“Você escreve que tipo de coisa?”
“Uns poemas. Contos ruins. Sobretudo pornô.”
Marina usava cabelos tingidos e óculos. Naquele dia, meias arrastão arrematadas com um All Star. Uma porção de coisas me atraíam nela, mas, principalmente, seu visual, que contrastava com o fato de que era virgem e nunca havia namorado. No fundo, era tímida, mas tinha muito a expressar. Sua arte era a fotografia. Dezenove anos, início da faculdade, mas pouca vontade de ficar dentro de uma sala de aula, como eu.
“Você não se interessa pelas necessidades do povo, da sociedade?”
“Claro. Mas sou mais chegado ao indivíduo. Nada é mais individual, mas também mais universal, do que a pornografia.”
“Você está me convencendo. Vamos fazer essas fotos.”
Eu tinha setenta e cinco reais e parecia que uma prostituta numa rua próxima à Universidade estava a fim de fazer umas fotos sensuais, indicação de um amigo meu. Marina era uma colega que ainda estava se transformando em amiga, mas era a única opção para fazer a coisa parecer mais profissional.
“Você sabe se ela tem cafetão?”
“Boa pergunta. Vamos perguntar isso de cara. Se houver um cara por trás, ou vai ficar muito caro ou vai dar rolo demais. Não faz sentido se arriscar muito por causa de um zine vagabundo.”
Encontraríamos a garota num endereço, uma porta pequena, depois de perguntar por ela na esquina indicada. Eu já estava meio nervoso e com vergonha demais, mas valia pela arte, eu acho.
“Quem foi o louco que te indicou essa modelo?”
“Giovanni, da geografia.”
“Eu estou ligada quem é! Foi meu colega no colegial,”
“Que coincidência!”
“É! Maluco total. Batia punheta, por baixo da carteira, para a professora, quando cruzava as pernas de vestido. Giovanni não entendeu muito bem o funcionamento da sociedade.”
Abriram a porta. Era a garota mesmo, mais ou menos bonita, vestindo shorts e top. Me alegrei por não estar usando muita maquiagem ou esmalte escuro. Eu estava pensando numa coisa clean. Na escada para a entrada do quarto, Marina já havia sacado de uma Polaroid e batia uma foto da moça, que subia à nossa frente. Nossa modelo se deteve por um instante, meio surpresa, mas não falou nada e continuou subindo. Percebi que suas pernas eram bem bonitas, as coxas grossas. Deixei de me sentir nervoso para começar a ter uma ereção.
“Como vamos fazer?”
Eu não sabia dirigir modelos para as fotografias. A prostituta me olhava, parada em contraposto. Marina também me olhava, com a câmera na mão. A iluminação era pouca; a janela pequena, mesmo no segundo andar, não era suficiente para deixar entrar muita luz na segunda metade da tarde. Houve movimentação de um quarto ao lado. Entra em cena Giovanni.
“Você está aqui, cara?”
“Uê, não fui convidado?”
“Não. Bom, não sei. Tanto faz. Achei que só tinha me indicado a moça.”
A modelo improvisada esperava.
“De boas, cara. Só estou aqui. Conheço bem Joana, ela não liga. Né Joana? Só vou bater punheta, talvez. Vocês não ligam, né?”
Não respondemos nada a ele. Na pose em que estava, ainda em pé, e numa luz de abajur meio lateral, até que já dava para a primeira foto. Pedi a Marina que fizesse a primeira foto. A garota clicou.
“Ei, rapaz, o que é isso?” Perguntou Joana.
“Como assim?”
“Não sou modelo. Pensei que fosse ela”, disse, apontando para Marina. “Só estou alugando o estúdio.”
Me virei para Giovanni.
“Cara. Sério isso? Que tipo de negócio você me arrumou? Para quê eu precisava vir até aqui, então?”
Marina olhava para a prostituta, um pouco curiosa. Joana interveio.
“Gente, essa menina é tão linda! Por que não usam a cama e fazem umas fotos?”
Giovanni aproximava-se devagar de Joana e, por trás da moça, agarrava um de seus seios. Esta não falou nada.
“Ei, gente, deixem, então. A gente não havia pensado em nada disso, deixa para outra hora. Marina, vamos?”
Marina se virou para mim.
“Ah, sei lá. A gente podia tentar aproveitar a ocasião de alguma forma. Eu não me importaria de posar para uma ou duas fotos. André, você pode tirar as fotos?”
Fiquei um pouco confuso, mas aceitei na hora. Tinha uma certa vontade de sair logo dali, mas preferia não fazer isso de mãos vazias. Marina me entregou a Polaroid e se sentou na cama, ficando com a roupa em que estava. Cruzou as pernas de uma forma que a saia subiu um pouco e mostrou suas coxas, adornadas com as meias arrastão. Além disso, fez a expressão mais sexy que eu já havia visto. Percebi que seus lábios eram grossos e sua boca tinha um formato fascinante. Comecei a ter outra ereção. Quanto a Joana e Giovanni, davam alguns amassos, a moça sobre o colo do rapaz, ambos numa cadeira. O rapaz desviu um pouco o olhar para Marina e voltou a se dedicar à prostituta. Posicionei-me e tirei a primeira foto. Esperei que fosse cuspida pela câmera, peguei e levantei os olhos novamente para Marina, para pedir sua opinião.
A garota não pareceu estar muito interessada, pelo menos não mais do que na cena que se passava a alguns passos. Joana havia se ajoelhado em frente a Giovanni, que colocava um preservativo para receber um boquete. Sem cerimônias, então, abocanhou o pênis de meu amigo, que juntava os cabelos da garota em uma das mãos para poder segurá-los e auxiliar nos movimentos, para cima e para baixo. Voltei a olhar para Marina. Posso jurar que percebi, naquela luz um pouco fraca, que mordeu o lábio inferior por um instante. Minha colega, então, sentou-se encostada na cabeceira da cama e abriu as pernas para mim, mostrando a calcinha. Puxou um pouco mais a saia para cima e me pediu para fotografar de novo. Obedeci. Giovanni gemia. Marina não dava mais atenção ao casal, no entanto. Passou a me olhar fixamente enquanto, trocando de pose, me fazia tirar mais fotos. Eu não conseguia mais esconder minha ereção. A garota, ainda com sua saia, meias e tênis, tirou a blusa. Estando sem sutiã, permitiu que se vissem seus seios, de tamanho médio e com o formato perfeito que tem os seios de uma garota de dezenove anos. Fotografei de novo. Não quis interromper nosso momento, mas precisei avisar:
“Marina, só tem mais uma pose. Você tem mais filme?”
Olhava direto nos meus olhos.
“Venha mais perto para bater essa última”
Cheguei-me para mais perto da cama. Ao mesmo tempo, a garota ajoelhou no piso frio, ficando com o rosto perto de meu membro, ainda oculto pelas calças. Marina abriu meu zíper.
“Eu vou te chupar, André. E quero que aproveite bem essa última foto.”
Meu amigo, ao lado, continuava sentado na cadeira, e se masturbava, olhando para nós. Joana estava sentada ao seu lado, no chão mesmo, assistindo à cena, sem muito interesse. Marina. então, colocou a boca perfeita em torno de meu pênis, movendo-se para frente e para trás, usando muita saliva e indo cada vez mais fundo. Eu sabia que não ia aguentar muito.
“André, goza quando quiser. Mas não se esqueça da foto.”
Meu membro se endureceu, como nunca. Senti a tensão que precedia uma bela gozada. Gemi. Minha amiga percebeu que eu estava prestes a descarregar uma grande quantidade de esperma. Tirou, então, meu pênis da boca, no que assumi com uma punheta, mas manteve-se estimulando o freio do prepúcio com a língua.
Jatos e mais jatos foram expulsos, com força. Meu leite espesso atingiu seus cabelos ruivos, seus óculos, sua bochecha. Marina terminou abocanhando-o de novo, sem parar de me estimular com a língua. Ao menos mais dois jatos acabaram indo para sua garganta até que meu orgasmo terminasse.
Só então, surgiu, ali, a foto perfeita.
Obs.: Leitor, seja cuidadoso! Sexo oral também transmite DSTs!