Há vários dias que tento escrever essa história e desisto. Assim que tomo a decisão, tenho a impressão de estar traindo minha amiga e desisto. Por outro lado, tenho necessidade de desabafar, tirar um peso. Por isso, hoje decidi, ao menos começar.
Eu e Sueli somos amigos de longa data. Há mais de 20 anos, desde que nos formamos na faculdade, prestamos concurso para o Judiciário juntos e por 10 anos trabalhamos no mesmo prédio, em andares diferentes. Embora amigos há tanto tempo, temos histórias de vida diferentes. Enquanto ela se casou com o namorado de adolescente, aos 25 anos, mantendo-se fiel ao casamento, eu me casei oficialmente três vezes, e tive inúmeros casos, alguns incestuosos, especialmente um longo e secreto envolvimento com minha cunhada e outros com duas de minhas sogras. Claro que Sueli não sabe disso, sabe apenas dos casamentos e algumas namoradas, sequer sonha com os envolvimentos proibidos.
Sempre tive uma queda por ela, nunca escondi mas nunca avancei sinal nem ela permitiu que eu o fizesse, de modo que a amizade sempre falou mais alto. Várias vezes almocei e/ou jantei com ela e o marido, com quem tenho relativa amizade. Nos últimos 3 anos, eu e Sueli passamos a trabalhar no mesmo departamento – ela numa posição hierárquica superior a minha – e por conta disso, estivemos mais próximos, sempre que possível almoçamos juntos e conversamos mais amiúde. Assunto nunca faltou, temos muitos interesses em comum. Às vezes penetramos em assuntos pessoais e foi num dia assim que ela disse que seu marido sempre falou a ela que eu era apaixonado por ela. Disse de boa, sem crises. Ela é uma mulher bonita e ele sabe que sempre é cortejada. Atualmente, se aproximando dos 50 anos, está no auge da beleza, para mim que adoro maduras. Quando ela me contou isso, nos divertimos muito:
- Ora, você também sabe disso!Nunca escondi, mistério nenhum! Verdade total!
- Ah, apaixonado, você? Sei! Você é um apaixonado pelas mulheres em geral. Voce adora mulheres. Voce é apaixonado por mim e por mais 10, pelo menos! Mas nossa amizade está acima de tudo.
A conversa ficou por aí. Poderia ter acrescentado mais coisas, mas ficamos por aqui.
Mas a sinceridade e a confiança entre nós abriu uma brecha na muralha que ela tinha em torno de si. Pela primeira vez tinha a oportunidade de ao menos trocar alguma idéia com ela. Vai que cola?
Devo dizer o que mais me chamava a atenção nela, o que me atraía: seu temperamento colérico. Sueli ficava irada com certa facilidade. Bastava provocá-la, fazer algo que ela não gostasse. Se presenciasse uma injustiça ou covardia. E especialmente se alguém a pressionasse além do tolerável! Virava bicho.
Era capaz de se sacrificar no trabalho, por um colega, de trabalhar além do regular, mas tinha de ser por vontade e decisão dela! Se alguém a pressionava, ficava transtornada, furiosa. Então, eu desenvolvi uma teoria, muito pessoal, que toda aquela energia, toda aquela fúria poderia ser potencializada sexualmente!
Toda vez que eu a via furiosa, colérica, eu a imaginava como seria transando, toda aquela força, descarregando toda aquela energia sendo numa foda fenomenal. E pensava comigo: “Puxa vida! Histérica desse jeito. Na hora do orgasmo, deve ser uma baita fóda!”
Como agora estávamos mais próximos, conversávamos diariamente, nos intervalos do trabalho, na hora do almoço ou cafezinho, nas raras vezes em que íamos a pé até o metrô, quando seu marido não ia buscá-la.
Inevitavelmente, acabamos por enveredar nossos papos para a vida pessoal. Afinal, eram 25 anos, um quarto de século de amizade. Éramos, em verdade, mais que íntimos.
Uma pequena discrição de minha amiga: alta, 1,75, magrinha, em torno de 58, 60 quilos, branquinha, nada bronzeada {não gostava do calor}, cabelos geralmente tingidos de ruivo-escuro. Lábios finos, bem desenhados, charmosa, até suas rugas eram bonitas, transmitiam respeito e autenticidade. Elegante, gosta de se vestir à maneira clássica, saias e vestidos geralmente 4 ou 5 centimetros acima do joelho. A vestimenta que mais lhe cai bem são os “terninhos” negros, contrastando com blusa da cor clara e discreto colar dourado ou prata. Além disso, mulher culta, de bom gosto. Seu decote nunca está a vista, mas percebe-se que seus seios são diminutos.
E dentre nossas conversas, algumas confissões: conta que seu casamento é mais tranquilo que feliz. Passados 25 anos, excessivamente rotineiro, de uns anos para cá, segundo ela mesma. Segundo ela, o Carlos, acomodado em tudo (deu vontade de perguntar o que era esse “tudo”, mas me contive). Nesse dia, ela disse, num tom que tinha algo de confessional e de desabafo:
- Ah, espero que eu nunca fique acomodada como ele, a vida ficaria muito sem graça...
Nos dias a seguir não retomamos o assunto, embora tenha dado vontade. Nossas conversas mais animadas e prazeirosas se resumiam a livros, filmes e uma nova modalidade que aderimos com entusiasmo: séries da Netflix! Somente uma vez falamos rapidamente sobre relações amorosas: ela perguntou como eu estava de amores e eu disse que estava com a mesma namorada há dois anos, mas ultimamente por conta de trabalho e viagens, pouco nos víamos, em média a cada 15 ou 30 dias. “Sente falta?”, ela perguntou. “Naturalmente, sinto falta sob muitos aspectos. Mas com a idade aprendemos a ser mais pacientes...” A mera menção do assunto “relações” em nossa conversa, eu compreendi como uma sutil abertura para um até então improvável aprofundamento na nossa “relação”. Afinal, já estávamos no tema “segredos” entre homem e mulher e sei onde isso termina, na maior parte das vezes. Com minha cunhada, quando eu tinha somente 20 anos, foi assim... Um olhar curioso, uma palavra de insatisfação aqui, ou ali, a reação a um elogio. Dificil foi a confissão de que havia um interesse. Daí ao primeiro beijo, aos primeiros amassos, a primeira foda apressada e desajeitada até nos tornarmos amantes regulares, foi um processo relativamente normal... Haveria possibilidade de acontecer a mesma coisa com minha desejada amiga?
Outro dia fomos designados os dois para fazer um serviço externo, acompanhar uma operação de fiscalização trabalhista, como observadores, devendo depois fazer um relatório. O trabalho era uma incógnita, pois poderia terminar logo ou ultrapassar o expediente. Para nossa surpresa e alegria, terminou pouco depois do almoço. Assim, combinamos com a chefia almoçar, entregar o relatório on-line e estaríamos livres para ir embora.
A coisa se encaminhou bem, estava com sorte. Fizemos o relatório – que consistia num formulário que ela já tinha pré preenchido – enquanto aguardávamos os pratos, e encaminhamos. Ela mora a umas quatro quadras do trabalho, num prédio na Bela Cintra, e acompanhei. Ela fez questão de passar num mercado a caminho de casa e assim, ajudando com pacotes, fui convidado a subir. Chegando em casa, colocando a sacola de compras em cima da mesinha de centro e ela largou-se no sofá:
- Uhh! Que dor nos pés! – Era o que eu esperava ouvir.
- Uma massagem nos pés cairia bem...
- O se caía bem! Mas até ligar para a clinica, ver se tem horário! E depois ir até lá...
- Não seja por isso. Sei fazer massagem básica, nunca teve queixas...
- Voce? – ela riu – Voce! Ah, deve estar brincando. Sabe mesmo fazer?
- Claro que sei. O básico, claro, não sou profissional. Mas em se tratando de pés, não tem erro, é só ter cuidado. E você não perde nada e é grátis a primeira seção. – foi minha vez de fazer graça. – Posso tentar e pode dar resultado. Qualquer incomodo, fala que eu paro!
- Tá legal! Vamos ver... Ainda bem que hoje não é dia da faxineira, acho que ela iria estranhar..!
Assim, puxei uma pequena banqueta retangular para junto. De modo que sentei-me numa ponta e ela colocou os dois pés na outra ponta e iniciamos a surpreendente seção.
Apertei com muito cuidado seus pés, finos e delicados, sem um sinal de aspereza, pés bem cuidados. Comecei pelos dedos, primeiro apertando juntos, depois um de cada vez. Depois passei para a planta dos pés, apertando com cuidado em determinados pontos. Fazia num e noutro pé. E me lembrei de uma coisa: ela é do signo de Peixes e segundo os entendidos, os pés são seu ponto mais delicado! Sorte melhor, impossível. Enquanto massageava com delicadeza,e as vezes apertando firme a parte de cima dos pés e o calcanhar, perguntei:
- Como se sente?
- Nossa! Delicia! Tá muito gostoso... – olhei para ela, que estava de olhos fechados, relaxada. Sua saia, clássica, azul-marinho contrastava com a blusa de seda bege, com dois bordados de flores, pouco acima dos seios, um de cada lado.
- Posso prosseguir? – se ela dissesse sim, passaria para as panturilhas.
- Ahãn... – ela aquiesceu.
- Voce tem algum creme?
- No banheiro deve ter... – e bocejou.
Mal acreditei. Realmente no banheiro tinha um pote de creme para os pés. Perfumado, devia ser cânfora, não entendo bem disso. O cheiro era inebriante. Ao me sentar e colocar o creme nas mãos para tocar suas pernas, eu tremia. Tive de relaxar, contando até dez, para conter minha ansiedade. Aquilo era um milagre.
Massageei lentamente, primeiro a parte de cima depois a panturilha, detendo-me na parte musculosa, que apertava deslizando primeiro com um dedo, depois dois, três, depois com a palma de ambas as mão, apertando firme uma perna e outra, fazendo sequências completas em cada uma. Ela parecia dormir.
Terminadas as partes e baixo das pernas, perguntei:
- Joelhos? Posso?
- Hummm... ahammm ...
Nos joelhos, só usei dedos, muito delicadamente. Para isso ergui um pouquinho só a saia, cerca de um palmo dos joelhos.
Terminada a massagem nos joelhos, decidi continuar, mas não lhe perguntei se podia, pois temia um não. Elevei sua saia até metade das coxas e antes de começar, admirei aquelas pernas lisinhas e branquinhas, sem uma mancha. Parecia pernas de Elfa ou Fada. Não eram exatamente provocantes, no entanto, extremamente atraentes. Uma dama, uma Lady e se comportava como tal.estava certo de que nenhum outro homem tocara aquele territorio de seu corpo, que privilegio! Sueli tinha reputação e comportamento social impecável, ares aristocráticos que nela era tão natural. A simples idéia de tocá-las parecia uma violação.
Massageei a coxa até a metade, com os dedos, muito devagar, em seguida deslizando a palma da mão, pressionando devagar. Primeiro uma perna, depois outra. O toque com a sua pele era uma coisa mágica. Quanta suavidade e delicadeza! Olhei para ela: dormia profundamente.
Então, deslizei a mão para a segunda parte da coxa, por baixo da saia. E, consciente de que estava cometendo um abuso. Se ela acordasse teria de ter uma boa desculpa. Inexistente, diga-se. Só me restaria sair às pressas Mas efetuei sem qualquer problema uma massagem completa em suas pernas: da ponta do dedão à parte de cima.Eu estava disposto a prosseguir, eu ia prosseguir. Mas se ela dissesse “pàra”, eu parava!
Repeti a massagem na parte de cima da coxa, por baixo da sala e toquei de leve sua calcinha, como se fosse por acaso. Fiz a mesma coisa na outra perna, tocando de leve, demorando um pouquinho o toque casual na calcinha. Nenhuma reação. Dormia.
Repeti o procedimento ao longo da coxa e agora ao chegar toquei deliberadamente a calcinha com o nó do dedo, bem no centro.
Aí veio sua primeira reação: ajeitou-se no sofá, buscando conforto e relaxou o corpo, abrindo as pernas. Não avancei de imediato. Repeti a massagem na outra perna e ao chegar na região genital, a apalpei sem qualquer pudor, lenta, mas firme, constante, de baixo para cima e de cima para baixo. Novamente, nenhuma reação. Era impossível não ter percebido. Estaria de fato permitindo meus avanços?
Levantei-me para ficar mais próximo decidido a ir onde desse. Massageando cuidadosamente suas coxas até a reentrância das pernas, sempre por baixo da saia, enfiei os dedos médios de cada lado das beiradas da calcinha, sentindo os pêlos parcialmente aparados... Alisei de baixo pra cima e ao contrário, tocando com os nós dos dedos o rêgo úmido e morno, que delicia tocar ali! Era mágico...Repeti esse movimento várias vezes, sentindo nitidamente os grandes lábios, massageei o clitóris, que se avantajou ao toque! Sempre por baixo da calcinha, manipulei em círculos concêntricos o critoris, quando ela se mexeu. Parei. Olhei para ela, seu rosto estava sereno, dormia... Excitado, afastei a calcinha e enfiei lentamente o dedo médio, por completo, desta feita arrancando um profundo suspiro (sonhando?)
Fiz vários movimento entra-e-sai com o dedo médio, arrancando leves movimentos de seu quadril e meu pau estava tão duro que queria romper a calça... Eu estava quase fora de mim, troquei de mão, o coração aos pulos! Com o dedo enfiado, girei para cima em forma de gancho, sentindo dentro dela uma superfície algo rugosa. Nessa hora, seu corpo deu um forte espasmo, contorcendo-se ela esticou os braços, dizendo de olhos fechados:
- Vem aqui... vem!
Meu coração disparou! Como foi lindo ouvir Sueli dizer “vem aqui!” Claro que vou, meu amor!
Afastei, suas pernas. Pra minha surpresa, ela mesma, de olhos fechados, rapidamente retirou a calcinha jogando-a no meio da sala e direcionou suas mãos desafivelando minha calça, puxando para baixo e agarrando meu pau, dirigiu-o para sua boceta. Seu rosto estava congestionado, vermelho, numa expressão aflita, mordendo o labios inferior, Com meu pau na entrada de sua boceta, deslizei para dentro. Corpos colados, boceta preenchida e pau preenchendo, fodíamos com fúria louca!
Muito mais do que imaginava! Toda a fúria de Sueli se concentrava no quadril. Se contorcia, gemia como uma alucinada. Era como se fosse sua ultima trepada e queria aproveitar tudo. Enlaçou suas pernas em meu corpo e mexendo de maneira descontrolada abraçava e me puxava para ela. Ao colar seu rosto ao meu, parecia brasa, de tão quente. Seu corpo retesou-se fortemente, culminando um espasmo, e relaxou! Por entre a forte respiração, disse "gozeeeeiii" Atingira o clímax, e seu quadril ainda dava espasmos, como choques elétricos.
Fiz menção de movimentar-me mas ela me segurou, dizendo em meu ouvido: “Deixa eu sentir ele, ai que bom...” Fiquei imóvel, busquei sua boca que se entreabriu e trocamos um longo, doce e intenso beijo! A vida inteira sonhei em te roubar um beijo e acontece justamente depois de fazer amor! Como a vida pode nos surpreender.
Após o beijo, enquanto dizia sussurrando “obrigada por seu carinho...” fez um movimento para sair debaixo de mim e entendi que ela queria ficar por cima. Facilitei-lhe a tarefa e sem tirar de dentro, ela começou a movimentar o quadril, apoiando as mãos em meu peito. Ela ergueu o corpo e desceu de vez, enterrando meu pau todinho. Parou uns segundo, subia lentamente o quadril e quase saindo, dava uma reboladinha, e descia com força. De novo subia devagar, descia forte! Num momento, um lance magico: ao subir, com meu pau parcialmente dentro, fez lentos movimentos circulares com o quadril. Olhei seu rosto contorcido, numa adorável careta, a expressão iluminada. Num nos meu mais loucos devaneios fui capaz de imaginar aquele quadril de Sueli girando, girando. Abriu a boca como num grito , curvou-se sobre mim, fazendo seus cabelos cobrir meu rosto. Seu corpo retesava-se, deixou-se enterrar até o talo e iniciou fortes movimentos. Quem diria que trapava daquela forma, como uma cavala. Dava tremeliques descontrolados dizendo "ai! Tá me dando batedeira, meu coração... Mas eu quero gozaaaar!" Num momento, jogou a cabeça para trás e deu um grito incontido “AHHHH!”. Agarrou sua blusa abotoada e abriu violentamente, arrancando os botões. Igualmente agarrou o sutiã e puxou com força, quebrando o fecho, jogando para o alto, fazendo aparecer seus pequenos seios balouçantes. Desvencilhou-se da blusa e de sua boca contorcida ouvi o apelo:
- Chupa! Chupa meu peito...
Segurei um deles, pequeno, diminuto, mas firme em se tratando da idade. Abocanhei-o, quase coube em minha boca - ela sussurrava "Delicia!". Suguei o bico, ela vibrava gemendo "Uuuiii!" Fiz o mesmo no outro, delicia senti-la gostando.
- Chupa forte! Morde...
Suguei forte, ela gritava “AAAHHHH!!!!” e temendo machucá-la, pressionava o bico entre o lábio e os dentes, enquanto pressionava o outro mamilo entre os dedos. Com as mãos em meu peito e ela era toda tensão e força - pedia que eu forçasse, mas se eu o fizesse ia machucá-la, eu me controlava e chegava a um limite. Parecia que estávamos em luta corporal, mas era uma procura louca de explorar nossos genitais unidos, buscando-se, buscando a melhor posição para explorar. Nos meus 55 anos, inúmeras amantes, algumas proibidas, nunca tinha sentido algo assim!
Era maravilhoso e indescritivel sentir aquele corpo de brancura impecável, delicado, sutil, frágil, mas extremamente vigoroso. o Sexo e o gozo lhe davam uma força sobrenatural. Agarrei sua saia, puxando para cima. Ela entendeu e ergueu os braços. Agora, nuinha e branquinha por cima de mim, parecia uma fada e era linda. Jogou a cabeça para trás e para frente, estava alucinada.
Ver seus cabelos revoltos, seu rosto crispado como numa profunda e violenta agonia, dentes crispados e olhos cerrados, parecia uma fera solta no campo após longo tempo aprisionada e faminta. Como uma selvagem, rebolava com força e destreza, uma potra! Ou poderia ser o inverso, eu sendo o potro obedecendo ao seu comando se “sinhazinha” e ela uma indomável Amazona cavalgando-me em pêlo, nuinha, exercendo sua destreza de cara pro vento. Apoiou ambas as mãos em meu tórax, com os dedos crispados e suas unhas penetraram minha pele, arranhando-me, abriram vários rasgos. Estava descontrolada. Senti um ardume dolorido, mas muito gostoso, vibrante! Pressionava a própria cabeça, sacudindo-a fortemente gritando alucinadamente "AAAAHHHH!". Elevava o quadril, rebolava, enterrava meu pau dentro de si, de súbito. Delirava, como se estivesse em convulsão e gemendo loucamente, sua boca buscou a minha e foi sugando nossas línguas mutuamente que ela atingiu o clímax mais uma vez. Eu que estava quase gozando, consegui segurar, esperando. Ela parou. Relaxada, seu corpo buscava encaixar-se no meu. Percebi sua xoxota contraindo-se sobre meu pau. Senti a sensação irresistivel que ia gozar. Ia avisá-la, mas não deu tempo. Jorrei dentro dela.
Aconteceu o inesperado. Deu um pulo para o lado, saltando enquanto buscava cobrir os seios e a vulva (aliás, cuidadosamente aparada) e seus olhos me encaravam brilhantes:
- O que você fez? Voce se aproveitou de mim! Voce esporrou dentro de mim! O que você fez? E se eu engravidar? Sabia que o Carlos é vasectomizado? Sabia que pode ter ferrado a minha vida?
- Eu não havia planejado isso...
- Ah, não! Voce só pensa nisso, nem a mim poupou! Como pude acreditar em vioce, um tarado sem vergonha! Do que foi capaz? Voce agiu como um cafajeste barato! Traiu minha confiança e de meu marido, que te julgava um cavalheiro!
Atônito, abotoava a calça, buscava meus sapatos.
- Voce está exagerando! - Mas sequer me ouvia. Ela continuava:
- Voce abusou de minha confiança e boa fé! Eu pensava que você me respeitava... – e lágrimas escorriam por seu rosto – Olha o que fez! Como foi capaz de transar comigo conhecendo meu marido, que confia em voce?
- Mas...
- Vai embora! Meu marido pode chegar a qualquer momento! Vai embora!
Peguei minha pasta de trabalho enquanto ela ia me empurrando par a porta. Eu tentei falar, mas ela não ouvia, só empurrava. “Desculpe...” consegui falar, mas ela abria a porta, olhando antes se tinha alguém no hall. Saí e me dirigia ao elevador quando ela disse.
- Desce pela escada, rápido! Meu marido pode vir...
Fui para a escada nem olhei para trás. Comecei a descer os dez andares, extremamente confuso. Caramba, nunca pensei que pagaria um preço tão alto. Acho que não se come uma amiga sem pagar um alto preço! Eu estava pagando um alto preço por seguir tão intensamente meus instintos. Por sorte era sexta-feira e só iria encará-la dali a dois dias. Como seria?
Na segunda feira seguinte, cheguei antes dela e fui para minha mesa. Ela chegou no horário e nem me olhou e assim ficamos. Por sorte, não foi necessário falar-nos. Como ela é minha superiora hierárquica, previ o pior. Na pior das hipóteses, uma transferência. Na melhor hipótese, uma promoção, pra não dar muito na vista. Justificaria nosso afastamento, pois todos sabiam que éramos amigos próximos.
Uns dez minutos antes do almoço, seu marido entra no setor e quase saí correndo. Fiquei estático, paralisado de terror. E agora? Ele me acenou, sorrindo, o que achei mais estranho ainda... Foi à mesa dela, beijaram-se discretamente, conversaram. Ele olhou o relógio, disseram algumas palavras e ele se encaminhou na minha direção. Decidi encarar a coisa e o olhei nos olhos, levantando-me. Era preciso manter alguma dignidade. Sabia que não me agrediria, não era gente propícia a barraco.
- Vamos almoçar? – disse ele
- Tenho de ir ao banco! – consegui falar
- Fica para outra, então! – deu-me a mão, que apertei mecanicamente. Ufa! Saíram os dois, ela com a elegância e graça de sempre, inalteradas. Olhou-me rapidamente.
No outro dia, mais uma vez cheguei antes do horário, indo pra minha mesa, fingindo que tinha um monte de trabalho. Ela veio no horário, foi a sua mesa, ligou o computador e dirigiu-se para onde eu estava:
- Oi! Bom dia! – disse-me séria, mas o rosto tranquilo, calmo.
- Bom dia, respondi o mais formal que pude.
- Olha, estive pensando. Quis vir logo falar com você, pois mais tarde o setor enche e não teremos privacidade.
- Faça o que deve ser feito. – Disse com a mesma impessoalidade – Só posso ressaltar minhas desculpas, nada mais!
- O que voce tá pensando?
- Que voce vai me transferir ou dar um jeito de mandar-me sei la pra onde...
- Está louco? Porque eu faria isso? Somos profissionais! - Olhei-a surpreso, ainda não acreditando. Onde queria chegar?
- Olha, eu reconheço que peguei pesado com você. Não te peço desculpas, porque não tenho de pedir desculpas. Eu reagi a uma ação sua. Voce nunca escondeu que seria capaz de me comer! Eu sempre soube disso... Vai ver eu não queria também, sempre quis?
- Como assim?
- Bom, eu pensei que você fosse de fato fazer uma massagem. Só isso. E você foi além... Ok, eu te conheço e deveria saber... é da natureza de vocês. Imagina, nunca me passou pela cabeça... Mas, veja bem: a verdade é que você me fez descobrir meu próprio corpo. Voce descobriu coisas que eu nem sabia que existiam. Voce me fez descobri outras dimensões do prazer. O que me irritou na hora foi constatar que fui mais uma de suas conquistas.
- Não é assim...
- Ora, vamos ser honestos. Não sou uma bobinha, não faça pouco de minha inteligência, nós nos conhecemos. Eu sempre soube de seu interesse. Gosta de mim, desse seu jeito. Mas eu tenho de admitir que permiti. Lembrei de tudo, você começou perguntando se podia e eu fui deixando. E você se empolgou. E eu também. Enquanto você ia avançando, eu me perguntava: porque não, Sueli, porque não? Só desta vez...
- Sabe Sueli. Somos adultos e o corpo é seu! Voce tem a posse de seu corpo. Voce sabe o que quer dizer “habbeas Corpus”, nós sabemos, embora não reflitamos! Tenha o seu corpo! Tenha posse do seu corpo! É você quem deve usar seu corpo e não os outros. Nem mesmo seu marido tem a posse de seu corpo, ele é seu! E ele é maravilhoso, como você é!
- Bom, vou pensar nisso. Mas quero, por ora, assegurar que continuemos como sempre fomos, amigos. Voce disse coisas interessantes.
- Mas?...
- Mas, o quê?
- Voce... não contou ao Carlos?
- Claro que não! É louco? Olha, sabe... – baixou os olhos.
- O que? Diga...
- Sabe, aquilo que fizemos ontem... quando eu fiquei...
- Nua?
- Não, isso foi detalhe. Foi quando fiquei por cima de você! Gozado, pra voce deve ser corriqueiro. Mas pra mim, aquilo foi um antigo sonho. Sempre quis fazer com o Carlos, mas ele não gosta, diz que o homem é quem deve comandar... Dá pra imaginar isso? EU achava que o tal ponto G era lenda.
- Voce está brincando...
- Sabe, tenho de dizer que...
- Foi a primeira vez que senti prazer de verdade... Antes eram gotas. - quase sussurrando, para não chamar atenção eu disse:
- Pode falar, gozou... Deixe esse linguajar chique de lado! Em vez de orgasmo, diga que gozou gostoso...
- Cale essa boca.
- Valeu a pena esperar tanto tempo. Mas, o tesão... Bom, agora que...
- cala a boca. Sei o que vi dizer e não sei do que serei capaz! Bom, é por aí.. Bem, vamos trabalhar. Almoçaremos como sempre fizemos, vida que segue... – sorriu-me, encaminhando-se para sua mesa.
Não pude deixar de constatar a leveza de seus movimentos, desta feita não deixando de notar que seu quadril tinha outro movimento. Sim, ela é muito, muito sensual. Mas se esconde! Fiquei contente por ter sido capaz de descobrir parte de seu segredo. E o melhor de tudo foi foi ser o causador involuntário de sua descoberta...
Um adendo, algo que acrescento. Neste começo de mes de setembro, minha amiga saiu de férias e deve fazer uma viagem, razoável, de carro, com o marido. Como ia viajar, saiu mais cedo, despedindo-se de mim e dos colegas.
Chegando do almoço, abro a gaveta primeira e lá estava um papel dobrado. Abri e era sua letra.
Um pequeno verso, simples e ao mesmo tempo corajoso e repleto de significados. Só uma mulher simples e sofisticada como ela seria capaz desso. E que me deixou com irrefreável tesão. Eis o que dizia o pequeno poema, quase um haica. O espantoso é um volume impressionante de palavras que vejo oculta atrás desses versinhosi:
"Me veja com egoismo
Me veja como eu sou"
Nos próximos dias não conversamos muito, só o inevitável e necessário. Era como se estivessemos esperando a poeira baixar.
Mas no meio da semana seguinte, quarta-feira, ela me ligou pelo ramal do trabalho e perguntou se eu poderia acompanhá-la numa diligência. Eu disse que sim e um carro do Tribunal, já com ela dentro, pegou-me na portaria de meu prédio e fomos. Era para fazer uma verificação de documentação de uma empresa do ramo Exportação. Ela dispensou o motorista.
Fizemos o trabalho, rápido, e em seguida Sueli pediu-me que a acompanhasse. Não disse nada mais. Fomos por uma rua lateral até um edificio recém reformado. Fomos até o 10º andar, ela tirou a chave e entramos. Um pequeno apartamento, uma kitnete mobiliada com móveis simples, mas de bom gosto, clássicos. Uma cama de casal. Ela tirou da bolsa um dispositivo USB e conectou-ao peueno aparelho de som. O som de jazz, predominando o saxofone, invadiu o ambiente.
Sem dizer nada, ela sorriu e estendeu-me os braços, chamando-me para junto dela.
Nos abraçamos e nos beijamos sofregamente. Sem nada dizer, nos desvencilhamos das roupas, ela fez sinal para que eu me sentasse na beirada da cama e ela veio por cima. Fizemos amor ouvindo jazz e vendo os raios de sol entrar pela janela semi aberta.
Ao terminarmos, permanecemos abraçados uns minutos quando ela beijou-me rapidamente e saiu de cima, começando a se vestir. Foi quando falou pela primeira vez:
- Se voce quiser, tome um banho. Eu não vou tomar. Quero ficar com o nosso cheiro pelo resto do dia...
Assim, passamos a nos encontrar regularmente, uma vez por semana, sempre as quarta-feiras. N ão conversamos muito sobre o nosso "caso". Ela geralmente me liga no amal de trabalho e combinamos para o dia seguinte. Nada de celular, whappzap, nada de situações que deixam pistas.
Chegamos em silêncio, nos curtimos fisicamente, pouco falamos.
Ja aconteceu de nos encontrarmos duas vezes numa mesma semana.
Nossas transas, por outro lado, são intensas. Fisicamente intensas e outro dia ela contou-me algo curioso: diz que a vida sexual no seu casamento praticamente inexiste. Acontece, mas muito raramente, e sempre burocratica. Dão a trepara e cada um se vira para um lado.
- Sempre foi assim, ´perguntei.
- Digamos nos ultimos 10 anos... antes eu me incomodava, agora não mais.
Compreendi. Nem precisava dizer mais. Nesse dia especial, nos estreitamos num abraço e assim ficamos por mais de uma hora. Ja de roupa trocada, abraçados, em silencio, apenas nos curtindo como um casal...