Chapeuzinho Vermelho e o Lobo (uma releitura) - Capítulo 22

Um conto erótico de RedCap
Categoria: Gay
Contém 1952 palavras
Data: 15/06/2020 10:04:08

Já havia começado o segundo semestre da faculdade quando decidimos, os três, como eu contaria para o Nicolas sobre as investigações, e como pediria a ajuda dele. Seria do seguinte modo, eu contaria para Nic sobre as investigações tanto da morte da Roboalda, quanto da morte do marido partindo do pressuposto de que eles estariam envolvidos em uma história antiga que envolvia a minha família e a existência de outras matilhas.

Claro que, em parte, tinha verdades, mas André, Lola e eu achamos melhor não tocar na parte da investigação que levava até a família Bragança. Dessa forma, eu teria uma margem para pedir ajuda do Nicolas, e também insinuar que poderia ser do interesse dos caçadores saber se existem mais matilhas ativas, como a minha, ou não.

Ponderamos também que Nicolas poderia achar muito suspeito eu querer, de certa forma, entregar lobisomens para o abate, chegamos a conclusão que não necessariamente matilhas podem viver em harmonia. Até porque meus avós já me contaram histórias de guerras entre grupos diferentes de lobisomens para dominação de territórios, antigamente.

Fechado o plano, resolvi convidar Nicolas para passar o final de semana na minha casa, já que ficaria sozinho sexta e sábado, porque meus pais viajariam para casa dos meus avós que moravam em outra cidade, e Alex e Vanessa não ofereciam nenhuma resistência, inclusive sabendo bem como eles são, tratariam de arrumar um date ou alguma coisa pra fazer esses dias.

Chegada sexta feira, logo após sairmos da aula, a faculdade estava cheia como sempre, em meio aquele burburinho de alunos encontrei Nicolas parado perto do ponto de ônibus que havia em frente. Fiz sinal para que me esperasse enquanto eu falava com Lola e André os últimos detalhes sobre o que tínhamos planejado.

- Então é isso, eu vou falar hoje com ele, e de repente a gente já consegue ir lá colocar os negócios por essas semanas seguintes. - falei.

- Sim, não esquece que os aparelhos não estão comigo ainda, preciso ver antes com Frederico, e aí comunico vocês. - disse Lola, que estava resolvendo essa questão de uma forma meio clandestina.

- Beleza, a gente vai se falando então. - me despedi deles e segui.

- Oi Nic, tudo bem? - cumprimentei Nicolas com um abraço breve.

- Sim, a gente vai agora? - perguntou ele. - Eu trouxe umas coisas, mas se eu precisar eu vou em casa e busco mais tarde. - falou mostrando a mochila.

- Ah sim, acho que não vai precisar não. São só dois dias, nada que exija muito preparo. Fora que você mora umas quadras depois da minha. - falei.

Pegamos um ônibus e seguimos para minha casa, que não ficava muito longe da faculdade na verdade. Quando chegamos, encontramos ainda meus pais na sala, mas já prontos pra sair, me despedi deles e subi para o meu quarto seguido por Nicolas. Vanessa estava no quarto dela e nos cumprimentou quando viu, Alex na cozinha, embaixo, preparando alguma coisa.

- Pode deixar sua mochila aí, ou em qualquer lugar. - falei fazendo um gesto que abarcasse o espaço do meu quarto.

- Okay. - disse ele colocando a mochila sobre uma cadeira. - Mas vem cá, tu viu que o reitor da faculdade disse que a semana das pesquisas vai ser suspensa? - perguntou ele se jogando na minha cama.

- Vi sim. - falei arqueando as sobrancelhas para a cena. - Pode ficar à vontade! - disse brincando. - Eu fiquei sabendo que teve mó rolo com o repasse das verbas, ai acabou que não teve como, e adiaram a semana. - disse.

- Nada de novo sob o sol. - respondeu Nic com indiferença. - O interessante mesmo foi o caso que o reitor tava tendo com a diretora da faculdade de medicina, você ficou sabendo disso? - falou Nicolas animado.

- O QUE?! - exclamei. - Cara, eu tava ouvindo o pessoal comentando sobre, mas não coloquei credibilidade nenhuma, na real. - falei surpreso.

- Pois foi sim, inclusive a mulher do reitor, pelo que as más línguas falaram né, colocou até detetive atrás dele pra tentar descobrir o que ele estava tramando. - falou Nicolas, e encontrei uma boa oportunidade de introduzir o assunto das investigações.

- Entendi... por falar em investigação, eu queria conversar com você sobre algo... - falei olhando pra ele com cara de desentendido.

- Hum... - disse Nicolas apertando os olhos. - Você é muito astuto, aposto que estava investigando alguma coisa... - disse ele procurando por algo. - Talvez a morte da Roboalda, com certeza. - falou ele e logo abriu um sorriso de “eu sabia” quando viu que eu tinha arregalado os olhos.

- Aff... você é bom mesmo, hein... - falei olhando pra janela. - Bom, já que você adivinhou o principal do assunto mesmo. Eu vou tomar um banho e me trocar, e ai a gente pode descer pra comer alguma coisa e conversar mais. - falei enquanto pegava uma muda de roupa pra trocar, e Nicolas concordou, porque também estava com fome.

Descemos pra cozinha, e enquanto preparava alguma coisa pra gente comer, Nicolas tinha ligado pra mãe avisando que já estava na minha casa fazia algumas horas e que avisaria quando fosse embora, ela estava fazendo o papel de mãe pelo telefone enquanto Nic balançava a cabeça num “sim” concordando com as recomendações dela.

- Bom, ela já acabou o papel de mãe, podemos começar agora. - disse Nicolas pegando uma fatia de bolo.

- Então tá, vamos lá. - falei me sentando à mesa. - Eu de fato estou investigando a Roboalda sim, o negócio é que... - falei tomando ar. - Possivelmente possa existir outra matilha envolvida.

- Ué. - exclamou Nic desconfiado. - Mas eu sempre achei que a sua matilha era a única. - falou ele confuso. - Claro que, por mais que a gente considerou, por anos, a existência de outras matilhas, nenhuma prova real apareceu para confimar... - disse.

- Exatamente, minha família também considerou por longos anos, e quando digo longos é questão de gerações antepassadas mesmo, que pudessem existir outras matilhas. - expliquei. - O negócio é que, lá na época da Roboalda viva, pelo que meu pai me contou, esse caso dela em específico poderia indicar a existência de mais lobisomens. - falei mostrando uma foto da manchete do jornal que Roboalda tinha matado um lobisomem.

- Realmente... - disse Nicolas considerando ser verdade.

- Isso me levou até o homem lá, aquele policial, mas isso só foi possível depois que você falou que reconheceu ele em forma de lobisomem. - falei já explicando o motivo quando Nic esboçou dúvida e iria me interromper.

- Ah sim, agora entendi. Então depois que eu tinha falado do cara, você pesquisou sobre e encontrou essa possível ligação. - afirmou Nicolas.

- Uhum... Agora vem a parte em que peço sua ajuda. - falei meio inseguro. - Esse policial tem envolvimento com o pessoal daquele galpão que a gente acabou parando, lá na floresta. - disse com receio.

- O pessoal da Cardoso LTDA? - falou Nicolas o que me pegou de surpresa. - Ah não te contei? Eles tinham um problema com a minha família, que a gente tinha uma pequena empresa de produtos alimentícios lá na região, e segundo eles a gente tava atrapalhando os negócios deles. - explicou.

- Agora entendi, por isso que aquele cara tinha falado algo sobre você valer um bom dinheiro, um negócio assim. - falei e já completei. - Foi quando você já estava desacordado.

- Ah sim, por isso mesmo, devem ter pensado em pedir resgate, mas no final os planos não deram certo, não é mesmo? - fez piada Nic.

- Mas então, eu precisava da sua ajuda para grampear o telefone deles, lá no galpão mesmo. - lancei a proposta. - A gente pode ir colocar os negócios lá e depois voltar no mesmo dia, por mais que a gente passe mais tempo indo e voltando. - falei por fim.

- Sim, você alcança velocidades maiores que um carro? - perguntou Nicolas com sarcasmo.

- Não. - falei dando uma risadinha irônica. - Mas depende, de qualquer forma a gente vai de carro pra ir mais rápido. - concluí.

- Tá beleza. Onde você vai conseguir os aparelhos? - perguntou Nicolas indiferente.

- Lola que tá fazendo essa parte. - falei. - Ah vá, óbvio que meus amigos estão envolvidos também né. - falei com ar de “por favor, né.”.

- Se bem que, realmente eu deveria estranhar se eles não estivessem nesse rolo todo, não é verdade? - falou Nic gargalhando.

- Concordo. Já que temos que esperar ela vir aqui trazer os aparelhos, a gente pode ver um filme, já mandei uma mensagem pra ela, e aí daqui a pouco ela deve chegar aqui. - sugeria apontando pra sala.

- Vamos sim! - concordou Nicolas animado.

Enquanto víamos um filme na tevê, passaram por nós dois tanto Vanessa, quanto Alex dizendo que iriam sair e só voltariam à noite, embora eu tenha perguntado pra onde cada um estava indo, fui ignorado e recebi somente um “até mais tarde, maninho”. Pois muito que bem, sozinho estávamos os dois em casa, esperando ainda Lola chegar.

O filme contava uma trama entre pessoas da alta elite e que rolava intriga entre eles, até que o ápice foi quando um cara x, que aparentemente queria derrubar um outro y por causa do cargo da empresa que esse x queria, na verdade se encontrou com ele e começaram a se pegar, o que fez tanto eu quanto Nicolas ficar surpresos.

- MEU DEUS! - exclamei. - A maricona safada, não tô acreditando. - disse incrédulo.

- Menina, eu não pensei que ele tava era com vontade de mamar o outro. - disse Nic gargalhando. - Inclusive faria linda. Nossa, só queria. - falou.

- Oi sumido! Pra que o padrão ali do filme quando tem eu aqui belíssimo? - só joguei no ar.

Nos entre olhamos e o ar já ficava pesado com tanta tensão sexual que pairava. A gente só se atracou com todo aquele fogo, e quando percebi Nicolas já estava em cima de mim, e ambos sem camisa nos beijávamos, com nossas mãos deslizando um o corpo de cada. A pegação foi ficando cada vez mais quente, e já nos livrávamos de nossas bermudas.

Nicolas saiu de cima de mim, e só segurei sua cabeça em direção ao meu pau, então chupou com força, os movimentos foram ficando cadenciados até que gozei. Ele se levantou então era minha vez de fazer o mesmo. Chupei seu pau de mesmo modo e tempo depois senti seu orgasmo nos meus lábios, após isso, quando Nicolas já voltava a sentar em cima de mim, a campainha tocou, e fomos pegos de surpresa por Lola entrando pela porta.

- MEU DEUS! - gritou Lola quando viu a cena de Nicolas em cima de mim. - Que pouca vergonha é essa?! - perguntou indignada.

- Minha filha?! não poderia ter esperado eu ir atender? - falei já puxando uma almofada pra me tampar enquanto levantava. Sorte foi que o sofá fica de costas pra a porta, então ela não viu nada além do Nicolas em cima de mim mesmo.

- E desde quando eu preciso disso? - falou ela com razão. - Eu só vim entregar o aparelho do grampo do telefone, tá aqui. - disse ela colocando em cima da mesa.

- Lola... - disse Nicolas que estava visivelmente sem jeito.

- Relaxa, esse trauma eu não vou contar pra ninguém... - disse Lola virando levemente a cabeça. - Na verdade, acho que vou ficar aqui e observar a performance, olha... que desempenho! - falou Lola faltando com a noção.

- Amiga, linda amiga, minha amiga, vai embora agora tá. Beijinhos. - falei praticamente empurrando ela até a porta. - Tchau! - me despedi.

- Agora a gente pode terminar aqui! - disse Nicolas me puxando pelo braço e me jogando no sofá para terminarmos o que, involuntariamente, mas nem tanto, Lola tinha interrompido.

- Mas só se for agora. - disse com cara de safado.

A gente trepou no sofá mesmo, com o filme ao fundo fazendo trilha sonora, mas como o tesão estava acumulado de dias, subimos pro meu quarto e seguimos o que tínhamos começado na sala. Ao final estávamos deitados abraçados e discutindo e acertando os detalhes de como faríamos para chegar no galpão, implantar as coisas, e sair sem sermos vistos.

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