O Jantar da segunda-feira era especial, era o último do evento e o melhor momento para confraternizar. Era, também, quando se anunciava os melhores profissionais do semestre. Este prêmio representava reconhecimento da empresa e um gordo bônus para os ganhadores. Cheguei e fui procurar meu diretor que nos convidou para nos sentarmos na mesma mesa. Quando cheguei, Samuel já estava lá, ao lado esquerdo do homem que me apontou a cadeira à sua direita. Juntos a nós se sentaram outros 3 gerentes regionais.
A conversa foi muito animada, afinal todo bom vendedor é bom de papo e assunto não faltava, Samuel era muito divertido e se tornava o centro das atenções pois tinha um comentário engraçado para tudo o que falavam. Nosso diretor ria sem parar pois, além da mesa divertida, ficamos sabendo alguns minutos depois que batemos, todos, as metas e isto representada o maior bônus de sua carreira. Eu também estava rindo à toa pois já tinha analisado, pelos números apresentados pelo Presidente na abertura da convenção, que eu estava entre os três primeiros colocados.
Ao final do coquetel, com todos muito bem entrosados, a mestre de cerimônias, uma mulher lindíssima contratada especialmente para apresentar os resultados da noite, subiu ao palco, nos deu boas vindas e passou um vídeo que demonstrava os resultados. Ao final ela reforçou alguns pontos do vídeo e chamou ao palco o maior responsável pelos excelentes números: nosso diretor, obviamente. Todos o aplaudimos e ele começou a agradecer o esforço de todos, e destacou alguns nomes a serem homenageados.
O primeiro foi eu, que obteve o maior resultado entre todas as regiões, fiquei lisonjeado, subi ao palco, recebi uma placa de platina, falei algumas palavras em agradecimento e tirei fotos. Na descida fui cumprimento por todos no caminho. Me sentia realizado pois trabalhei muito para isto. Depois chamaram o segundo e terceiro colocado e a homenagem foi parecida. Ao final, nosso diretor fez algo que não imaginávamos que iria acontecer. Ele disse que havia uma região que apresentava o pior resultado, mês a mês, que era a Sul, mas teve uma recuperação tão rápida nos últimos sessenta dias que terminou como a quarta colocada, por isso ele chamava o Samuel ao palco para um prêmio especial de melhor performance de um gerente regional em seu primeiro semestre.
Ninguém esperava por isto, Samuel me olhou e eu olhei para ele demonstrando que ele merecia, foi até o palco, fez um discurso muito motivador, agradeceu e voltou ao seu lugar, em seguida nosso diretor terminou a fase inicial do jantar e desceu do palco, dando início, efetivamente, ao jantar. Ele se sentou entre nós, como originalmente e falou:
- Estou sentado entre dois premiados. Que honra! – Eu completei:
- Temos três premiados na mesa, pois você é o responsável por tudo o que está acontecendo. – Ele agradeceu e se voltou ao Samuel:
- Surpreso? – Samuel respondeu com humildade:
- Sim, surpreso e lisonjeado. – Farei valer este prêmio, te prometo. – Nosso diretor respondeu:
- Aposto todas as minhas fichas em vocês. Se vocês souberem trabalhar juntos, o sucesso de todos na diretoria comercial estará garantido. Mas, agora, vamos comer!
O restante do jantar foi muito divertido, fomos pulando de mesa em mesa para receber os parabéns e conversar com os colegas. Eu me sentia muito bem e acabei bebendo mais do que devia.
Como sempre acabamos, Samuel e eu, numa mesa no final de festa, ainda conversando e comemorando. Ele então falou:
- Estou orgulhoso de ser amigo do melhor gerente regional de todos os tempos!
- Não exagera! Melhor deste semestre, o ano nem acabou... Eu é que estou orgulhoso do seu sucesso, você terá uma carreira meteórica aqui!
- Deus te ouça! Você bebeu um pouco a mais, Maurão! Nunca te vi fazer isto. Quer que eu te leve até seu quarto? – Eu olhei para ele nos olhos e falei:
- Me leve para o seu! – Ele sorriu e falou: “Só se for agora!” e se ergueu, eu tentei me erguer mas o chão se mexeu. Ele riu, veio até mim, me apoiou no seu ombro e, com a outra mão pegou nossas placas e saímos dali.
Mal entrei em seu quarto e já fui agarrando o amigo/amante. Dei-lhe um grande beijo e o fui conduzindo até a cama. Eu tirei minha roupa enquanto ele tirava a sua, ele se deitou e eu me deitei em cima dele. Beijei sua boca novamente, depois seu pescoço, orelha e mamilos, fui usando as armas de sedução que recentemente aprendi. Não sei se por causa do álcool ou pelo libido mesmo, quando dei por mim, mamava seu pau deliciosamente, enquanto ele me acariciava a cabeça, depois subi até sua boca novamente e voltei a lhe beijar e ele me retribuiu todas as carícias mas, após me mamar deliciosamente, voltou a lamber minhas bolas e voltou a aplicar sua língua com destreza no meu ânus.
O prazer que eu sentia era infinito, era muito bom mesmo e ficou ainda melhor quando ele começou a misturar sua língua com seu dedo até que este se tornou o protagonista e ele começou a me penetrar carinhosamente com seu dedo. A embriaguez me deixou relaxado e não me importei com o que estava acontecendo, somente pensava em duas coisas, que a sensação era boa e que ficava feliz por deixa-lo fazer o que queria com meu corpo.
Então, numa súbita loucura, me coloquei de quatro e pedi para ele continuar me dedando. Ele nada falou, pegou seu gel e voltou a acariciar, agora me apresentando novas sensações, um dedo, depois dois até chegar ao terceiro. Depois disto ele veio até meu ouvido e falou baixinho com a voz tremulando de tesão:
- Quero te possuir, posso? – Eu fiz um sinal afirmativo. Claro que aquilo era tesão, era curiosidade mas também se devia ao fato de eu estar alcoolizado, o que facilitou aceitar, pois não deixei nenhum preconceito entrar na frente da minha decisão.
Então aconteceu, de forma magistral pois Samuel era muito experiente, minha virgindade foi se rompendo num misto de dor e prazer. Naquele momento eu me lembrava do orgulho que senti ao vê-lo receber o prêmio e o que fazíamos, também era uma forma de presenteá-lo. No meio da dor ele de repente parou. Seu mastro estava todo dentro de mim, eu sentia uma dor aguda, quase insuportável, mas aquela parada estratégica foi para eu me acostumar, aos poucos a dor foi cedendo e eu comecei a me mexer para sentir melhor aquele membro enterrado no meu traseiro. Era o sinal que Samuel esperava para buscar seu prêmio, então começou a se movimentar rápida e violentamente, voltei a sentir dores mas o tesão de senti-lo me deflorando me fez aguentar firme até que o meu parceiro soltou todo o seu líquido dentro de mim.
Ele saiu de dentro de mim e eu me deitei com a barriga na cama, ele foi até o banheiro, pegou uma toalha, limpou meu traseiro e depois seu pau, indo se deitar ao meu lado em seguida. Eu olhei para ele sem a menor preocupação (não me pergunte por que) e falei:
- Você não usou camisinha?
- Não. Sua primeira vez merecia que fosse na pele. – Mas, então, completou:
- Meus últimos doze meses foi fazendo sexo com minha namorada com camisinha. Tenho certeza que você, há mais tempo que este, só faz sexo com sua mulher, acho que merecíamos este presente. Além do mais, daqui para o futuro, somente vou fazer sexo sem camisinha com você, portanto não corremos perigo.
Eu olhei para ele e falei:
- E quem disse que vamos continuar fazendo sexo? – Perguntei num tom irônico. Ele respondeu no mesmo tom:
- E com quem mais você faria? Há dois dias atrás você nem sonhava que isto poderia acontecer. Há um dia atrás você descobriu como isto é bom e hoje você descobriu que isto é bom de qualquer jeito, tudo comigo. Ora, Maurão, você já passou da idade de buscar um outro homem para sua vida e eu estou aqui, prontinho para fazer este papel. – E riu. Eu olhei para ele e falei:
- Por isso você está em nossa equipe, seus argumentos comerciais são de primeira. Agora vamos tomar um banho, para ver se esta embriaguez passa pois você já gozou, mas eu não.
Assim começou uma bela amizade, realmente eu somente me relacionava com ele fora do casamento e ele comigo, ele se casou com a namorada, fui seu padrinho de casamento e nossa história foi muito boa durante alguns anos.
O problema é que Samuel continuou a abusar da bebida e entrou num ciclo de problemas em que ele não conseguia achar a saída. Eu o ajudei como pude até que sua esposa pediu o divórcio e ele foi despedido. Dei todo o apoio que pude, paguei uma clínica de recuperação mas não adiantou, ele acabou morrendo de cirrose hepática ainda durante o tratamento. Decidi que nunca mais beberia uma gota de álcool me homenagem à ele.
Fui fiel até o fim mas o que ele me fez descobrir, eu não podia mais evitar e, dois anos depois de sua morte, conheci Alfredo e, agora que estou viúvo também da minha esposa, estamos morando na Espanha, numa vila próximo a Valencia, chamada El Saler.