Viajando, cheguei numa cidade pequena, do Paraná, pertinho da noite. Com os telefones dos hotéis e pousadas, constatei, entre irritado e preocupado, que não havia vaga em lugar algum. A não ser num tal Hostel da Paz. Primeiro eu pensei que era um erro de digitação, que botou um “s” ali, no meio da palavra. Chegando lá, descobri que não era bem assim. Hostel é diferente de hotel. No hostel, a privacidade era zero, já que todos os quartos eram compartilhados. E “para minha sorte”, como disse a dona do estabelecimento, só havia uma cama vaga, num pequeno quarto, com duas beliches. Eu dividiria o espaço com três caras...
Era isso ou dormir na praça, como diz aquela música estúpida daquela dupla sertaneja estúpida. Comentário completamente desnecessário, reconheço... Mas, quer saber de uma coisa?, foda-se quem não gostou. Eu não estava em clima de tolerância...
Estava era cansado pra caralho. Tomei um banho, depois de esperar na fila (saco!), saí para comer alguma coisa e voltei por volta das nove da noite.
Meus três companheiros de quarto já estavam instalados em seus respectivos poleiros. Ocupei minha cama de baixo e adormeci. Sono leve, despertei por volta de meia noite, com um barulhinho querendo ser discreto, vindo da outra beliche. Reconheci logo ser uma trepada. A cama era forte mesmo, nem rangia. Os dois rapazes se fodiam com vontade na cama superior, enquanto na de baixo um cara bem novinho dormia – ou fingia dormir.
Aquilo foi me excitando, e como o sono já havia ido embora mesmo, resolvi pelo menos tocar uma punheta, aproveitando o que eu imaginava, porque a penumbra nada deixava ver daquela orgia quase silenciosa.
Livrei-me da bermuda e passei a me punhetar, com os olhos voltados para a beira da cama sobre a qual se amavam os caras. Ao baixar a vista, dei com o novinho, de olhos bem abertos, na cama de baixo, olhando fixamente para minha punheta. Por um instante pensei em parar, ou virar para o outro lado, mas estava tão gostoso, que mandei o pudor à puta que pariu e continuei me tocando bem devagar, procurando extrair todo o prazer daquele momento.
Percorri com o olhar o corpo do carinha e percebi o característico movimento sob a coberta: ele também se masturbava. E se a intenção da minha bronha estava nos caras de cima, que eu nem via, a dele estava bem em frente aos seus olhos, na minha pica dura entre meus dedos.
Num impulso inexplicável, saí silenciosamente da minha cama, agachado para não ser visto pelos amantes do primeiro andar, cheguei à cama do novinho, levantei o lençol e me meti debaixo, de costas para ele. Ao encostar meu corpo no dele, senti de imediato sua rola dura e quente na minha pele.
Continuei minha punheta, mas movimentando sinuosamente os quadris, até que, com a outra mão, dirigi sua pica até meu cu. Fiz pressão para trás e o senti entrar em mim. Fui engolindo aquele mastro, enquanto minha rola começava a chorar na minha mão.
Parei o movimento do meu corpo, somente sentindo aquela rola entalada no meu cu; o novinho começou então a se mexer, a me estocar suavemente, como a medo, e o entra e sai, dentro de mim, foi me excitando ao ponto que não estava mais conseguindo controlar meu próprio gozo, que veio, violento, espirrando longe, no meio do quarto.
Os caras de cima provavelmente já haviam se tocado de que não precisavam mais ser discretos, seus movimentos ficaram mais perceptíveis, e os gemidos também, até que um gritinho sufocado indicou que alguém gozara.
O novinho, entrando e saindo em mim, de repente saiu de vez, encostou-se nas minhas costas, e senti seu jato de leite quente sobre minha bunda e minhas costas, ele todo tremendo e entre gemidos.
A quietude foi descendo sobre aqueles corpos saciados. Voltei para minha cama, enfiei-me sob o lençol cheiroso, a minha rola ainda a meio mastro. O novinho que me comera também se acomodava sob sua coberta. E, na cama de cima, recomeçavam os grunhidos abafados – na certa a noite de sexo e paixão ainda estava começando para eles...