Eu tinha 12 anos, estava voltando da aula com a minha professora de ciências. Estava andando de mãos dadas com ela. Ela apertava forte a minha mão, controlava-me apenas pela forma como segurava a minha mão. Eu estava com medo, inseguro, tremendo-me todo e é possível entender o porquê através deste diálogo:
- Bom, como você sabe, seus pais tiveram que fazer uma viagem de última hora e vão voltar só amanhã no fim da tarde. Como nós moramos perto, eles me pediram para cuidar de você, então você vai dormir comigo e até amanhã você é meu. Entendeu?
- Sim, professora.
- Não precisa mais me chamar de professora. Quando não estivermos na aula, me chame só de Eliana.
- Sim, prof... Quer dizer, sim senhora.
- Hum, pode me chamar de senhora também.
- Tudo bem...
- E você está ciente de que você fazia muita bagunça na minha aula né, menino levado?
- Sim prof... Quer dizer, sim senhora. Eu vou apanhar muito por isso?
- Como assim apanhar, menino?
- A senhora disse que até amanhã eu sou seu e meus pais disseram que eu devo fazer tudo que a senhora mandar. Eu lembro que na aula a senhora sempre disse que tinha vontade de me bater por causa de eu ser muito levado.
- É verdade, eu dizia mesmo. Sua memória é boa! – disse rindo. – Quem sabe eu até faço você experimentar um pouco da minha chinelada de noite para ver como é!
- Por favor, não me bate! Eu prometo que nunca mais faço bagunça na sua aula!
Ela apertou mais forte a minha mão dizendo sem me responder:
- Chegamos.
Quando entrei em sua casa pela primeira vez, senti um ar gelado. A casa era diferente, de fato. Mas eu tinha que me acostumar, eu tinha só 12 anos e dormiria lá naquela noite, sendo mandado por uma mulher que eu sabia que seria severa comigo para se vingar das minhas artes na escola.
A professora Eliana tirou o tamanco que ela usava para dar aula, e calçou seu chinelo havaianas slim com estampa colorida de número 37, ainda novinhos. Prazer, chinelo. Eu já sabia que tinha sido apresentado ao objeto que me causaria muita dor em breve.
Eu estudava no período da tarde, então quando cheguei já era quase noite. Então eu e ela jantamos, e eu vira e mexe olhava para seus pés e seus chinelos. Depois fomos assistir TV, mas eu olhava mais o seu chinelo e os seus pés do que a TV, até ela finalmente me indagar:
- Mas que tanto você olha meus pés, menino?
- Desculpa, eu também não sei, professora.
- Professora?
- Senhora.
- Acho que você não esqueceu mesmo da promessa que fiz de te bater, e acho que você não vai sossegar enquanto não sentir como é apanhar de mim.
- Não é isso senhora...
- Vamos ao quarto, agora. – ela disse me interrompendo, me puxando pela mão da sua maneira imponente.
Já no quarto, ela trancou a porta e guardou a chave dentro dos seios.
- Fique tranquilo, não vou promover uma tortura contra você ou algo que te renda hematomas, você apenas vai receber algum castigo para as suas travessuras não passarem em branco.
- Professora, eu não quero apanhar!
- Não é questão de querer. – disse ela tirando o chinelo do pé e, com ele em mãos, apontando para o seu colo. – É questão que você vai apanhar agora, querendo ou não.
Ela sentou-se na cama e me disse imponente:
- De bruços no meu colo, agora.
Eu, hipnotizado pela sua autoridade no momento, não questionei e nem falei nada, apenas obedeci. Ela abaixou minha calça e a minha cueca, e me deu a primeira chinelada.
Eu nunca havia apanhado antes, e a sensação de estar de bruços no colo da minha professora, levando chineladas era algo completamente novo para mim. Isso me quebrou um tabu, o de que uma sessão de chinelada é sempre escandalosa, em que a vítima esperneia e chora, tenta fugir ou coisa do tipo, ou que a pessoa que bate grita, xinga, faz escândalo e bate com o chinelo em tudo quanto é lugar. Comigo não foi assim:
Minha professora bateu apenas no bumbum, e não ultrapassou essa barreira. Meu bumbum pelado! A cada chinelada ela dava um tempo para eu me recuperar e me recompor, de modo que eu não ficasse desgastado demais. Ela também não xingou ou fez escândalo, me dizia apenas com sua voz característica durante as chineladas:
- Espero que depois disso você aprenda a se comportar melhor.
- Se der vontade de chorar, pode chorar, viu? É natural, e chorar faz bem.
- Fique tranquilo, eu sei aplicar chineladas que disciplinem sem traumatizar. Seu bumbum vai ficar vermelhinho, mas roxo eu não vou deixar ficar não.
- Relaxe o bumbum, não contrai muito não porquê é pior. Relaxa, pode confiar que eu sei como bater. Quando for levar essa próxima chinelada, tente relaxar ele pra você sentir a dor boa de verdade e não ficar marcas muito feias.
Essa professora era muito sofisticada e charmosa, sabia conduzir a situação. Eu também me comportei bem: a cada chinelada, eu me contorcia levemente, mas depois recompunha a posição natural para levar a próxima. Não cheguei a chorar, eu cheguei a gemer de dor a cada chinelada, mas depois respirava e estava pronto para a próxima. É verdade que, no começo, estava quase chorando de medo de como seria apanhar, mas depois a minha professora foi transmitindo segurança a tal ponto que, nas últimas chineladas, eu já estava claramente excitado. Mas ela não comentou sobre o assunto, pois é claro que seria um assunto delicado para tratar comigo. Ao fim, creio que foram cerca de 20 chineladas, todas muito bem administradas.
Ao fim, ela vestiu minha calça novamente e disse que eu estava liberado. Levantei-me e me senti na obrigação de agradecer por uma surra tão construtiva. Ela se deitou na cama e eu, instintivamente, e creio que até inocentemente – pois hoje eu sei que tenho fetiche por pés, mas na época não sabia claramente –, pedi para fazer massagens nos seus pés. Enquanto eu massageava seus pés 37, solas brancas e enrugadas e dedos longos na cama, conversamos sobre como foi a experiência:
- O que você achou das chineladas? – perguntou ela.
- Eu achei que foi melhor do que eu imaginava. A senhora devia cobrar para bater nas pessoas assim, de tão bem que a senhora bate!
Ela riu alto e depois soltou o seguinte comentário:
- Ah, e você tem talento para massagear pés! Devia cobrar para massagear... Isso... Isso, pressiona o dedão e a sola desse jeito. Ahh, que gostoso!
- Seus pés vivem calçando tamanco na escola, professora, deve ser muito cansativo! Na sua casa tudo que eles merecem é uma boa massagem e uns confortáveis chinelos!
- Sim, realmente! – comentou com leveza.
No outro dia, conversamos mais um detalhe:
- E o que aconteceu ontem, você acha que deve ser contado para os seus pais?
- Eu acho que não, que vergonha, professora!
- Ótimo, então é segredinho nosso.
Ela me pegou pela mão, forte e autoritária como fez quando me levou para sua casa no dia anterior e me levou para casa. Quando eu ia entrando, parei e voltei para me despedir e perguntar uma última coisa a ela:
- Professora, quando vou poder apanhar da senhora de novo?