso bobo que carregava; era o maior que eu já tinha visto.
Fui ao seu encontro com passos apertados de saudade, saia longa, blusinha branca e tênis. E o coração nas mãos. Imagine 28 anos e 28 dias de uma saudade que você nem sabia que cabia no peito e que, de tão grande, ela invadiu o peito de outra pessoa também. Não conseguimos falar nada, óbvio... Colamos nossos lábios sedentos e apaixonados por uns bons minutos e tudo ao nosso redor simplesmente sumiu. O tiozinho vendendo biscoito fofura, a moça carregando 3 sacolas e 2 crianças, o jovem que corria falando ao telefone, o senhor que ria olhando as mensagens no celular, os gritos do motorista de ônibus e a criança que chorava pedindo mais um guaravita. Todos sumiram.
- Eu quero tanto você, garota!
Disse ele entre um beijo faminto e um olhar bobo. Um sorriso bobo, na verdade. Ele passou o braço esquerdo ao redor da minha cintura e me apertou. A mão direita deslizou suavemente pela minha nuca, segurando meus cabelos de leve. Meus braços estavam ao redor do tronco dele e meus pés nas pontinhas, tentando compensar os quase 25cm de diferença em nossas alturas. Nossos corpos colados, nossas línguas num ritmo gostoso e nossos corações batendo juntos. O beijo foi ficando mais urgente, o abraço mais apertado e meus cabelos já estavam sendo segurados com mais força e desejo. Senti um calor descendo pelos meus seios, deixando meus mamilos evidentes, passando pela minha barriga e molhando a minha calcinha. Ele também sentiu esse calor, seu membro endurecido fez questão aparecer e sua bermuda logo ganhou um volume a mais.
- Passei os últimos 465 km pensando no que faria quando te encontrasse e posso dizer que não foi nada como eu planejei... foi muito melhor!
Ele estava nervoso, a voz trêmula e o olhar incrédulo.
- Vamos lá pra casa? Coloquei sua IPA pra gelar... A gente pode tomar um banho e depois... depois a gente resolve.
Ele ajeitou a mochila e o violão e lá fomos nós achar meu carro. Andamos de mãos dadas pela rodoviária como um casal de adolescentes, rindo e falando besteira. Despertamos sorrisos pelo caminho, como se estivéssemos distribuindo afeto por onde passávamos.Ajeitamos as coisas dele no banco de trás e perguntei se ele queria ir dirigindo.
- Eu não sei dirigir, lembra?
Claro que eu lembrava... mas queria ver aquele olhar inocente e despojado de quem nunca teve interesse.
- E além disso - disse ele - sentado no banco do carona eu posso ir te olhando, te beijando, te tocando...
Sentei no banco do motorista e fiz aquilo que logo passou pela minha cabeça: tirei a calcinha. Se era para aproveitar o caminho, tinha que ser da melhor forma. Minha casa não ficava tão longe da rodoviária, talvez uns 25 minutos de carro, mas nunca essa distância me pareceu tão longa. Ele sentou de lado para ficar me olhando e passou uns minutos em silêncio alisando meus cabelos. Paramos no sinal e nos beijamos até que o senhor de trás buzinou bravamente, nos lembrando do mundo que ainda existia lá fora. Ele beijou meu ombro, passou a mão suavemente pela minhas coxas e subiu pela minha barriga, chegando aos meus seios. Eu juro que tentei me concentrar no trânsito, precisava chegar logo em casa e sem nenhum acidente pelo caminho. Ele apertou meu peito bem forte por cima da blusa e eu gemi de dor e prazer, mordi o lábio e deixei minha mão direita escorregar por entre as minhas coxas até sentir meus dedos molhados. Tirei a mão bem devagar e levei até os lábios dele, passando os dedos suavemente em sua língua.
- Agora você vai sentir esse gosto nos meus dedos... mas daqui a pouco eu quero sua boca aqui, me lambendo e me fazendo gemer até minhas pernas ficarem bambas. Pode ser?
Ele sorriu.
- É o que eu mais quero...
Se aproximou devagar e sussurrou pertinho do meu ouvidoe depois eu vou te comer. Toda. Essa boceta gostosa e molhada... E depois essa bunda que me deixou louco de tesão. Pode ser?
É incrível a nossa sintonia.
Chegamos em casa já quase anoitecendo e fui ajeitar as coisas dele; falei que podia ir pro banho e que já já eu entraria lá para ajudar. Coloquei 02 cervejas no freezer, botei uma música na TV, acendi umas velas no quarto e fui deixando minha roupa pelo caminho até chegar na porta do banheiro.
- Você vai entrar? A água está deliciosa...
Entrei rápido para não sentir frio e o abracei longamente.
- Você sabe que sexo no chuveiro só funciona no cinema, né?! - eu disse - Na vida real a gente acaba quase se afogando debaixo dessa água toda.
Rimos das bobeiras da vida e ele desligou a água.
- Melhor assim?
- Uhum... - respondi me ajoelhando.
Estava com muita vontade de chupar seu pau, que já estava muito duro e me chamando. Segurei-o com minha mão esquerda e beijei com carinho toda a área ao redor. Passei a língua lentamente pela cabecinha melada e deixei minha mão direita passear pela suas coxas. Abri meus lábios e fui acomodando toda a sua grandeza em minha boca, sentindo cada parte dele e me deliciando com seu gosto. Enquanto alisava suas bolas, comecei um ritmo mais intenso de vai e vem com a cabeça, engolindo cada centímetro dele. Ele arfava e segurava forte meu cabelo, trazendo minha cabeça para mais perto e enterrando seu pau na minha boca com mais vontade. Ousei olhar para cima algumas vezes, o desejo genuíno e cru estampado em seu rosto me fez ficar mais excitada e molhada.
- Vou gozar na sua boca, sua safada... É isso que você quer?
Nem precisei responder... pouco tempo depois ele despejou em mim seu mel enquanto gemia alto e gritava meu nome.
Meu nome!
Eu engoli tudo com tanta vontade que ele riu.
- Estava com sede? - perguntou todo engraçadinho.
- Estava.. queria esse leitinho há muito tempo.
- E o que mais você quer?
- Quero você... dentro de mim... agora!
Saímos molhados do banheiro, deixamos um rastro pelo quarto e fomos direto para a cama. Ele me colocou de quatro na cama e eu já estava esperando que fosse meter bem devagar quando senti sua língua deslizando pela minha bunda. Ele lambia e mordia, passava a mão com carinho e me batia com vontade. Senti suas mãos nas minhas nádegas que ardiam, separando-as com cuidado e depois eu já sabia... sua língua pintou todo o espaço entre elas. Ele foi descendo com toda a serenidade de quem sabe o que quer e lambeu minha boceta com uma lentidão torturante.
Deitei de costas na cama, com as pernas dobradas bem na beirada e ele logo se ajoelhou no chão. Nossos olhares se encontraram e se comunicaram enquanto ele colocava um dedo dentro de mim.
- Mais um - eu pedi.
Ele riu, colocou mais um dedo, se abaixou e deixou sua língua dançar livremente pelo meu sexo. Como eu estava entregue! Seus dedos foram aumentando o ritmo na mesma velocidade que sua língua e eu, clamando pelo fim explosivo daquele ato, me rendi ao mais intenso e desejado orgasmo dos últimos 28 anos e 28 dias.
- Deita aqui pertinho, fica agarrado em mim?
Ele subiu na cama e ficamos juntos, tentando digerir e absorver tudo que acontecera. Conversamos sobre a vida, amenidades, capítulos de séries, não planos e, depois de quase 1 hora falando sem parar, resolvemos levantar para comer alguma coisa. Estávamos nus na cozinha, rindo, cantando e fazendo inveja ao vizinho que olhava escondido lá da outra janela.
- A cerveja congelou!!!
Ele riu do meu amadorismo, fez um som de "já sabia que isso ia acontecer" e jogou um pouco da cerveja congelada no meu peito.
- Você merece um castigo por deixar isso acontecer com a minha cerveja preferida...
- Ah é... e o que eu mereço?
Ele jogou mais um pouco de cerveja no meu peito, lambeu e mordeu com força.
- Ai! - gritei e o vizinho levantou mais para poder enxergar.
Ele afastou os copos, abriu um espaço, me colocou sentada na pia e se acomodou entre as minhas pernas. Apoiei um pé na parede e ele pegou uma camisinha em cima da mesa, atrás dele.
- Estava doido de vontade de meter em você... Doido pra sentir sua boceta quente me apertando.
Penetrou rápido, de uma só vez, e eu gemi alto. E de novo. E de novo. Ficamos num ritmo enlouquecedor e eu sentia seu pau batendo cada vez mais fundo. E pedia mais, eu queria mais.
- Toca no seu grelinho pra eu ver?
- Hum... você está pedindo?
Ele sabia o que eu queria.
- Não... você entendeu errado... eu MANDEI você fazer isso agora. Você é minha puta... Só obedeça!
Senti minhas pernas tremerem. E obedeci... Enquanto ele metia, eu ouvia aquele barulho delicioso dos nossos corpos batendo e mexia no meu grelinho. Não ia aguentar muito tempo daquilo... eu queria gozar de novo. Coloquei dois dedos na boca dele, deixei que ficassem bem molhados e levei-os de volta ao meu clitóris.
- Você deixa eu gozar agora? Não aguento mais, vou morrer!
Ele riu.
- Claro que eu deixo, minha linda. Goza que eu quero ir com você.
Mais cinco ou seis estocadas e eu gritei seu nome bem alto, enquanto meu corpo todo se contraía. Ele me abraçou forte e respirou apressado, gozando junto comigo.
Respiramos aliviados... desci da pia, dei um tchauzinho pro enxerido e fechei a janela um pouco sem graça. Fomos nos vestir para comer e beber, enquanto rolava um "Have it all" na TV da sala. Quando a música acabou, ele pegou seu violão e cantamos juntos, rindo da minha desafinação.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro...
- O que você acha da Grécia?
- Dizem que é perfeita em Agosto.
