JEBÃO, A LENDA DO FUTEBOL DA COMUNIDADE (1ª PARTE)

Um conto erótico de Marquês do Sexo
Categoria: Gay
Contém 595 palavras
Data: 09/06/2020 19:03:01
Última revisão: 25/06/2020 20:26:02
Assuntos: Desejo, Gay, Homossexual

“Pooooooooooorraaaa!” – depois que a bola havia atravessado o risco do muro, foi o que a boca do goleiro cuspiu.

A pelada já rolava há pelo menos duas horas e meia no pasto do Pistolão, e os corpos suados dos mavambos ficaram indecisos entre continuar a racha (dificilmente abririam mão de uma rachadinha) ou utilizar o pretexto da bola caída no terreno abandonado para finalizar a correria e ir embora.

“Mas o muro é muito alto, caralho! A bola já era pode crer.”

“Zé boceta, cê tá é com medo de cobra ali no meio dos mato, hehehe” – zombou, apertando escrotamente seu caralho, Jebão, o centroavante magrelo de cabelo oxigenado.

“Tomar no cu, porra, aqui gosta de grelo” – rebateu.

Dos vinte e tantos peladeiros que estavam no campinho improvisado, entre titulares, reservas e um gandula, ficaram apenas nove, entre esses o Diabo Parrô ou DP (o gandula e mais novo do grupo).

Pelo jeito a bola ia rolar de novo, nem que fossem três-toques.

“Eu vou lá, mas outro tem que pular junto pra dar pezin e eu puxar depois” – disse DP, que era o mais descansado.

Um burburinho aqui e ali, e dois se manifestaram: Raveco daria pezin pro DP e Jebão pularem.

A galera, fominha por recomeçar a pelada, improvisou uma bola com um coco velho e esqueceu o trio que havia começado a tarefa.

“Colé, Raveco, força nessa mão carai, tá precisando bater mais punheta, hehehe” – zoou novamente Jebão, sempre gozador.

Enquanto ele se esforçava para firmar os braços em cima do muro alto, um movimento em falso fez com que escorregasse. Foi nesse instante que Raveco, distraído com um lance do jogo que já se reiniciava meio desorganizado, recebeu perto da boca uma roçada bruta da pica do Jebão, que sempre balançava solta e afrontosa dentro do short branco quase transparente.

Foi instantâneo. E suficiente para sentir o peso e o cheiro marcante daquela mala pesada e melada de suor.

Entre um xingamento de Jebão e um contra-ataque de Raveco, se alguém estivesse perto, notaria os volumes nos shorts dos dois.

“O DP dá um pezin aqui, véi. Dexa que vou com Jebão pegar a redonda. Dexá cê curtindo o fut, que cê fez 18 ontem.”

...

“Puta que pariu, que matagal, cara; tô achando que vai ser osso achar a redonda aqui...” – disse Raveco.

Partiram à cata da bola: Jebão foi pro lado esquerdo, e Raveco seguiu na direção oposta.

O terreno baldio, na verdade, parecia ter sido uma chácara anos atrás, mas hoje, com o mato alto, tem servido para usuários consumirem uns baseados e casais treparem; inclusive a cada metro quadrado praticamente se via uma camisinha gozada, algumas ainda com a porra fresca escorrendo.

Essas visões, associadas à recente memória do contato daquela pica pesada no rosto, fizeram Raveco cavoucar suas aventuras sexuais ocultas com outros homens. Ninguém sabia, e ninguém poderia saber. Como iriam tratá-lo no fut, na rodinha dos homens, se soubessem que ele era tarado por rola e, às escondidas, fazia loucuras inimagináveis com uma? Será que Jebão curtia alguma coisa? Aquele volume no short logo após a roçada denunciava algo... A forma como ele olhou também indicava uma possibilidade... Era preciso conseguir aquela jeba, e talvez, agora, com os dois sozinhos naquele terreno, escondidos dos olhos dos outros, talvez agora fosse a única oportunidade dele descolar algo com o Jebão, que tinha recebido esse apelido por motivos óbvios. Não era de hoje que ele sonhava com aquela cobiçada pica; não foram poucas vezes que ele se tocou pensando nela abrindo seu cu e leitando sua boca.

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