Olá, meus leitores lindos e maravilhosos!
Estou voltando para dar continuidade ao capítulo 3 das minhas lembranças. Espero que gostem. Bem, vamos lá...
No final do capítulo 2 eu não deixei que a Li fosse embora por já ser tarde e ela está sem carro. Não é salutar uma mulher andar pela madrugada em uma cidade perigosa sozinha. Achei melhor preservar a integridade física dela.
Quando minha filha foi buscar toalha limpa para ela e ficamos sozinhas, ela me disse quase em um sussurro: “Mesmo que nunca mais queira me ver... me deste uma das mais lindas noites da minha vida.” Nesse mesmo momento minha filha entrou no quarto trazendo a toalha limpa e ouviu o que a Li acabara de dizer. E perguntou: “Que noite a senhora deu à moça, mamãe?”
Naquele momento eu olhei para a minha filha, lívida! Parecia que tinha caído um balde de água gelada sobre mim. E agora?
- Princesa – foi a voz doce da Li – sua mãe me salvou. Meu carro quebrou e, como é tarde, ela me deu carona e me trouxe para dormir aqui. Eu estava com muito medo. Por isso ela me deu uma das mais lindas noites da minha vida. Você não acha?
Minha filha sorriu e me abraçou e me beijou. Somos muito amigas.
Ufa! Eu não teria sabido o que responder.
- Boa noite, Li. – eu desejei. – Durma bem.
- Eu vou dormir. Boa noite para as duas princesas.
Minha filha foi para o quarto dela e eu fui para o meu. Meu marido já estava dormindo. Como sempre. Depois de um banho longo deitei-me, mas conciliar o sono foi muito difícil. Por mais que eu tentasse, não dava para esquecer aquela louca. Não conseguia esquecer o calor da boca dela na minha. Seu abraço forte e quente. Eu estava com muito medo dos meus pensamentos. Nunca antes eu me vira pensando em uma mulher. Meu maior medo era ser lésbica. Não, isso não estava acontecendo. Eu tinha que sair da vida daquela mulher e, ao mesmo tempo que ela saísse da minha. Mas a tanto tempo sem sexo a dois, eu mesma me traía e me pegava pensando que, naquele momento, talvez aquele corpo quente pudesse saciar o meu. Talvez nem tanto o ato sexual em si... mas um abraço... aconchego... isso seriam pensamentos lésbicos? Eu não me via como uma lésbica...
Lá pela madrugada fui ao banheiro e levei o telefone. Liguei para ela. Me atendeu com uma voz de sono:
- Oi, princesa...
- Estava dormindo? – eu cochichei.
- Ah, claro que não.
- Desculpa. Sua voz é de sono. Desculpa.
- Faça isso mais vezes, princesa... nunca antes foi tão gostoso ser acordada na madrugada.
- Li... eu não sou lésbica. Na minha família não existe isso. Se meu pai soubesse do que você fez comigo... no Japão antigo eu seria morta.
- Kemi – ela disse – claro que você não é lésbica. Eu não sou lésbica. Eu sou bi.
- Mas você me beijou... estou sentindo o gosto da sua boca até agora. Isso está impregnado na minha mente. E o medo que eu tenho? Você imagina o que eu estou sentindo?
- Eu também estou com o gostinho da sua boca na minha e não estou com medo. Isso não vai mais acontecer. Prometo que jamais tocarei em você de novo.
- Você jura? – perguntei, nervosa. Meu coração estava acelerado.
- Juro. Nunca mais.
- Eu espero que cumpra.
- Vou cumprir. Por que você não vem aqui no quarto comigo? Posso ouvir sua respiração... você está muito nervosa.
Eu estava muito nervosa mesmo.
- Não, Li... meu marido pode acordar...
- Sabia que há muito tempo eu não tinha uma noite maravilhosa assim?
- Para. Por favor. Eu estou falando sério.
- Vem aqui comigo? E... quem sabe eu não te faça dormir... com palavras... carinhos...
- Eu vou dormir, agora. E cumpra o que você prometeu.
- Sou uma garota de palavra.
- Espero que sim.
Depois que desliguei fiquei pensando: “e se eu fosse lá com ela? Não... o que eu iria fazer no quarto de outra mulher em plena madrugada? Jamais.” Quando consegui dormir já eram umas cinco da manhã. Despertei pouco antes das sete e liguei para a Li.
- Bom dia, minha princesa? É tão gostoso amanhecer ouvindo a sua voz.
- Eu mal dormi. Eu tenho que ir trabalhar.
- Kemi, relaxa... você não cometeu nenhum crime. Nós continuamos mulheres lindas e maravilhosas. Somos desejadas...
- Eu sei. Se a minha filha descobriu alguma coisa? Ela é muito esperta.
- Descobriu o quê, Kemi? Nós nem nos tocamos como deveria ser. Você continua uma deusa linda, perfeitinha, intocada... talvez eu nunca venha a tocar em você. Hoje já é terça-feira; meu casamento é na segunda que vem.
- Li, desculpa, tinha que ser assim. Você me entende?
- Infelizmente, sim. Entendo sua posição. Mas posso te pedir uma última coisa antes de eu sair completamente da sua vida?
- Pode. Menos sexo.
- Como você me ver, Kemi?
- Eu lhe vejo como uma mulher; a mulher que você é: linda!
- Obrigada. Mas eu queria lhe pedir para você não ir trabalhar hoje. Depois do almoço eu quero passear com você... tomar um café; um sorvete ou qualquer coisa que você queira. Só basta você dizer sim.
- Não. Nunca mais eu quero ver você. Eu já nem sei mais quem eu sou. Quero que vá embora. Agora.
- Tudo bem. Mesmo assim você nunca será igual a todas que eu já tive.
- Eu sei, Li... eu sou mais um lixo que você conheceu. Mais uma decepção.
- Nunca, Kemi. Você é a mais linda e sempre será. Você é a mulher que ficou pertinho de mim sem interesse nenhum. Se preocupou comigo mesmo me conhecendo a poucas horas. Te conhecer e não te amar para mim seria impossível.
- Posso te perguntar uma última coisa?
- Claro. Sempre que quiser.
- Toda essa dedicação é por que me pareço com aquela garota que te maltratou tanto?
- Tem uma música que eu amo tanto que seu trecho diz assim: “foi Deus que me entregou de presente você...”
Eu comecei a rir...
- Sua louca. Você é mesmo louca, sabia?
Ela riu. Na verdade uma gargalhada.
- Eu amo ser louca como todos dizem. Mas você dizendo me soou como uma linda música de amor. Nem namoradas, nem namorados nunca tinham me dito isso. Mas respondendo sua pergunta. No início da manhã de ontem, sim. Mas depois que lhe conheci... impossível comparar você com ela. Você é o extremo oposto daquela moça. Sua personalidade, seu caráter nunca será comparado ao dela. Você é divina! Ponto final.
- Obrigada, Li. Agora por favor vá embora. E não me ligue mais.
- Claro, minha princesa. Vou lembrar do seu beijo sempre. A primeira pessoa que me valorizou de verdade.
- Não houve beijo. Nunca existiu beijo entre nós. Nunca existiu essa noite. Agora pegue o meu carro e vá embora.
- Obrigada, princesa. Eu só vou aceitar porque eu quero ficar o máximo possível junto de você. E seu carro tem o cheiro do seu perfume.
Eu desliguei o telefone na cara dela. Quanta indelicadeza a minha. Se meu pai visse tal atitude da minha parte ainda hoje me repreenderia. Ele preza muito pelos bons costumes e boa educação.
A verdade é que a Li foi embora sem falar comigo. Eu não sabia ao certo o que eu era ou o que eu queria. Eu já sentia falta dos elogios e de uma pessoa me querendo, me tratando como uma deusa... passei a manhã toda com o celular bem na minha frente. Olhava a todo momento, mas ela não me ligou. Por volta das onze da manhã ela mandou alguém devolver o meu carro. Tive que explicar para o meu marido mesmo omitindo o acontecido. Quando fui ao carro e entrei, estava cheio de bilhetinhos perfumados. Fiquei mais nervosa ainda. Olhava para os lados para ver se não tinha alguém bisbilhotando. Abri um. “Obrigada por cuidar de mim”, dizia um. “Se você está lendo este, é porque você é curiosa. Te amo, linda!” outro: “Você é a mulher mais linda do mundo! A segunda é a Gal Gadot”
Ela era insana de verdade. Voltei para o escritório. Parecia que ela estava me vendo. Assim que entrei o celular tocou. Meu coração disparou. Era ela. Tinha que ser ela.
- Oi?
- Recebeu o seu carro?
- Sim.
- Como é que você está?
- Mal. Você me deixa mal.
- E você me deixa alegre. Se decidir tomar aquele café...
- Não. – desliguei na cara dela de novo.
Fomos almoçar. Eu mal toquei na comida. Parecia que a comida não tinha gosto. Disse para o meu marido que não ia trabalha naquela tarde. Minha filha ficou comigo na cama e terminamos dormindo. Por volta de três da tarde eu me levantei. Acordei minha filha e pedi para que ela fosse ficar na casa da tia dela. Quando ela saiu peguei o telefone e liguei para a Li. No primeiro toque ela atendeu:
- Boa tarde, minha princesa? Algum problema?
- O problema é você.
- Sou? Hum...
- É. Eu acho que você...
Soou o estalido de um beijo.
- Bem na tua boca. Gostou?
- Não. Eu não gosto de beijo de mulher.
- Hum... sabia que você é a princesinha mais linda que eu já conheci?
- Eu não fui trabalhar agora de tarde.
- Sua filha está aí?
- Não.
- Vou me arrumar e ficar bem bonita. E vou te levar para tomarmos um sorvete.
- Eu não posso ser vista com você, sua doida. O que vão pensar de mim?
- Adoro esse medo. Medrosinha. Princesinha medrosa.
- Para com isso, Li. Eu não vou a lugar nenhum com você.
- Passo aí para te pegar.
- Está bem – concordei com raiva de mim mesma. – Vou me arrumar.
Desliguei na cara dela de novo.
Eu pressentia o que porventura estaria me aguardando. Não era o que eu queria e ao mesmo tempo era o que eu queria. Nem eu conseguia me entender. Estava vivendo em um conflito íntimo. Mesmo assim tomei um longo banho e retoquei a depilação. Eu tinha vergonha de me olhar no espelho. Estava muito nervosa. Me maquiei como sempre. Usei meu batom com brilho. Adoro. Para vestir intimamente usei uma calcinha bem pequena e vermelha e transparente na frente. Meu sutiã como sempre vermelho e valorizando meus seios voluptuosos. Usei um vestido vermelho longo e justo ao meu corpo para valorizar minhas curvas de mulher nipônica-brasileira. Tinha um cinto dourado para afinar ainda mais a minha cintura. Passei meu Malbec em toques suaves atrás das orelhas; nos pulsos; e suavemente no vestido. Quando o celular tocou me assustei. O coração disparou. Era ela de novo. Atendi e ela disse que estava na portaria. E terminou dizendo:
- Quantas vezes desligar na minha cara, eu vou te beijar.
Esperei ela desligar.
Autorizei a entrada dela e ela veio em seu carro maravilhoso. Impossível não dizer que ela estava deslumbrante. Calça social branca combinando com um sapato brilhoso de salto alto. Um blazer azul clarinho com uma blusinha bem leve e branca. Seus cabelos cacheados e castanhos molduravam seu rosto moreno e seus olhos verdes que, naquele momento estavam ocultos por um óculos. Usava um batom vermelho. Entrei no carro.
- Você está realmente uma deusa.
- Obrigada.
Ela não se conteve e, me segurando pela nuca, me puxou para ela e me beijou mesmo na boca. Mesmo com o coração aos pulos, novamente me peguei correspondendo ao beijo. Senti ela chupando minha língua. Foi o beijo mais romântico que eu já havia provado. A boca dela era muito quente. Depois do beijo que me deixou quase sem fôlego, ficamos nos olhando dentro dos olhos uma da outra. Eu me perguntava por que estava aceitando tudo aquilo. Isso não era para mim. Ela estava com a pessoa errada. Ela fazia carinho no meu rosto e eu não tinha coragem de repreendê-la.
- Sou a mulher mais feliz do mundo – ela murmurou. Seus lábios quase tocando nos meus. – Nunca tive uma mulher igual a você, sabia? Sabia o quanto me deixa nervosa? Ansiosa?
Eu não tinha coragem de falar. Não sabia o que falar. Como podia uma mulher rica que nem ela ser tão mal-amada? Eu segurei as mãos dela. Procurei palavras mas elas não vieram. Engoli em seco e fiquei olhando para a boca dela. Uma parte de mim gritava dizendo: “não... não deixa ela te beijar de novo... é pecado! E se sua mãe visse? E se seu pai visse?” Mas o meu lado safada desprezava toda a minha cultura japonesa. Acho que meu lado prostituta queria mais e mais o que aquela mulher tinha para me oferecer.
Seu beijo novamente. Desta vez mais intenso. Um abraço mais forte acompanhado de carícias. Eu espremida naquele banco confortável daquele carro luxuoso e meu corpinho sentindo a quentura do dela. Beijos regados a gemidinhos meus e dela. Retribui quase que involuntariamente ao abraço apertando o corpo dela. Eu me sentia molhada. Mesmo nervosa e com medo. Muito medo das proporções que tudo aquilo estava tomando. Mas meus olhos fechados me permitiam sentir o gosto da boca tépida de outra mulher. E meu corpo respondia aos impulsos das carícias fortes.
Quando nos desvencilhamos eu me recompus e pedi para que fossemos ao passeio como fora essa a proposta dela. Ela estava visivelmente nervosa. Me olhava, ria, passava a mão no próprio rosto... estava me deixando mais nervosa ainda.
Nós fomos exatamente para uma sorveteria pertinho da praia. Estava um clima muito gostoso. Um suave vento da tarde soprava em nossos cabelos. Fomos de mãos dadas como se fôssemos namoradas. Eu não sabia exatamente o que pedir pois nunca havia tomado sorvete na vida. Ela pediu, na verdade, um milk shake pequeno para mim e outro para ela.
- Li, isso não vai me engordar?
- Que nada, princesa. Você é muito certinha. Viva a vida um pouco. Saia da formalidade.
Milk shake de ovo maltine. Meu Deus! Como era gostoso! Estávamos em uma mesinha pequena. Ela segurou minhas mãos e fez um carinho nelas.
- Às vezes penso que você é muita areia pro meu caminhão. Sempre tive meninas... comuns.
- E o que é comum para você, Li?
- Eu não queria denegrir a imagem das pessoas. É indelicado. Mas é que sempre tive pessoas que ao sentar comigo em um restaurante estavam mais impressionadas com o luxo do ambiente do que comigo.
- Li, eu me preocupo com você. Mas me desculpe... eu não sei o que fazer com uma mulher. Eu estou com muito medo.
- Princesa, não precisa você fazer nada... – ela tomou um gole do milk e botou um pouco na minha boca. – Eu sei que você não quer fazer sexo comigo. Mas você deveria provar de um novo sexo. Uma mulher, no caso eu, posso te fazer feliz. Princesa, você não vai casar comigo. Infelizmente. Deixa eu te fazer feliz essa tarde?
- Você está me chamando para fazer amor comigo? – perguntei. Eu sabia que ela queria isso.
- Sim. Eu ficaria muito feliz.
- Li, eu não sou lésbica. – Tomei o último gole do meu milk.
- Eu sei. Fazer amor comigo não vai tirar sua integridade física. Nem vai fazer de você uma lésbica. Só vou te mostrar uma outra forma mais sutil de sentir prazer. Topa? Vamos para outro lugar onde ficaremos à vontade? Só nós duas.
Eu olhei para os lados. Nervosa. O coração acelerado.
- Eu não devo fazer isso.
- Deve, sim. Eu sou louca por você. Amo quando você me acorda com suas ligações fora de hora. Até quando desliga na minha cara você é linda. É perfeita. Esse seu medo de tudo te faz mais apaixonante. Vem. Por favor.
Ela pediu a conta e saímos. Ela me levou para um motel luxuoso. Mas ambas estávamos nervosas. Eu por estar em um quarto de motel pela primeira vez na minha vida. Ela eu não sabia o porquê.
Mas o que se seguiu não foi nada legal. Eu pensei que seria ela uma garota muito carinhosa. Mas foi horrível! Com muita rapidez fiquei vendo-a despir-se e ficando apenas de sutiã e calcinha. Prendeu o cabelo e disse para mim em tom de pressa:
- Tira a roupa logo. Rápido.
Eu esperava atitudes calorosas e românticas. Ela deitou-se na cama e me chamou.
Timidamente e sem graça nenhuma comecei a me despir. Ela me puxou pelo braço e me jogou na cama.
- Li, não é assim – fui me desvencilhando dela. Mas ela foi puxando o meu vestido com rapidez e dizendo que eu era lida demais. E dizendo que queria me foder gostoso. Nervosa ela tirou meu vestido fora. – Li, para. Eu não quero assim.
- Assim como? Anda, abre essas pernas.
Ela arreganhou minhas pernas e começou a chupar minha bucetinha. Foi horrível. Aquilo me enojou. Depois senti-me violada pelos dedos dela. Eu me saí e a empurrei. Ela quase caiu da cama e ficou me olhando.
Eu me sentei na beira da cama. Comecei a chorar. Era uma angústia dentro de mim. Um sentimento de culpa por ter querido aquele encontro absurdo.
- Desculpa, Li, pensei que fosse diferente.
Por outro lado ela também estava chorando. Eu me vesti e fui até ela. Eu a abracei.
- Desculpa, Kemi... não era pra ser assim. Eu fiquei nervosa... me confundi.
- Eu sei, Li. Calma. Você estava muito nervosa. Vamos esquecer tudo isso? Eu não sou a mulher certa para você.
- Eu me confundi com as outras.
- E você tratava as garotas desse jeito? Li, você parece que quer matar a gente.
- Desculpa. Eu as maltratava porque eram estúpidas. Só pensavam em dinheiro. Eram objetos. Eu botei tudo a perder. Eu não vou conseguir ser uma boa amante; ser uma boa mãe; uma boa esposa. No fim das contas eu estrago tudo. No fim das contas... o erro está em mim.
- Li, vamos embora. Por favor.
- Claro.
Eu a ajudei a se vestir. Ajeitei os cabelos dela e retoquei sua maquiagem.
No trajeto de volta para casa ela não falou uma palavra sequer. Me deixou na porta de casa.
- Não precisa me ligar mais. Por favor. – foi o que ela pediu.
- Li, não seja radical. Podemos ser amigas. Somente amigas.
- Tudo bem. Somente amigas.
- Obrigada pela tarde – eu limpei as lágrimas dela.
- Eu nunca vou esquecer a tarde de hoje.
Nos despedimos e ela foi embora.
@luabranca.lb