Tanta coisa aconteceu nesses últimos meses, fui assaltado, tentei me matar, mais nem isso sou capaz de fazer direito.
Sei que deveria continuar o conto, porém saibam que sou amaldiçoado e quem se aproxima de mim acaba pagando de alguma forma, três pessoas legais daqui da casa dos contos entraram em contato comigo e conversávamos por meses, um de cada vez e toda vez essa minha sombra negra os alcança e de alguma forma eles são prejudicados e só quando se afastam suas vidas voltam ao normal.
Tô cansado disso, tô cansado de ser uma abominação, entro no site da Uol para conseguir sexo no sigilo e em uma dessas transas fui assaltado, sinto uma solidão imensa dentro de mim, não me sinto à vontade entre minha família, os poucos amigos que tenho, só três, nesses eu confio não o suficiente para me abrir e falar que sou gay, sempre estou com eles. Sei que e um problema pois meu complexo de abandono me faz querer ficar perto deles, ir na casa deles todo dia, comprar uma pizza pra nós.
Sei também que eles tem suas vidas e não podem ficar me dando atenção todo dia, uma amiga da faculdade diz que não entende meus relacionamentos pois as garotas querem uma pessoa romântica, leal, fiel, que se preocupa, que quer crescer junto, que manda flores, e principalmente ter caráter e isso eu tenho de sobra e se ela não fosse casada iria casar comigo. Assim que entrei na faculdade era aniversário de uma colega e eu simplesmente comprei dois bolos de uma moça que estava vendendo e fui na cantina comprar refri e ela ainda afirmou que ninguém faz isso nos dias de hoje.
Os caras não querem namorar, só sexo e nada mais. Morei sozinho desde que minha mãe morreu e resolvi ajudar alguém e convidei um rapaz que não mora na mesma cidade que eu e estudava na faculdade e iria trancar a matrícula a vir morar comigo e ele morou até se formar um ano, agora vai vir um dos três amigos que eu mencionei mais acima ele não mora na mesma cidade e sua tia vai embora e ele teria que ir, ofereci minha casa para ele vir morar. Ele não sabe que sou gay, pode desconfiar mas não tem certeza e sei lá está sendo tão difícil. Ando com todos e sempre estou felizes, não importa o que aconteça sempre ajudo mas uma coisa que não sabem e que estou de coração partido a todo momento, acordo com vontade de estar morto todos os dias e nada muda isso e sei que vocês que lêem essas minhas palavras vão falar que devo procurar ajuda mas já sei o que vão me dizer então fazer oq né. Já que eu tenho que me amar e tudo e todas aquelas palavras de auto estima.
Eu gosto de assistir filmes românticos, assisti aquele clip Call me baby mano eu tenho que me tratar kkkkkkkk, sou tão contraditório e sei que nenhum de vocês que está lendo essas minhas palavras são românticos doentes iguais a mim. E vamos lá ao conto:
Estava eu no chão do consultório sem saber o que fazer, ele estava ali do outro lado da parede com o pai dele e não acredito que depois de tanto tempo nos reencontramos nessas situação e o Bruno estava lá e por mais surpreendente que pareça eu não estava pensando no câncer do pai dele.
Lavei o rosto e parei de chorar criei coragem e entrei no quarto, Bruno estava andando de um lado para o outro e seu pai estava deitado, eu já pergunto oq ele está sentindo e começo a examiná-lo e em seguida já peço uma pilha de exames. Sempre analisando o Bruno.
O pai dele agradece por tudo e está feliz por está sendo tratado pelo melhor do país e um dos melhores do mundo, medico o paciente e dou alta quando o mesmo se sente melhor e peço um retorno na outra semana para ver o resultado dos exames e falar qual será o procedimento adotado.
Bruno mais calmo agradece e empurra a cadeiras de rodas com o pai até o carro e eu os acompanho já que voltaria para casa e o estacionamento era o mesmo, ao chegar no carro e entrar o pai dele pergunta o meu nome o que me fez travar