Se o meu senhor se tornava cada vez mais poderoso no Império Romano, eu me tornava cada vez mais atuante em sua casa. Já se passaram 3 anos desde que cheguei aqui, como um soldado derrotado transformado em escravo. Meu dever era, junto com outros 12 escravos, satisfazer sexualmente meu senhor e seus convidados. Meu sucesso se deu graças ao meu sistema e a liderança que exerci sobre os outros escravos, isto melhorou a satisfação dos convidados que enalteceram e glorificaram nosso senhor por todo o Império e além dele.
Meu sistema era muito simples, o grupo se protegia ao ensinar, uns aos outros, os segredos do sexo e da boa forma física. Cada vez que um novo escravo chegava, um de nós deixava o grupo para viver com um dos fiéis membros da comunidade que cercava nosso senhor (capitães da guarda, nobres romanos ou estrangeiros com quem meu senhor mantinha relações políticas), como éramos presentes do nosso senhor, os agraciados nos tratavam bem para continuar com um bom relacionamento com Demétrius, nosso senhor e homem poderoso do Império Romano. A fama de melhor anfitrião era grande, mesmo nosso imperador a respeitava pois era de grande utilidade para o Império.
O que garantiu o sucesso da minha ideia foi convencer nosso senhor a presentar nobres e fiéis com seus escravos, antes disto eles eram descartados e, portanto, não tinham motivação para melhorar a performance, a não ser pelo fato de garantir sua vida por 6 ou 7 anos, se nada de errado ocorresse antes disto. Agora que eles sabiam que teriam uma “aposentadoria digna” e se sentiam motivados a melhorar e ajudar os colegas a melhorarem também.
Com isto Demétrius ficou mais influente, poderoso e mais rico, adquiriu mais terras que produziam mais riquezas, num ciclo virtuoso de prosperidade. O império se expandia e, com isto, a oportunidade de comprar (ou até ganhar) terras do Imperador eram constantes.
Agora, eu já não era mais convidado para a cama de nosso senhor com frequência, como o que ocorreu com os anteriores a mim, meu senhor tinha olhos para os escravos mais novos que, depois que iniciou meu período, chegavam à primeira noite virgens, porém muito melhor preparados que na minha primeira vez. Mas ainda me chamava, ou por saudade ou quando queria que eu servisse a ele e mais um convidado, eu era mestre em coordenar o sexo a três e ele me elogiava muito por isso.
Em compensação, quando meus serviços não eram requeridos, eu era recebido nos braços do meu general Marcus Vinicius, este sim nunca se cansou de minha companhia. O fato é que minha vida se tornou mais fácil. O meu general, diferente de meu senhor, não se casou nem teve filhos. Ele passou muitos anos servindo à guarda do Imperador e não podia cuidar de uma família. Quando Demétrius, há muitos anos atrás, sofreu um atentado, o Imperador enviou Marcus Vinicius para se responsabilizar pela guarda de Demétrius. Hoje, ninguém se atrevia a atentar contra a vida de nosso senhor e Marcus Vinicius tinha uma rotina tranquila na casa de Demétrius, coordenando a tropa.
Mas, em certo dia, nosso senhor Demétrius ordena a presença de Marcus Vinícius e a minha, durante a tarde. Chegamos ao seu aposento e permitiram nossa entrada, nosso senhor estava vestido com nobres peças de seda branca e ornamentos de ouro em sua cabeça, pescoço e braços. Demonstrando grande exuberância e riqueza. Demétrius foi direto ao ponto, como de hábito:
- Marcus Vinicius, vou te enviar para cuidar de minhas propriedades em Cumas. Você parte em noventa dias a partir de hoje, comece a organizar sua partida e definir quem te substituirá no comando, mesmo distante será meu conselheiro para assuntos de defesa desta casa e de minhas propriedades. – Então, olhou para mim e falou:
- Meu doce garoto, cumpro a promessa que te fiz, e você irá com seu general, ele te protegerá e você cuidará deste bravo guerreiro. É com dor no coração que tomei esta decisão pois os considero como parte da minha família mas Marcus Vinicius é o único que confio para me representar e não posso permitir que se separem. – Eu fiquei triste e contente, não queria partir e me afastar da casa de meu senhor, o que me entristecia, mas saber que iria acompanhar meu general me fazia muito feliz. Olhei para Marcus Vinicius que, sem demonstrar emoção se aproximou de Demétrius, se ajoelhou e abaixou a cabeça dizendo:
- Muito alegra meu coração cumprir esta missão, meu senhor. – Eu me aproximei e também me ajoelhei dizendo:
- Seus escravos estão bem treinados e tenho alguém que está preparado para me substituir, estarei ao lado do meu general cumprindo a missão que nos deu, agradeço muito pela honra de tê-lo servido durante este tempo, meu senhor. Demétrius que se erguessem e completou:
- A partir de hoje, Petrus tem livre trânsito em minha casa, deixa de dormir com os escravos e se muda para o alojamento de seu general. Marcus, seu alojamento, a partir de agora e pelos próximos noventa dias será um dos quartos que reservo aos meus convidados e os dois serão tratados como tal. – Agradecemos seu presente e ele nos complementou:
- Agora vão pois ainda teremos uma estação juntos e muitas outras reuniões de planejamento antes de partirem. Meu servo irá leva-los até seu novo aposento e seus pertences já foram enviados para lá. – Saímos e olhei para Marcus Vinicius que continuava com uma cara séria, e não disse uma só palavra. Entramos no belo quarto preparado para nós e então ele disse:
- A partir de agora, você é meu, somente meu! Vou te honrar com meu amor e dedicação por toda a vida. – Eu peguei em suas mãos e falei:
- Hoje meu sonho se realizou!
Então nos beijamos, um beijo carinhoso, depois ele encostou sua testa na minha e segurou minha nuca com carinho e ficamos assim, em silêncio sentido o calor de nossos corpos. Depois ele começou a tirar as minhas vestes lentamente, apreciando meu corpo que ele tocava com leveza. Eu falei:
- Tem certeza que vai me querer todas as noites em sua cama? – Ele riu e falou:
- Sonho com isto desde o dia que te examinei no mercado, cumprindo ordens do nosso senhor. – Eu me deitei na cama e falei:
- Vem, meu general! Vem provar do que agora é só teu! – E ele tirou suas vestes militares e mostrou sua espada, erguida exuberantemente e sedenta pelo meu corpo.
Ele se deitou ao meu lado e começou a me beijar, eu correspondia aos seus beijos e massageava seu mastro. Ele passou a beijar meu pescoço, orelha e atacou meus mamilos, eu gemia e me deixei ser acariciado por aquela língua deliciosa.
Depois me desvencilhei dele e fui até seu colo, engolindo aquele membro enorme que me fazia engasgar. Ele relaxou e ficou sentindo minhas carícias. Depois de um tempo ele procurou meu traseiro com sua mão e começou a me acariciar, ele massageava meu anel com movimentos circulares e, de tempo em tempo, enfiava a ponta do dedo para me experimentar. Meu ânus piscava sem parar e prendia seu dedo quando conseguia, aquilo o deixou louco de tesão e ele me colocou de quatro em cima da cama, se ajoelhou atrás de mim e me empalou com sua lança quente.
Ficamos nesta dança um bom tempo, ele não se cansava ou não queria que acabasse, eu gemia e me saciava com ele, então me veio um pensamento bom: “agora eu não era mais o escravo que tinha a obrigação de dar prazer ao seu algoz. Agora eu estava dando prazer para alguém que eu amava muito”, aquilo me deixou mais feliz do que já estava quando aconteceu o inevitável, ele foi tocado pelo orgasmo e urrou enquanto lançava jatos de seu leite dentro de mim. Ele, então, se deitou ao meu lado e se manteve dentro de mim, acariciou meus mamilos com uma mão e me masturbou com a outra, fez isto até eu gozar. Ele então me abraçou e disse que, a partir de agora, ele me faria atingir o êxtase toda vez que ele atingisse. Caímos no sono no meio do dia, este foi o presente que nos demos.
Quando eu acordei havia frutas, água e vinho ao lado da cama, meu general estava sentado em uma poltrona próximo a janela olhando, distraidamente, a paisagem. Eu me sentei na cama e perguntei:
- O que está te preocupando meu general? – Ele se assustou, sorriu e falou:
- A partir de agora, Petrus, em nossa intimidade, me chame de Marcus! – Eu sorri e confirmei com a cabeça. Ele continuou:
- A missão que nos foi dada é um grande desafio e temo pela sua integridade. – Falou e, então, me explicou:
- Parte da região vizinha às terras de nosso senhor eram dominadas pelos gregos, que as tomaram dos fenícios mas agora, lentamente, estão perdendo o poder na região enquanto o Império Romano avança e domina toda a península. Uma das mais recentes cidades tomadas é Cumas, esta cidade é de importância estratégica pois é o centro de uma área agrícola muito fértil. Fica além do monte Vesúvio e era um dos últimos refúgios gregos. Antes de Cumas, o Império tomou Neópolis (cidade nova em grego, que foi construída ao lado de uma outra cidade muito antiga que os gregos chamam de Paleópolis que significa cidade antiga em sua língua). Após ser conquistada pelos romanos, teve seu nome adaptado para o latim e, agora se chama Napoli (Nápoles).
- Um convidado do nosso senhor é de Napoli, parece que está se tornando um importante porto para os Romanos. – Completei a explicação e ele continuou:
- Isto mesmo, o problema é que teremos muitos desafios pela frente, podemos encontrar bandidos no caminho e Cumas pode ser tomada novamente por outros povos. Temo pela sua vida.
- Ora, tema pela sua também! – Disse eu. – Afinal, não quero que me perca do mesmo jeito que não quero te perder... – Ele me olhou e sorriu, finalmente disse:
- O importante é estarmos juntos. Prometo que vou te proteger. – Eu, sabendo que não havia motivo para esconder meu passado, falei:
- Marcus, antes de ser escravo fui um soldado, servi a Brennus em suas batalhas, tenho treinamento e experiência no uso das armas e em estratégias de combate. Isto pode ser útil a nós neste novo tempo que chega. Deixe-me ajuda-lo a planejar os próximos noventa dias. – Ele me olhou impressionado e falou:
- Isto explica algumas coisas. – E sorriu – Sim, conto com seus conselhos, mas que fique somente entre nós, não quero que seu passado chegue até nosso senhor neste momento. Talvez no futuro... – Eu concordei e completei:
- Assim será! Mas agora é importante que tomemos a primeira decisão, você tem que voltar aos treinos e se preparar fisicamente para os próximos meses.
- Não gosta do meu corpo? – Disse Marcus rindo.
- Você é o homem mais atraente que conheço mas, se vamos passar por uma viagem perigosa, é preciso estar preparado para a batalha. – Expliquei e ele concordou.
- Além disto, comece a analisar quais soldados farão parte ne nossa guarda, é preciso escolher homens saudáveis e hábeis, porém sem vínculos aqui, que possam nos seguir sem olhar para trás! – Marcus respondeu:
- O soldado é experiente mas está se esquecendo que eu sou um general. – E riu e eu o acompanhei.
- Desculpe, estou muito entusiasmado e você não precisa de meus conselhos.
- É bom te ver tão entusiasmado, e seus conselhos serão sempre benvindos. Lembre-se que eu posso estar me esquecendo de algo e seus conselhos me ajudarão a me lembrar...
Então nos separamos, eu também tinha que explicar o que estava acontecendo para o grupo de escravos que eu liderava. Cheguei no salão e fui recebido por olhares curiosos:
- O que está acontecendo, perguntou Titus, um escravo que estava conosco há um ano e que eu preparava para ser meu substituto.
- Caros, em algumas dezenas de dias deixarei a casa de nosso senhor. – Fui interrompido por sons de desagrado e pesar mas fiz que não ouvi e continuei:
- Todos sabíamos que este dia iria chegar, eu vos preparo todos os dias para este momento, temos muitos dias para fazer uma transição tranquila mas preciso que me informem agora quem, entre vocês, deveria ser o meu substituto.
Sejam sábios, ele deverá dar continuidade ao meu trabalho e garantir duas coisas: que a boa impressão que o mundo tem da hospitalidade de nosso senhor aumente cada vez mais e que ele cuide da boa transição de todos os escravos quando deixarem este grupo. Peço que todos fiquei em silêncio e um a um venha ao meu ouvido dizer em voz baixa sua escolha, ninguém saberá em quem cada um de vocês votaram.
E assim se passou, aos poucos os doze escravos foram, um a um, e falaram ao ouvido de Petrus quem, na opinião do escravo, deveria ser o substituto. Ao final, Petrus reuniu a todos e retirou o pedido de silêncio, falando:
- Muito me orgulho da forma como enxergam este grupo, dez de vocês votaram em Titus, quem não votou em Titus não se sinta vencido pois os dois votaram em alguém que, por sua vez, votou em Titus, o que garante que todos estão conscientes da necessidade desta escolha. Então se virou para Titus e falou:
- Titus, apesar de permanecer na casa por aproximadamente 90 dias, a partir de agora és o líder e eu atuarei como seu conselheiro, nosso general já está providenciando um novo colega e eu passarei somente as horas do dia com vocês, observando e recomendando ações.
Petrus ficou com seus colegas até o final do dia, passou a maior parte do tempo conversando com Titus, ao final da tarde batem à porta, o general Marcus Vinicius entra e Titus vai até ele com Petrus logo atrás. O general dá as instruções da noite e Titus pensa um pouco e volta até seu grupo, novamente seguido por Petrus que até o momento não pronunciou uma só palavra. Titus conversa com o grupo e decidem quem irá atender ao senhor e seus convidados. Titus olha para Petrus que faz um sinal de aprovação. O grupo segue até o general e parte para o salão de festas. Petrus também sai e segue para seu novo aposento, entra e tira toda a sua roupa e entra na banheira buscando um relaxamento. Pouco depois Marcus Vinicius chega, o vê no banho, começa a tirar suas roupas e segue até Petrus.
- Não vai acompanhar o jantar? – Perguntei, feliz e ele respondeu:
- Não, nosso senhor disse que esta noite é nossa. – E sorri entrando na água.
Fizemos sexo várias vezes naquela noite, algumas vezes fui acordado pelo meu general e outras eu o tirei do sono. Agradecia aos deuses por tudo que aprendi na arte do sexo pois o repertório permitiria novidades por muito tempo.
Uma nova fase começava na vida de Petrus.