Depois do sexo, ela foi tomar um banho e eu fiquei deitado na cama dela arrumando tudo que tinha acontecido na minha cabeça. Eu tinha apenas que pegar uns livros, só isso, e acabei transando com uma trans, e, pra piorar, colega de quarto da minha namorada.
Putz! Minha namorada! Esqueci completamente do meu celular, como eu ia explicar aquele sumiço por tantas horas? Corri pela casa pelado, entrei no quarto peguei meu celular e vi que tinham algumas chamadas perdidas e umas mensagens no whatsapp. Primeiro a lista dos livros que ela precisava, e depois uma mensagem me chamando de dorminhoco. Ao que parece estava tudo certo.
- Acho que eu resolvi as coisas pra você - Bruna surgiu na porta, usando minha camisa e com o cabelo molhada. Isso é covardia.
- O que você fez?
- Ela se sentou do meu lado e mostrou o celular. Era o grupo das meninas da república, e o diálogo era mais ou menos assim:
CAROL: Bruna, você está em casa?
BRUNA: Não. Estou na casa da Ana.
CAROL: Quando você saiu, meu namorado já tinha chegado?
BRUNA: Sim, encontrei com ele no portão quando eu estava saindo pra academia. Pq? Tem algum problema?
CAROL: É que ele me perguntou um negócio aqui e depois sumiu.
BRUNA: Ahhh, amiga, acho que ele tá dormindo kkkkk
Depois disso ela contou uma mentira sobre ter voltado em casa depois da academia pra pegar o chinelo e que a porta do quarto da Carol estava fechada. A safada disse até que tinha me chamado, e como eu não respondi achou que eu já tinha ido embora.
Nós dois rimos, mas me senti muito mal por mentir para a Carol.
- Eu tenho que ligar pra ela agora...
- Tá, vou sair, pode deixar.
Eu conversei com a Carol, confirmei a história da Bruna e ela nem parecia desconfiar de nada. Não sei se isso era bom ou ruim. A culpa tava começando a bater. Arrumei os livros e as coisas que ela pediu e estava pronto pra ir, precisava só retomar minha camisa.
Bruna estava na sala e eu fui atrás dela. Quando olhei pelo corredor vi uma imagem que dificilmente vai sair da minha cabeça: ela estava deitada de bruços em um esteira dessas de praia, tomando sol e mexendo no celular. O sol fazia o cabelo dela brilhar e ela mexia as pernas enquanto ria (será que estava falando de mim?), o que fazia a camisa subir um pouquinho e deixava a poupinha da bunda aparecendo. Agora ela estava usando uma calcinha branca, com flores, eu acho.
Ela toda era um paradoxo: uma mulher nascida no corpo de um homem, a mulher mais feminina e graciosa que eu vi em muito tempo e que tinha um pênis, uma putinha safada e insaciável que usava calcinhas fofas.
- Vai ficar me espiando ou vai vir aqui?
Fui até ela e me sentei na esteira.
- Preciso da minha camisa.
- Vamos trocar, leva uma minha - nós dois rimos.
- É sério, tenho duas horas de estrada pela frente.
- Poxa, ainda bem que eu te dei essa recompensa então. Já pensou viajar 4h e não ganhar nada? - Eu ri, um pouco constrangido, mas ri - dorme aqui comigo, ai você só pega estrada amanhã e se diverte a noite toda.
- Eu bem que queria - e pior que queria mesmo - mas tenho que ir.
Ela tirou minha blusa, deixando aqueles lindos peitos de fora, beijou minha boca e nos despedimos.
- Você sabe que pode voltar quando quiser, né?
- Sim, claro - tinha um certo assunto que eu ainda precisa tocar - isso vai ficar só entre a gente, né?
- Huum, difícil, ia adorar contar pras minhas amigas dessa transa maravilhosa... claro que fica, né, bobinho. Mas tem uma condição!
- E qual seria?
- Você voltar aqui pra gente repetir.
- Combinado.
E eu saí de lá, com uma experiência totalmente nova, com uma transa foda... e com uma nova paixão?
