Pois bem, meus amigos de chifre, comedores e claro, as adoráveis chifradeiras
Recomendo que leiam os contos anteriores.
Logo depois do fim do meu relacionamento com Karol, fiquei absurdamente apaixonado por uma amiga minha. Gabriela, 18 anos, loirinha do cabelo enroladinho, sebe a típica anjinha? Baixinha, delicada, doce, meiga. Um amor. E VIRGEM.
Comecei a ter muitos sentimentos por ela, e acho que nunca fui apaixonado por ninguém como fui por Gabriela.
Acho que algo fez com que isso acontecesse, ao menos inconscientemente. Ela era apaixonada por Vinícios, um cara que era noivo.
Até ai tudo bem, nada demais.
Um dia me declarei para Gabi, foi fofinho e romântico. Ela também disse nutrir algo por mim, e resolvemos deixar rolar. Ficamos semanas depois, e foi fantástico. Mas, do nada, ela ficou muito nervosa e não quis continuar mais com isso. Poxa, estava indo tão bem, o que poderia ter acontecido?
Ainda insisti, mas ela estava notadamente dividida, com as feições de quem está sofrendo, dilacerada por dentro.
Um dia, fui até a casa dela. Ela não estava, - tinha amizade com a família e fiquei na casa conversando. quando ela chegou. Estava vermelha.
Ficamos conversando no quintal, nos abraçamos - eu era bem apaixonado. Ela tinha cheiro de perfume masculino.
A coisa caminhou uns dias, quando uma amiga nossa, em um surto de loucura, começou a contar várias coisas. Estávamos nos trés e a menina surtou. Ai ela começou:
- Não vai contar para ele, Gabi? Conta pra ele.
Gabi ficou muito constrangida e vermelha. Eu quis saber o que.
- Conta que quando o Vinicius descobriu que vocês ficaram ele ficou puto da vida, veio brigar com você, e que ele te deixou dividida?
A Gabi desconversou.
- Ele tem que saber você não acha? Que você não fica mais com ele porque um cara noivo apareceu e te fez desistir de algo sério para continuar servindo a ele?
É interessante os sentimentos. Com a Karol eu tinha uma grande cumplicidade, ela era safada, dona de si, poderosa. Mas a Gabi era algo de doce, puro, algo que eu queria cuidar, não tinha essas fantasias com ela. Ao saber disso, fiquei nervoso, e a Gabi disse que a menina tinha surtado.
Ainda fui falar com o cara, que era meu amigo, ele também desconversou, disse que era noivo, que não tinha nada a ver.
Era assim, eu e ela ficávamos, dava dois três dias, ela queria encerrar tudo - nunca chegamos a namorar seriamente.
Uma noite, a família dela estava na missa, resolvi ir até a casa dela fazer uma surpresa. Chamei, e nada. Liguei, ela não atendeu. Logo depois, voltando para minha casa encontrei com a família dela, que me convidou para ir até a casa. Entramos, e ela estava lá com ele - não me atendeu, porque estava com ele. Ficou muito constrangida, a família não percebeu nada, era normal a amizade, mas meu instinto de corno gritou mais alto.
Os cornos sabem que o maior afrodisíaco do corno é saber, mas não saber. Intuir, mas não ter certeza. Esperar a história se desenhar lentamente, sem pressa, e ver sua amada se revelar para você. Ela é de outro.
Disse a ela depois - você não me atendeu?
- Eu não tinha ouvido.
O cheiro de perfume, e uma marca vermelha forte na perna, na parte de dentro da coxa, diziam outra coisa.
Me consumi pelo ciúmes e pelo tesão - tinha 21, 22 anos. Sentimentos poderosos e difíceis de se administrar, equalizar, entender. Faz parte.
Tudo o que eu queria era saber, só isso. Mas eu confesso que a dor não não saber era deliciosa e excitante - confesso agora, na época era confuso.
Um dia, as coisas estavam melhores, eu estava conquistando ela novamente, fizemos uma viagem para a praia. Ficamos lá uma semana, foi fantástico, romântico, e ela se mostrava apaixonada por mim, até que do nada, lá mesmo, ela muda, fica fria.
Ao voltar para São Paulo, ela me liga aflita e quer "terminar" tudo novamente. Diz que não consegue. Eu peço para ela se abrir para mim, me dizer o que acontece, que mais do que tudo eu era amigo dela.
Ela chora, como quem pede ajuda, ou perdão.
Ela sente minha excitação e sem entender nada, me masturba, olhando meus olhos. Agora eu que suplico. "me conta"
- Ele faz o que quer comigo.
Quem não é corno não tem noção do quanto essa frase é poderosa.
- O Vinicius?
- Sim, eu não consegui esquecer ele. Ele me procura eu cedo. Tem sido assim.
Eu me entrego às mãos de fada dela. Ela sabe que isso é minha indenização.
- Eu nunca transei com ele, nunca. Mas eu faço tudo por ele, tudo o que ele fizer eu faço. Eu fico com você, tento fazer algo legal, mas quando ele aparece, eu não sei dizer não. Desculpa. Eu tentei.
- Me diz um dia, por favor. O que vocês fazem?
- Eu masturbo ele, faço outras coisas, ele me toca. Só isso.
A minha fadinha delicada, é usada para aliviar o pau do nosso amigo que é noivo.
- Diz pra mim, não vai doer, diz, eu preciso.
- Ele me dá dedada, ele me esfrega. Eu bato pra ele, de pé, na rua, vou na casa dele. Eu faço sexo oral com ele. Ele me domina. Ele me bate, eu agradeço. É isso, você merece saber.
Gozo litros. Depois desse dia nunca mais ficamos, ou tocamos no assunto.
Nunca namorei com ela, mas ficamos ao todo um ano nesse lenga lenga. Mas era maravilhoso "montar" a história. Uma vez vi ela saindo da casa dele. Teria comido a porra dele? Teria gozado? Apanhado? Usado coleira? Ela me vê e fica com vergonha, olha pro chão. Sabe que eu sei.
Ficava sabendo que tinham ido numa festa, um amigo nosso em comum brincou " olha lá, cadê o Vinicius, já foi, deve ter conhecido alguém aqui". Mas ninguém notou que a Gabi também tinha sumido. Eu notei.
Me considerei corno dela, um corno apaixonado, corno gamadinho. Fui feito de bobo, mas gozei muito por isso. Até que cansou. Consegui esquece-la, mas fui muito apaixonado, no sentido de novela mesmo, aquela coisa que dói no peito. Nunca mais tive isso por ninguém, ainda bem.
Ela também se livrou disso. Fiquei sabendo que esse cara deu um piti na casa dela, queimou o filme, ela cresceu, ficou mais madura e forte, feminista, percebeu que era uma merda de um relacionamento abusivo. Eles nem se conversam, ela continua minha amiga, namora, estuda.
E foi assim que a Gabi me estourou de chifres desconhecidos, intuídos, e deliciosos.
Ai eu conheci a Daniele. Uma chifradeira nata.
Quem quiser conversar, poxa, seria um gosto. Deixe o contato.