No dia seguinte, segunda-feira, Dona Joana nos esperava com um delicioso café da manhã brasileiro que havia feito falta. Ela sabia o motivo da viagem e como sempre usou toda sua simplicidade para perguntar – E daí, como foi Dona Renata? – Sim Dona Joana, já sou mulher. Mas não pode ter filhos né? E não tinha como não achar graça de seu jeito. – Não, não posso. Mas alguns meses atrás eu congelei meu sêmen e talvez eu possa ser mãe de um filho verdadeiro junto com Camila. Ela me olhou como se não tivesse entendendo, mas não perguntou mais nada. Eu e Camila nos despedimos e cada uma de nós foi para seu trabalho. No escritório quase nada mudou em relação a mim pois eu já era a Renata para eles antes de viajar. Eu sentia o olhar de curiosidade deles como que se quisessem perguntar sobre a cirurgia. Mas ninguém chegou a esse ponto. O máximo foi que alguns mais próximos me deram parabéns.
No fim de semana estivemos com os amigos e esses sim fizeram perguntas. Mas nada muito invasivo. Queriam saber principalmente como eu me sentia como mulher e é claro, cantaram parabéns para mim como se fosse um renascimento.
A partir daí minha vida e de Camila, para nosso alivio, entrou em uma rotina com nossos trabalhos, nossas brincadeiras e nossa vida juntas. Quando chegou dois meses e meio após a cirurgia, minha bucetinha já estava praticamente sem nenhum sinal da cirurgia a não ser dois pequenos fios rosas nas cicatrizes. E então, para mim, havia chegado a hora decisiva em que eu queria também receber carinho de Camila em minha bucetinha. Ela já estava mais que familiarizada com ela pois tomávamos banhos juntas quase todos os dias, mas o máximo nesses banhos eram umas agarradas, mas sem nunca troca de caricias mais quentes em minha bucetinha, só na dela. E na cama comecei a brincar com Camila como de costume, com minha calcinha, mas uma noite parei, olhei nos seus olhos e disse – Camila. Não aguento mais ficar nessa situação. Eu gostaria muito de sentir suas caricias em minha bucetinha, se você quiser é claro. Sem me dizer nada, ela voltou a me beijar e eu pensei que ela não tinha aceitado meu pedido. Mas sua mão foi descendo em direção a meu ventre e entrado por baixo da calcinha tocando minha bucetinha lisa e fechadinha. Naquele período eu tinha ainda somente uma pequena lubrificação própria, mas estava aumentando. Porém, com minha má intenção eu já a havia me lubrificado anteriormente e tirado o molde e Camila sentiu que eu estava meladinha. Seu toque delicado em minha bucetinha fez eu dar um gemido alto. Foi uma sensação como nenhuma outra em minha vida. Era uma delícia. Também comecei a bolina-la e nos beijávamos com paixão, mas ela disse em meu ouvido: – Hoje vai ser somente com minha mão, está bem? – hum hum eu disse. – Talvez na próxima vez eu faça o que você está querendo de verdade e me deu uma mordidinha nos lábios. Ela me bolinava e me penetrava com seus dedos e eu dava pulinhos de excitação. E talvez pela excitação do inusitado e minha bolinação em sua bucetinha, Camila gozou em minhas mãos e eu não consegui gozar. Mas foi ótimo e eu não tinha pressa pois sabia que não seria algo fácil. Sorri para ela e disse: – Adoro fazer você gozar. De qualquer jeito. E muito obrigado por ir além de seus limites comigo. Eu te amo. – Eu é que agradeço pelo gozo delicioso. E eu também te amo. Sorrindo disse: – Pena que você não gozou em sua primeira transa feminina. – Mas eu gozei de todas as formas possíveis sem gozar eu disse. Foi demais. Nunca me senti tão feminina.
Nos dias seguinte, quando fizemos sexo não quis forçar a situação e somente depois de uma semana é que tive minha verdadeira noite de estreia lésbica. Foi após um jantar em que tínhamos tomado vinho e ela estava super assanhada. Nem tomamos banho e ela partiu para cima de mim na sala mesmo, me agarrou e lentamente foi tirando minha roupa me deixando completamente nua. Ela ficou com seu vestido e eu não entendi. Então ela me colocou no sofá com as pernas bem abertas e me puxou até a borda de modo que minha bucetinha ficasse bem próxima a seu rosto quando ela se sentou no chão no meio de minhas pernas. Antes de tudo, ela me olhou nos olhos – Hoje você vai sentir a delícia que é ter minha linguinha em seu grelinho. Eu fiquei desconcertada com toda sua empolgação, mas muito excitada e até sentindo minha lubrificação começar a escorrer de minha bucetinha o que aconteceu pela primeira vez. Eu tinha imaginado aquele momento de um modo bem diferente. Na cama e nós duas trocando caricias com nossas bocas em nossas bucetinhas ao mesmo tempo. Mas ela estava me deixando excitada demais com aquele fogo. Primeiro ela brincou com as mãos em meu clitóris aproveitando minha lubrificação natural. Eu já tinha sentido antes ela me bolinando, mas não com aquele fogo e vendo de cima aquela cena dela olhando para o que estava fazendo em minha buceta, eu não me contive e comecei a gemer forte. Então ela enfiou dois dedos dentro de mim e começou o movimento de colocar e tirar. Eu sentia descargas elétricas por meu corpo cada vez mais fortes com seus dedos em mim e foi chegando e tocou sua língua em meu clitóris e eu dei um pulo no sofá. Ela parou um pouco para eu voltar em meu lugar e recomeçou. Primeiro com pequenas lambidinhas com a ponta da língua e depois com lambidas mais fortes com toda a língua. É impossível descrever o grau de excitação que eu estava. Não só por sua língua em minha bucetinha, mas por toda a situação e especialmente por ela estar lá sentada no meio de minhas pernas. Eu olhava para seus olhos que as vezes me olhava me dando ainda mais tesão. Nuca imaginei que ela chegaria a esse ponto. Eu não tinha como atingir suas partes gostosas pois ela estava sentada no chão, então com uma de minhas mãos comecei a acariciar sua cabeça por entre os cabelos e com a outra mão eu apertava meus seios e meus biquinhos. Ela tinha tirado os dedos e ficava alternando entre pequenas e fortes lambidas em meu clitóris e passava a língua de baixo em cima em minha buceta deixando-a ensopada. Com suas mãos ela segurava meus lábios vaginais abertos e conforme ela ia acelerando suas caricias percebi que ia gozar, meus gemidos ficaram mais fortes e eu agarrei em sua cabeça puxando para que ela fizesse ainda mais forte. Então eu dei um grito muito forte e gozei com uma intensidade como nunca tinha gozado antes. E como ela não parava de chupar o gozo foi se prolongando, o que jamais havia me acontecido. Acho que gozei por quase um minuto e somente quando meus gemidos diminuíram foi que Camila deixou minha bucetinha me olhando com uma cara de realizada, de quem tinha atingido seu objetivo e veio se sentar a meu lado esperando eu recuperar minhas forças. Assim que me recompus e contei as maravilhas das sensações que eu havia sentido falei que eu deveria retribuir o gozo que ela tinha me dado. E ela categoricamente me disse: – Hoje não. Hoje foi seu dia. Vai ficar marcado em nossa história como o dia de seu primeiro gozo feminino. – Eu nunca tinha gozado e você me deu meu primeiro gozo, e agora fui eu que te dei seu primeiro gozo como mulher. E estou mais do que satisfeita pelo prazer que te proporcionei. O que ela falou me deixou toda emotiva eu fui me acomodar junto a ela para somente ficarmos juntinhas dando antes um selinho, no que senti em seus lábios o gostinho de minha bucetinha. Ficamos lá trocando carinhos, mas eu não aguentei – Então Camila, me diz como foi para você chupar a bucetinha de uma mulher e dar prazer a ela? – Para ser sincera Renata eu gostei muito mais do que eu poderia imaginar. E rindo disse: – Mas o vinho ajudou. E ainda não me vejo fazendo isso com nenhuma outra mulher do mundo. Eu só estou aberta a fazer isso com você pois eu a amo muito. Então se sou lésbica, sou lésbica somente com a Renata e ninguém mais. Após essa declaração a apertei muito forte em meus braços mostrando o quanto eu gostava dela também. Fomos tomar banhos juntas e aquele final de semana nos pegamos mais duas vezes, agora sem restrições.
Após alguns dias meu advogado me telefonou dizendo que os documentos da Renata estavam prontos e era par eu ir pega-los pessoalmente. Aquele era o último ato que faltava e assim que os peguei já mandei as fotos para Camila e disse que aquela noite iriamos a um restaurante comemorar.
O tempo foi passando e minha vida com Camila, no trabalho e com os amigos estava o melhor possível. Eu já estava completamente feminina e nem a voz me denunciava mais. Eu, agora como mulher comprava muita, mas muita roupa e lingeries novas. Quando eu via uma e gostava eu ia lá e comprava. Mas também comprava de presente para Camila quando olhava para aquela peça e pensava que ficaria sensacional no corpo dela.
Seis meses após minha cirurgia voltei a Bangcoc com Camila, mas ficamos somente poucos dias para a consulta e os exames e o Doutor me disse que eu estava pronta para levar uma vida de mulher pois a recuperação tinha terminado e o resultado tinha ficado excelente. Contente voltei ao Brasil para uma nova fase. A partir daquele dia eu estava totalmente liberada para fazer sexo com um homem. Minha vagina estava completamente cicatrizada e as cicatrizes nem apareciam mais. Eu já usava um dos moldes maiores em minha vagina e Camila frequentemente colocava dois os três dedos dentro de mim em nossas transas. Todavia eu não pensava em fazer sexo com nenhum homem pois somente de pensar que após três ou quatro meses eu teria que fazer sexo com Carlos, isso já me angustiava. Mas um dia Camila, lembrando que eu já poderia transar com homens, me fez uma proposta que me deixou totalmente surpresa. – Renata, gostaria de te falar algo. Tenho pensado muito em nosso relacionamento e vejo que por mim pode durar toda a nossa vida. Sei que você também me ama demais e que pensa assim. Acontece que hoje você é uma mulher que nunca transou com um homem, como mulher. Então como você pode ter certeza que é com uma mulher que você que viver sua vida? – Não é simplesmente com uma mulher Camila. É com você. Só com você. – Está bem Renata. Eu entendo porque sinto o mesmo. Mas, não vai se chocar com o que eu vou dizer. Eu acho que você deveria ter uma experiência com um homem para ter certeza que quer mesmo ficar comigo e não me abandonar no futuro por um homem, o que iria me deixar muito arrasada. – Mas eu nunca faria isso Camila. – De qualquer modo eu me sentiria muito mais segura se você estivesse com um homem e depois viesse até mim e dissesse que tem toda a certeza do mundo que quer continuar comigo. Se você tiver essa experiencia, prometo que não vai mudar em nada nosso relacionamento. Eu é que estou pedindo e não vou te culpar. Pelo contrário acho que seria a consolidação de nosso casamento. Aliás nem vou querer saber detalhes. Apenas quero saber que aconteceu e o que você vai decidiu. Acho que só assim poderemos iniciar uma vida sem medos e temores. Você faz isso por mim? Eu estava meio chocada e tinha certeza que eu queria era ficar com ela, mas me lembrei de meu encontro obrigatório com Carlos e talvez eu conseguisse fazer aquilo sem tanto remorso por estar traindo Camila. – Eu tenho absoluta certeza que eu quero ficar com você Camila, mas se é para você ficar mais tranquila e recomeçar uma vida comigo sem temores, prometo que vou pensar, mas se fizer só vou contar que fiz e te dar a resposta que você quer. Está bem? – Tudo bem. Eu não quero te obrigar a isso, mas vai ser uma eterna dúvida minha se você não tiver certeza que você me quer mesmo tendo uma experiencia hetero com um homem. Me desculpe te fazer isso. – Por tudo que você fez por mim e me aceitando e pelo tanto que eu te amo Camila, eu faço qualquer coisa que você me pedir. Não precisa se desculpar de nada. Nossas vidas, desde crianças foram complicadas. Não seria agora que seria fácil. Falei sorrindo para ela para quebrar o climão. Ela se chegou e me beijou agradecendo.
Mas o que parecia ser uma solução virou um tormento para mim por enganar Camila. Ela fazia tudo aquilo por mim e eu continuaria a engana-la. Fiquei remoendo aquilo por muito tempo. Até que após uns três meses recebo uma mensagem de Carlos no e-mail. Daqui a três semanas estarei em São Paulo e quero te encontrar lá. Quero que você passe toda a tarde e à noite comigo. E não se esqueça que eu gosto de mulherão. Desta vez você leva as lingeries. E me passava os dados da viagem, dias, hotel e o que mais eu precisava saber. Apesar de contrariada eu queria terminar aquilo tudo e não via a hora daquele momento passar e eu me livrar de Carlos. Eu até já tinha planejado antes como fazer sem levantar suspeitas de Camila quando esse momento chegasse. Nossa empresa tinha clientes em São Paulo que há tempos cobravam uma visita e eu havia dito que em breve os visitaria. Então eu marcaria com eles para o período da manhã do dia que eu encontraria com Carlos e iria para São Paulo dando essa desculpa para Camila que estaria trabalhando e não poderia me acompanhar. Mas eu iria em um dia e voltaria no dia seguinte, alegando que eu não queria ficar longe dela por mais de uma noite, o que seria absoluta verdade.
Marquei a viagem para São Paulo e a visita aos clientes e comecei a contar o tempo passar com ansiedade. Mas o remorso me perturbava e eu não estava conseguindo deixar de pensar nisso. Até que cheguei a uma conclusão terrível. Que seria eu que não conseguiria viver na boa com Camila sabendo que eu a teria traído novamente, apesar de seu pedido para eu ter uma experiencia com um homem. Mas não era aquela a experiencia sincera que ela me pedia. Ela percebeu que eu não estava bem e me perguntava o que estava acontecendo e eu sem respostas e oprimido pelo remorso decidi contar tudo a ela. Tudo mesmo. E se ela me deixasse, o que eu tinha certeza que aconteceria, pelo menos eu estaria mostrando meu amor por ela sabendo que ela poderia ser feliz com alguém mais sincero do que eu.
A noite em casa eu a chamei ao nosso sofá de conversas e a preparei dizendo que viria uma revelação bem terrível e que meu amor por ela me impedia de continuar nossa vida juntos sem que eu contasse toda a verdade que eu não havia contado antes. Ela, com uma cara de assustada não dizia nada a esperava de que eu começasse o que eu tinha a contar.
Então contei tudo a ela sobre Carlos, as chantagens que ele me fez e porque ele tinha os materiais para as chantagens. Minhas conversas no bate-papo, minhas fotos como Renata já casado com ela e que eu havia contado a ele sobre seu passado, pois eu jamais pensei que ele descobriria de quem se tratasse. Ela não chorou, mas me olhava aterrorizada, incrédula e com nojo pelo que estava sabendo de mim naquele momento. Ela ficou lá imóvel sem reagir e me deu oportunidade de dar todas as explicações e desculpas que eu consegui dar e quando eu finalmente terminei, ela ficou um tempo pensativa e então me disse com rancor na voz, como eu nunca havia visto. – Renata. Consigo até entender você usando as lingeries após nosso casamento, pois como fiquei sabendo depois você sempre se sentiu como mulher. Mas daí a enviar a homens e conversar com eles já foi longe demais. E pior, muito pior, contando todos segredos que eram só meus e que me fizeram sofrer muito para outras pessoas. Isso não tem perdão. E vai além, esses segredos meus podem ser revelados a qualquer momento. Com o agravante de que meu marido tinha fotos com vibradores que também podem me desmoralizar em meu trabalho e com nossos amigos. Tudo isso foi longe demais. Eu já deixei passar uma vez quando você me contou sua história com seu professor pois eu entendia e aceitei aquele abuso. Mas agora foi você que começou tudo isso. E me traiu. Não dá mais para continuarmos juntas. Acabou. Comecei a chorar e só consegui falar. – Eu te entendo Camila. Eu de verdade acredito que você não deve ficar comigo após essa minha confissão. Vou continuar a te amar com todas minhas forças e por esse motivo eu quero que você seja feliz. Me perdoa. Ela não respondeu, se levantou e foi para o quarto e só consegui ouvir que ela abria e fechava as gavetas do guarda-roupa fazendo possivelmente sua mala. Então após uma hora lá dentro ela sai e disse que iria para um hotel até resolver o que fazer e que em um momento no futuro, quando a poeira baixasse conversaríamos sobre colocar tudo em ordem. E assim que ela saiu chorei por horas me culpando por tudo de errado que estava acontecendo e eu era realmente a culpada de estragar minha vida.
