Bruninha no Transporte Público, parte 1
Oi oi amores.
Atualmente eu estarei um pouco incomunicável porque estou trabalhando no background da continuação do Projeto A.D.A
O Chamado de Lilith.
Será um conto erótico de terror, bem mais forte e intenso do que o da A.D.A.
E por isso não será publicado aqui. Eu entendo que alguns gostem da temática. Mas o número de visualizações reduziu muito (300 só no primeiro dia), sendo que os outros eram por voltaem seus primeiros dias. Na hora eu percebei que temas de tentáculos e absurdos assim são gostos mais asiáticos e orientais. Então não os publicarei aqui. Apenas no Patreon.
E já que estou sem tempo para criar um conto novo aqui.
O que pode ser mais fácil do que uma descrição precisa de algo que você viveu quando mais nova?
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Depois de todo o lance na faculdade e tals. Eu passei a morar sozinha e a cuidar das minhas contas, ainda com ajuda de tios e parentes. Infelizmente eu larguei a faculdade e iria retornar esse ano, se não fosse o coronavírus.
Calma, eu estou me perdendo rsrs.
E então eu passei a só ficar em casa, recebendo quase nenhum parente ou saindo. Eu ainda estou assim hoje em dia. Mas antes eu ainda saía de vez em quando para a casa de uma amiga ou algum passeio ao shopping ou um cinema eventualmente.
E em um desses momentos (não consigo lembrar o que eu fui fazer no shopping) e estava voltando de ônibus para a minha casa e acabei sendo abusada no transporte público.
Mas isso é pós a Iniciação de Bruna, então eu não era mais a mesma pessoa inocente. Eu já havia sido a Camila em um quarto de alojamento e tals.
Antes seria só uma roçada e eu teria me afastado do sujeito, ou gritado e reagido de forma apropriada. A questão é que eu havia me tornado uma pessoa bem mais reativa e condicionada a acatar ordens do que eu imaginava.
Esse pequeno relato irá mostrar bem isso. Tentarei ser o mais precisa só aos fatos e ao que aconteceu, sem fantasia ou imaginar nada.
Mas mesmo assim eu espero que gostem.
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Eu estava voltando para a minha casa, que na realidade é só um quitinete (moro aqui ainda rs). Não é nada demais, é até bem confortável por eu ter feito algumas alterações e o ter tornado quase um quarto de uma e-girl rosa e cheio de molduras fofas de personagens de desenhos japoneses.
Em um ônibus meio cheio indo em direção à minha casa, eu estava em pé no meio dele. Eu estava com uma saia de tamanho médio meio com a boca dela um pouco aberta e o seu tecido era grosso e nervurado. Como se fosse um papelão dobrado. E além disso eu estava com uma meia de algodão colorida até o joelho, e uma alça preta na saia que eu tinha alterado em uma costureira. Não lembro se eu tinha voltado de alguma convenção e feito um cosplay, minha memória falha nesse sentido. Mas eu posso só afirmar que estava colorida e chamativa.
E era chamativa mesmo.
Tanto que em algum momento um moço para atrás de mim. Estava cheio, então não entendi na hora o que ele estava fazendo. Mas quando ele virou para o lado que eu estava me segurando no busão eu entendi que estava para ser abusada.
E eu estava certa.
O homem disfarçadamente levantava a mão e colocava no bolso. Eram só movimentos rápidos que não encostavam em mim. Era quase como se ele estivesse querendo se soltar e o balanço do ônibus o lembrava que ele precisava se sustentar com os tubos amarelos de alumínio do ônibus.
Mas o movimento era só um ensaio.
Porque a mão dele se aproximava mais e mais. Até que ele ganhou a coragem e os seus dedos roçaram na minha saia. E assim ele foi ganhando confiança e eu não consegui reagi. Na hora eu tinha entendido o que estava acontecendo, que eu estava sendo abusada em público, mas as minhas pernas começam e tremer e eu fico congelada com medo e constrangimento.
E essa falta de reação era toda a anuência que o homem precisava para continuar.
O sujeito deixa de disfarçar com uma mão que precisava se equilibrar no ônibus. Com apenas uma ele segurava e a outra devia ter fincado dentro do bolso, mas só com um polegar enfiado e os outros quatro dedos para fora. Porque agora alinhado atrás de mim eu passo a sentir aqueles dedos acariciando o meu bumbum. Eu ficava mais e mais nervosa e não conseguia respirar. Meu maior medo parecia ser só em como seria o feedback do resto do veículo. Eu estava com muita vergonha que alguém notasse algo.
Em algum momento ele ficou mais ousado e tirou a mão do bolso, e então passou a apalpar o meu bumbum. Eu já sentia meus lábios tremerem e eu estava quase fazendo barra, porque a força das minhas pernas estavam sumindo a cada segundo que se passava.
Se fosse só aí, eu acho que eu conseguiria aguentar (já estava até chegando perto) até a minha casa.
Mas o abusador vai mais longe.
E enfia a mão dentro da minha saia.
Na hora que eu senti a mão áspera daquele desconhecido roçando no meu bumbum eu entendi que alguma coisa precisava ser feita. Mas eu não tinha mais forças ou coragem para fazer lá muita coisa. E nesse estado eu vou quase que mancando até o fundo do ônibus. E lá nele eu acho um lugar bem lá no fundo (o último da janela) e sento nele. As paredes e a parte de trás do banco da minha frente estavam todas pichadas com imagens de pirocas e telefones aleatórios de supostas travestis querendo pau.
Ufa.
Eu escapei dessa.
Ou era isso que eu estava pensando.
Quando eu olho para o meio do veículo eu reparo aquele mesmo sujeito ali, disfarçadamente pedindo licença e se aproximando de onde eu estava.
Meu Deus!
É sério que ele ainda não desistiu?
Em algum momento o rapaz do meu lado levanta para descer, e o moço que tinha apalpado a minha bunda corre e senta ali do meu lado.
E o nervosismo do qual eu tinha me recuperado volta.
Só que o homem não faz nada. Fica só bloqueando o meu caminho ali. E isso me deixa mais nervosa. Eu sabia que a minha casa estava se aproximando a cada quarteirão que o busão avançava.
E eu decido pegar o meu celular e mandar mensagem para alguém em buscar de socorro. O primeiro nome que me vinha a mente era sempre a minha irmã, Isabel.
E foi nessa hora, que eu estava sentada e com dedos tremendos e digitando um pedido de socorro no whatsapp para ela, que o homem toma uma ação que eu jamais poderia imaginar.
Ele toma o celular da minha mão.
E depois disso o homem passa a digitar algo no mesmo campo que eu tinha digitado o meu pedido desesperado de ajuda, obviamente depois de apagar o que eu tinha escrito.
''Oi, você vai descer comigo. Tudo bem? Não fica nervosa, eu não vou te machucar. Só coopera comigo que nada de ruim vai te acontecer.''
Ele mostra a tela do meu celular pra mim, e como eu olhava para o chão do ônibus super nervosa eu li a mensagem dele. O moço apaga o que escreveu (ainda no campo de bate papo do zap da Isabel) e bloqueia o meu celular e fica com ele na mão. Ele tremia também um pouco, não sei se era de excitação ou se porque nunca conseguiu ir tão longe em um abuso de transporte público como ele estava indo comigo.
E a minha casa agora estava a uns 2 quarteirões só.
Eu ainda tinha esperança de gritar. Ou de no mínimo levantar e sair. Pelo menos ficaria só com um celular roubado e nada me aconteceria.
Um quarteirão só.
E quando chega o meu ponto eu tento levantar super nervosa para puxar a cigarra do carro e descer. Só que o assediador do meu lado segura levemente a minha saia e me impede de levantar. Não foi nem muito forte, mas era a força suficiente que eu teria que me forçar a levantar e todos veriam que eu estava sendo abusada. Com certeza isso daria alguma confusão e eu estaria livre. Quem sabe ele fosse até linchado ou essa história teria acabado em uma delegacia.
Mas sem ter coragem de romper essa barreira mental e de medo eu volto a sentar. A minha casa e as ruas passam. Era o mesmo ônibus que eu pegava para a minha antiga faculdade que eu havia largado, só que a minha casa ficava depois. Então o ponto da minha casa era meio que o final da estrada. Eu não conhecia absolutamente nada depois dele.
Eu estava agora em um caminho desconhecido, com um homem desconhecido segurando o meu celular com intenções desconhecidas e me levando para um endereço também desconhecido.
Eu só lembro de ele tocando no meu joelho (minha memória falha, não sei se ele massageou ou apertou), mas me pareceu um sinal indicativo de ''boa menina, você tomou a ação certa ao voltar a sentar e não resistir''.
E a viagem continua por um tempo que me pareceu uma eternidade. Até que ele me dá uns no joelho e depois levanta.
- PRÓXIMO PONTO!!!
Ele dá um gritão grave e alto, eu não sabia se a campainha estava quebrada (não lembro do motorista falando isso) ou se aquilo era alguma indireta ou estratégia de me assustar e me intimidar a continuar cooperando.
Se foi o segundo, deu certo.
Porque eu estava extremamente medrosa e apavorada agora.
Ele volta a sentar, ainda faltava alguns metros até o ponto.
E quando o ônibus desacelera para que ele descesse, o moço bota o meu celular no bolso dele e se desloca para a saída.
E eu fico ali.
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Queria agradecer aos meus Patrões:
✨ Jessie, a Desenhista Talentosa;
✨ Larissa, a Comentarista Assídua;
✨ Elder, o Fã Ancião.
Muito obrigada mesmo (^-^)