Amores, só pra deixar claro a todos. Na primeira história que postei deixei bem nítido: Zezéu e Dino me sacanearam em 2017; me vinguei de Zezéu usando Negão mais ou menos 1 mês depois; Dino levou Zezéu pra Natal quase 1 ano depois, já em 2018; no final do primeiro texto apenas fui precoce deixando logo registrado que Zezéu e eu havíamos separados e que ele está com Dino. Qual a dificuldade em entender os ocorridos em seu aspecto temporal? Nas histórias seguintes apenas descrevi a minha vingança e as consequências dela. Após Zezéu ir embora, e 2019 pra mim foi de tentativa de desapego e renovação. Outra coisa, algumas coisas que falo, apenas estou sendo irônica, não contraditória, como quando falei que Dino foi tão meu amigo que acabou levando meu marido pra morar com ele. Conseguiram captar nesse contexto que insinuei que ele foi hipócrita? Pois é. Mas não vou ficar me explicando, não tenho paciência pra isso.
Vamos lá.
Tomei um banho, jantei e, de alma limpa, ainda fui pra porta da vizinha tomar uma cerveja pra encerrar a noite, ansiosa pela reação de Zezéu ao ver a calcinha e a saia em cima da cama.
Como estava mega cansada, me despedi do povo e me deitei no sofá pra assistir. Acabei indo pra cama, exausta (dormia na cama com meu filho mais novo).
De madrugada fui acordada sendo sacudida. Era Zezéu.
- Que porra é essa, Lapinha? (Zezéu perguntou quase passando a roupa melada na minha cara)
- Meu amor, trocado não dói. Agora estamos quites. Mas não se preocupe que não foi com uma sapatona, peguei foi macho.
- Certo! Valeu! (Ele respondeu somente isso e saiu)
Aí fiquei nervosa. Eu queria que ele brigasse, xingasse, gritasse, resmungasse... mas ele foi frio. Tive uma convicção que Zezéu não gostava de mim.
Fiquei abatida e ao mesmo tempo amedrontada porque sei que a pessoa fria age com mais violência do que a pessoa esquentada, e meio que perdi o sono.
Quando finalmente dormi já era quase de manhã e acordei louca de dor de cabeça quase 11 da manhã. Nem vi meu filho levantar.
Os meninos estavam assistindo TV. O mais velho disse:
- Painho disse que ia embora e saiu levando um monte de coisa.
Não acreditei e fui rapidamente no quarto. Não tinha mais roupas dele, até as que estava no varal. Também só levou a roupa e mais nada. Depois soube que ele tava na casa do irmão.
Não fui atrás nem ele também veio atrás de mim.
Algum tempo depois ele foi lá em casa e pediu que eu procurasse uma casa que gostasse para alugar, e me pediu pra sair; ele e os irmãos acharam melhor assim. E assim foi feito. Tranquilamente vim morar nessa que estou hoje.
Em 2018 quando voltei do carnaval de Salvador eu soube através da vizinha que Zezéu havia ido embora; meu amicíssimo muito fofinho, o Dino, mandou as passagens pra ele ir pra Natal. Me senti, mais uma vez, super decepcionada.
- Não vai durar muito. (Torci por isso).
Mas o tempo foi passando e a única notícia que eu tinha de Zezéu era quando o irmão dele vinha me dar dinheiro falando que ele havia mandado. As lembranças e beijos eram sempre para os filhos, o irmão trazia o celular pra ligar pra ele e colocar os meninos pra falar, nem sequer mandava um oi pra cachorra aqui, não perguntava se estava bem, mal, namorando, sozinha.
Em novembro do ano passado meu menino mais velho ganhou um celular que o tio deu, a mando de Zezéu. Logo ele inventou criar redes sociais, mas isso pra mim foi o fim. Tive outra frustração.
Meu filho veio gritando:
- Mãe, mãe, mãe... é o papai e o tio Dino. (Meu filho ainda chama aquela traíra de tio. Ele gosta muito dele... e ama o pai).
Quando olhei pro celular recebi o báque, ainda bem que não sofro de coração. Meu filho me mostrou uma foto no facebook, Zezéu e Dino numa praia, debaixo de uma barraca, com rosto um do ladinho do outro, com cara de sorriso alegre, parecendo um casal.
- Tem mais fotos? (Eu, masoquista louca sem juízo, pergunto a meu filho).
- Tem um bocado.
Enquanto ele me mostrava eu ficava em todos os tons de preta, roxa, amarela, até branca azeda.
Havia muitas fotos em lugares diferentes, lindos, paradisíacos, onde só Dino tinha aquele bom gosto e dinheiro pra ir. Tinha até fotos cafona de almofadas no sofá, fotos da cama, travesseiro de coração, em todos escrito: Galdino e Moisés.
Pensei: isso só pode ser de propósito pra eu ver.
Eu sei que o que vou falar vai soar negativo, mas eu eu confesso que não fiquei só triste, com ódio e frustrada, fiquei também louca de inveja, afinal Dino estava usufruindo do homem que era meu, e dando uma vida a Zezéu o qual nós nunca tivemos, nunca damos um ao outro. E quando o outro vai, a gente espera que ele si foda na vida, com a amante (no meu caso, com o amante né); mas não... Zezéu estava lindo, mudou muito o visual, o estilo de vestir... ele estava parecendo um playboy, um adolescente, sei lá (se bem que gosto mais de homem selvagem, cara de responsável, rígido, brabo, e não com cara de moleque).
Quanto a meu filho, eu não sabia se ele sabia que o pai estava se relacionando com Dino; ou se ele sabia e estava aceitando numa boa. Também nunca perguntei.
Ah amores, eu superei muita coisa, mas quando vi aquilo tudo fiquei tão nervosa que fui pro banheiro, tranquei a porta e desabei no choro.
Em janeiro desse ano, soube que Zezéu e Dino haviam chegado na cidade. Eu gelei.
Naquela mesma sexta-feira à noite, estava eu, Robertinho meu namorido e meus filhos assistindo a novela das 7 quando batem na minha porta. Meu menino mais velho abre e só ouvi o berro: PaaaaaaaaaaaaiMe faltou pernas, chão, comecei tremer igual vara verde. Os outros dois também saíram gritando.
Ele com os filhos lá fora abraçado, falando e rindo, sai Robertinho, sem noção:
- Qual foi pivete, entra aí, parceiro!
Olhei pra fora e meu olhar se cruzou com o de Zezéu.
- Entra, Zezéu. (Falei numa boa mas toda cortada por dentro).
E ele entrou, sentou-se, os meninos em cima dele.
Zezéu estava lindo, impecável, mais mudado que nas fotos do facebook. Trajava uma camisa manga curta, preta de algodão (ele costumava usar camisa pólo); a bermuda verde-claro de algodão, um pano grosso (não sei o nome do material) combinava com tênis da mesma cor. Comigo Zezéu nunca usou tênis, e eu adoro homens de tênis; e só usava bermuda jeans.
Outra coisa que observei foi o físico. Zezéu sempre foi forte por causa do trabalho braçal, mas algo mudou. Eu não entendo nada de musculação mas achei que o braço dele estava mais definido, a camisa justa ao corpo delicioso desenhava um peitoral e uma barriga definida, as pernas pareciam que ia rasgar a bermuda. Não sei, não entendo, mas pra mim poderia ser bomba. Quando comparo Robertinho ao lado, parecia mais um passarinho pálido desnutrido. Tadinho, mas ele é gente fina, atencioso, carinhoso, não mede esforços pra trabalhar quando acha, me ajuda como pode, e também não nega fogo. Não é aquele fogo de montar em cima de mim, ficar um tempão e me deixar o bagaço, mas dá pro gasto. E é um magrelo roludo. Mesmo assim não chega aos pés do bandido do Zezéu.
Robertinho, numa inocente indiscrição e naturalidade, vai e pergunta:
- Vem cá pivete, e Dino cadê? Como é que tá?
Zezéu me olhou sem graça e respondeu:
- Tá na casa dos pais. Tá bem!
- Todo mundo tá ligado que você é marido de dele. Não tem grilo não. Ali é gente fina, a gente foi colega de escola e...
- Bem, tô indo nessa. Só vim perguntar se posso sair com eles amanhã. (Disse Zezéu, cortando Robertinho)
- Claro que pode. São seus filhos e é mais que justo.
Zezéu apertou a mão de Robertinho, e disse:
- Até qualquer hora meu broder.
- Antes de ir embora chega aí pô, pra tomar uma gelada. Traz Dino também.
- Pronto! Tá de boa!
Robertinho soube ser um pé no saco. Aquela foi a primeira e única vez que brigamos, eu achei que aquilo foi pra me atingir. Ainda bem que Zezéu foi prudente e nunca apareceu.
Pra me deixar mais louca, dia seguinte chega Zezéu todo gostoso usando uma camiseta regata amarela, exigindo aquele peitoral que me deliciei por anos, que lambi muito, chupei bastante, que senti o peso em cima de mim; a bermuda branca de tecido parecendo tactel, mas bem grosso, da mesma cor do tênis; no rosto, um óculos estilo piloto de avião. Confesso! O pinguelo estufou.
- E ai! Bom dia!
Aquele vozeirão de homem gostoso me deixou nervosa. E antes que eu abrisse a boca, só ouvi os meninos correrem gritando e pularam em cima dele. E lá se foram.
Voltaram já no meio da tarde, cheios de sacolas com roupas, calçados, e cada um com um bom dinheiro na mão. Ao menos ele nunca abandonou nem desamparou os filhos. Sempre mandou (e manda) uma boa quantia; nem precisei entrar com pedido de pensão alimentícia (talvez eu receberia bem menos).
Aqueles dias que ele passou aqui na cidade pra mim foram terríveis, eu o via sempre com Dino em algum lugar bebendo, comendo, passeando, de carro pra lá e pra cá. Quanto ao povo... mas que gente falsa! Saudavam, faziam companhia a Zezéu e Dino como se fossem estrelas. Os mesmos hipócritas que me incentivavam a processar os dois pela traição, que me induziam a odiar, acabar com eles, que falavam mal, julgavam, até me incentivaram a fazer vudu pra acabar com os dois.
Mas passemos por cima disso porque já é próprio da humanidade.
Quanto a Robertinho, nos conhecemos no mercado onde ele trabalhava como embalador. Ele tem 9 anos menos que eu, vive tempo comigo e com os pais, é super amigo dos meus filhos, brincam parecendo adolescentes. Ele é meu super companheiro também. Só não aposto demais pra não quebrar a cara. Fisicamente e sexualmente, nada que se compare a Zezéu. Pena que ele acabou se envolvendo com viado.
Gente, mas por favor, não tenho nada contra gays, mas prefiro me manter distante deles. Claro que tem muito viado incubado, tem muito homem gilete ou espada (que corta dos dois lados), e como tenho muitos amigos homens, é difícil ter certeza.
Já Negão o caso meio que complicou. Após usá-lo pra trair Zezéu fiquei com ele mais 3 vezes num curto período de tempo. Uma vez na estrada novamente, porém ele só comeu minha bunda; outra vez no motel na saída da cidade, e encerramos quando fui com ele pra um churrasco na fazenda de um amigo dele, onde rolou maior putaria com a galera. Não foi todo mundo comendo todo mundo, foi mais pares, porém tinha aqueles que comia duas ou 3, e tinha aquelas que dava pra 2, como eu por exemplo, que dei pra Negão, e mais tarde dei no quintal pro dono da fazenda, debruçada numa pia de lavar roupa. Negão não gostou e esfriou comigo, mas também esfriei com ele porque vi ele cheirando pó. Nunca imaginei isso. Nada contra também, por favor. Zezéu as vezes também usava, mas não mudava, continuava sempre de boa, não ficava loucão. Mas Negão ficou outra pessoa. Até a amizade acho que não é mais a mesma. Negão também é muito submisso, tem namorada fixa, não é tão bom de cama, e tava me tratando como namoro. Foi melhor acabar mesmo. Eu ser a outra... é ruim hein!
Tô com Robertinho e vou tentar não ser fiel, afinal não sei o que ele faz nos dias que não tá comigo, ou não sei se ele vai me trocar por outra (ou por outro, nunca se sabe), e não quero desperdiçar meu tempo.
Mas enfim, vida que segue, cada dia superando mais, tudo também serviu de aprendizado, e Zezéu me deixou filhos lindos e maravilhosos; só são virados no satanás, mas são minha vida. Fui muito feliz quando estava com Zezéu, e espero um dia não lembrar de tudo com algum ressentimento, me sinto 80% liberta; também não é bom cuspirmos no prato que um dia comemos.
Obrigada a todos que leram e a todos que acompanharam. Deixo aqui meu grande beijo!
(Respostas de algumas mensagens nas histórias anteriores. Beijos!)