Essa porra de pandemia me fodeu com força. A empresa em que eu trabalhava, num cargo de relativa importância administrativa, não deu a mínima para essa importância toda e me botou no olho da rua.
Foi assim que eu me vi, sem emprego, sem perspectiva alguma. Só com uma moto e uma merreca de indenização.
Mas como a necessidade é a mãe das boas ideias, não tardou aparecer uma que me salvou da fome. Peguei a grana que tinha recebido, adaptei minha moto com um bagageiro térmico e virei motoboy, entregador de comida.
Consegui contatos com alguns amigos, do tempo em que era eu que pedia a comida, e parti para a luta.
Apesar do estresse, esse trabalho rendia uma grana que garantia minha sobrevivência, enquanto esse caralho de pandemia não desse uma trégua. E ainda tinha a vantagem de eu fazer meu próprio horário.
Semana passada, recebi um pedido de entrega de uma pizza num condomínio da minha cidade. Tarde da noite, quase de madrugada. Eu já estava encerrando, não porque estivesse cansado, mas porque o movimento havia sido fraco pra cacete, e eu não achava que melhoraria. Aproveitei que o endereço era caminho da minha casa, e fui levar, fechando o dia.
Anunciei-me na portaria e recebi a permissão de entrar.
Casão da porra! Nem deu tempo de eu maldizer a desigualdade social que faz uns terem tanto e outros serem fodidos feito eu. Logo que toquei a campainha, ouvi o barulho da porta abrindo.
Um carinha branquelo aparece na porta, cabelo molhado de banho recém tomado, vestido apenas numa cueca, que estava armada, denunciando uma puta ereção.
Mais essa! Um riquinho no cio, experimentando um lance de exibicionismo... Procurei fingir naturalidade.
Ele estava nervoso pra caralho. Não deixava de ser engraçado, ele querendo fingir descontração, conversando um monte de merdinha nada a ver. E eu me fazendo o maior desentendido, só querendo encerrar logo aquela entrega.
Comida entregue, pagamento efetuado, eu já me preparando para sair, ele me chama – a voz meio trêmula, mas procurando ser sensual:
– Ó, queria te pedir uma coisa...
– Diz aí – falei, meio desconfiado.
Depois de uma parada na fala, ele foi direto:
– Estou num tesão da porra! Rola uma chupada no meu pau?
E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele ajuntou:
– Te dou uma grana...
E me mostrou algumas notas de cinquenta reais.
Puta que me pariu! De entregador de pizza a garoto de programa é foda! Já estava preparando algumas frases de ofendido e dizer que eu não era daqueles e tal, quando me lembrei de quanto tinha sido magro o apurado do dia, e de quanto eu estava precisando pagar ao menos um dos quase três meses do aluguel atrasado. Estava eu e seu Madruga...
Ele percebeu minha hesitação, entendeu como terreno ganho e avançou: amassou as notas e enfiou no bolso da minha bermuda. Não vou negar que o toque da mão dele na minha perna, por dentro do bolso, me deixou meio inquieto. Mas procurei reunir o restinho de dignidade que ainda pudesse ter:
– Cara, eu nunca fiz isso (estava sendo sincero – nunca ficara com um homem, embora eu não tivesse aversão; até já tocara algumas punhetas imaginando rolas...).
Ele estava com o discurso pronto:
– Mas não tem problema... É só uma chupadinha, uma gozada... Ninguém vai ficar sabendo, eu sou o primeiro que preciso manter a discrição; se alguém descobre isso eu tô fudido... E uma graninha ajuda, vai!
Falava isso e mexia nervosamente na rola, a cueca baixando e mostrando um tronco depilado do pau.
Eu estava no maior dilema. Minha cabeça resistia, meu bolso exigia, meu corpo começou a dar sinais de que estava a fim. Concordei. Ele abriu um sorrisão e veio se aproximando:
– Posso te dar um beijo? – perguntou.
Isso estava ficando complicado. Eu nunca beijara um homem antes. Nem sabia como era, se era diferente do beijo feminino. Num acesso de sinceridade, falei isso a ele, que não disse nada – apenas sorriu e continuou se aproximando. Ao sentir sua respiração no meu rosto e meu coração disparado, instintivamente fechei os olhos; segundos depois, senti lábios carnudos e quentes sobre os meus – entreabri a boca e uma língua esgueirou-se para dentro, a minha avançou pela sua boca. Não era diferente de uma mulher, afinal. E me apropriei daquele beijo com tesão, sentindo nossos corpos encostados e sua rola dura roçando sobre a minha calça.
Enquanto nos beijávamos, ele foi retirando minha camiseta e em seguida abrindo meu cinto, desabotoando minha calça, que desceu ao chão, mostrando meu pau incrivelmente duro. Confesso que eu estava meio atônito – nunca estivera com um homem antes, mas porra, eu estava curtindo pra caralho...
Mas eu ainda estava inseguro em relação ao objeto do acordo. Eu jamais chupara uma rola antes, embora já tivesse sido chupado inúmeras vezes. Será que eu daria conta? Não deu para pensar muito; ele foi largando meus lábios e, suavemente mas com firmeza, foi empurrando minha cabeça para baixo... passei pelo peito liso dele (bicho cheiroso da peste!) e cheguei à rola.
Duro, palpitando, o pau branco, cabeça comprida e rosada... Toquei e senti a dureza suave e quente; trouxe para a minha boca e, pela primeira vez na minha vida, senti o gosto de uma rola. Não era ruim. Procurei rememorar como eu era chupado e fui tentando fazer igual, passando a língua na cabeça, lambendo e engolindo. O garoto se contorcia e gemia, enquanto pressionava minha cabeça contra sua pica. Eu estava com medo de morder ou de me engasgar. Procurei controlar os movimentos e assumir a situação. Passei a sugar cadencialmente, acariciando com as mãos, até sentir aquele pau se encorpar e um líquido salgado pronunciar-se em minha língua...
De súbito, ele puxou o caralho de minha boca e me puxou para cima, atracando-me em um beijo desesperado, entre grunhidos, imprensando sua pica dura contra minha barriga...
– Deixa eu comer seu cu – sussurrou no meu ouvido.
Não, aí seria demais, reagi fortemente para mim mesmo, mas fracamente para ele; o tesão tomava conta de mim, e, não sei como, senti sua boca em meus mamilos, no pescoço e em seguida na minha nuca, e eu já estava de costas para ele.
Senti-o direcionar sua rola para meu cu e foi forçando. Incomodou um pouco no começo, mas sua mão, me punhetando, seus dentes arranhando minha nuca, e eu estava delirando. Senti sua rola penetrando em mim, delicadamente, aos poucos, enquanto sua mão arrancava-me suspiros da minha própria rola.
Ele acelerou a punheta e em segundos eu sentia os raios do gozo se formando e o espirro distante da primeira golfada do meu leite. Ele aproveitou o impulso e empurrou sua tora até o talo dentro de mim. Misturava-se em mim a dor da penetração com o prazer da gozada. Como ele entrou e parou, senti meu cu latejando e se acostumando com aquela rola dentro dele. Ele começou a movimentar aos poucos e já não havia mais dor... Só prazer e desejo e ânsia que aquele moleque branquelo me fodesse com vontade.
Senti-me uma puta, com a rola do macho enterrada dentro de si, proporcionando-lhe prazer, denunciado pelos gemidos cada vez mais altos.
De repente ele parou e senti sua rola pulsando. Ele pressionou-me e em segundos jatos de sua gala refrescaram o fogo do meu rabo. Ao retirar-se de mim, senti seu leite derramando-se por entre minhas coxas.
Os dois estavam de pernas bambas... E foi assim, meio trêmulo, que catei minha roupa, e saí me vestindo, enquanto me dirigia para a saída, com o cu piscando e ainda gotejando esperma...