Amiga rouba meu macho por despeito

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Homossexual
Contém 13431 palavras
Data: 09/10/2020 13:17:33

Amiga rouba meu macho por despeito

Claudia, eu a conheci na escola, frequentando a mesma turma, nos tornamos amigos. Éramos pré-adolescentes, quando o sexo ainda não interfere na escolha das amizades, elas simplesmente acontecem por alguma afinidade. Hoje me questiono se foi mesmo alguma afinidade que nos uniu, ou se a maturidade precoce das meninas, que as colocam em vantagem sobre os meninos, não teve alguma influência no nosso relacionamento.

Como filho único, eu desde cedo aprendi a procurar por crianças para poder brincar. Fazia amizades com uma facilidade incrível, sem olhar se eram meninos, meninas, de que classe social vinham, que cor traziam na pele, se eram feias ou bonitas, nada disso entrava em questão quando eu procurava algum companheiro de brincadeiras, o que me tornou uma criança alegre expansiva e muito popular. Esse comportamento ingênuo e alegre me fazia conquistar não apenas as crianças, mas também seus pais, o que deixava os meus cheios de orgulho.

A Claudia era um pouco retraída nas primeiras semanas na escola, mas deixou de ser assim no momento em que eu me aproximei dela e a incluí no meu grupinho. Logo a amizade extrapolou o âmbito escolar e acabou aproximando nossos pais mesmo fora da escola. Morávamos em bairros distintos, não muito distantes, em Florianópolis, o que também serviu para frequentarmos a casa um do outro desde muito cedo. O tempo passou, viramos adolescentes, continuávamos a frequentar o mesmo colégio, entramos na faculdade de arquitetura juntos e, já adultos, dividíamos o mesmo grupinho de amigos. Quase nunca brigamos, embora ao longo dos anos de convívio, eu tenha notado algumas falhas no caráter dela, tais como uma inveja velada pelo que as outras garotas tinham, por um cabelo mais atraente que o dela, por um par de seios alheios que eram mais admirados pelos rapazes, e outras coisinhas do gênero. Mas, um bate-bocas e um pedido de desculpas a seguir acabava recolocando tudo nos eixos. Isso continuou assim até eu conhecer o Eduardo.

Meus pais haviam construído uma casa na praia das quatro ilhas em Bombinhas, alguns quilômetros ao norte de Florianópolis vizinha à casa da minha tia, irmã da minha mãe, que se casara com um americano enquanto fazia sua pós-graduação nos Estados Unidos. Ao regressar, ela trouxe o marido e os dois filhos à tiracolo, pois ele havia se apaixonado pelo litoral quando de uma visita anterior. Era lá que passávamos a temporada de verão e, onde eu levava frequentemente os amigos para curtirmos as delícias daquele marzão que se abria diante da pequena enseada que compunha a praia. De um lado da enseada fica um costão rochoso de águas calmas de um verde esmeralda intenso, no outro extremo, um mar de ondas disputadas pelos surfistas, portanto, havia lazer para todos os gostos. Foi diante das águas tranquilas que eu o vi pela primeira vez, sentado numa espreguiçadeira sob uma tenda que a família montara na praia. Ele parecia deslocado do restante da família, que tinha uma criançada bem mais nova correndo liberta para preocupação das mães que não paravam de gritar cuidados na direção delas. Ele pouco parecia se abalar com as traquinagens das crianças, escondido atrás de seus óculos de sol, ficava impossível decifrar o que se passava em sua mente e, particularmente, o que atraia seu olhar naquela praia cheia de corpos sarados.

Eu, com meus dois primos e a galera que havíamos convidado, mais a que já era nossa velha conhecida de outros verões, costumávamos esticar uma rede e disputar partidas de vôlei na areia fofa. Foi assim, que eu notei a presença dele no segundo e no terceiro dia. A família devia ter alugado uma casa de temporada, pois notava-se que ele não estava engajado com nenhum grupinho que frequentava a praia diariamente. No terceiro dia, não tínhamos gente suficiente para fechar dois times e, eu como sempre, não hesitei em caminhar até a tenda e convidá-lo a compor o meu.

Inusitadamente, a cada passo que eu dava na direção da tenda, algo estranho aconteceu comigo. Eu, repentinamente, me senti encabulado. Não sei se foi pela maneira como aquele corpão másculo estava relaxado sobre a espreguiçadeira, se foi por eu não conseguir ver seus olhos por trás dos óculos ou, se foi por ele não ter me devolvido o sorriso amistoso que eu lhe dirigi quando fiz o convite. Após ele ter aceito participar do jogo e, termos trocado algumas palavras, percebi que tudo não tinha passado de uma impressão minha. O Eduardo era um cara legal, recém-mudado com os pais do interior de São Paulo para Florianópolis, passando o primeiro verão na casa de parentes. Ele acabou por não fugir à regra das minhas demais amizades, em poucas semanas, estávamos almoçando ou jantando um na casa do outro. Minhas amigas ficaram ouriçadas com ele. Embora contido, eu não deixei de reparar no tamanho da mala que estava debaixo da sunga dele, daqueles ombros largos, daquele peitoral onde uns redemoinhos de pelos deixavam inquietas bucetinhas e cuzinhos de tão sensuais e atraentes que desciam pela barriga trincada e mergulhavam na sunga para um paraíso que a imaginação de cada um criava nas mentes inundadas de hormônios. Nossos dias se prolongavam até tarde da noite, quando eu o levava por demoradas caminhadas por todos os atrativos e trilhas daquela península paradisíaca. Durante o dia estávamos cercados pela galera, mas à noite, essas caminhadas costumavam ser solitárias, exceto quando íamos a um barzinho e varávamos a madrugada, o que nos aproximava cada vez mais. O verão chegou ao fim, mas nossa amizade continuou em Florianópolis onde a família dele morava à pouca distância de casa, facilitando nosso contato.

- Você precisa me levar para umas baladas aonde dê para pegar umas minas. Que tal hoje, mais tarde? – perguntou ele ao telefone, numa sexta-feira no meio da tarde.

- Pode ser! Vou ver com o pessoal se tem alguma coisa especial rolando e te aviso, ok? – eu não devia estar surpreso, afinal um cara como o Eduardo não tinha dificuldade alguma de pegar a mulherada, elas mesmas se atiravam em cima dele como moscas no mel.

Acabamos saindo com a galera e ele pode se esbaldar entre loiras e morenas dispostas a tirar uma casquinha daquele tipão, quando não dispostas e virar uma suposta presa nas mãos dele.

- Você vai ficar a noite toda sentado aí? O que tem de mina dando mole não é brincadeira, aproveita cara! – disse ele, ainda deslumbrado com a quantidade de mulheres bonitas dando mole na casa noturna, enquanto eu me distraia com a conversa de um casal de amigos, uma vez que no lugar só havia homens babando por uma buceta fácil, que jamais se interessariam por um cara como eu.

- Depois talvez! Se joga que para você o mar está para peixe! Aproveite! – respondi

De onde eu estava, consegui acompanha-lo na caçada. Não deixava de ser engraçado, pois enquanto ele se empenhava numa cantada num canto, sem aparentemente muito sucesso, de outro, umas garotas faziam de tudo para chamar a atenção dele que, por seu lado, não parecia interessado nelas.

- Vem comigo! Tem umas garotas ali que acho que já estão no papo, mas elas querem te conhecer. Me viram conversando com você e perguntaram se eu te conhecia e se não podia te apresentar para elas. Quebra essa para mim, aquela morena dos peitões vai entrar na minha assim que eu te apresentar para as amigas. – pediu, ao voltar à mesa onde eu estava, já entediado com tudo naquele lugar.

- Senta um pouco aqui, Eduardo! – pedi, embora ele relutasse um pouco em se sentar ali e perder uns preciosos minutos de paquera.

- Vamos logo! Você não pode mais perder tempo, vamos cara! – exclamou afobado.

- Não sou chegado em garotas, Eduardo! Meu negócio é outro. Não faço a menor questão de conhecer peitudas, bundudas, gostosonas, ou seja lá o que for. Não curto mulher! – devolvi. Ele me encarou atônito. Acabou por se sentar, pois a revelação o atingiu como um soco no estômago, ele precisou de um tempo para digerir a informação.

- Cara, não sei o que dizer! Juro que nem desconfiei que você fosse... – ele tomou um gole do meu copo só para não pronunciar a palavra que o havia deixado meio zonzo.

- Gay! Pois é, eu sou gay. Lamento, mas você terá que se virar sozinho com elas. Vai por mim, vai ser mais fácil do que você imagina. Aposto que a sua preferida já está toda molhada, só esperando você dar o sinal verde. – sugeri.

- Beleza! Depois a gente se fala. – disse, antes de partir mais grogue do que se tivesse tomado uma garrafa de tequila.

- Ele não sabia? – questionou a amiga que estava na mesa comigo.

- Pela cara dele ficou claro que não!

- Não tem como saber se você não contar. – disse o namorado dela. – Eu mesmo só fiquei sabendo quando a Laura me contou.

- Ah, Tadeu! Vocês machões são meio cegos ou tapados. Você por acaso já me viu com alguma garota? – questionei.

- Você vive cercado delas! Até parece um imã que as atrai para você. – respondeu.

- Como amigas, e só isso! Ou você já me viu aos amassos com alguma delas por aí?

Algum tempo depois, o Eduardo passou outra vez pela mesa e me perguntou se eu me incomodava de encontrar uma carona para voltar para casa, pois ele ia esticar a noitada com a peituda.

- Não, claro que não! Eu dou um jeito, não se preocupe! Divirta-se! – respondi.

Não tive notícias dele durante toda a semana. Para quem me ligava praticamente todos os dias, foi uma surpresa aquele silêncio, nem que fosse para me contar se tinha ou não comido a peituda. No final de semana seguinte, a galera me chamou para um show que ia rolar numa praia do norte da ilha. Eu liguei para ele para ver se estava a fim de ir com a gente.

- Esse final de semana não dá, estou meio enrolado com algumas coisas. Fica para uma próxima, ok? – respondeu, numa ligação que ele estava com pressa de encerrar.

- Ok! Me liga quando tiver um tempinho! Bom final de semana!

- Ok, valeu!

Nas quatro semanas seguintes não recebi nenhuma ligação dele. Também não insisti, embora estivesse morrendo de saudades dele. Conforme-se, esse é outro daqueles babacas que acham que se forem vistos ao lado de um viado vão acabar se contaminando, que sua masculinidade será posta em xeque, que nós vamos tentar alguma coisa com eles, pensei comigo mesmo. Ao mesmo tempo, senti uma frustração profunda no peito, que me deixou entristecido por dias. Era duro de admitir, mas eu estava gostando daquele cretino. Como é que isso foi acontecer? Ele me parecia tão legal, eu achava que aquela amizade que cresceu e se intensificou tão rapidamente entre nós podia significar outra coisa. Eu nunca dei em cima dele, mas curtia cada um daqueles olhares que ele me lançava, achando que, mais cedo ou mais tarde, ele fosse se abrir comigo. Pura ilusão! Isso só estava na minha cabeça. Eu estava enxergando o que minha mente queria que eu enxergasse, e não a realidade.

- Faz tempo que o Eduardo não dá as caras! Vocês brigaram? – perguntou a Claudia quando percebeu que ele dera uma sumida e não vinha a mais nenhum encontro do pessoal.

- Não, não brigamos! Por que eu haveria de brigar com ele? – questionei aborrecido.

Meu aborrecimento vinha não apenas pela pergunta dela, mas por eu ter notado que ela fazia de tudo para chamar a atenção dele quando estávamos juntos.

- Sei lá! Vocês dois pareciam unha e carne. Agora ele some assim, do nada! – exclamou

- E o que isso te interessa? Está a fim dele? Corre atrás! – devolvi irritado.

- Calma! Eu só fiz uma pergunta inocente.

- Conheço muito bem as tuas perguntas inocentes. Não se faça de sonsa comigo!

- Sabe do que mais! É injusto isso que vocês fazem, ficar disputando homem com a gente. O mar já não está para peixe, falta homem no mercado. Aí vocês aparecem e querem tirar os poucos que existem. Vocês deveriam dar em cima de outros gays e não de héteros, esses são das mulheres. – sentenciou a cínica

- E de onde essa cabecinha brilhante chegou a essa conclusão? O que te faz pensar que gays só podem estar a fim de gays? Onde está escrito que um macho de verdade não deve se envolver com um gay? Faça-me um favor! Se vocês não conseguem arrumar um macho é culpa de vocês! Além de contarem com muito mais atributos do que nós, ainda podem realizar o desejo de todo macho que é se ver perpetuado com um filho. Onde está a injustiça nisso? Quem é que tem a faca e o queijo nas mãos? Vocês não arranjam macho por pura incompetência, e não porque os gays sonham em ter um só para si.

- Continuo a achar essa disputa injusta! Homens foram feitos para ficar com mulheres e não com bichas.

- Vá se foder!

Eu já andava meio cheio da maneira como a Claudia agia. Tinha visto e feito vista grossa para muita coisa desde que nos conhecemos, mas ela estava me cansando ultimamente. Dei um chega para lá nela, não a convidando mais para sair conosco e, quando sabia que ela estaria nalgum lugar, era eu quem não aparecia.

Recebi uma ligação do Eduardo quase dois meses depois de termos nos visto pela última vez. Meu coração quase saiu pela boca quando ele me perguntou se eu o convidaria para passar o fim de semana na casa de praia só nós dois.

- Claro! Podemos ir. Meus pais vão ficar por aqui e a casa vai estar desocupada. – respondi, tentando imaginar o que estava por trás daquele pedido peculiar.

- Legal! Passo aí na sexta-feira à tarde, pode ser?

- Estarei pronto, te esperando! – dei um salto quando desliguei o celular, dois dias e meio todinhos ao lado dele e, o melhor, ele todinho só para mim.

Horas depois, passada a euforia inicial, minha cabeça começou a se encher de caraminholas. Ele pode muito bem te dizer que não está mais a fim de continuar com aquela amizade. Mas, se for isso, por que se daria ao trabalho de passar um final de semana a sós na casa de praia? Não fazia sentido. Era mais fácil ter terminado tudo pelo celular mesmo. Comecei então a não ter um minuto de sossego enquanto os dias passavam, só imaginando qual seria o resultado daquele fim de semana. Eu me achava um cara seguro, lidava bem com a minha homossexualidade, havia aberto o jogo com meus pais há algum tempo, por que então essa merda dessa insegurança agora? Porque tinha me apaixonado pelo Eduardo sem saber. Esse cara que nunca me falou nada, que só há pouco se tocou de eu ser gay e, tão somente porque eu contei, tinha se infiltrado na minha vida e no meu coração sem eu me dar conta da intensidade dessa invasão. Dependendo do que fosse acontecer entre nós dali para a frente, eu podia estar prestes a sofrer a maior decepção da minha vida, e ela seria dolorosa para caralho.

- Eu devia ter me tocado quando você veio me convidar para entrar no time de vôlei naquele dia em que nos conhecemos. – começou ele, enquanto dirigia na estrada.

- Eu não te chamei por que estava com alguma segunda intenção, juro! Faltava uma pessoa para completar o time e você estava lá sentado dando sopa. Fazia três dias que você nos via jogar e eu não fui te chamar senão quando ficamos desfalcados. Não havia nenhuma intenção por trás daquilo. – asseverei.

- Não foi bem isso que eu quis dizer!

- Então não entendi!

- Eu estava mesmo vendo vocês jogarem havia três dias. Confesso que me deu vontade de pedir para entrar no jogo, mas vi que vocês formavam uma turminha entrosada e não quis me meter. Mas, preciso confessar outra coisa, mais importante. – retrucou ele.

- O quê?

- Na primeira manhã que vocês jogavam, eu reparei na sua bunda. Nunca vi um cara com um rabão gostoso como o seu. É por isso que digo que devia ter me tocado. Fui para a praia cedo no dia seguinte só para ver se você estaria lá, se eu ia ver essa bunda se movimentando dentro da sunga me obrigando a controlar o cacete que teimava em endurecer. Até que você veio me chamar, que a gente se deu tão bem que parecia que eu te conhecia desde sempre. – revelou.

- Então porque você ficou tão chocado quando eu te contei? Por que não quis mais contato comigo? Pensou que eu talvez ia te colocar numa fria, que ia me atirar em cima de você e te deixar constrangido? Eu sou incapaz disso, Eduardo! Jamais eu forçaria uma situação ou colocaria um cara como você numa situação constrangedora. – afirmei.

- Eu sei disso! Foi justamente por você agir assim que eu fiquei perplexo quando você se abriu comigo. – retrucou

- E pensou que eu ia começar a dar em cima de você depois de me abrir.

- Não! Não pensei isso.

- Então o que foi? Você ficou estranho depois que eu te contei, admita!

- É que, pela primeira vez, cogitei a possibilidade de transar com outro cara. Eu te curto demais, não sei explicar como. Só sei que não é como um simples amigo, é um troço doido que me faz desejar seu corpo, de querer que você me faça carícias, de querer sentir como é a sua boca. Não sei como lidar com esses sentimentos, nem sei se vou curtir se rolar algo entre a gente. Deu um nó na minha cabeça. Eu sei que sou chegado em mulher, mas quando penso em você fico confuso. – confessou.

- Nem sei o que dizer!

- Ficou chocado?

- Surpreso! A palavra é essa. Eu achei que você nunca mais ia querer saber de mim, quando sumiu. Também nesse tempo, descobri que você é muito mais importante para mim do que eu havia imaginado. – revelei, uma vez que estávamos deixando tudo em pratos limpos.

- Mais importante, como?

- Não me faça perguntas que eu não consiga responder! É bem embaraçoso.

- Também seria embaraçoso responder se eu te perguntar se está a fim de transar comigo? – indagou ousado.

- Muito embaraçoso!

- Que tal um sim, assim que chegarmos na casa de praia? Sem rodeios, sem muito falatório, só deixando rolar. A gente se entrosando, se abraçando, o que tiver que entrar deixar entrar no lugar certo e a gente ver o que acontece.

- É isso que você quer?

- Se você também quiser, sim, é o que eu quero. Ambos queremos, ou estou enganado?

- Não, não está! Mas, não vai rolar. Se a sua única intensão com esse fim de semana é essa, pode dar meia volta e voltar para Floripa. – exclamei, deixando-o perplexo.

- Por que não vai rolar? Você acabou de confirmar que também está a fim.

- Não vai rolar porque você só está querendo experimentar como é comer o cuzinho de um viado. Há algumas semanas você ficou atônito quando te revelei que sou homossexual, tão atônito que sumiu. Conheço bem o seu tipinho. Machão hétero que quer manter distância de bichas com receio de se contaminar com a viadice, vai que pega, não é? E, o que diriam seus amigos se te vissem com um gay, comprometedor, não é? Podia colocar em risco a sua masculinidade. Aí você tem a brilhante ideia de levar o viado para um lugar tranquilo, onde ninguém vai nos ver e testa se é mesmo gostoso foder um cuzinho, sem compromisso, sem cobranças. – respondi.

- Eu já te expliquei o porquê de eu não ter te ligado. Não estou entendendo porque você está querendo complicar uma coisa que é tão simples. – devolveu

- Porque nós homossexuais somos complicados mesmo, mais do que as mulheres, eu te garanto! O que você está precisando é de uma daquelas bonecas infláveis. Nela você pode enfiar esse cacetão sem se comprometer.

- Antes você não era assim! O clima entre nós dois era leve, descontraído e alegre. Não sei por que complicar tudo agora.

- Porque antes você não sabia de mim, não tinha vergonha de andar comigo porque não sabia que eu era gay.

- Não tenho vergonha de andar com você! De onde você tirou isso? E você nunca pareceu não gostar de estar comigo, vivia elogiando meus músculos, dava indiretas sobre a minha força ou meu corpo atlético e, aposto, ficava admirando minha rola. Tanto que acabou de mencionar que eu tenho um cacetão sem nunca ter me visto pelado. Sem nenhuma modéstia, sei que sou um cara desejado, e isso inclui você. Se a mulherada se amarra em mim, vocês gays não fogem à exceção. – afirmou, autoconfiante.

- Eu não disse que você não me atrai, pelo contrário, acho você um tremendo tesão.

- Então qual é o problema de dar para mim? Ou você quer que eu te peça em namoro, que te faça juras de amor ou, que prometa me casar com você?

- O problema é que eu não sou uma puta que sai dando para o primeiro cara que quer enfiar o caralho no meu cu. Ainda mais se esse cara só está a fim de experimentar como é. – respondi.

- Estou com vontade de dar umas porradas em você, sabia! – exclamou, depois de uns minutos em que ficou calado e pensativo.

- Posso imaginar! Faça isso. Não vai ser difícil para você, com esses brações de pugilista, me render às suas vontades vai ser moleza. – devolvi irônico.

- Não me provoque! Estou puto com você. – rosnou, estacionando o carro em frente ao portão da casa de praia.

- Faço ideia! Joguei um balde de água fria numa foda que você já contava como certa. Como eu já disse, podemos voltar. Você não precisa passar o final de semana comigo sabendo que não vai rolar. – afirmei.

- Você vai descer e abrir esse portão logo ou vamos passar o resto do dia parados aqui em frente? – questionou zangado. – Se eu não gostasse tanto de você, agora seria a hora de eu te dar umas porradas. – vociferou, quando deixávamos nossas bagagens no quarto.

- Acha que isso ia me convencer a ceder e me entregar para você? – indaguei, encarando-o cheio de mansidão.

- Quem sabe? Se não isso, pelo menos aliviava minha raiva! – exclamou. Fui até bem próximo dele, acariciei seu rosto e depositei um beijo tímido no canto de sua boca, antes de abrir um sorriso para aquela cara emburrada.

- Será que isso ajuda a passar a raiva? – questionei.

- Não dá nem para o começo! – grunhiu. – Ainda mais porque me deixou com o pau duro! – exclamou, ajeitando a ereção na bermuda.

Não sei de onde o safado tirou a paciência de se conformar comigo ao seu lado sem nada rolar entre nós dois. Naquela mesma noite ele já estava menos ranzinza, até carinhoso. Ele se aproximava, me tocava de leve, tão sutilmente sem, no entanto, esconder o tesão que estava sentindo. Mas, se controlava, só testando até onde eu daria abertura para sua tara.

Minha resistência exigiu muito mais autocontrole de mim do que eu imaginava. Eu estava gostando dele, não era de hoje, nem de ontem, era de sei lá quando. Talvez até do dia em que o chamei para participar do jogo de vôlei. Também não sei o que esperava dele. Eu queria que ele confessasse seu amor, mas será que ele nutria esse sentimento por mim? Mergulhar nos pensamentos de um macho como ele, sempre reservado, não expondo seus sentimentos, não se deixando vulnerável, era como navegar num mar sem bússola, sem referências. Era estar perdido, não só literalmente, como perdido numa paixão que cegava.

O Eduardo era determinado, tão determinado que continuou insistindo, mesmo diante das poucas aberturas que eu lhe dava. Aos poucos, comecei a acreditar em suas palavras, comecei a acreditar quando dizia que gostava de mim, que me queria e, isso, foi me amolecendo. Libidinoso e safado, ele piscava para mim de longe, me mostrava sua ereção a fim de me provocar.

- Olha o que a tua teimosia está te fazendo perder! – exclamava, muitas vezes sussurrando, pois o fazia mesmo com outras pessoas por perto. Eu me fazia de indignado, mesmo sentindo o cuzinho se revolvendo de tanto tesão.

Voltamos de uma saída com a galera. Era madrugada quando ele me deixou em casa. Meus pais estavam viajando. Convidei-o a entrar e passar o restante da noite comigo, quando notei que ele não parava de ajeitar a pica no jeans. Eu havia chegado ao meu limite. Estava me sentindo como um paraquedista à beira da porta aberta do avião, pronto para saltar. Com ou sem paraquedas, eu ia saltar e ver o que ia acontecer; mesmo porque, aquele par de olhos cor de âmbar me encarava com uma lascívia sem precedentes. Embora o tesão estivesse me consumindo, não tomei a iniciativa. Havia algo em mim, cuja explicação não encontrava lógica, que me dizia que esse papel cabia ao macho, cabia ao ativo. Talvez fosse uma suposição arcaica, talvez romantizada, mas era assim que eu via essa questão. Na minha imaginação, provavelmente questionável por outros gays, eu queria ser arrebatado pelo homem destinado a ser meu macho, cabendo a mim a tarefa de me entregar a seus arroubos, e não o contrário. Foi por isso que o alojei no quarto de hóspedes, mesmo constatando a frustração expressa na cara dele. Com o conforto dele garantido, me enfiei debaixo da ducha fria para afastar aquele calor que teimava em queimar minha pele e minhas entranhas, mesmo eu sabendo que a única coisa capaz de apagar aquele fogaréu era aquela pica sob os jeans dele. Antes de me enfiar na cama, fui mais uma vez ter com ele com um copo de leite morno nas mãos. Assim que entrei no quarto encontrei-o recostado na cama e, no mesmo instante, ele jogou apressadamente parte do lençol sobre os genitais que ele segurava com uma das mãos. O lençol fino foi incapaz de camuflar a enorme ereção que ele segurava.

- O que está fazendo aí? – a pergunta retórica apenas serviu para eu expressar meu espanto.

- Batendo uma punheta! – eu esperava qualquer resposta, menos essa, tão sincera e objetiva.

- Não dá para controlar essa tara, seu safado pervertido?

- Segurei até onde deu, mas eu não sou de ferro! Antes bater uma punheta do que deixar que isso me suba à cabeça. Aquela água descendo num filete pelas tuas costas, entrando e sumindo no teu rego apertado, que é exatamente o que a minha rola quer fazer, foi mais do que eu podia aguentar. – revelou, me deixando perplexo.

- Você andou me espionando?

- Andei! Não foi intencional, juro! Eu fui até o seu quarto para ver se você me deixava entrar na sua cama, pois senti no seu convite para eu passar a noite aqui, um indício de que você não ia repelir minhas investidas. Quase entro naquela ducha com você quando vi esse rabão me encarando, mas sabendo como você é bravo e tem pavio curto, achei melhor não abusar da sorte e correr o risco de ser mandado embora. O que me restou? Bater uma punheta! – mal consegui disfarçar o riso com aquela confissão tão espontânea, e a cara de cachorro abandonado que a acompanhava.

- Eu trouxe um leite morno para te acalmar. – devolvi, sentando-me na cama ao lado dele.

- Obrigado! Mas, duvido que qualquer coisa vá me acalmar. Até porque, não quero me acalmar. – retrucou, tomando o copo da minha mão e entornando o conteúdo em goles audíveis.

- Nem mesmo isso? – perguntei, antes de afastar o lençol e a mão dele, tomando o cacetão na minha e fechando meus lábios ao redor da cabeçorra úmida.

- Talvez isso funcione .... ssshhhh! – deixou escapar entre os dentes cerrados, assim que sentiu seu falo envolto pela minha boca sugando-o.

Apesar de eu ter dedos compridos e finos, eles não deram conta de envolver completamente aquela verga grossa, retona, cabeçuda e pulsátil que eu segurava com firmeza e, ao mesmo tempo, com a delicadeza de quem segura algo de valor inestimável. O caralhão estava deliciosamente quente, tinha um perfume inebriante, másculo, almiscarado, penetrante. Meu olhar admirava tudo aquilo como se estivesse hipnotizado, enquanto a língua e os lábios deslizavam sobre aquela pele cheia de grossas veias que se ramificavam como as raízes de uma planta, seguindo na direção daquela pelota imensa, do tamanho de uma bola de tênis, alojada entre a pentelhada densa. Pelo tamanho daquilo, eu fazia uma ideia do tamanho dos culhões que havia ali dentro e, devassamente, meu cuzinho se contorcia sonhando com a luxúria de abrigar aquela pica intrépida em suas profundezas.

- Você sabe que se continuar a fazer essa sacanagem comigo, daqui há pouco é você quem vai estar tomando leite morno, não sabe? – o spoiler dele não foi mais do que um sussurro excitado escapando de sua boca.

- Você ainda não percebeu que faz tempo que eu espero por isso? – respondi, sem tirar da boca aquela cabeçorra babando um sumo delicioso que eu sugava com determinação.

- Ah, Bruno, seu safado! Hoje você não me escapa nem que eu tenha que te pegar à força. Está na hora de você pagar por ter me enrolado por tanto tempo. – grunhiu ele, ejaculando toda sua virilidade na minha boca, no mais delicioso e espesso creme que eu já havia engolido.

Percebi a dificuldade dele em dosar a força com a qual me agarrava. Por vezes era tão intensa que parecia quebrar meus ossos, noutra, era tão delicada que revelava o receio dele em me machucar. A expressão confusa dele deixava isso claro.

- Estou com tanto tesão que nem sei o que fazer com você, seu putinho. – deixou escapar, enquanto sua língua me devorava a boca.

- Não imaginei que teria de ensinar um marmanjão como você a satisfazer um simples gay. – devolvi, afagando-o e cobrindo-o de carícias.

- Acontece que você não é um simples gay, você é um viadinho muito do pilantra que virou minha cabeça do avesso. E, eu vou te mostrar quem é que vai ser o professor aqui quando meter minha rola nesse cuzinho descarado. – ameaçou, enquanto seu olhar derramava sobre mim todo o afeto que ia em seu coração. Nada mais me impedia de abrir as pernas e deixar ele entrar em mim com todo seu furor e curiosidade.

Assim que terminei de engolir os últimos jatos da porra quente que ele ejaculou na minha boca, eu deslizei meus dedos por entre aqueles pelos em seu peito que me seduziam desde o dia em que o vi pela primeira vez. Afagá-los sem pressa e, senti-los deslizando entre as pontas dos dedos me deu um prazer indescritível, uma sensação de posse daquele tronco, uma sensação de ter encontrado um refúgio onde nada e ninguém pudesse me atingir. Ele acompanhava meus dedos com um sorriso camuflado, deixando que o toque suave deles penetrasse fundo em sua alma, acariciando não só seu ego, mas também seu coração que se enchia de uma alegria à simples menção do meu nome. Ele me virou para o lado, debruçou-se sobre mim, segurou meus punhos na altura da minha cabeça e me roubava beijos que começavam sutis e iam ganhando devassidão e luxúria, à medida que o tesão aumentava. Meu corpo gingava sob o dele, tomado de um frenesi que o fazia tremer incontrolavelmente. Esse roçar de pele com pele, da rola dele nas minhas coxas lisas, do meu ventre contra sua barriga trincada e peludinha, nos deixou de pau duro, sem mencionar que meu cu clamava desesperadamente por aquele macho.

- Quero você, Edu! – murmurei quase suplicando. Acho que ele esperava por isso mais cedo ou mais tarde, pois seu rosto ganhou uma expressão de vitória ao me ouvir pedindo por sua pica.

Durante o beijo que lhe dei ao trazer sua boca para junto da minha, afagando sua nuca e chupando a língua que ele enfiara vorazmente na minha boca, comecei a abrir as pernas, deslizando-as junto aos flancos dele, erguendo-as até meus joelhos chegarem na altura dos ombros largos dele. Rebolei e gemi, entregando-lhe minha intimidade. Seu sorriso se intensificou. Pensei que fosse atolar o caralhão no meu cu naquele mesmo instante, mas ele foi descendo com aquela boca devassa lentamente pelo meu pescoço, pelo meu ombro, por sobre meus mamilos que, com os biquinhos enrijecidos de tanto assanhamento, o cativaram por seu formato lascivo. Me contorci todo enquanto ele chupava e mordia um deles como se fosse um bezerro faminto, mas com uma sensualidade de fazer estremecer. Eu gemia, pois só os gemidos podiam expressar o que eu estava sentindo. Sua boca e seus chupões continuaram descendo, rodopiaram ao redor do meu umbigo, antes de seguirem na direção do meu rego que ele mantinha aberto com ambas as mãos. Um ganido agoniado ecoou pelo quarto quando senti seus lábios úmidos beijando minha rosquinha e, ele se tornou um vagido continuo enquanto ele lambia e enfiava a língua no meu buraquinho pregueado.

- Ai, Edu!

- Ai, o quê, putinho safado? É pica que você quer nesse olhinho apertado, é safado? – tripudiou ele, ante o meu tesão que ele sabia não impor mais nenhuma restrição à sua investida.

- É, Edu! Eu quero você! – balbuciei, sentindo ele chuchar o dedo na entrada do meu cuzinho, num vaivém provocativo e depravado.

Então ele se apoiou sobre minhas pernas abertas e dobradas, inclinou-se possessivamente sobre mim, esfregou a jeba dura dentro do meu reguinho e, com um golpe impulsivo e certeiro, meteu a cabeçorra no meu cu. Eu gritei ao sentir minha carne se rasgando. Por mais que eu o quisesse dentro de mim, espalmei minhas mãos contra seu ventre e o impedi de continuar metendo aquele pau no meu rabo, era meu instinto de autopreservação se defendendo daquele invasor intrépido e descontrolado. Tão logo ele percebeu que havia exagerado na força, me envolveu em seus braços e me beijou feito um louco.

- Você vai ser todinho meu, seu putinho! – rosnou com o tesão desmesurado.

Enfiei meus dedos em sua cabeleira e devolvi seus beijos devassos com o mais tranquilo e pleno carinho que sentia por ele. Meus esfíncteres relaxaram e começaram a acolher aquele pau que insidiosamente deslizava para dentro do meu cu apertado. A dor foi dando lugar ao prazer quando o sacão se comprimiu contra meu rego e, o pinto dele pulsava indômito agasalhado pela mucosa anal. Aquele macho estava por inteiro em mim, eu podia envolvê-lo, podia comprimi-lo entre a minha carne quente, podia fazê-lo sentir o quanto o amava. O tempo deixou de existir dentro daquelas paredes. Nossos corpos enlaçados e engatados pulsavam na mesma cadência, numa harmonia que era só deles. Ele estava em mim, eu estava nele. Aquilo selou tudo o que durante tanto tempo um sentia pelo outro, deu nome a esse sentimento, deu sentido a esse sentimento. Paixão, tão intensa e profunda que seria capaz de mudar o ritmo do mundo, mesmo que só mudasse o ritmo de nossas vidas dali para a frente. Estávamos nos encarando quando ele começou a acelerar aquele vaivém com o qual bombava meu cuzinho. Comecei a gemer mais alto, pois a dor voltou a superar o prazer, embora ele estivesse retesando meu baixo ventre e me anunciando que eu ia gozar. Nas minhas entranhas, o cacetão dele parecia um braço mecânico empinando numa rigidez voluntariosa antes de ganhar novamente as profundezas do meu rabo com um impulso potente. No mesmo instante em que o Eduardo me deu duas estocadas brutas que socaram minha próstata contra o púbis, eu gani e gozei esporrando minha barriga. Eu estava quase gritando enquanto ele continuava a socar o caralhão em mim como se fosse um pistão se movendo dentro do cilindro. Meu delírio provocou a contração de sua pelve, ele me socava tão profundamente para garantir sua posse sobre meu corpo que já não pensava nas consequências. Tudo o que ele queria era injetar naquela maciez que o agasalhava a sua virilidade, a sua porra morna, a sua marca de macho. No mesmo instante em que aquele urro rouco sobrepujou meus ganidos, ele começou a ejacular. A porra libertadora que saia em jatos de sua pica, atingia minha mucosa esfolada como dardos, permitindo que eu os sentisse inundando meu cuzinho com o néctar aromático do meu macho. Me senti a mais feliz das criaturas.

- Promete para mim que nunca mais impor empecilhos para eu te comer, promete? Nunca senti tanto prazer numa foda! – murmurou ele, deixando a porra fluir numa abundância torrencial.

Para ele, o que começava a se repetir entre nós com mais frequência do que eu esperava, era um mundo totalmente novo. De certa forma para mim também. Ter outro homem sob seu jugo fez dele um fodedor contumaz. Ele estava curtindo ter meu corpo à sua disposição, ter minha atenção, carícias e afeto exclusivamente dele, um simples toque de mãos, a visão dos meus lábios lhe sorrindo, ou a visão das minhas nádegas provocavam nele uma ereção que não perdia tempo em satisfazer. Um pouco cético e, talvez mais maduro, eu me perguntava até onde ia a paixão que ele declarava sentir por mim e, até que ponto aquilo não seria apenas uma atração sexual com cara de novidade, pois eu estava sendo o primeiro cara que ele enrabava. Eu só tinha certeza do que eu sentia por ele, um amor que se intensificava à medida que nosso relacionamento se estreitava. Diante disso, fui pego de surpresa quando ele me pediu para morarmos juntos.

- Não é um pouco precipitado?

- Precipitado, por quê? Ou você quer continuar livre e solto para arranjar outro cara?

- Que absurdo! Claro que não é isso! Se você fosse um pouco mais sensível já teria se dado conta do quanto eu te amo.

- Então qual é o problema de morarmos juntos? Você me ama, eu te amo, não faz sentido a gente ficar separado justamente nos momentos em que queremos transar. – era isso que me incomodava, sempre que dizia me amar, logo em seguida vinha alguma alusão ao sexo.

- Quero que você tenha certeza do que sente por mim!

- Acabei de falar, eu te amo!

Ele me pressionou tanto que eu cedi. Talvez morando juntos eu pudesse perceber mais nitidamente que era realmente amor o que ele sentia por mim, e não apenas um tesão incontrolável que o levava a querer me foder. A essa altura, nós já trabalhávamos juntos. Havíamos montado uma pequena empresa no ramo da construção civil, ele atuando como engenheiro e eu como arquiteto. Desenvolvemos alguns projetos de sucesso e, a partir deles, vimos a clientela aumentar. Minhas preces diárias iam no mesmo caminho daquela parceria bem-sucedida nos negócios para que nossa vida enquanto casal fosse no mesmo rumo.

O Eduardo era bastante mandão, tirar um pouco dessa característica dele que me desagradava estava sendo uma tarefa árdua. Quando parecia ceder um pouco, algo vinha para mostrar que havia regredido dois passos no sentido oposto. Eu ia contornando as situações, demonstrando meu desagrado, me impondo, exigindo que ele fosse menos truculento, até perder as estribeiras, quando então, ele se tocava e começava a ficar malandramente dengoso, apelando para o sexo para garantir sua supremacia.

- Fico puto com você quando fica regulando esse cuzinho! Você me prometeu que não faria mais isso. – despejava zangado

- E você prometeu que não seria tão dominador.

- É meu jeito, você sabe que eu sou assim.

- Eu já te pedi para se controlar, pois não gosto quando você age dessa maneira. Podemos e devemos dividir tudo, negociar as coisas civilizadamente, chegar a um bom termo que agrade a ambos, não é assim que um casal convive harmoniosamente? – ponderei.

- Você também é mandão e quer um cordeirinho obediente ao seu lado fazendo tudo do jeito que você quer. Eu sou o macho da relação e, como em qualquer casal normal, é o macho quem dita as regras.

- Na idade da pedra até podia ser, mas não é mais assim. E você continua o mesmo brucutu das cavernas só porque é o que enfia o pinto. – protestei.

- Você não reclama quando eu enfio o pinto, por que tem que reclamar do resto?

- Não reclamo porque você é um homem maravilhoso, me transporta até as nuvens quando transa comigo, eu sinto prazer em me entregar a essa sua dominação. Mas, isso não vale fora da cama. No dia-a-dia quero uma relação igualitária, não ser um eterno submisso. – afirmei.

- Você é pior que uma mulher, mais complicado, mais cheio de mimimis, mais difícil de entender. – protestou ele.

- Mas eu te amo, como ninguém. Ou você não se dá conta disso?

- Por isso fico puto! Ninguém nunca me fez tão feliz quanto você, mas fica querendo que eu abra mão da minha macheza. – devolveu

- Jamais exigiria isso de você, é justamente dela que eu gosto. – retruquei, acariciando seu membro dentro da calça.

- Está bem, eu vou maneirar, prometo! Mas, não regula esse cuzinho, eu subo pelas paredes quando você não me deixa entrar nele. – afirmou, me beijando.

Contudo, ele tinha dificuldade em manter suas promessas, o que nos levava a ter algumas discussões mais acaloradas e ele me dizer coisas que não sei bem porque, me deixavam emotivo e me faziam cair no choro. Em duas dessas ocasiões voltei para a casa dos meus pais por alguns dias, pois a presença dele me irritava.

- Seja homem! Se não pudermos resolver nossas questões e você sempre correr para a casa do papai, fugindo da discussão, nunca vamos chegar a um acordo. – vociferou, numa noite em que enfiei apressadamente algumas roupas numa valise e fui para a casa dos meus pais.

- Acontece que nós só chegamos a um acordo quando eu faço exatamente o que você quer. Que acordos são esses? – retruquei

Alguns dias longe dele e a saudade era tanta que eu até já me esquecia do motivo da briga. Ele, por seu lado, passava pelo mesmo dilema. Quando me viu partir sabia que havia pisado feio na bola e que teria que esperar eu o perdoar antes de tentar ele mesmo vir me pedir desculpas. Por fim, nosso amor superava o problema e voltávamos a conviver apaixonados.

O que era inegável, é que nosso amor passou por diversas provas de fogo, como que para testar sua solidez. O início do nosso relacionamento foi repleto de tumultos, confusões, mal-entendidos e reveses. Não faltaram situações e pessoas para colaborar nesse sentido. Uma das pessoas responsáveis pela nossa maior briga foi a Claudia. Havia tempos que eu a evitava, havia me afastado dela, mas como boa parte da galera a conhecia, alguns encontros eram inevitáveis. Num deles, estando presentes um casal curtindo seu noivado recente, outra amiga e seu namorado, também meu colega desde os tempos do colégio e, o responsável por tê-la convidado para aquele encontro, o Eduardo e eu, ela voltou a fazer suas insinuações a respeito do nosso relacionamento, com o qual ela nunca se conformou. Enquanto o Eduardo e meu colega foram pegar umas bebidas no balcão do barzinho onde estávamos à beira-mar, ela começou a despejar seu despeito.

- Você deve ser mesmo muito eficiente para fisgar peixões como o Eduardo! Jamais imaginei que ele fosse ficar amarrado nas tuas garras por tanto tempo. – afirmou sarcástica, gerando um desconforto geral na mesa.

- Não o fisguei, nem usei garras para estarmos juntos. Apenas percebemos que somos mais completos estando juntos. Isso se chama amor. – retruquei.

- Você é incapaz de deixar esses dois em paz, não é Claudia? Que fixação doentia é essa, cara? Vá procurar um homem, que é o que está te faltando. – exclamou meu colega, já arrependido de tê-la convidado e, enfastiado com a maneira como ela tratava as pessoas.

- Se gays como o Bruno continuarem a fisgar machos como o Eduardo, não sobra muito homem para nós mulheres! Ele deveria procurar outra bicha, ao invés de disputar conosco os poucos machos que existem. – respondeu ela.

- Já falamos sobre isso outras vezes, e eu não vou mais argumentar com você. Pense o que quiser, não estou nem aí! Mas, vou te pedir encarecidamente uma única coisa, deixe de dar em cima do Eduardo. Não pense que não saquei você se oferecendo para ele, tentando fazer com que ele note a tua presença. Eu estou cheio disso! Nós nos amamos, quer você aceite ou não. Portanto, nos esqueça, vá viver sua vida! Tem homem sobrando por aí, se você é incapaz de pegar um deles, o problema é exclusivamente seu. Eu amo o Eduardo, esqueça dele, não se meta no nosso relacionamento, especialmente sendo tão leviana. – aconselhei.

- Se você está tão seguro do amor dele por você, não sei porque me vê como um perigo para a relação de vocês? No fundo, você sabe que homens como ele foram feitos para mulheres, e não para bichas como você. – devolveu ela.

- É que você é uma vagabunda! Machos ficam tentados por uma buceta fácil, quando esta não para de persegui-los. E, é exatamente isso que você faz! Você quer os machos das outras. Sempre foi assim, eu que demorei a perceber como você era. Não era só dos cabelos das outras que você tinha inveja, da roupa que elas usavam, dos caras que elas curtiam. Seu prazer reside em tirar isso das outras, como está tentando fazer comigo agora. Sempre fui seu amigo, te abri as portas para muita coisa, se hoje você tem um círculo de amizades, fui eu quem te proporcionou isso. Se eu soubesse em que tipo de pessoa você se transformaria, jamais teria movido um mindinho a seu favor. Se te resta um pingo de dignidade, é a ela que eu apelo, deixe meu homem em paz, em nome da amizade que sempre te dediquei. – supliquei. Os demais que estavam na mesa conosco reforçaram esse pedido, ao mesmo tempo em que fechavam, consigo mesmos, a questão de bani-la de seus relacionamentos.

Outra questão que vira e mexe abalava minha relação com o Eduardo dizia respeito ao meu primo Randy, um daqueles homens desejados por todos, com seu corpão de mais de um metro e noventa de altura e músculos vigorosos por todo lado, herdado do pai que também era um colosso de homem. Pouco depois de ele e eu começarmos a transar com mais frequência, ele começou a implicar com meu primo. No fundo, eu sabia que tinha sido a perspicácia dele a gerar essa implicância. E, não totalmente sem motivo, pois havia um passado, antes de nos conhecermos, que estava na origem dessa cisma.

O Randy é o primogênito da minha tia com o marido americano. Ele é quatro anos mais velho do que eu. Desde que me lembro, havia uma forte ligação entre nós. Eu tinha seis anos quando ele me ensinou a andar de bicicleta sem a necessidade das rodinhas laterais que ajudavam no equilíbrio. Tinha onze quando ele passou todo o verão me ensinando a surfar. Estava sempre ao meu lado como um irmão mais velho que eu não tinha. Quando entrou na faculdade na Unicamp, poucas semanas antes de ficar pela primeira vez tão distante de mim, eu já sentia o peso daquele afastamento. Como todos os anos, passamos o Ano Novo na praia. Ele se mudaria para Campinas dentro de quatro semanas. Na noite do Reveillon todos comemoravam na praia, famílias inteiras reunidas em grupinhos se espalhavam pelas areias da enseada para ver os fogos de artifício. Após os brindes da meia-noite, o Randy e eu empreendemos uma caminhada à esmo pela praia, pairava um clima de despedida no ar que instalara algo de melancólico em nossos corações. Eu, sempre mais emotivo, tentava não pensar que aquele passeio podia ser nosso último, pois as lágrimas me brotavam com facilidade, e eu não queria fazer daquele passeio um dramalhão. O céu limpo, uma brisa fresca e salgada soprando do mar, uma lua tão brilhante que ficava fácil enxergar por onde se caminhava nos conduziu até a trilha em direção ao Morro do Macaco. Ficamos sentados um ao lado do outro tão colados admirando a imensidão escura do mar que dava para sentir o calor que nossos corpos emanavam depois da caminhada. O Randy estava com os braços apoiados sobre os joelhos abertos, eu abracei o que estava próximo a mim e apoiei minha cabeça em seu ombro. Ele permaneceu imóvel, desfrutando do contato da minha pele e, inclinando ligeiramente a cabeça sobre a minha.

- Vou sentir sua falta! – verbalizei, ao mesmo tempo em que apertava seu braço musculoso com mais força.

- Eu também! Espero que tenha juízo enquanto eu estiver fora. – disse, em tom de brincadeira, e para amenizar aquele sentimento pesaroso que estava em seu peito.

- Promete que nunca vai se esquecer de mim. – meus olhos já estavam marejados, mas não deixei que ele percebesse.

- Não seja bobinho! Nunca vou me esquecer de você! – exclamou com firmeza.

- Sei lá, tão longe e com tantas novidades que terá pela frente, em poucos meses nem vai mais se lembrar de mim. – argumentei.

- Nem que se passem cem anos, que estejamos em lados opostos do mundo eu nunca vou deixar de gostar de você. – afirmou. No mesmo instante, de tão próximos que nossos rostos estavam, ele juntou suavemente seus lábios nos meus. Meu coração disparou.

Jamais tínhamos ido tão longe naquele sentimento que nos unia. De repente, ele me tomou em seus braços, intensificou o beijo que, aos poucos, foi se transformando em algo lascivo, com sua língua me penetrando e eu, inexperiente, recebendo e acalentando aquela língua devassa que procurava vorazmente pela minha. De mãos dadas, empreendemos a caminhada de volta. A madrugada já avançada havia tirado a maioria das pessoas da praia, e feito com que regressassem às suas casas para continuar as comemorações. Meus pais e meus tios estavam em nossa casa e a casa dele estava vazia quando seguimos em direção ao quarto dele. Assim que o Randy fechou a porta do quarto, e veio tirar minha camiseta, vi sua ereção debaixo da bermuda. Senti meu corpo estremecer e, uma vontade imensa de me ligar ao corpo dele, cujo torso nu e musculoso enchia minha mente de desejos impudicos. As mãos dele percorreram minhas nádegas nuas pela primeira vez, enquanto um olhar primitivo e voraz não conseguia se desviar do meu rosto aturdido. Os beijos se seguiam cada vez com mais tesão, intensos, carnais. Logo, lá estava ele a me ensinar como me preparar para receber um homem na minha bunda. Ele instilava confiança em mim, sempre tinha sido assim. Era isso que me fazia gostar tanto dele. Ao notar como eu seguia fielmente suas orientações e, vendo que eu estava pronto para lhe entregar minha virgindade, fomos para a cama. Aquela ereção me atentava, uma comichão havia tomado conta das minhas mãos e eu queria tocar naquele cacetão, sentir sua textura, sua rigidez, sua intrepidez. O Randy guiou uma delas até seu falo, sorriu com doçura na minha direção e me deixou matar a curiosidade por seu sexo. Eu parecia um garoto que acabou de ganhar um brinquedo novo, estava deslumbrado e segurava aquela carne que pulsava entre meus dedos com um cuidado exagerado.

- Põe na boca e chupa! – suas palavras ecoaram tão dóceis como sempre me soaram suas instruções quando estava a me ensinar alguma coisa. Eu fiz o que ele pediu.

Ele soltou um gemido quando coloquei a glande arroxeada na boca e comecei a sorver sua umidade de sabor ligeiramente salgado e cheiro penetrante. Meus dedos tateavam por cada milímetro daquela verga que enchia meus olhos de satisfação, deslizando sobre as veias saltadas que a revestiam, roçando sua base enquanto mergulhavam nos pentelhos e pegavam naquele saco quente e globoso pendurado abaixo dela. Era o que de mais lindo e perfeito eu já havia visto, e ele estava entregando aquilo tudo para mim. Chupei-o até ele não conseguir mais se controlar, partindo para cima de mim e apartando meus glúteos para poder contemplar meu cuzinho. Gemi quando a língua dele lambeu minha rosquinha, foi um gemido devasso, permissivo, de completa submissão. Meu corpo tremia tanto, avassalado por espasmos contínuos, que me faziam rebolar inquieto e desejoso, quando ele pincelou o caralho no meu rego que eu pensei que fosse ter uma síncope. Entre os gemidos escapava o nome dele, pronunciado no mais intenso tesão. Ele me agarrava e me apertava em seus braços, lambia e chupava meu pescoço, pedia para eu deixa-lo entrar em mim, tudo sussurrado numa excitação incontrolada. Eu ainda estava de bruços, movendo minhas ancas num gingado convidativo, quando ele derramou um pouco de lubrificante no meu reguinho apertado. O líquido frio e viscoso escorreu até a minha fendinha rosada e, num impulso brusco, o Randy enfiou o caralho no meu cuzinho. A dor aguda, como se uma lâmina afiada trinchasse minha carne, me soltar um grito. Ele me apertou com mais força em seus braços, colou a boca na minha e esperou meus esfíncteres se acostumarem à sua pica. Nem aquela dor inesperada me fez perder a confiança nele, eu sabia que ele nunca me feriria intencionalmente. O desejo insaciado dele se manifestava naqueles minutos intermináveis em que ele esperava meu cuzinho relaxar. Eu ia agasalhar toda aquela voracidade só para mostrar o quanto gostava dele. Na mais dócil e completa entrega, eu empinei minha bunda contra sua virilha e ele terminou de meter sua pica no meu cu. Eu gemia a cada estocada dele, e sentia como ele me preenchia com sua carne latejante. Agora era ele quem pronunciava seguidamente meu nome, em algo semelhante a um rosnado, enquanto se apossava de todo meu cuzinho. Ele se pôs em pé ao lado da cama, puxou minhas ancas e bombou meu rabo num vaivém doloroso, mas delicioso. Eu gania, meu pau se agitava balançando incontrolado no ar, o gozo veio e eu vi a minha porra voando em jatos sobre o lençol. Foi um momento de suprema felicidade, uma que eu nunca tinha vivido até então. Por uns instantes, ele sacou o cacetão do meu cu, me deitou de costas e veio para cima de mim, com outro daqueles beijos de língua molhados e devassos. Eu recebi aquele tronco largo em meus braços, abri minhas pernas lentamente para expor meu cuzinho e senti mais uma vez a dor lancinante de outra penetrada firme e brusca. Acariciando seu rosto, onde percebi pela primeira vez como era hirsuta sua barba por fazer, senti ele deslizar a rola para dentro de mim. Se já era intensa a nossa relação, naquela troca de olhares ela ganhou uma nova conotação, algo ainda mais forte, mais perpétuo, uma cumplicidade que extrapolava todo o entendimento. Quando lhe dei um sorriso expressando tudo o que ia em meu coração, ele começou a gozar. Os jatos de porra quente encharcaram meu cu e molhavam minha mucosa anal, no mais sublime dos prazeres que duas pessoas podiam compartilhar.

Transamos diariamente por todas aquelas quatro semanas daquele verão, antes de ele partir para Campinas. Nossos corpos se conheciam em sua plenitude, na mais mutualista repartição de prazeres, e experimentaram um vazio imenso quando chegou o momento de nos despedirmos no aeroporto.

- Se cuida! – balbuciei junto ao ouvido dele, ao mesmo tempo em que lhe pousava um beijo disfarçado no ângulo da mandíbula.

- Você também! Estou te levando comigo entranhado na minha pele. – sussurrou.

Ele voltou apenas no verão seguinte, pois nas curtas férias de julho, a família costumava viajar para os Estados Unidos, onde meu tio ia visitar os pais. Foi outra vez um verão em que saciamos nossos corpos com aquele sexo cúmplice e secreto. Também voltou no terceiro verão, onde como nos anteriores, eu o aguardava cheio de ansiedade. Contava os meses que faltavam para ele vir passar as férias, para sentir seu sêmen se impregnar e aromatizar todo meu corpo com seu cheiro almiscarado. Mas, no quarto verão, cheio de saudades e pronto para me entregar à sua insaciedade, ele trouxe a Letícia. Ao me apresentar a namorada, foi como se me tirassem uma venda dos olhos e eu me encontrasse com os pés precariamente apoiados sobre um cabo de aço estirado nas alturas sobre um vale profundo. Por alguns segundos, uma vertigem obnubilou tudo à minha frente, o chão pareceu se abrir num buraco escuro e sem fundo. Nosso tempo enquanto um par havia chegado ao fim. Ao abraça-lo e lhe dar as boas-vindas, entendi que ele não era meu homem apesar de tudo que vivemos juntos, que a felicidade dele dependia de outros fatores. Não senti que o perdi, mas que a felicidade dele estava acima de qualquer sentimento egoísta que eu podia ter. E, ele continuava tão certo de ter o mesmo amor que tinha por mim, independente do rumo que nossas vidas tomassem. O que houve entre nós selou algo que não se desmancharia.

Esse elo construído entre ambos é o que perturbava o Eduardo. Quando nos via próximos nos encontros familiares, começava a implicar comigo, o que geralmente acabava numa discussão ou até numa briga.

- Agora eu sei de onde vem essa sua tara compulsiva por corpões musculosos. Foi esse tal de priminho que virou sua cabeça, e sabe-se lá o que mais. Não é à toa que sinto minha testa coçando toda vez que vejo vocês dois perto um do outro. Eu ponho a minha mão no fogo se o primeiro sangue das tuas preguinhas não foi obra desse cara. – disse ele, numa vez que em comemorávamos o aniversário do meu pai com as famílias todas reunidas.

- Que absurdo, Eduardo! Imagina se alguém houve você falando uma besteira dessas, pode criar uma confusão sem tamanho entre a minha família. De onde você tira esses absurdos? – retruquei apressado, me cientificando de que ninguém ouvisse as palavras dele.

- Será que são absurdos da minha cabeça? Ou será do jeito que esse teu priminho te abraça, da maneira e dos lugares onde ele pega no seu corpo, pois ele sabe exatamente como e onde te tocar e, que te deixa com essa cara que você está agora?

- Que cara? Que jeito? Não delira!

- Essa cara que eu conheço muito bem, pois é a mesma que você tem quando está prestes a dar o cu para mim, quando está querendo rola. – retrucou, como se conhecesse todos os detalhes do meu passado com o Randy.

- Meu único homem sempre foi você! – garanti sincero, pois independente do que tive com o Randy, ele nunca foi meu homem verdadeiramente, como o Eduardo era. E, esse passado era algo que dizia respeito apenas a nós dois, era um segredo que levaríamos ao túmulo, que jamais deveria interferir em nossas vidas atuais, mesmo porque, o Randy tinha se casado com a Letícia e acabara de ser pai de um lindo garotão, e o que tivemos no passado foi um amor fraternal que chegou ao extremo, e não um amor carnal como eu tinha com o Eduardo.

- Eu gostaria de acreditar nisso! Mas, está difícil! E você não consegue me dar a certeza de que a pica desse cara nunca esteve no teu cuzinho. – retrucou ele.

- Para, Eduardo! Eu já te pedi. Não diga essas coisas que você tira nem sei de onde. A menos que você esteja a fim de acabar com a felicidade das pessoas. O Randy acaba de ser pai, ele ama a esposa. Quer semear dúvidas nessa relação? – questionei, ante a insistência dele com aquele assunto.

- Não quero a infelicidade ninguém. Mas, também não quero a minha! – garantiu.

- Então não repita essas bobagens, por favor! Uma hora alguém ouve e a desgraça está feita! Eu te amo, sei que você sabe disso. Por que duvida do que sinto por você? – indaguei.

- Por que me sinto ameaçado! E teu primo, pela maneira como vocês se tratam, é uma ameaça real e não fruto da minha imaginação. – asseverou. Embora não fosse verdade, eu talvez fosse a última pessoa que conseguiria tirar essa fixação da cabeça dele.

Essa discussão acabou com o meu domingo, ele de cara amarrada de um lado e eu desgastado com as desconfianças infundadas dele. Resolvemos voltar mais cedo para casa, mesmo minha família insistindo para ficarmos até o jantar. Ele dirigia pela estrada calado, não me respondeu nenhuma pergunta que fiz tentando apaziguar aquele clima carregado. Assim que chegamos em casa, além do silêncio, ele começou a jogar as coisas, bater portas extravasando a raiva que o dominava. Aquilo foi demais para a minha paciência. Coloquei um bocado a mais de roupas do que das vezes anteriores em duas valises e fui para a casa dos meus pais.

- Isso, foge de novo! Corre para a casa do papai! Anote aí, se você sair por aquela porta não conte que eu vá te buscar desta vez! Enquanto você não voltar com o rabinho entre as pernas e me pedir desculpas, pode ficar por lá pelo tempo que for, entendeu? E mais uma coisa, trate de estar no escritório amanhã pela manhã e não fazer como das outras vezes, simplesmente tirar alguns dias de folga enquanto eu me ralo e não te resgato. Você tem responsabilidades e não vou abrir mão disso a seu favor. – ameaçou. Eu não só cruzei a porta que bati com estrondo ao sair, como não dei as caras no escritório no dia seguinte. Ele que descarregasse seu autoritarismo com as negas dele, por cima de mim é que não.

Desta vez o macho resolveu levar sua teimosia ao extremo. Passadas mais de duas semanas ele cumpria sua promessa de não vir me buscar na casa dos meus pais. Não me ligou, nem mandou suas costumeiras mensagens no Whatsapp tentando pelas bordas amolecer meu coração. Eu não apareci mais no escritório desde a briga. O ruim de misturar paixão com negócios era esse, não se consegue separar uma coisa da outra. Eu não estava a fim de ver aquela cara carrancuda todos os dias no trabalho e, por isso, abandonei tudo. Eu fazia uma ideia de estado de humor dele, devia estar soltando fogo pelas ventas por eu não ter obedecido as suas determinações. Quem devia estar pagando por isso eram os funcionários que nos auxiliavam no escritório.

Decorridos mais de dois meses, ele continuava determinado a não me procurar. Fazia algum tempo que um colega de faculdade que trabalhava num renomado escritório de arquitetura havia me acenado com a possibilidade de uma vaga na empresa. Eu resolvi aceita-la, pois não só precisava trabalhar para pagar minhas contas, como previa uma ruptura mais definitiva com o Eduardo. Meu amor por ele parecia não ser suficiente para aquele macho inveterado.

Os meses iam passando e eu cada vez mais me convencia de que nossa relação chegara ao fim. Eu o amava, pensava constantemente em fazer o que ele havia dito quando sai de casa, voltar com o rabo entre as pernas e pedir perdão a ele. Mas, quando a razão falava mais alto que o coração, eu me perguntava, pedir perdão pelo quê? O que eu tinha feito para ter que me desculpar? Foi ele quem criou a situação, não eu. E assim, eu deixava o tempo correr.

Não demorei a ser informado que a Claudia estava ‘dando uma força’ para o Eduardo no escritório. Como eu o havia deixado na mão, ela se ofereceu para ajuda-lo, já que também era arquiteta. Meu sangue ferveu quando eu soube da novidade. Justo ela, pensei comigo. Ele fez isso de propósito, só para me afrontar, pois sabia que eu havia rompido minha amizade com ela, desde que começou a se engraçar com ele.

- E agora senta, pois tem mais uma coisa que você precisa saber! – disse minha amiga que vira os dois juntos e sabia que estavam trabalhando em conluio.

- O que? Que eles estão transando? Isso não seria nenhuma novidade, do jeito que aquela vagabunda estava se oferecendo para ele. – tentei adivinhar.

- Mais que isso! Ela está grávida! Mais de seis meses pelo que fiquei sabendo. – afirmou minha amiga.

Não consegui evitar que algumas lágrimas rolassem pelo meu rosto. A desgraçada conseguira afinal enredar o Eduardo em sua teia maligna e, ele, aquele idiota, não hesitou em trocar meu amor pela primeira buceta que se esfregou nele. Eu o perdi para sempre. Sentir aquele vazio doeu muito mais do que eu imaginava.

Alguns dias depois, fui até o apartamento para exigir que resolvêssemos a questão da sociedade no escritório. Já que nossa relação chegou ao fim, não havia sentido em continuarmos sendo sócios num negócio e, exigi que fizéssemos todos os trâmites legais para acabar com a sociedade.

- Não vou terminar a sociedade! – disse ele, depois de me ouvir.

- Por favor, não dificulte as coisas. Não quero partir para resolver a questão judicialmente. Somos adultos e podemos resolver isso de forma amigável. – argumentei.

- Faça o que quiser, não vou facilitar nada.

- Você acabou com o nosso amor, que sentido tem continuarmos sócio num negócio?

- Eu não acabei com nada! Foi você quem saiu por aquela porta.

- E foi você quem não perdeu tempo em colocar aquela vagabunda aqui dentro e enfiar teu pinto nela, violando o leito onde eu tantas vezes te dei todo o amor que tenho por você. Acha que vou perdoar sua traição, justo com ela?

- Eu não te traí! Quem foi que pediu um tempo em nosso relacionamento? Você! Além do que, eu nunca a deixei entrar aqui dentro, nunca a coloquei na cama onde fodi seu rabo, eu juro!

- Eu tenho que acreditar nisso, enquanto você tem todo o direito de suspeitar de mim e do Randy, só porque esse delírio tomou conta dos teus pensamentos. É isso que você acha, não é?

- Tenho as minhas necessidades de homem, que você deixou de satisfazer. Pensou que eu ia viver no celibato?

- Seu pulha! Eu te odeio! Para se vingar você fez um filho nela. – Eu nunca vou te perdoar por isso.

- Eu não sei se aquela criança que ela esperando é minha! De qualquer forma, estou dando apoio a ela durante a gravidez. Quando a criança nascer vou saber se é minha ou não.

- Eu estou pouco me lixando! Comigo você dizia que sentia sua testa coçando, agora é bem-feito que te ponham um par de chifres. Bem! Eu só vim colocar um fim em nossa sociedade, o resto você que se vire!

- Já disse que não vou terminar a sociedade. Quanto ao resto, deixe que eu resolvo em seu devido tempo. Quando tudo estiver resolvido vou te buscar e te trazer de volta, seu lugar é aqui. E quando eu fizer isso, nunca mais vai ter fugidas para a casa do papai, anote o que estou dizendo. Agora saia daqui antes que eu te arraste para aquele quarto e meta meu caralho no teu cu e te deixe cambaleando por uma semana com o rabo arregaçado. – ordenou, com aquela empáfia que me tirava do sério.

- Você optou pelo caminho mais complicado, não se esqueça disso!

- Espere! Tem mais uma coisa. – disse, quando eu já segurava a porta ligeiramente aberta para sair. Ele se aproximou de mim, agarrou e apertou meu queixo com brutalidade em uma daquelas suas mãos enormes e potentes, lançou seu corpo contra o meu fazendo a porta bater com força e me pressionando contra ela, ao mesmo tempo em que colava sua boca na minha, metendo sua língua nela e a movimentando devassamente, enquanto forçava sua pelve contra a minha como se estivesse me fodendo. – Agora vai! – exclamou, pouco depois de morder meu lábio e me soltar.

A caminho da casa dos meus pais, eu percebi a inutilidade daquela visita. Eu não só saí de lá sem resolver a questão, como agora estava tremendo todo, com o cuzinho piscando tresloucadamente e sentindo que aquele ainda continuava sendo meu homem. Me senti a mais inepta e imbecil das criaturas.

Três meses depois, ele apareceu na casa dos meus pais. Era um sábado de manhã, eu ainda estava na cama, pois havia chegado tarde de uma balada com a galera. Meus pais tinham ido passar o fim de semana na praia, e eu pensei em seguir para lá enquanto me espreguiçava decidindo o que faria naquele dia de sol manso que brilhava lá fora. Fui abrir a porta ainda sonolento e com a barriga roncando de fome.

- O que quer aqui?

- Te levar para casa e esfregar isso na tua cara! – respondeu, cruzando a porta sem cerimônia e enfiando um envelope nas minhas mãos.

- O que é isso?

- Abra!

Era o resultado de dois exames de DNA feitos em dois laboratórios distintos, ambos com um texto semelhante sob o título RESULTADO – OS RESULTADOS OBTIDOS MOSTRAM QUE NÃO HÁ COMPATIBILIDADE GENÉTICA ENTRE O REQUERENTE E A CRIANÇA SUPOSTAMENTE SEU FILHO TESTADO NOS LOCOS ANALISADOS – as duas folhas tremiam junto com as minhas mãos, enquanto meus olhos percorriam o texto.

- E daí? Isso só prova que você é um corno! Não prova que não me traiu com aquela baranga. – afirmei.

- Você e eu estávamos separados por que você decidiu assim. Eu não te traí! O fato de eu ter me deixado influenciar por pura necessidade fisiológica por essa cabeça aqui, não tem nada a ver com o que nunca deixei de sentir por você. Admito que fui um pato ao cair nas garras da Claudia, mas você tem culpa nisso também. Nada disso teria acontecido se você não corresse para a casa do papai cada vez que temos uma discussão. Além do mais, eu só meti meu pau naquela buceta uma única vez, por que não conseguia me conformar em estar sem as tuas carícias. A Claudia me ofereceu as dela e acabou acontecendo. – afirmou.

- Só me faltava essa! A culpa de você não conseguir segurar esse pau dentro da calça ser minha. Teu grande defeito é achar que, enquanto macho, você pode tudo. A coisa não funciona bem assim, pelo menos comigo não! – devolvi.

- Admito que sou mandão, como você diz! Mas, te garanto que o que a Claudia fez comigo me serviu de lição. Por pouco não me torno pai de uma criança com uma mulher que eu jamais quis. Eu te amo, seu viadinho complicado e encrenqueiro! Põe isso na sua cabeça!

- Então, segundo sua filosofia, sou eu quem tem que te perdoar mais uma vez? Tenho que esquecer e relevar que você se deitou com a mulher que estava fazendo de tudo para te tirar de mim? Você acha que eu tenho propensão para ser algum tipo de santo? Pois não tenho! O que você fez comigo não tem perdão! – afirmei, tentando ser o mais firme e resoluto possível.

- Se você me ama como eu te amo, vai me perdoar e me enxergar como uma vítima nessa situação.

- Você, vítima? É patético!

- Olhe a questão através do seu coração e não pela raiva que sente de mim!

- Não sinto raiva de você, acredita? Na verdade, não sei mais o que sinto.

- Acredito! Mas eu sei o que você sente por mim, você ainda me ama. É por isso que quero que volte para casa, lá é o seu lugar. Eu juro que vou segurar as pontas, que vou negociar as coisas com você em igualdade de posição, que vou me controlar e deixar de ser um mandão insensível. Eu quero cuidar de você! Preciso do seu amor e não vou mais pisar na bola. – aquele homem imenso falando manso e olhando daquele jeito para mim era uma tentação da qual eu precisava me libertar. Mas como? Se o que eu sentia por ele nunca mudou, mesmo sabendo das armações da Claudia.

- Não tem mais jeito para nós dois! Você me machucou demais.

- Me dá uma chance de remendar meu erro? – perguntou, aproximando-se de mim e me tomando em seus braços. Eu queria negar o pedido, mas não consegui, porque não tinha mais certeza de coisa alguma. E, a simples ideia de estar jogando fora minha felicidade com uma atitude inflexível me apavorava.

- Me dá um tempo? Preciso pensar a respeito.

- Não, não dou! Esse negócio de dar um tempo fodeu com tudo. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Você volta para casa comigo agora! – determinou ele.

- Estou pensando em encontrar meus pais na praia e passar o fim de semana com eles. Isso me dará tempo para refletir.

- Eu vou com você! Reflita o quanto quiser, contanto que seja ao meu lado!

Não valia a pena arrumar mais confusão, ele estava decidido. Meus pais ficaram felizes ao nos ver juntos novamente. Eu tinha a impressão de que todos tinham a certeza de que o Eduardo era o homem certo para mim, o homem que, mesmo de um jeito torto, conseguia me botar nos eixos e controlar meu temperamento explosivo. A questão era se eu concordava com isso.

- Prometi não ser tão mandão, mas isso não se aplica quando estivermos na cama, vou logo avisando! Peladinho entre quatro paredes você vai ser bem obediente, submisso e fazer exatamente o que eu mando, se não quiser uma surra de pica, combinado? – afirmou, quando entrei na cama naquela noite, seguido por uma ereção descomunal com um atraso devastador brotando feito um poste no meio das coxas peludas dele.

Meu cuzinho se ressentia tanto da falta daquela jeba que começou a se contorcer incontrolavelmente, me desestimulando a impor qualquer objeção à investida dele. Capitular ante um macho na cama era da minha natureza, não adiantava lutar contra isso. Além do que, o Eduardo sabia ser bem convincente quando queria sexo. Em vez de cair matando por cima de mim, deixando todo o desejo reprimido comandar suas ações, ele se segurava o quanto podia, avançando cautelosamente com abraços envolventes, mãos que percorriam minha pele tão insaciadas que dava para sentir a gana dele por mim, beijos molhados que circundavam meu rosto antes de chegarem aonde ele queria, minha boca receptiva e quente. O que o denunciava era o cacetão tão duro que parecia uma barra de ferro roçando minhas coxas e minhas nádegas, e as declarações apaixonadas que sussurrava junto ao meu cangote. Nem que eu fosse feito de pedra para resistir a tanto assédio. E, como não era; pelo contrário, eu era feito de carne e sentimentos tão vulneráveis quanto um filhote recém-nascido, que me derramava de paixão por aquele homem, cuja experiência traumática pela qual acabara de passar o amadureceu a olhos vistos.

Fingi que suas carícias não estavam me abalando, mas não o repeli. Deixei-o me envolver em seus braços, recebi seus beijos, deixei-o me encoxar de ladinho, disfarçando o tesão que meu cuzinho sentia, chegando a projetar as preguinhas como se fosse a vulva turgida de uma fêmea no cio. Só o fato de eu não me opor à sua investida lhe dava a certeza de que alcançaria seu objetivo, era só continuar naquela mansidão libidinosa, avançando devagarinho.

- Não vou ganhar nem um beijinho de reconciliação? – sussurrou, enquanto esfregava sua rola no meu reguinho.

- O que te leva a crer que vai haver uma reconciliação? – questionei.

- Isso aqui! – devolveu, pincelando a pica sobre as minhas preguinhas assanhadas.

- É assim que você pensa em resolver a questão, seu safado traidor?

- Safado sim, traidor não! Juro que de agora em diante toda minha safadeza vai ser só com você! E trate de não reclamar quando eu perseguir incessantemente esse cuzinho tesudo da porra!

Eu não revidei, minha respiração já estava tão acelerada com aquela cabeçorra úmida babando na porta do meu cu que, qualquer tentativa de contra argumentar, o faria perceber o quanto eu o queria dentro de mim. Meu silêncio e a placidez de meu corpo languidamente encaixado no dele responderam por mim. Bastou uma forçada e um impulso abrupto para a glande intumescida dele penetrar no meu cu apertado. Eu gani ao sentir as pregas se distendendo e se rompendo para permitir a entrada daquele bagulhão. Ele me apertou com mais força e mordiscou meu pescoço assegurando sua posse. Os pelos do peito dele colados e roçando minhas costas sempre me faziam estremecer e me entregar quando ele me pegava.

- Fala que estava com saudades que me sentir entalado em você, confessa vai! – grunhiu ele, cheio de tesão por estar com sua verga alojada na maciez tépida do meu cu.

- Eu devia nunca mais deixar você chegar perto de mim! – exclamei, numa última tentativa de não me render àquele macho tarado.

- Mas deixou! E, sabe porquê? Porque você sentiu minha falta, porque me ama e, porque sabe que sou seu macho e sempre vou ser. – devolveu resoluto e confiante.

- Não vou dar mole para você, entendeu?

Sua resposta veio na forma de uma estocada que fez a pica deslizar incólume rumo as profundezas das minhas entranhas.

- Ai, Edu! – gani permissivo e conivente. Era tudo o que ele queria, aquela submissão lasciva e amorosa que acalentava não apenas a necessidade de sua rola, mas a necessidade que seu coração precisava de sentir todo meu amor por ele.

Ele rolou para cima de mim, começou a bombar aquele mastro taludo e duro no meu cuzinho lanhando minhas pregas e esfolando meus esfíncteres anais. Eu alternava gemidos e ganidos conforme a dor se intensificava e tomava conta da minha pelve, se revezando com o prazer de ter aquele macho engatado em mim. Fazia tanto tempo que não nos amávamos tão intensamente que, para ambos, aquele foi um momento de redenção. O Eduardo mordia a pele do meu ombro, respirava ofegante e excitado no meu cangote, apertava meus mamilos entre seus dedos e puxava os biquinhos enrijecidos pelo tesão que eu sentia ao ter aquela pica entrando e saindo do meu rabo num vaivém torturante e prazeroso. De quando em quando ele grunhia meu nome, o que parecia deixa-lo ainda mais excitado. Eu senti o gozo vindo e se apoderando do meu baixo ventre. Um ganido, que mais soou como um uivo de um lobo acasalando, escapou dos meus lábios no instante que eu esporrei o lençol. Aquele macho me transportava para o Éden quando me fodia, isso era inegável.

- Para quem não queria nada com seu macho você gozou bem rapidinho, seu viadinho tesudo! – exclamou ele, ao notar que eu estava gozando. – Vem cá que, antes de eu te soltar, vou te fazer gozar mais uma vez! – emendou, sacando o caralhão do meu cuzinho.

Sem perder preciosos segundos, ele girou meu corpo, abriu minhas pernas e as fletiu até meus joelhos ficarem na altura de seus ombros. O cuzinho devassado, desprotegido e ferido ficou à sua mercê. Guiando o pau com uma das mãos, ele o meteu novamente no meu rabo, fazendo-o deslizar como um trem entrando progressivamente num túnel. Eu gritei e me agarrei em seus bíceps, deixando-o entrar em mim com toda sua potência. O vaivém cadenciado recomeçou, eu cravei as pontas dos meus dedos em suas costas antes de começar a deslizá-los sobre sua coluna. Ele urrava e grunhia, soltando o ar entre os dentes cerrados. Meu rabo ardia, e eu beijava aquele macho reclinado sobre mim, chupando e sorvendo a língua intrépida que ele enfiara na minha boca. Aos poucos, as estocadas se tornaram mais espaçadas e brutas, ele começava a ficar com toda a musculatura retesada e o pinto dele chegava tão profundamente em mim que parecia querer me transpassar e sair pela minha boca. Do peito estufado dele emergiu um som rouco e, da pica jatos infindáveis de porra pegajosa que ia escorrendo lenta e viscosa encharcando minha ampola retal. Enquanto ejaculava, seu olhar procurava a cumplicidade do meu.

- Eu te amo mais do que tudo nessa vida! Nunca duvide disso! – sussurrou ele, despejando aquele brilho carinhoso de seus olhos sobre mim. Eu levei minha mão ao rosto dele, acariciei-o e colei meus lábios aos dele. Ele sabia que eu estava confessando meu amor por ele com aquele gesto que se repetia toda vez que fazíamos amor.

Terminado o fim de semana, voltei com ele para o nosso apartamento. Aquele ninho me fez mais falta do que eu imaginava no tempo em que estivemos separados, pois tinha sido construído aos poucos com nossos recursos e nosso amor. Cada canto, cada detalhe daquele apartamento fazia parte de nossa história.

- Essa casa só faz sentido com você aqui ao meu lado. Tive medo de nunca mais ver você cuidando de tudo com seu jeitinho único. Cuidando de mim e das minhas coisas com o carinho que só você tem. Eu te juro que nunca deixei ninguém entrar aqui enquanto estivemos brigados, tive medo de profanar esse lugar. Isso é só nosso, isso é o que materializa o nosso amor e precisava ser mantido tão puro e casto como sempre foi. – confessou, tomando-me em seus braços.

- Estou feliz por estar de volta! Também senti muita falta do que construímos juntos. Eu te amo, Edu. – admiti.

Depois de um início tumultuado, nosso relacionamento amadureceu, como acho que cada um de nós, especialmente o Eduardo. Nenhum conflito externo chega a abalar o que sentimos um pelo outro. Parece que se formou uma barreira, um escudo que protege nosso amor e, é nele que estamos vivendo felizes.

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Comentários

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Simplesmente M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O...alias como todos os outros ne !!!!

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Antes de mais nada gostaria de dizer que sou seu fã Kheer. Já havia lido um ou outro conto seu no passado, mas nos últimos dois meses fiz uma grande maratona e li todos os seus contos publicados, e só posso dizer que talento como seu vi poucas vezes na vida, a escrita é simplesmente impecável.

Mas mudando de assunto, fico impressionando como existe gente chata nesse mundo! Todos os seus contos que trazem um ativo mais "mandão" ou "autoritário" lá vem um bando de gente chata querendo determinar regras até mesmo na ficção. Para os moralistas insuportáveis de hoje em dia tudo é relacionamento abusivo, pra mim só pode determinar se um relacionamento é abusivo ou não quem está DENTRO dele, e o amor pode sim mudar as pessoas, no final Eduardo estava disposto a mudar para ficar com Bruno.

Pra finalizar, não dê ouvidos a esse povo chato e continue nos presenteando com suas lindas histórias, e escrevendo da forma maravilhosa que só você sabe.

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Atheno, a cada comentário seu sobre meus personagens me convenço que você nunca esteve num relacionamento amoroso e, muito menos num relacionamento homossexual entre duas pessoas que se amam. Por tabela, a observação também serve para você Nogs. Vocês enxergam meus passivos por um ângulo muito peculiar, acham que ele sempre é fraco moralmente, o que só comprova que entendem pouco da psicologia humana. De qualquer forma, agradeço seus comentários e o fato de dedicarem seu tempo a ler meus contos. Abração para ambos!!

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Pra mim não houve traição, mais de seis meses separados é normal uma transa qualquer. Não vejo problema nenhum no conto, nem na personalidade do personagem, hoje em dia querem procurar defeito em tudo, nada é socialmente aceitável, bobagem.

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É real essa história? Gente, que lindo! Super torcendo por vocês dois. Acredito que você tenha outras situações para contar. Bjs e muita felicidade para o casal.

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Atheno tem total razão. Um ativo machista, brucutu, abusivo, traidor e calhorda que faz o que bem entende com um passivo de classe abastada que se anula mais que qualquer outra coisa. A romantização do relacionamento abusivo vai longe em teus textos. Sugiro um psicólogo pra investigar a origem desses problemas.

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Teus protagonistas não mudam nunca. Vc escreve bem, mas esse conto não ficou bom. Eduardo é um doente, relacionamento abusivo. O passivo é patético, é adulto bem sucedido no emprego q tem q correr pro papai.

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