Algumas horas depois, Nikolay acordou e viu que Igor ainda dormia pesadamente, com sua cabeça pousada sobre seu peito; ele acariciou os longos cabelos do rapaz e com rapidez, arrancou um fio de cabelo; Igor franziu o cenho, porém, continuou a dormir. O príncipe meteu a mão debaixo do travesseiro e retirou um saquinho de seda, onde guardou a pequena relíquia que cumpria com a primeira exigência feita por Mayla, voltando a dormir.
Ao acordar na manhã do dia seguinte, o príncipe viu-se só em sua cama; olhou ao redor e não viu um rastro sequer da presença de Igor. “Melhor assim!”, ele pensou, enquanto se levantava, preparando-se para um novo dia. Saboreando seu desejum, Nikolay pensava no segundo item exigido pela feiticeira. Haviam muitas jovens virgens não apenas no interior da murada, como também fora dela …, mas, como escolher? Quem escolher? E, principalmente, como fazer?
De maneira inopinada, a figura de Lana, prometida de Novak, surgiu no fundo do corredor que dava acesso para o salão principal, vindo em direção de Nikolay. “Não! Isso é loucura!”, ele censurou quando aventou a possibilidade de obter seu segundo item com a ajuda da jovem pura e intocada que aguardava o momento de ser desposada por Novak. Nikolay repreendia-se internamente, incapaz de tirar os olhos de Lana, cuja beleza singular era algo digno de uma obra de arte; loira de longos cabelos, olhos verdes envolventes, ornados em um rosto que mesclava uma expressão angelical com veladas insinuações libidinosas, presenteada por um corpo de formas estonteantes, capazes de fazer sucumbir o mais profícuo celibatário.
-Meu senhor …, muito bom dia – cumprimentou Lana ao se aproximar do príncipe, curvando-se em reverência – Teria para mim, meu príncipe, um minuto de sua atenção?
-Mas, é claro que sim, querida Lana! – respondeu Nikolay, com tom acolhedor – Sou todo ouvidos para ti!
-Fico imensamente grata, milorde – agradeceu a jovem – Porém, seria necessário um pouco de privacidade …, poderíamos nos ver mais tarde …, quem sabe em seus aposentos …, ou no meu?
Nikolay viu-se surpreendido pelo pedido de Lana, mas, compreendeu que deveria ser um assunto de extrema delicadeza, o que o levou a aquiescer, sugerindo que se encontrassem em um dos quartos destinados a hóspedes e visitantes estrangeiros. Lana concordou, dizendo que estaria no primeiro deles, pouco depois do jantar, despedindo-se rapidamente do príncipe e seguindo seu caminho.
É verdade que a solicitação de Lana deixou Nikolay não apenas confuso, como também surpreso, posto que a jovem sempre fora muito discreta, sem jamais ousar interpelar quem quer que fosse como acontecera naquela manhã; isso deixou Nikolay cogitando as razões que a levaram a fazer tal solicitação, aceitando de pronto um convite cuja intimidade poderia ser embaraçosa para ela.
Decorrido o jantar, Nikolay chamou Novak e deu-lhe instruções precisas sobre assuntos relacionados com a rotina da guarda palaciana, exigindo que ele acompanhasse tudo pessoalmente; Novak, como de hábito, não cogitou a ordem, prosseguindo para dar-lhe fiel cumprimento. O príncipe sabia que tais atribuições deixariam seu serviçal muito ocupado nas próximas horas. Assim, ele rumou para o local de encontro com Lana.
Ao entrar no referido aposento, viu que a jovem já lá se encontrara, sentada na beirada da cama, em uma posição de deixava claro o seu desconforto; pediu desculpas ao nobre, e quando tentou proferir mais palavras, pôs-se a chorar miúdo. Nikolay sentou-se ao seu lado, abraçando-a e deixando que ela pousasse a cabeça em seu ombro; pacientemente, ele esperou até que a jovem fosse capaz de retomar a intenção de falar.
-Me perdoe, meu príncipe …, mas, trata-se de um assunto por demais delicado – iniciou ela, com a voz rouca e embargada – Como sabes, guardo-me casta para quando consumar minha união com Novak …, ai! Isto é tão embaraçoso! …, não sei como dizer …
-Calma, minha querida! – consolou o nobre, acariciando os cabelos de Lana – Respire fundo e feche os olhos …, aja como se eu fosse, nesse momento, seu confessor …, diga o que lhe aflige.
-Essa castidade torturante, me leva à beira da loucura! – desabafou ela, contendo os soluços – As noites são piores …, eu não sabia o que fazer, e conversei com as mulheres da cozinha …, e uma delas, me disse que havia um jeito …, uma maneira de aliviar toda essa tensão …
-Sim, entendo – emendou o nobre, apertando o corpo de Lana contra o seu – E o que essa mulher lhe disse? …, diga-me sem receio.
-Ela …, ela …,bem … – balbuciou Lana, tentando libertar o que lhe afligia – Ela me disse que os homens sabem como proporcionar prazer a uma mulher sem que haja o risco de violá-la …, algo que pode ser feito com …, dedos …, ou ainda …, ai, que vergonha! Algo com a boca!
Nikolay compreendeu não apenas a necessidade da moça, como também a forma de obter o segundo item exigido pela feiticeira. “Sim, minha querida …, há muitas formas de proporcionar prazer …, e eu posso ajudá-la …, e creio que pede isso a mim, não apenas pelo receio de fazê-lo ao seu noivo, mas por confiares na minha pessoa? Estou certo?”, cogitou o príncipe, apenas aguardando a confirmação do que ele já tinha como efetivo. Lana balançou a cabeça em concordância.
O nobre, então, pediu a Lana que relaxasse, deitando-se sobre a cama e permitindo que ele levantasse seu vestido de algodão tingido de vermelho, ao que ela aquiesceu; ele a ajudou a deitar-se e, em seguida, levantou o vestido, abaixando a calçola; pediu ainda que ela abrisse as pernas, deixando a mostra a linda e intocada vagina glabra. Impossível ao príncipe conter seu olhar cobiçoso sobre aquela vulva, cujo formato levemente protuberante, deixaria qualquer homem exasperado.
Sem perda de tempo, Nikolay deu início a um dedicado dedilhado, manipulando com exímia habilidade a genitália intangida, não tardando em obter êxito ao proporcionar o primeiro orgasmo da jovem, cuja reação foi atribulada e seguida de longos gemidos e profundos suspiros; ela suplicou ao príncipe que não lhe desse trégua, prosseguindo no delicioso exercício manual, pedido que foi prontamente atendido.
-Aiiiiii! Meu Senhor! Que delíciaaaaaaaaa! Jamais senti algo semelhante! – balbuciava Lana, com seu corpo tomado por seguidas convulsões e espasmos a cada novo orgasmo que Nikolay lhe proporcionava – Por favor …, senhor …, Ahhhhhhhhhhh! Não pare, por favor …, eu lhe suplico!
Nikolay prosseguiu, tomando a cautela de valer-se de um lenço de seda a fim de coletar o “material” exigido pela feiticeira como segundo item de sua cura; cumprida a exigência, Nikolay não resistiu em substituir as carícias manuais por algo mais profundo; sem aviso, ele mergulhou seu rosto entre as pernas da jovem, valendo-se de sua língua não apenas para saborear aquele sexo quente e úmido, como também para suprir a jovem com uma nova onda de prazer.
Lana não cabia mais em si, tendo o corpo sacudido por intermináveis ondas de prazer, que a deixaram extenuada e incapaz de resistir ao assédio oral de Nikolay que se mostrava um macho insaciável …, algum tempo depois, ele achou por bem por fim ao momento delirante e depois de recomporem-se, ele e a jovem se despediram …, ambos satisfeitos com o resultado.