Capítulo 50 - Enfim, sou tua
-Isabella?
-Sim?
-Quer ser minha namorada?
Impossível descrever exatamente tudo que eu sentia. Abria a boca pra responder, fechava, sorria, chorava...
Cássia me olhava com a maior paciência do mundo.
-SIM! -Eu não respondi, eu gritei, por fim, após alguns minutos.
Ela não falou nada, apenas me abraçou e beijou, um beijo terno.
Sorri a olhando, após o beijo.
-Que horas você tem que chegar em casa hoje? -Perguntou pra mim segurando meu rosto delicadamente.
-Na verdade eu não combinei nada com a minha mãe...
-Perfeito. Então podemos ir a uma joalheria.
Eu fiz cara de quem pensa, tentando entender.
-É que, eu sei que anéis não significam nada, mas gostaria de compartilhar com vc, um par de alianças, que simbolize esse compromisso.
-Tudo bem. -Eu sorri.
Olhei discretamente para seus dedos e não vi nada ali, nem um sinal de compromisso com Bruna.
O restante da tarde foi um sonho maravilhoso para mim, fizemos amor no sofá da sua casa e depois fomos na joalheria e compramos o par de alianças de prata, mais lindos que havia, com detalhes em pequenos cristais. No entanto, Cássia pediu para que gravassem nossos nomes dentro, e por isso, não podíamos sair com as alianças de lá.
-Isabella... Eu tava pensando... Como fica com a sua mãe?
-Me perguntou a caminho da casa de Léo, eu iria pra lá me trocar antes de ir para casa.
-Bem, eu pretendo conversar com ela o quanto antes.
-Eu posso falar com ela...
-Bem, eu gostaria de falar com ela a sós. De qualquer forma, sou adulta, tenho meu estágio remunerado e posso me virar sozinha se as coisas vierem a se complicar.
-O que? Não tem nada disso. Se sua mãe te expulsar de casa, você vem morar comigo. - Falou em tom sério.
-Acho que as coisas não chegam a isso. -Tentei acalmá-la. -É aqui. -Falei apontando a casa de Léo.
-Bem... Então eu espero aqui, você se trocar.
Havíamos combinado que eu me vestiria na casa de Léo e Cássia me esperaria pra me levar pra casa.
Eu desci do carro e toquei a campainha. Léo chegou fazendo escândalo com seu jeito escandaloso, fazendo alarde, eu fui o empurrando pra dentro de casa.
-Mona! Agora me conta! Quem era no carrão ali fora? Ai, essa é das minhas. -Falou enxugando lágrimas que não existiam.
Eu contei a ele tudo o que aconteceu assim que sai da boate.
-Aiiii louca! Então a noite foi boa é? E ainda por cima arrumou uma namorada! Até que enfim né!
Expliquei a Léo que precisaria da ajuda dele pra contar pra minha mãe. Afinal, minha mãe o adorava. E ele era gay
-Pode deixar, baby!
Eu voltei pro carro rapidamente, pronta pra ir pra casa.
-Seu amigo é...
-Gay.
Ela gargalhou alto.
-Eu percebi... E bem escandaloso por sinal.
Rimos.
Quando chegamos, eu não queria me separar dela. Nos beijamos no carro. Olhei pro relógio e vi que eram quase 19 horas.
-Não quero me separar de você, mas preciso te deixar aqui. -Nos falou me abraçando.
Eu a olhei e pensei bem antes de falar.
-Cassia, você quer jantar aqui?
-Mas... Eu não quero te causar problemas.
-Não tem problema nenhum. Você já esteve aqui, lembra?
Convenci Cássia e entramos.
Minha mãe assistia TV.
A cumprimentei com um beijo e disse que tinha levado minha "amiga" Cássia para jantar.
-Que ótimo querida. Sentem-se.
Minha mãe e Cássia logo se entenderam, começaram a conversar sobre o trabalho de Cássia, sobre a prisão da tal Milena. Cássia contou algumas histórias sobre seu tempo de policial, como virou delegada e o que fazia no dia a dia.
Do nada, minha mãe perguntou:
-Mas seu marido te permite fazer tudo isso? Ou você não é casada...
Continua...