CONFISSÕES QUE ME ALUCINARAM II

Um conto erótico de Gleison
Categoria: Heterossexual
Contém 4915 palavras
Data: 22/08/2020 08:00:11
Última revisão: 16/11/2022 03:54:39

CONFISSÕES QUE ME ALUCINARAM II (MARCAS DA LUXÚRIA)

Esta é a continuação. Desculpem os leitores que chegaram agora. Vou retomar esta narrativa do ponto em que parei a primeira parte. Não farei introdução.

Capítulo 2 – A Angústia

Na manhã seguinte, depois de ter ouvido na véspera as revelações de Lanna, eu fui trabalhar fazendo um esforço enorme para me focar, mas estava totalmente desnorteado. Dei orientações à equipe, tratei das questões urgentes, mas agia meio sem gás. Era como se eu não estivesse raciocinando direito. As imagens criadas em minha mente com a Lanna se entregando ao tal de Suleiman não me deixavam pensar em nada. A certo ponto, disse para a secretária do setor que estava com indisposição e fui para casa. Era já meio da tarde. No caminho, dirigindo no trânsito, minha cabeça voltava atrás e me obrigava a encarar o fato de que minha linda e deliciosa mulher tinha confessado que passara uma noite inteira fazendo sexo com um sujeito forte, bonitão, malhado e dotado, da academia onde ela treinava. Ela já estava por quase dois meses no exterior, fazendo aquele curso e certamente estava necessitada de sexo real. E mandara a foto do sujeito, um tipo meio árabe, com barba, parecendo modelo de catálogo de moda. A sensação era incômoda. A comparação era inevitável. Tal como se eu estivesse dirigindo meu carro popular nacional e competindo numa corrida nas estradas dos Alpes Franceses contra um carro esportivo novo e de luxo. Sem muita chance de chegar perto dele na corrida, menos ainda pensar em vencer. E ele estava lá, perto, e eu aqui do outro lado do mundo. Olhei minha imagem no espelho retrovisor de dentro do carro e tive a sensação de que eu estava ainda mais abatido do que antes. Essa era outra coisa que me derrubava. As aparências. Lanna aos 40 anos, mas conservada, aparenta ter apenas trinta. Malhava diariamente, para manter a forma que já é deliciosa. É uma mulher tentadora para qualquer macho. Sem filhos, ela é toda firme com pele macia. E gosta muito de sexo. Eu, ao contrário, já havia descuidado. Como gerente de mercado numa empresa de porte médio, coordeno uma equipe. Meu tempo para academia foi ficando mais reduzido. Tenho cinquenta anos, quase 1,80 m, e peso 85 kg.

Não sou gordo, mas com a idade peguei uma barriguinha discreta e difícil de eliminar. Tento malhar toda semana para não sair muito do peso, mas com o trabalho intenso nem sempre eu consigo. Ainda tenho boa aparência, olhos castanhos claros, cabelo castanho com muitos fios grisalhos. Mas naquele dia estava me achando pior do que antes. Pudera. Com as palavras de Lanna me assombrando sem sair da cabeça: “ Amor, foi bom! Eu já disse. Foi só sexo, mas foi muito bom. Sexo a noite inteira. O cara é um tesão! Eu gostei. Só não quero falar agora. Mas eu o amo muito. ”

Com essa sensação de perda, de impotência, eu sabia que havia corroborado muito para que as coisas tivessem chegado naquele ponto. Lanna havia me traído, me feito o mais impotente dos cornos, mas, mesmo muito chateado com ela, eu sabia que não podia colocar culpa apenas nela. Ainda no mesmo dia daquele fato, eu estivera contando a ela minhas fantasias de sexo a três onde me imaginei gravando cenas dela tendo relações sexuais com outro. Pura fantasia, mas eu havia contado que vira vídeos e fantasiara aquilo. Portanto, ela tinha todos os álibis, desculpas e justificativas pelo que havia feito. Podia alegar que eu fora o estimulador maior da atitude dela. Por isso eu estava muito incomodado e irritado. Primeiro, porque me sentia meio culpado pela situação, e chateado com o fato de não ter feito um tremendo escândalo, e ainda, depois, ter ficado excitado em imaginar como havia sido o sexo prolongado dela no quarto do hotel com o tal Suleiman. Tudo aquilo me intrigava e me deixava inseguro. Eu amava Lanna, era muito apaixonado, e aquilo me doía ainda mais. E ouvir dela que fizera sexo intensamente com outro, que gostara, mas ainda me amava, era como se mexesse numa faca que estava já enterrada na ferida. Eu não sabia o que fazer. E entendia que qualquer reação que eu tivesse no sentido de agredi-la poderia levar a um conflito grave, e jogá-la mais ainda para cima do garanhão de academia. Cheguei em casa com medo de que Lanna me ligasse e eu sem saber o que dizer, o que fazer, e como reagir. De repente, percebi que estava ficando com raiva, não tanto dela, mas de mim mesmo, por ser tão tolerante, tão cordial, tão aberto, tão sereno e compreensivo

Eu era o culpado de ser tão liberal, tão corno manso a ponto de deixá-la fazer aquilo com a sensação de que estaria satisfazendo uma vontade minha. Mas eu podia ser tudo, menos manso e banana.

Eu sou um sujeito que não suporto que tentem abusar, me humilhar ou me diminuir. Tenho brio e orgulho de homem que não me deixava aceitar aquilo. Um lado meu dizia:

“Vai, reage, bota sua raiva para fora, encara que fez merda, mas corta essa situação, agora. Ela que fez errado. Vire a mesa. Se você passar o pano nunca mais vai ter moral para controlar. ”

Um outro lado dizia:

“ Qual é amigo, ela disse que o ama, vocês estão juntos há tanto tempo, ambos se gostam muito mesmo, não deixe um deslize momentâneo dela provocar o caos na sua vida. Lembre-se que você também já a traiu um dia. Ela estava chorando e sabe que errou. Pode ser que isso tenha ocorrido para acordar vocês. Tente contornar e convencê-la a não cometer erros novamente. ”

Eu ponderava. A merda é que os dois lados tinham partes da razão. E aquela duplicidade de visões me deixava muito puto. E puto eu sabia que não se pensa direito. Tratei de tomar um banho para descarregar energias ruins. Depois preparei um café bem forte, me sentei sem roupa nenhuma na minha poltrona preferida na sala, e tentei meditar. Uma sensação de angústia me deixava muito tenso. Decidi que iria dar uma pausa nas conversas, cortar os contatos e deixar o tempo me ajudar a pensar. Mas, parece que basta a gente pensar no pecado e a tentação aparece. Meu celular tocou e vi que era a Lanna. Naquele horário ela deveria estar saindo do curso. Ela sabia que eu ainda estaria trabalhando, então não era normal ligar. Meu coração apertou, mas não atendi. Ela insistiu mais uma vez. Depois de resistir à primeira vez sem atender a chamada, a segunda foi mais fácil. Suportei bem a tentação. Vi que ela mandou mensagem de texto:

“Amor, fale comigo. Não me deu bom dia hoje. Fiquei preocupada. Você está bem? ”

Por um momento eu me senti orgulhoso. Ela estava preocupada. Ela sabia que eu estaria triste.

Mas não me dei ao trabalho de responder, apenas deixei que soubesse que eu tinha lido. Pouco depois veio outra mensagem: “Querido, está bravo? Tudo bem? ”

Mais uma vez não reagi. Então ela logo mandou um áudio: “Amor, por favor, fale comigo. Estou indo para a academia. ”

Eu tinha plena certeza de que ela sabia que a palavra ‘academia’ já iria me sugerir que eu estava correndo perigo. De fato, só aquela referência me deixava mais tenso. Ela iria se encontrar com o Suleiman e certamente ele faria o jogo do assédio. Pensei em responder e cheguei a formular mentalmente frases que seriam uma bela porrada nela. Mostrando que eu estava chateado. Pensei qual seria a melhor definição: Puto, irado, magoado, chateado, revoltado, destruído, abalado. Todas se encaixavam. Mas pensei melhor. Eu não ia dar nem o gosto da resposta. Enquanto eu pensava, chegou outro áudio: “Amor, entendo se você estiver bravo, ou com raiva. Eu o amo, responde por favor. Ontem vi o Suleiman. Estou péssima. Preciso da sua ajuda. ”

Naquele momento meu dedo até “coçou” muito para atender, mas somente pelo fato dela citar que ainda na noite passada tinha falado com o sujeito, já me deu mais revolta. Ela tanto podia ter pedido para não se verem mais, como somente dito a ele que havia me contado tudo. Portanto, o fato dela ir falar com ele mostrava somente que não tinha sido apenas uma aventura e fim. Ela tivera ou ainda tinha mesmo alguma ligação com ele. No meio da angústia, decidi não falar nada. E foi mais por medo do que eu poderia encontrar do que por raiva. Mas minha pressão estava alta e a ansiedade me dominava. Sentia o coração batendo dentro dos meus ouvidos. Passou mais uma hora, o tempo mais do que suficiente para que ela tivesse saído da academia. E ela não mandou mais nada. Talvez tivesse desistido de falar comigo. Na minha cabeça já estava começando a pensar na hipótese da nossa relação que podia estar a fazer água. Seria a ruptura na nossa vida.

E essa hipótese me deixava com uma sensação de enorme vazio, de grande frustração por ter chegado àquele ponto por falta de entendimento e de maior intimidade. Enquanto eu ficava ali pensando com a cabeça dando voltas, eu ouvia música.

Eu tinha deixado meu notebook ligado conectado numa rádio via internet. O som no ambiente ajudava a me sentir menos solitário. E por essas ironias inexplicáveis do destino, ouvi tocar uma música que parecia um apelo:

“Você já me esqueceu”, na voz de Fernanda Takai. A letra falava:

Vem, você bem sabe que aqui é o seu lugar

E sem você consigo apenas compreender

Que a sua ausência faz a noite se alongar

Vem, há tanta coisa que eu preciso lhe dizer

Quando o desejo que me queima se acalmar

Preciso de você para viver

É noite amor

E o frio entrou no quarto que foi seu e meu

Pela janela aberta onde eu me debrucei

Na espera inútil e você não apareceu

Você já me esqueceu

E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar

De tantas vezes que eu ouvi você dizer

Que eu era tudo pra você

Você já me esqueceu

E a madrugada fria agora vem dizer

Que eu já não passo de nada pra você

Você já me esqueceu,

Você já me esqueceu

Você já me esqueceu

É noite amor.

Fiquei pasmo ouvindo. A voz da Fernanda naquela interpretação transmitia uma tristeza incrível. Era como se fosse nossa alma conspirando. E me entristeceu ainda muito mais. Não sei o que me deu mas senti um nó na garganta, e tive repentinamente um acesso de choro intenso, soluçava, foi quase uma catarse. E enquanto chorava sentado, passei na memória, vertiginosamente, os últimos anos da nossa vida a dois, o período difícil do meu desemprego, a dedicação dela para segurar minha fase depressiva. Foi nessa época que eu a havia traído numa aventura casual.

Ela estava irritadiça comigo, brigávamos muito na época, mas depois passou. E nos reconciliamos. E já mais recentemente, lembrei da minha curiosidade em busca de uma cumplicidade dela por aventuras liberais que não aconteciam, pois ela não endossava. E houve então um esfriamento natural. Era muita batalha, juntos.

Finalmente, aquele fato ocorrido com ela no exterior poderia determinar o desfecho terrível do rompimento de nossa relação. Comecei a pensar na situação dela ter vivenciado a experiência sexual com outro. Se ela voltasse dizendo que era a mim que ela amava, aquilo podia ter um sabor de conquista, de vitória, e de lição. Ou não. Poderia simplesmente determinar que ela iria decidir o que seria melhor para ela, fazer o que desejasse, e eu teria que aceitar ou dar um fim.

Mais uma hora se passou e eu ali perdido nos pensamentos. Lá onde ela estava já devia ter jantado e se preparava para dormir. O toque do telefone celular quase me faz cair da poltrona de tanto susto. Minha barriga doía, meu corpo estava coberto por um suor gelado. Olhei a chamada como se fosse um zumbi e resisti, deixei tocar até que ela desistiu. Logo a seguir veio a mensagem de texto: “Por favor, atenda! O que houve? Estou muito preocupada! ”

Ela sabia que eu lia tudo, mas não respondia. Fiquei pregado na poltrona, meio desesperado, tanto pelo fato de não ter vontade de encarar a conversa, como por não saber até onde eu levaria aquilo. Eu sabia que tinha culpa em quase tudo que havia acorrido. Mas por isso mesmo, estava sem jeito, e profundamente abalado com o fato de ter ocorrido aquele processo de desespero meu, de fraqueza, de fragilidade emocional. Eu mesmo estava inseguro. Acho que passou meia hora. Até que ouvi a campainha do portão tocar. Intrigado, vesti rapidamente um calção e fui ver quem era. Encontrei a Marina, uma grande amiga da Lanna, desde o tempo em que éramos solteiros. Marina era bastante próxima nossa, já havia se casado e separado. Hoje tinha alguns namorados eventuais. Logo abri o portão para que entrasse. Marina é morena, mais baixa um pouquinho do que a Lanna, mas também uma mulher muito bonita e conservada. Cabelos pretos presos em um rabo de cavalo. Muito sexy.

Eu até já tinha secretamente fantasiado com ela algumas vezes. Usava uma calça Leggings preta, colada, que dava para ver suas belas formas sensuais, uma sandália rasteira delicada, e uma blusa de malha fina também preta. Ela parecia preocupada:

- Gleison! Você está bem? Lanna me ligou muito angustiada, você não atende as ligações, ela pediu que eu viesse ver.

Fiz sinal para que entrasse e levei-a para dentro de casa tentando parecer natural. Eu disse que estava bem. Mostrei a poltrona para ela se sentar. Ela me observava atenta. E entendi que Lanna podia ter apenas pedido à amiga para ver como eu estava, sem contar o motivo da preocupação. Ou Marina já poderia saber de tudo. Eu fui falando:

- Estou bem. Senta aí, vou pegar um suco para você. Quer? O que houve?

Marina olhava o ambiente, atenta, buscando sinais de algo errado. Eu fui até à cozinha, para servir um copo de suco de fruta. Demorei um pouco abrindo uma garrafa nova, servi o suco no copo, e ao voltar vi que ela disfarçando terminou de teclar algo no celular. Entreguei o copo a ela:

- É de laranja, está bem gelado!

Marina agradeceu e explicou:

- Lanna me ligou há pouco, disse que tenta falar com você faz tempo, mandou mensagem, você leu, mas não respondeu. Ligou, e nada. Ela ficou preocupada.

Eu arrisquei meio irônico:

- E mandou a amiga espionar para ver se eu estava com outra aqui em casa?

Marina abanou a cabeça negando. Não esperava a minha questão. E com cuidado disse:

- Parece que vocês tiveram uma conversa estranha ontem de noite!

Eu percebi que não tinha mais nada a perder. Tudo indicava que Lanna contara o que houve para a amiga. Mas ainda joguei:

- Essas coisas acontecem com casais. Você já foi casada e sabe. O que foi exatamente que Lanna disse a você?

Marina me olhava sem saber o que dizer. Bebeu o suco para ganhar tempo, e depois, respirando fundo, falou:

- Somos muito amigas mesmo. Confiança total. Ela me contou o que aconteceu. Que revelou a você o ela que fez. Lanna sabe que você pode estar mal.

Naquele momento eu tinha também um outro motivo para ter raiva. Lanna havia aberto detalhes de nossa vida para outra pessoa. Eu irritado fui sarcástico:

- Se eu estiver muito abalado você pode me consolar?

Marina realmente não esperava nenhuma dessas reações. Deu um sorriso sem graça quando percebeu minha ironia e respondeu:

- Você quer falar sobre isso? Pode ser bom para você e eu sou totalmente fiel a vocês. Pode confiar.

Eu me sentei na poltrona em frente a ela. Pensei rapidamente uma estratégia. Olhei em seus olhos, mas fiz questão de mostrar que olhava a mulher, não a amiga. Eu disse:

- Confesso que neste momento o que quero falar com você é que estou extremamente necessitado de um sexo intenso e exorcizante, e você é uma mulher mais do que desejada para isso. Talvez esse seja o melhor remédio que eu possa ter. Depois talvez pensaremos em algo diferente.

Marina arregalou os olhos, se mexeu inquieta na poltrona. Gaguejou:

- Que.… que é isso.... Vocês são meus melhores amigos...

Eu concordei:

- Exatamente. Amiga querida e muito desejada. Hoje posso ser totalmente verdadeiro. Já não temos mais segredos não é mesmo? Se é tão amiga e de confiança posso ser sincero e me abrir.

Marina fitava com o olhar assustado, sem saber o que fazer. Mas a maneira como eu havia dito mexeu com ela. Certos trejeitos no corpo dela indicavam que eu tinha mexido com algo dentro dela. Alguma palavra que eu havia utilizado tinha feito a ligação com o interruptor do prazer. E eu me senti mais empoderado:

- Relaxa Marina. Estou falando sério. Estou dizendo que coloco prioridades na minha vida. E primeiro eu, depois pensarei nos outros. E estamos aqui nós dois...

Marina tentou me acalmar:

- É natural que esteja ferido. Quando a gente descobre um caso do outro sempre é muito ruim. Lembro de quando vocês brigaram há dois anos, Lanna ficou revoltada, você ficou uma semana fora. Eu acompanhei isso de perto.

Na hora, quando ela falou daquilo, me lembrei do ocorrido. Tinha sido uma das convenções da empresa e que Lanna fez questão de ir, e eu desempregado não fui. Mas a briga não foi pela viagem dela, e sim porque eu resolvi não ir e Lanna se chateou. Na altura eu aproveitara para fazer uma viagem de procurar emprego antes da convenção. Queria ficar fora uns dias. Visitei outras empresas em outras cidades. Foi nesse período que tive um caso com uma vendedora da empresa que eu trabalhara, que sempre me paquerou. Fiquei bem intrigado de Marina falar naquilo. Nem achava que ela sabia do fato:

- É, e por que você lembrou disso?

Marina sem jeito tentou se esquivar:

- Me lembro que vocês ficaram abalados. Teve episódios desagradáveis que quase separam vocês.

De repente, por acaso, eu senti que tinha coisas ali entre as duas que eu não sabia:

- O que você sabe dessa história?

Marina se mexeu na poltrona. Pousou o copo vazio na mesinha ao lado. Esfregou as mãos, sem jeito:

- A Lanna soube por outra amiga, que você na sua viagem de procurar trabalho teve um caso com uma ex-colega. Ela me falou. Estava muito abalada com aquilo. E na sequência ela viajou também para a convenção.

Eu ouvia admirado. As duas realmente comentavam tudo. Achei que ela tinha ainda mais coisas a dizer e esperei. Ela soltou:

- Foi talvez por vingança, que Lanna ficou com um cara na convenção. Ela o traiu, mas por vingança. Foi só um troco em você, de raiva. Mas ela estava disposta a romper a relação ao saber da sua traição. Eu também havia me separado, sabia o estrago que isso faz, e demovi essa ideia dela. Sei que essas coisas acontecem, mesmo entre pessoas que se amam de verdade.

Marina falava com sinceridade:

- Usei a minha própria experiência. Eu traí meu marido, contaram a ele e nunca fui perdoada. Meu casamento espanou para sempre.

Eu ficara estático, pois não sabia de nada daquilo, muito menos de que Lanna ficara sabendo do meu caso. Tentei negar:

- Como é isso? Quem falou essa história? Quem contou isso para a Lanna?

Marina estava mais segura. Tinha conseguido mudar o fluxo:

- A moça que você ficou, por vaidade, mandou uma imagem no celular de uma amiga. Ela estava com você no hotel. E essa amiga dela por coincidência, sem a moça saber, conhecia a Lanna. Essa amiga deu um jeito da foto chegar até na sua mulher. Lanna ficou maluca ao saber. Você estava viajando. Queria pegar as coisas e sair de casa. Mas eu que consegui apaziguar.

Marina parou para ver minha reação. Eu estava calado, surpreso com tais revelações. Marina prosseguiu:

- Mas ela viajou logo a seguir para a convenção e acabou ficando com um sujeito nos três dias da convenção. Foi só vingança. Depois que ela voltou tivemos uma conversa muito dura, e ela mudou de ideia de separar. Mas depois vocês se entenderam. Desde então, vocês estavam bem.

Eu ouvi mantendo a serenidade. Mas por dentro estava bastante magoado. Nunca soubera daquilo e estava mais puto ainda. Acabara de descobrir que a executiva perfeita e esposa fiel e recatada que eu amava, dava pra um sujeito qualquer durante dois dias de uma convenção, por vingança. Talvez tivesse dado até para outros na empresa. Pensei: “As mentiras dos casamentos são sempre uma constante. A fidelidade quase nunca existe, então, por que os casais não eram liberais, cúmplices, e faziam suas aventuras juntos? Não haveria necessidade de trair e enganar. ”

Isso me deixava muito mais revoltado. Me recordo que na altura eu não escondera o fato da Lanna, contei logo depois que voltei da viagem, mas ela disse que não queria saber, que entendia aquilo como uma necessidade minha de autoafirmação. A danada não revelou a verdade, não contou que sabia. O que eu nunca soubera é que ela tinha me traído na convenção. Fiquei curioso para saber se havia mais e joguei verde com a Marina:

- A Lanna que falou para você que me contou o que ela fez na convenção?

Marina fez que sim, e completou:

- Ela me disse. E que vocês tinham conversado e superado.

Eu admirado estava tendo novas revelações:

- E por qual motivo você tocou nesse assunto agora? Qual a ligação?

Marina estava mais segura de suas certezas:

- Eu estava separada há pouco tempo. Quando aconteceu isso, e ela pensou em se separar, eu disse a ela que se ela deixasse você por algum motivo, podia me avisar... A fila anda.

Marina sorriu com certa malícia e emendou:

- Você estava se abrindo comigo agora há pouco, e eu lembrei que quando disse isso para a Lanna na época, foi em parte para ajudar a salvar o vosso casamento.

Ela fez uma pausa. Depois completou:

- Mas em parte era para ela saber que você também me interessava. Se facilitasse... Veja a ironia... E agora você me dá uma cantada descarada, bem na lata.

Quem sorriu dessa vez fui eu. Achei graça no argumento dela. Eu estava triplamente puto. Com Lanna, pelo acontecido recente, e pelo fato oculto do passado, e também com a Marina, por ter a cumplicidade de tanto tempo. Precisava me vingar e era o que me ocorria naquele momento:

- Agora temos uma ótima oportunidade. Foi a própria que pediu para você vir aqui.

Eu me levantei, apoiei o celular encostado num vasinho sobre a mesinha, para ficar com as mãos livres. Ela não viu que eu havia ligado o vídeo para gravar e cortara a reprodução do som. Eu cheguei perto dela. Na raiva e no impulso sentia uma ereção se formando entre as coxas e usava apenas um calção. Marina com a minha aproximação se levantou da poltrona, talvez pensava se defender de algo, mas não esperava que eu apenas parasse ao lado dela e desse um cheiro em seu pescoço. Sussurrei:

- Nós dois queremos Marina. Merecemos!

Vi que ela suspirou e se arrepiou toda, a pele ficou bem encrespada. Me encostei mais e ela não se afastou. Sentiu meu corpo quente e meu pênis pressionando suas coxas. Marina apoiou a mão em meu braço, mas não empurrou. Fui dar outro cheiro no pescoço, beijei de leve e disse:

- Eu sei que quero você já faz muito tempo. E você também. Agora estamos liberados.

Marina estava quente e receptiva. Beijei seu pescoço e ela me segurou pelo braço com firmeza, retribuiu o beijo na boca e nos abraçamos. A partir desse ponto fomos nos acariciando, esfregando, beijando, e eu ajudei a despir sua roupa. Deixei meu calção cair e o pau saltou empinado e duro. Reparei nos lindos pés da morena com as unhas pintadas de francesinha e senti uma grande onda de tesão. Ela era maravilhosa. Meu tesão estava duplicado pela sensação de vingança, e a satisfação de sentir o desejo enorme que a amiga reprimia.

Os bicos dos seios rígidos se esfregavam em meu peito e minhas mãos percorriam as curvas daqueles quadris deliciosos, de glúteos firmes. Marina era uma mulher quente, experiente a segura. A mão dela procurou meu pau, segurou e apertou firme. Eu passei a beijar os bicos dos seios e sugar. Marina gemia deliciada. Minha mão entre suas coxas passou sobre a xoxota totalmente depilada, e senti que já estava escorrendo baba. Ficamos naquelas carícias preliminares por uns cinco minutos, com beijos intensos, e carícias provocantes. Até que ela não aguentou mais de vontade e se ajoelhou para me chupar. Que boca deliciosa, que língua hábil na exploração de toda a minha região escrotal. Ela chupava o pau, babava, lambia, e novamente sugava. Comecei a fazer movimentos de meter em sua boca e ela engolia até não aguentar mais e retirar. Acho que ela chupou por uns cinco minutos. Depois eu fiz com que ela se sentasse na poltrona e me ajoelhei no chão entre suas pernas, passando a lamber a xaninha que era pequena e com lábios grossos que até parecia estar lacrada. Na parte superior o grelinho se apresentava sensível e saliente. E eu lambia com muito prazer. Marina ergueu as duas pernas e apoiou os pés sobre meus ombros.

Com isso se oferecia deliciosamente para que eu lambesse a xoxota e o cuzinho, fazendo-a gemer cada vez mais alto. Ela já estremecia em pré-orgasmo. Minhas mãos apertavam seus peitos e os mamilos. Ela com seus lindos pés delicados me acariciava os ombros e o peito.

Eu estava chupando a xoxota com a boca toda colada e passava a língua no grelo, exatamente como Lanna adorava e sempre gozava em poucos minutos, quando Marina exclamou:

- Ah! Que delícia! Agora eu sei com quem a Lanna aprendeu a chupar uma xana!

Ao ouvir aquilo meu corpo todo se arrepiou. Eu nunca soubera que Lanna podia gostar de mulher. Perguntei:

- Ela chupou você? Muito?

Deliciada, em orgasmos seguidos Marina sem controle gemia:

- Sim! A tarada adora! Sempre que foi em minha casa me chupava muito. Ela que me ensinou a gostar de mulher.

Nossa! Nessa hora eu estava tomado por uma tara selvagem, misturava raiva de saber tudo aquilo só depois de anos de casado com uma safada tarada. Suspendi Marina pelas pernas, e coloquei sobre meus ombros, segurei em seus ombros e tirei-a da poltrona. Carreguei-a com facilidade até no sofá, onde a coloquei de quatro. E voltei a lamber e chupar sua xoxota por trás. Ela se empinava toda oferecendo a xana e o cuzinho para minha língua. Estava completamente depilada e aquele cuzinho liso e piscando era uma tentação alucinante. Quando estava totalmente melada, eu fiquei em pé e fiz menção de ir pegar uma camisinha. Marina gemeu:

- Mete sem nada, por favor, eu sou laqueada. Quero sentir você me fodendo com esse pau gostoso.

Não pensei mais, voltei para trás dela e segurei em seus quadris. Comecei a pincelar a rola na xoxota, com calma, esfregando a glande na racha com suavidade. Marina gemia e arfava de prazer. A respiração ofegante dela aumentava ainda mais o meu tesão. Até que ela não aguentou mais e pediu:

- Enterra, mete gostoso! Me atola com essa rola grossa.

Fui enfiando, e ela rebolava. Que delícia meter numa mulher que age em sincronia, que interage e se mostra tesuda.

Tinha que me conter para não gozar. Em poucos segundos eu estava com o pau inteiro atolado dentro, e fui socando com calma, com ritmo, sem força, só para ela embalar de novo e quando ela começou a gemer alto pedindo para eu gozar, gritando safadeza, me chamando de puto gostoso, eu passei a socar forte e com firmeza. Malhei por uns dois minutos. Marina gozava gemendo, rebolando na rola, me chamando de safado tesudo, de corno sacana, e aquilo mais me atiçava. Acho que fiz ela ter uns três orgasmos naquela posição, até que ela começou a pedir:

- Goza safado, me enche de porra, me dá esse leite tesudo, corninho mais gostoso!

Senti que me pau ficava mais duro e grosso. Ela me chamar de corninho não soava como ofensa mas como provocação. E uma onda violenta de prazer que me tomou conta do corpo, trouxe um gozo intenso, com jatos fortes e seguidos que enchiam a boceta de gala e fazia escorrer pelas coxas. Acho que soltei uns dez jatos seguidos sem deixar de meter e ela urrava como uma desvairada. Marina gozava de um jeito que deixava qualquer macho se achando o rei da putaria. Ela gemia, xingava, exclamava, e rebolava os quadris como uma dançarina de funk. Acho que nossos orgasmos duraram de uns trinta segundos a um minuto. Depois eu fiquei com o pau dentro, peguei ela no colo e me sentei no sofá. Ela me abraçou e me beijava deliciada. Até esqueci que o celular tinha chegado no limite da capacidade de gravar e havia parado. Ficamos ali esperando nossa respiração se normalizar. Marina exclamava:

- Que puto mais gostoso! Por isso a Lanna não quer perder.

Depois coloquei Marina sentada no meu colo de frente, as pernas do lado das minhas coxas, e ficamos nos beijando, e lambendo, melados de porra, sem nos importarmos com aquilo. Eu queria mais e ela também.

Continua no capítulo 3

leonmedrado@gmail.com (novo e-mail)

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Comentários

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Espetácular, pura tesão continue assim 3 estrelas com louvor.

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Maravilha de história, mas estou ansioso pela continuação dos contos. minha esposa e seu primo do interior e safadezas de minha mãe, mas esse está muito bom também

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Amigos, todas as partes deste conto, que eu havia retirado do site, voltaram, revisadas e corrigidas. Basta clicar no nome do autor para ter acesso a todas as partes. Em breve chego ao fina desta história. Que não tem final porque continua...

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Ah, meu amigo, não se engane; a sua esposa é uma BC. Sem dúvidas ela já te traiu outras vezes, uma duas, três? Não, meu caro, sempre que teve oportunidade. Uma BC não perde tempo. Elas são manipuladoras, atrevidas, a maioria é linda e sabe com usar a boceta para conseguir o que deseja. Mas são raras; por isso cuide dela, dê o espaço que ela precisa e não espere menos que muita gratidão. Mas jamais espere fidelidade, pois uma BC não conhecem o significado dessa palavra.

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Vicheeee....Elas aprontaram pra você heim...armaram direitinho....

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Espetacular véi...como disse no anterior , os conflitos aqui escritos por ti, faz o conto mais excitante e realista...rs

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Incrível. Me faz lembrar quando uma querida amiga de longa data, descobriu um deslize do seu marido e também meu amigo e procurou consolo comigo, o que ao final nos levou a uma grande descoberta. Ambos nos desejávamos há tempos, sem que tivéssemos todo a coragem e oportunidade para aquela maravilhosa entrega que veio a fortalecer o casamento dos diletos amigos.

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