Na manhã seguinte, vi que a linda morena dormia pesado. Levantei, e fui ao quarto onde Regina e Waite estavam. Como descrevi antes, não havia porta, apenas a abertura em arco, quem estava fora podia ver o interior, e o que estivessem fazendo.
Bom, eu havia falado a ela sobre o Negão, dei a entender que ela poderia representar como fez com ele, então eu não podia reclamar:
Minha esposa estava deitada sobre Mestre Waite, bem no meio da cama, abraçada a ele, a bunda para cima e as pernas bem abertas, as pernas dele entre as dela. O cacete duro do Adepto estava apontando para cima, no meio das nádegas de Regina. Ela parecia ter gozado há pouco, estava toda relaxada em cima dele, um fiozinho de porra saindo do cuzinho dela. Ele acariciava os cabelos dela com uma das mãos, e a bunda com a outra, passeando um dos dedos pelo anelzinho dela. Ouvi ela murmurando:
“- Hmmm Allan... de novo...taradinho...”
“- É que esse seu cuzinho é tão delicioso...”
“- Você gosta do meu cuzinho? “
“- Gosto de você inteirinha...mas quero esse cuzinho pra mim”
“- Você quer meu cuzinho? Eu dou...” Com uma das mãos, ela foi esfregando o cacete dele no cuzinho dela.
Fui saindo de mansinho. Não sei se Waite percebeu. Retornei ao quarto, Laylah ainda dormia. Ela me abraçou de novo e me beijou.
“- Ahh amor...eu vou lembrar sempre deste dia...”
“- Eu também...”
Tínhamos que levantar para a refeição matinal. Levantamos e fomos, abraçados, ao salão. Chegamos e sentamos novamente em frente aos dois, eles haviam chegado lá antes de nós. Estavam abraçados como dois namorados, ela com a cabeça recostada no ombro dele. Allan sorria.
“- Regina é mesmo maravilhosa!”
“- Aiii... sou nada, você só diz isso porque quer comer minha bunda de novo...”
“- E quero mesmo, essa sua bunda é gostosíssima...”
Waite provocava. E Regina estava ajudando. Como se fosse uma competição de quem iria demonstrar ciúmes primeiro.
“- Que bom que vocês se deram bem! Nós também, né Laylah?”
“- Hmmmm...... nem quero falar pra não estragar... cheguei a achar que fosse só um sonho bom...”
Algo caiu em outra mesa e fez um estrondo. Talvez uma panela. O homem que a carregava havia tropeçado... ou não?
“- Então foi gostoso?” Perguntou Regina a Laylah,fuzilando-a com o olhar.
“- Muuitooo...muuuitooomesmo.....” ela respondeu , com um suspiro. Regina me deu “aquela” olhada. Então, apelei:
“- Mas pra vocês deve ter sido melhor ainda...” Waite olhou para mim e disse:
“- Foi mesmo, bem como você viu bem cedinho”
Regina ficou ruborizada.
“- Allan, como assim, ele viu?”
“- Vi quando ele passou pela porta do quarto, bem cedo, antes de nós...hmmm...de novo”
Laylah me olhou, curiosa. E olhou para Regina bem sério.
“- Eu ia lá para convidar vocês para irmos juntos ao salão, mas vocês estavam bem ocupados...”
Regina ficou quieta, e beijou Waite no rosto.
Terminamos a refeição e voltamos ao quarto. Laylah falou:
“- Eu sei que vocês são um casal, eu não devia ter ciúmes, mas tive. Desculpe.”
“- Laylah querida, estamos juntos aqui. E eles estão se dando muito bem, muito bem mesmo”
Peguei Laylah e ali mesmo, no corredor, a virei de frente para a parede, fiz com que empinasse a bunda, e a penetrei com força, bombando rápido, beijando sua nuca. Ela , com a excitação de estar sendo penetrada tão de repente e em público, gozou , quase caindo. Eu a segurei forte, o meu cacete ainda cravado na buceta dela, e a beijei.
Ao longe, vi Waite e Regina, abraçados, ela abraçando a cintura dele, ele apertando as nádegas de minha esposa.
Voltamos ao quarto e ficamos conversando, Laylah me contou a vida dela, resumidamente, e contei a minha, como passei por vários relacionamentos até encontrar Regina. Com ela havia sido parecido, só que sem achar a pessoa certa.
Meu medo era que ela me considerasse a “pessoa certa”... e também que Regina se apegasse demais ao “Allan”. Mas ele já havia demonstrado, na Taverna, que estava agindo apenas como “provocador”. Mas Regina já havia provocado paixões avassaladoras anteriormente... e talvez Waite acabasse como André, que tentou torna-la escrava dele.
Fomos caminhar um pouco pelo Castelo. Achei que devia me ambientar melhor, conhecer mais as alas e corredores, as Torres... ainda não tinha ido a nenhuma delas. Um dos problemas no mosteiro da Irmandade era que não conhecíamos nada, aquilo era um labirinto escuro. Laylah também não conhecia como era, então fomos andando, e eu tentava memorizar tudo. Algumas alas não tinham circulação livre, tinham guardiões nas entradas.
Mas os gatos pretos andavam livremente por todos os lugares. O que me dava a possibilidade de usar minha técnica de projeção da consciência, caso necessário.
Vimos uma movimentação , gente carregando coisas, arrumando salas...
Ficamos olhando por um tempo. De repente, ouvi alguém chamando por um nome:
“- Ei Snake! Ajude aqui!” Virei, mas já haviam saído pelo corredor.
Seria o mesmo Snake que estava naquela sala de monitores, e espionando Drake e Diana? Aqui, no Castelo da Agência? Tinha a sua lógica, o Castelo era enorme, e poderia ter, aliás, deveria ter, uma sala com monitores para observar todas as dependências locais. Mas também poderia ter uma sala para observações globais. Pela complexidade de instalação de fios e cabos, tinham que ser próximas. Pelo menos era o que eu pensava.
“- No que você está pensando? “ Perguntou Laylah.
“- Ouvi um nome, e lembrei de algo...mas pode ser só imaginação. O apelido é muito comum.”
“- Snake? Também ouvi... acho que é um daqueles homens carregando equipamentos de som.”
Olhei, e vi dois homens, um deles realmente parecia o cara loiro que eu havia visto, queixo grande...o outro, careca, com várias tatuagens. Laylah me alertou:
“- Não fique encarando ou eles vão notar!”
“Laylah, você é um anjo!!” Beijei a linda morena de olhos azuis nos lábios. Ela sorriu.
“- Pena que não vai durar” disse, baixando o olhar.
Dei mais uma olhada, disfarçando. O careca realmente possuía uma pulseira daquelas, e várias tatuagens, mas de onde estávamos, eu não conseguia ver se o desenho era o mesmo que eu vira.
Então, tive uma ideia, e contei a ela parte do que havia acontecido, não podia contar tudo porque envolvia a segurança de Diana e Drake. Pedi a ela:
“-Laylah, você podia ir perguntar a eles o que está acontecendo, que evento irá acontecer, e enquanto isso, dar uma olhada na tatuagem do punho do careca...pode ser?”
( - Claro que posso fazer isso...parece coisa de agente secreto...muito legal!)
Isso me fez pensar. Laylah estava ali para seu treinamento em uma Ordem, ou para trabalhar na Agência?
Mas ela foi. Nua e linda, os pés perfeitos descalços, ela foi, andando sensualmente na direção dos dois homens, que quase derrubaram a grande caixa de som que levavam, ao se depararem com aquela visão.
“- Oiiii... desculpe atrapalhar...”
“- Que nada moça”, falou o careca.
“- Mas você é linda e gostosa hem???” Disse o loiro.
“- Vocês sabem o que é que vai ter hoje? É que eu posso ser chamada e ainda não sei de nada...”
“- Ah, é a tal recepção aos Altos Adeptos. Vai ter Iniciação, alguns rituais, para que os membros da Agência saibam como é nos outros Templos...”
“- Tipo, demonstração...” Laylah falou.
“- Isso aí.” Concordou o careca. Eles baixaram a caixa de som, colocando-a no chão. O loiro já deu uma passadinha de mão na bunda da moça.
“- Nossa, quantas tatuagens...” ela falou, sorrindo, para o careca.
“- Você não tem nenhuma?” Ele perguntou.
“- Nenhumazinha...” ela respondeu. O loiro levantou os cabelos dela, fingindo procurar.
“- Sabe, às vezes as gatas fazem tatuagens pequenas em lugares como este....ou este...” ele pegou nas nádegas de Laylah e abriu um pouco. Ela disse, procurando se manter calma e dócil:
“- Aí só tem o meu cuzinho...” Enquanto falava, pegou na mão do careca e olhou a tatuagem.
“- Que desenho bonito. O que significa?”
“- Não posso contar...bom...talvez eu possa...”
“- E como você poderia?”
“- Você poderia vir me ver em meu horário livre. Eu trabalho ali naquela ala, todo mundo me chama de Snake.”
“- Snake? Por que esse apelido?”
O loiro falou:
“- Por causa da cobra grande no meio das pernas dele , é isso.”
“- Pára com isso, Mac! “
Pronto, agora sabíamos o nome dos dois e em qual ala trabalhavam. Mas era uma ala com guardiões na entrada....
No entanto, isso teria que ficar para depois. Eu precisava saber quais eram as reais intenções de Waite. Laylah parecia sincera, e seu cuzinho bem apertadinho significava que ela realmente nunca havia feito sexo anal antes...
Eu andava desconfiando de tudo e de todos. E isso não parecia bom. Dali a pouco, eu estaria desconfiando de minha esposa. Mas Regina não teria motivo nenhum para... hmmm...e se alguém a estivesse controlando mentalmente? Alguns Adeptos podiam fazer isso.
Eu não podia entrar na mente do Waite, assumindo o lugar dele eu não saberia o que ele estava pensando. Não sem ele perceber a minha presença.
Havia chegado a hora de aproveitar a liberdade que os gatos negros tinham. Assim eu poderia ouvir o que eles diziam.
“- Está completamente distraído de novo, amor.” Era Laylah.
“- Eu estava pensando em um monte de coisas, até esqueci dos caras! Desculpe! Eles a perturbaram muito?”
“- Não, foram até gentis, só passaram a mão e deram umas apertadinhas. Você deve saber que outros membros são bem mais rudes, e tem as masmorras...”
Abracei e beijei a morena de olhos azuis. E desejei que ela, dentro das escolhas que havia feito, encontrasse o seu par. Mas isso seria depois, agora estávamos no jogo de Waite.
Logo mais, haveria a tal recepção. Isto é, haveria uma séria de cerimônias, na qual Altos Iniciados de algumas Ordens seriam recepcionados em um ambiente ritualístico e luxuoso. As sacerdotisas e hetairas iriam recepcionar cerimonialmente os Adeptos, de acordo com as características de cada grupo. Ou seja, as adaptações feitas nos rituais tradicionais de acordo com os fetiches pessoais de cada “Empereur” ou “Imperador”. Tudo isso para que os membros da Agência aprendesse como são os rituais dessas Ordens. Mas seriam iniciações oficiais, reconhecidas, apenas abertas aos membros da Agência.
Regina e Laylah foram convocadas para ir ao Salão espelhado, onde seriam preparadas para a cerimônia. Embora uma simulação, deveria ser encarada como o evento real.
A preparação incluía, além do jejum parcial onde só poderiam tomar água até a noite, enemas ( sexo anal na certa) , penteados especiais, maquiagem, manicure e pedicure, as damas deveriam estar mais do que maravilhosas para os Altos Adeptos e Hierofantes. Convenhamos...os caras se davam muito bem.
Aproveitando que as duas estariam ocupadas por algumas horas, fui para o quarto e deitei, projetando a minha consciência para um dos gatos pretos que passavam por ali.
A sensação era realmente curiosa. Cada animal via as coisas de um jeito diferente. Mas nada foi mais estranho que o dragão-serpente do templo de Ishtar...
Fui andando pelos corredores, olhando de baixo para cima. Algumas moças nuas me paravam e acariciavam meus pelos. Uma me pegou no colo, beijando meu focinho. Mas dei uma retorcida no corpo, e saí.
“- Esse gatinho é meio arisco” ela falou. A moça ao lado dela disse:
“- Gatos são mesmo assim. Uma hora querem carinho, outra querem sair por aí”
Dei uma olhada no Salão que estava sendo preparado para a cerimônia, as cadeiras especiais para os Adeptos, um palco circular no meio, obviamente com o imprescindível círculo mágico todo cheio de símbolos. Candelabros com velas, turíbulos com incenso, as caixas de som prediziam música ambiente.
Saí dali e fui até a ala que havia sido apontada por Snake a Laylah. Pensei comigo mesmo se ela iria aceitar o convite dele e ir até o seu local de trabalho. Seria ele um tipo adequado para ela? Às vezes as moças gostam de “bad boys... eu não deveria sentir ciúmes dela, mas estava me preocupando com quem ela poderia ficar...
O guardião da entrada nem percebeu quando passei. Fui andando pelas salas, até que vi uma, cheia de monitores. Mas as imagens eram apenas internas, de dentro e dos arredores do Castelo. De qualquer maneira, era um jeito de conhecer o lugar. O rapaz que cuidava da monitorização estava atento a uma das telas, que mostrava uma das masmorras ( eram várias) onde uma moça nua, de máscara, estava sendo chicoteada nas nádegas, habilmente, por um Negão também de máscara. Parecia Nguvu Ya Kiume ( ver os primeiros contos) , tinham me dito que ele havia perdido alguns cargos, mas continuava na Irmandade. Então, havia a chance de nos cruzarmos novamente com ele...talvez até minha esposa, como parte deste novo treinamento, tivesse que ser chicoteada na bunda e mesmo ser penetrada no cuzinho pelo caralhão dele.
Mas eu estava me distraindo.
Após memorizar algumas localizações, saí dali e fui procurar outra sala que tivesse monitores. Eu achava que , por questões técnicas, deveria ser perto. E não estava errado. Vi Mac ( o rapaz loiro e queixudo) saindo de uma sala, e fui para lá, me esgueirando pela parede, mesmo sabendo que os gatos tinham passagem livre por ali. Entrei sorrateiramente, tal e qual um gato (hehe) e olhei, era a mesma sala que eu havia visto antes, através dos olhos de Snake. Eu não precisava nem ver a tatuagem dele, apesar de que ela poderia ajudar a identificar alguma organização a que ele pertencesse. Nas telas, não vi a sala de Drake ou de Diana, sinal que não haviam colocado outras ainda. Um outro homem , em pé, disse:
“- Precisamos resolver essa questão... precisamos saber todos os passos deles.”
“- Estamos tentando colocar alguém no setor de instalação e escaneamento, mas até agora nada”
Mac voltou e me viu.
“- Não gosto desses gatos zanzando por aí... parece que ficam xeretando tudo”
“- Nem pense em machucar um deles, o Chefão vai te demitir”
Ele foi me empurrando cuidadosamente com a mão. Dei um pulo e fui saindo. Assim que possível, eu precisaria informar Diana e Drake. Os espiões estavam dentro da própria Agência. Seria um tipo de Corregedoria? Estariam Drake e Diana aprontando alguma coisa?
Eu estava, de novo, conjeturando demais. Voltei ao meu corpo, na cama.
A cerimônia ia começar.
CONTINUA