O Vizinho idiota - Capítulo 05

Um conto erótico de Gabs
Categoria: Homossexual
Contém 1017 palavras
Data: 30/07/2020 17:52:29

** Eduardo **

Eu estava sentindo umas coisas estranhas e várias perguntas invadiam a minha mente naquele momento conturbado. Por que eu sentia sensações estranhas quando Gabriel se aproximava perto de mim? E por que eu perdia o controle perto dele? Eu, realmente, odiava está perto daquele garoto, a minha vontade era de matá-lo. Minha mente estava atormentada de uma forma destrutiva.

Eu estava sentado em uma poltrona vista no meu quarto e o meu amigo Otaviano estava na minha cama prontos para mais um dia de aula. Eu sentia medo, tinha medo de Gabriel. Me sentia um idiota por ter acompanhado minha mãe até a sua casa no primeiro, me sentia culpado por ter deixado minha mãe convidar a família dele para aquele maldito jantar. Minha preocupação girava em torno de nossa aproximação.

— Mas você ama ele? — Otaviano me despertou dos meus pensamentos rindo.

— Não. Claro que não. — Respondi.

— Todos que te conhecem bem, já conseguem perceber como você fica bobo pelo nerd do seu vizinho novo. — Falou.

Otaviano era o meu melhor amigo e não tínhamos segredos. Ele também sabia sobre a minha opção sexual, coisa que ninguém mais sabia, também já estava sabendo sobre o meu novo vizinho. Porém, o meu orgulho sempre falou mais alto.

— Eu já não sei mais. Acho que não vai rolar entre a gente nunca. — falei nervoso. — Mas, e quanto ao Augusto? Você vive correndo atrás dele, que nem um cachorrinho e ele nem te dar bola. — Finalizei perguntando.

— O quê? Eu não corro atrás dele, que nem um cachorrinho. Nunca fiz isso. — Respondeu constrangido.

— Desiste dele. Pelo que vi ontem, ele está bastante próximo do Gabriel. — Falei enquanto caminhava até a varanda.

— Infelizmente não tenho controle dos meus sentimentos. — Falou enquanto colocava a mão no peito.

Era difícil ver o meu amigo correndo atrás de um garoto, que nunca reparava nele. Nem mesmo fazia questão de olhar na cara.

— Ele não reparava em você desde o ensino fundamental. Acha mesmo que ele quer alguma coisa com você? — Perguntei.

— Não, Augusto é um idiota por esse lado. E ele deve saber que eu amo ele… — Otaviano falou de cabeça baixa.

Acho que eu tinha deixado o meu amigo triste, não era essa a minha intenção. Mas seria melhor ele desistir dele o quanto antes, já foram muitos anos assim. Meu amigo suspirou e continuou depois de minutos silenciosos:

— Eu daria tudo para ficar com Augusto, ser amado e amar ele. Eu quero tanto aquele babaca. E você não tente enganar ninguém, pois eu sei que está caidinho pelo nerd.

— Ele não é cego. — Brinquei. — Só não faz questão em ver você. — Finalizei.

— Não gosto quando você me diz isso. — Falou.

— Acho melhor irmos para o colégio. Não podemos nos atrasar mais ainda, está lembrado? — Perguntei.

— Sim, vamos logo. — Respondeu.

-xx-

— Eduardo, se você falar isso de novo, eu juro que te jogo esse suco. — Otaviano falou enquanto se sentava numa das mesas do refeitório.

— Eu só não consigo parar de pensar nele quando estamos por perto. Não entende isso só porque Augusto não nota você. — Falei.

— O "toque de recolher" bateu, vamos voltar para o nosso pior pesadelo. — Disse Otaviano.

-xx-

— Bom dia, meus queridos alunos! — cumprimentou a professora de Português e Produção Textual, Walkiria Cynthia. — Nesses poucos meses de aula, já aprendemos muitas coisas e como eu disse para todos, desde que entrei por aquela porta no primeiro dia. — Apontou para a porta de entrada e continuou. — Eu gosto de trabalhar com a participação de todos os alunos, portanto vou passar um trabalho que foi conteúdo de nossas aulas em Produção Textual. O trabalho será em dupla. — Finalizou.

Logo olhei Otaviano e disse em alto e bom som para todos ouvirem:

— Eu vou com você. — Otaviano, que até então, não havia dito nada, ficou visivelmente constrangido com a altura que eu falei.

— Eduardo, ainda não terminei de explicar. — Me repreendeu a professora Walkiria. — E em seguida prosseguiu. — Dessa vez, eu vou separar as duplas e nada de gritaria ou lamentações. — Terminou.

O título do nosso trabalho foi a Feira do Conhecimento. Teríamos que preparar um seminário sobre o que já tínhamos estudado desde o começo.

— Vou começar a separar as duplas. Estive avaliando quem é mais íntimo de cada um e quem é mais afastado para criar as duplas. O objetivo é criar novas amizades por aqui, com quem ainda não temos contato. — Finalizou.

— Stéfany e Arthur, Guilherme e Kauã…

A professora continuou falando, até que chegou em nossos nomes:

— Eduardo e Augusto, Otaviano e Gabriel.

Olhei para Otaviano e vi que ele estava tenso. Depois de alguns minutos em silêncio, por fim, resolveu se pronunciar:

— Desculpas por ter que ficar com o seu amor. — Respondeu tentando rir um pouco.

— Tudo bem… — Suspirei. — Nem nos falamos mesmo e desculpas por ter que ficar com a sua paixão invisível. — Finalizei.

A aula se estendeu e quando reparei, já estávamos quase terminando o horário. Apesar de não ser muito nerd, eu cumpria com as minhas obrigações e esse seria o meu último ano na escola… Quando saímos da escola, fui até Augusto para ver quando iríamos começar os trabalhos.

— E aí, Augusto. — Cumprimentei-o de forma desajeitada. — Queria ver quando vamos começar a fazer o trabalho.

— Então, quer dizer que você faz alguma coisa útil? — Eduardo havia falado.

— Milagres acontecem, não é mesmo, Bibi? — Perguntei debochando de Gabriel, com aquele apelido que tinha criado.

— Não te dei a confiança para ficar me dando apelidos. — Bufou e saiu de onde estávamos.

— Certo… — Falou Augusto anotando alguma coisa em um pedaço de papel e por fim disse: — Esse número é o meu, quando quiser começar a fazer o trabalho, me mande mensagem. Até breve, Eduardo. — Disse se afastando.

— Tá certo, então. — Disse colocando o papel na capa do meu celular.

Notas finais

Mais um capítulo, espero que gostem… Deem suas notas, sugestões, elogios ou críticas na barra de comentários. É muito importante saber o que estão achando e para o desenvolvimento da história. Preciso saber se estou escrevendo e vocês estão gostando, por isso, a fanfic só continuará sabendo o que estão achando. Até breve!

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Comentários

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Pretendo continuar a história, mas antes estou postando no Spirit uma. O site é melhor que esse. Aguardem!

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Cade o restante dos capitulos? To esperando....rs

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Gostei, só to achando os capítulos meio curtinhos demais e outra coisa: sexualidade não é opção.

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Está ótimo. Mas se for possível faz um pouco maior

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Tô gostando do conto, só toma cuidado com algumas expressões.

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To gostando do conto... só tem um problema, não existe "opção sexual".

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