Daniel foi levado às pressas para dentro do palácio, inconsciente estava, em carne viva seu corpo tinha ficado. Helena não teve pena dele, Aurélio não tinha como demonstra fraqueza. Mas alguém viu no garoto algo que deveria ser salvo.
Wu Yifan, o herdeiro da China, o primogênito da dianas tina Wu. Yifan tinha cabelos longos negros, de olhos bem puxados escuros, seu rosto era triangular e suas orelhas eram pontudas, Yifan era forte e musculosos por causa das batalhas que enfrentou e inteligente e estrategista desde de pequeno, mas Yifan poderia ser um imperador de punho de ferro, mas odiava retaliação sem propósito, apenas por diversão.
Wu Yifan tinha suas 26 eras, seus ombros largos e sua pele tão branca quanto leite, usando trajes escuros os tão famosos Kimonos da China. Usando sua espada ao lado presa em sua cintura.
O jovem chinês chegou na cidade sem avisar que estaria naquele dia, não queria recepção, queria ver tudo ao seus olhos e conseguiu ver uma boa parte de Roma, uma parte que seu pai lhe contara. Mas o que ele viu assim que chegou no palácio, fez todos os seus músculos ferverem em raiva.
Um julgamento justo? Poderia até ser feito, mas ele sabia que na China você era sentenciado à morte, Yifan pensava que em Roma seria diferente, mas não. Coisas iguais sempre se repetiram, mesmo em países diferentes.
Mais antes dele sair, ele recebeu uma profecia do oráculo dos deuses, uma visão que lhe foi dada. Que seu destino estaria preso aquele que estava acorrentado.
E assim que viu o rapaz acorrentado, algo dentro de dele bateu mais forte. Ele sentiu a dor do rapaz, sentiu a sua súplica para parar, sentiu compaixão e afeto por aquele pequeno ser.
Yifan acreditava na velha história que sua mãe lhe contava sobre o Deus do amor, amarrar um fio vermelho em seu mindinho e o prender a sua alma gêmea, onde nem os deuses podem partir esse elo. E foi ali que seu coração bateu mais forte, foi por ele.
Yifan pensou tudo aquilo quando fez seus servos colocar o rapaz em cima de uma mesa e começar a fazer os primeiros socorros, o rapaz estava inconsciente. Seu sistema tinha ido para os ares, e mais nada poderia se fazer a não ser ajudar a ele ficar nesse reino.
Os curandeiros que Yifan trouxe, começaram a ditar regras em um latim perfeito para os escravos e eles ia buscar as ervas e panos que precisava.
Eles jogaram pouca água, em cima do corpo do rapaz, logo em seguida depois de lavada, eles passaram uma pasta da cor da terra por cima das feridas, eles passaram Iodo ao lado das feridas para estancar mais o curativo e criar uma barreira para proteção, colocaram vários pedaços de panos.
“Meu senhor, eu espero que ele fique melhor, as feridas foram grandes e profundas, se o senhor não parasse eles, o rapaz estaria morto. - Disse o médico ao lado de seu Imperador”
“Me deixem só. - Disse Yifan em mandarim. - Quero ficar aqui a sós para ver algo”
Os empregados do palácio, junto com os servos do Imperador Chinês saíram do local, eles foram levados para onde o herdeiro Chinês dormiria. Yifan sempre foi mais flexível, impedirá de muita gente morrer injustamente. Mas ver o rapaz ali no pelourinho, foi de cortar o coração. Ele se lembrou de quando um servo deu comida sem provar para ele e seu pai mandou cortar-lhe a cabeça.
Yifan ficou encarando o rapaz, que adormeceu de dor, seus olhos estavam fechados e seu rosto estava pálido demais. Novamente a conversa com o oráculo de seu pai lhe veio em sua mente. Será que era em que estava esperando? O que via em sua mente? Ele não se importava se era menino ou menina, mas ele se importava em o que seu coração queria dizer a ele.
Aurélio por outro lado teve que fazer aquilo, sua mente lhe acusa de várias coisas, e de matar o rapaz por uma mentira bem contada que Helena disse, mas ele sabia que se não tivesse tomado providências sobre o rapaz, ele seria cobrado. Infelizmente ele teve que agir como um juiz e isso foi doloroso de ver seu escravo ser chicoteado.
“Espero que ele tenha morrido. - Comentou Helena, olhando para o espelho a sua frente.”
“Espero que você tenha se divertido Helena. - Respondeu Aurélio sem ânimo algum e seus olhos cruzaram os de Helena, que mais parecia um víbora do que humanos. - Ele não morreu, mas isso me fez ter uma relação mais hostil com nosso convidado.”
“Não o esperava ele aparecer aquele momento meu senhor. - disse ela novamente tentando usar o charme, mas Aurélio já não gostava dela, só iria se casar com a garota, pelo status que aquilo iria fornecer a ele.”
“Porque não deita aqui comigo, descanse um pouco, você está cansado meu amor…”
Aurelio encarou a mulher e saiu andando fechando as portas com raiva.
“Onde está meu servo? - perguntou Aurélio encarando um dos guardas que estavam na porta.”
Os guardas gaguejaram e ficaram atônitos com a ira de seu herdeiro. Tudo estava indo contra Aurelio, seu servo foi chicoteado para não mostrar sua fraqueza, o herdeiro da china apareceu e salvou o dia colocando mais medo em todos do que seu próprio imperador.
Isso poderia ser um caos se ele não contornar tudo isso, Roma tinha mais escravos e plebeus do que a monarquia, e se isso virasse um ato de guerra, Roma cairia, nas grandes mãos de Aurélio, a bomba estaria perfeita para Eles.
Os senadores não gostavam de Aurélio, não gostavam da fama e da grande profecia que o oráculo tinha posto para ele. E isso fazia o rapaz se cobrar mais ainda.
“Pelas mãos cheias de sangue, Roma cairia, aqueles que lhe ajudam serão seus inimigos, herdeiro sozinho e sem caminho fugira de sua casa e em chamas a sua cidade se tornara”
Aurelio tinha medo daquelas profecias, e daquela em particular, se seu patrono era Apolo, ele rezava todos os dias para o deus em ajuda e súplica. E ele sabia que os senadores o odiavam por todo o estrago em suas finanças, pelo corte em seus luxos e ajudar os pobres. Aurélio era um herói, um filho so sol para seu povo.
Ele andou em passos largos e pesados, ele andou por todo o palácio atrás de seu servo. Atrás do estrago que fez, seu coração pesava e sua mente o acusava de ser fraco, de ter podido contornar tudo isso, mas foi falho e errou em aceitar as chantagens e se ludibriar pelas palavras de Helena, essa em especial ele acabaria com ela. Ele mataria qualquer um para salvar seu reinado. Para salvar daquela bendita profecia.
Yifan por outro lado estava ao lado do escravo, seus olhos estavam atentos a tudo e Yifan mesmo assim ele não tirou suas vestes, a sua sorte e que Roma estava em sua época de outono, o frio era repentino e suas vestes eram leves. Ele olhou de muito mal gosto seu quarto e espraguejou em mandarim assim que viu sua cama não era da forma que pediu.
“Esses Romanos não tem respeito nem pelos mortos, quem dirá pelos vivos. - Ele viu as pinturas feitas no quarto, homens nus, mulheres pintadas cantando em um círculo. - Se meu pai visse isso, ele queimaria tudo…
Um gemido ecoou em seus ouvidos… Era o escravo.
Yifan se virou rapidamente sem perder tempo e encarou o escravo que se mexeu e retornou a gemer de dor. ELe estava acordando, semi consciente ainda. Yifan que soltava seu cabelo grande retornou a amarrá-lo num coque tradicional.
Passou uma toalha molhada pelo rosto do escravo.
“Cuidado, você ainda está muito machucado. - disse Yifan num perfeito mandarim, já que era obrigatório todos da realeza, saber as línguas de seus países que faziam comércio. - Espere que vou te ajudar a ficar melhor.”
“Agua… Agua… - gemia o escravo para o herdeiro chines”
Yifan se compadeceu mais ainda do rapaz que estava por um triz a ser envolvido pela morte.
“Mulan, me traga água. - Ordenou ele alto e em bom som para sua criada em mandarim, que correu do lado de fora do quarto do herdeiro a buscar o que pedisse - Calma meu jovem, irei cuidar bem de você”
Daniel agora que estava acordando, chorava de tanta dor que tinha em suas costas, ela estava ainda em carne viva e seu corpo se arquejou, fazendo a pele se esticar novamente e isso fazer sangue brota da ferida. Daniel estava agora gritando mais ainda.
Yifan gritou mais uma vez, mas dessa vez, que abriu a porta era Aurelio encarando a cena, Yifan apertando a mão de Daniel e tentando enxugar as feridas que saiam sangue. Aurelio rapidamente chegou perto do escravo e segurou sua outra mão. Os dois herdeiros se encararam mais viram que brigar ali seria uma disputa fadada ao fracasso, que não levaria a lugar algum.
A mulher chegou com os médicos. O que foi mais rápido, eles pediram para os rapazes saírem, da sala que aquilo deveria ser cuidado por eles.
Yifan encarou Aurelio, eles tinham se conhecido em batalha, não eram melhores amigos, eles pelo menos eram conhecidos, coisa que já era muito vindo dos dois. Seus olhos cruzaram o do rival.
“Pensava que Roma seria mais benevolente em cuidar dos seus escravos, vendo que o povo é maior entre os escravos do que com os nobres. - A voz grossa de Yifan fez os olhos de Aurélio se revirar. - Se estão fazendo isso com seus próprios servos, espero ver coisas mais ruins vindo de vocês.”
Aurélio riu de escárnio. Seus olhos se tornaram sombrios com o término da frase de Yifan.
“Cuidados muito bem de nossos escravos, são pessoas. O que aconteceu foi apenas uma lição que deveria ser posta. Ou com suas regras também eles não são repreendidos, Yifan?”
Yifan encarou Aurélio e sorriu apenas. ELe queria pegar sua espada e enfia bem no estômago do herdeiro Romano. Yifan encarou novamente a porta de onde foi expulso e logo em seguida, se viu olhando para Aurélio com fúria.
“O que você está pensando, Imperador? - Lu Han encarou seu senhor, ele era seu braço direito, mesmo ele sendo baixo de cabelos grandes negros e olhos mais fechados que Yifan, ele era forte e inteligente, habil com a espada e sempre era visto analisando o terreno antes de entrar em alguma coisa”
“No que meu pai tem na cabeça de me enviar para cá. Ele quer algo de Roma, ele quer algo de Nero e sua família, um segredo, algo. Eu ainda não descobri o quê, mas posso descobrir o que seja. - Yifan comento com seu servo.”
“Eles são bárbaros que jamais vão entender o que é progresso, o que é realmente ter algo para lutar, eles apenas são sodomitas que vivem e morrem pelos prazeres carnais. - Resmungou Lu Han sem medo de falar em seu perfeito Latim.”
Aurélio admitiu que achava o pequeno corajoso por falar aqui em sua frente e mesmo assim ainda sustentar o olhar sem medo. O herdeiro de Roma estava com uma bomba nas mãos e estava preste a explodir e mal sabia.
Yifan sorriu ao ver que poderia entrar e ver o escravo, seu tamborilar como um dos tambores do festival da lua em sua terra natal. Ele sabia que aquele garoto era o garoto de seus sonhos, era o garoto que o Deus do amor, amarrou sua fita com ele. Seu destino, seu amor, ele descobriria tudo que o garoto pensava. Já que ele acreditava na vontade dos deuses.
Helena estava atrasada para a reunião do conselho dos senadores. FIlha de um nobre e ainda por cima um senador, ela era a isca perfeita para destruir e destronar Nero e seu filho, bem alguns senadores começando pelo pai de Helena, queria a cabeça de Nero numa bandeja e ainda mais de seu Filho. Mas a garota sabia que sua tarefa era difícil, Aurélio era irredutível e não era persuasivo o bastante.
O pai de Helena tinha os mesmo cabelos que ela, os olhos verdes brilhantes e a pele parda, seus cabelos ondulados e a barba grande o fazia mais parecer com uma estátua de Netuno do que um ser normal. Toda vez que ele ficava estressado ele mexia o anel em seu dedo, um presente de Nero a ele.
O homenzarrão a sua frente, a fazia se sentir pequena. Seus olhos cruzaram de seu pai que era gélidos e frios.
“Mas uma vez atrasada. - resmungou Augusto - Eu quero que seja a peça fundamental do meu plano, mas desse jeito, francamente por isso sua mãe morreu de desgosto”
O assunto da mãe de Helena, a jovem Penelope. A jovem mãe de Helena, que morreu a alguns meses por causa de uma doença, Helena meteu a cabeça naquele plano por sua mãe lhe dizer que seria melhor para sua família. Aquilo a machucava em lembrar de sua mãe.
O conselho se reuniu numa das casas dos senadores, sete dos dez senadores estavam reunidos, todos com togas elegantes em roxo e Helena se sentou perto de um que mais parecia um porco comendo. O pai de Helena começou a discutir com os outro senadores. Eles não queriam o imperador da china se metendo em seus assuntos. Mas isso tinha atrapalhado os planos deles.
Helena encarava todos com desprezo, ela gostava de Aurelio e sabia que ele poderia amar ela, se não fosse aquele plano idiota que ela se meteu, mas ela era usada como um fantoches nas mãos do pai. Que por sua vez não media esforços para conseguir o trono.
“Helena, você progrediu com o herdeiro? - A pergunta de Augusto fez ela se desperta de seus pensamentos”
“Eu… Bem, não muito, ele continua sendo evasivo e mesmo com o casamento marcado, ele continua a se esgueira, dizendo sobre a guerra. - Helena fingiu dar de ombros, ela aprendeu que ser fria com eles a fazia ser menos observada”
“Aquele garoto imbecil, vai acabar destruindo tudo o que queremos construir. - Resmungou um dos senadores que Helena não fez questão de decorar o nome.”
“Nero anda cada dia mais obcecado por aquele filho da china, mas não divide a ideia do que quer, seria muito arriscado tentar alguma coisa com ele aqui. - Disse um dos senadores de toga roxa, seus olhos castanhos escuros e rosto pálido fez Helena querer rapidamente passar algo em seu rosto, ele mais parecia um morto.”
“Se não vigiamos esse moleque, ele vai ser nossa ruína. Precisamos agir o quanto antes. - disse o cara de porco.”
“Meus senhores, eu estou trabalhando nisso. - Disse Augusto simplista. - Sou o líder desse conselho e também o mais inteligente e estratégico aqui. Sei o que está por vir, Nero e sua prole vai destruir toda Roma e temos que usurpar esse trono o quanto antes, Helena é uma das nossas peças fundamentais para esse plano, e aquele escravo dele. Vocês viram que ele não exitou em chicoteá-lo, mais estava ao lado dele nos aposentos de Yifan?”
Helena rapidamente se assustou, ela não tinha percebido que Aurélio tinha saído a procura do escravo, seu pai era ardiloso, mas ele tinha mais informantes que o próprio imperador, ele tinha influência entre os seus. E sabia disso.
“Vamos começar nosso plano para usurpar todo o trono de roma, e quem sabe não da China, trazer o filho herdeiro da china para nosso lado, não veem que isso seria maravilhoso? O quão poderosos nós poderíamos ser? O quão ricos e governaremos um mundo todo. - As palavras encheram os egos dos senadores e Helena sabia que o pai faria tudo aqui e depois decapitada todos os senadores por dizer que foi traição e ideia deles.”
Helena percebeu os olhos maliciosos do pai em cima deles e em cima dela. Ele estava indo mais fundo por um plano que era arriscado até demais. Mas como sua filha ela sorriu e viu a deixa que precisava para falar.
“Estamos perto e temos que conseguir. - Ela sorriu e andou até o ao lado do pai. - Aurelio irá cair e iremos reinar em cima de todos eles, Nero já brincou com a vida de todos aqui com seus jogos de poder, seu filho não vai ser diferente. Tudo que vocês conquistaram, iriam cair se não fomos forte o bastante e acreditar em que Augusto fale. Sem ele e sem vocês tudo isso será visto como traição e todos nós morreremos.”
Augusto sorriu sombrio para a filha. E um calafrio subiu as costa da donzela.
“Minha filha tem razão, então cavalheiros, irão sair ou ficar e viver a glória do mundo a nossa vontade?”
Eles sorriram e se levantaram em apoio, uma das mãos de Augusto segurou bem firme a cintura da filha e ela percebeu algo estranho que não voltaria a sentir. Medo.