A CURA - PARTE QUATRO

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 1713 palavras
Data: 11/10/2020 22:38:38

Tão longo quanto a primeira vez, Nikolay chegou ao seu destino quase próximo do meio-dia; apeou da montaria e seguiu o caminho de pedras, até o casebre de Mayla; assim que chegou na porta, parou, respirando para adentrar no mundo da feiticeira. “Ah! Sê bem-vindo, meu Príncipe! Pelo que percebo, tu cumpriste a tarefa da qual eu o encarreguei!”, disse a voz da feiticeira, provindo do interior do casebre.

-Sim …, sim …, está feito! – respondeu ele, incapaz de esconder sua ansiedade – Tenho em meu poder as três relíquias que me pediu!

-Ótimo! Então, não fique aí fora! – reiterou ela, enquanto a porta do casebre se abria – Entre …, entre logo que uma tempestade caminha a passos largos!

Nikolay ficou surpreso ao vislumbrar o interior do casebre; em nada se parecia com algo velho ou deteriorado; era um ambiente bem cuidado e limpo, onde se via uma mesa de madeira, bancos, uma pequena construção de pedra onde se fazia fogo, uma cama de palha com pelos de animais e um baú de madeira colocado na frente da cama.

-Sente-se, meu príncipe …, sinta-se em sua casa – convidou Mayla, que surgira vindo não se sabe de onde – sente-se e me dê o que pedi …, mas, confesse um segredo …, tu gostou da aventura com o jovem Igor?

-Como …, como tu sabes disso? – inquiriu o príncipe, com ar estupefato, estendendo os itens.

-Apenas sei – respondeu ela, com desdém – Tudo vejo …, tudo ouço …, tudo sinto …, esse foi um dos legados que os Druidas da floresta me concederam, depois que me acolheram, quando teu honroso avô me expulsou …

-Mas, ao que eu soube, não foi meu avô – interrompeu Nikolay, querendo esclarecer – Contam que teu julgamento, tua condenação e tua expulsão se deram antes de meu avô guindar ao poder!

-Isto foi o que te contaram, meu jovem – respondeu ela, com tom entristecido – Porém, não foi assim …, seu avô, envenenado pela maldade de tua futura mãe, aceitou que eu fosse julgada por praticar bruxaria …, mas, por outro lado, ele me salvou, ao converter a condenação em expulsão. Mas, se me salvou também me condenou a essa vida isolada, que não é vida …, mas isso agora está no passado …, me conta, então? Gostou ou não?

-Sua velha pervertida! Como ousa – retrucou o nobre, com tom irado, mas, logo sentindo a derrota por seus pensamentos – Sim …, gostei muito! E após tanto tempo, foi uma ereção impensável! Era isso que queria saber?

-Na verdade, não …, quero saber como se sentiu com a jovem Lana e também com a Rainha Consorte – respondeu ela em tom irônico.

Nikolay sentou-se no banco e narrou as suas experiências, confessando que com Lana sentira-se mal e um tanto confuso, já que ela era a prometida de seu serviçal de confiança, mesmo ante o prazer que com ela usufruíra; quanto à Fedora …, Nikolay disse que foi bom, porém, ainda assim, sentira algo vexatório em usufruir de uma mulher que era nobre apenas por conta do título. “Fedora não tem nenhuma diferença das rameiras que vicejam pelo reino e pelo Condado, exceto o fato de ter sido desposada por meu pai!”, arrematou ele, com tom insatisfeito. Ao terminar, o príncipe percebeu que Mayla caminhara até o fogo, pendurando um pequeno caldeirão sobre um gancho e enchendo de água com os itens que ele entregara.

Enquanto ela mexia a infusão com uma colher de madeira, proferia palavras em uma língua que o nobre desconhecia …, algum tempo, depois, ouviu-se o ribombar de trovões e o fulgurar de raios que riscavam os céus, enquanto a tempestade desabava com espantoso vigor. Mayla não deu atenção ao evento, concentrando-se no preparo de sua poção …, e ao terminar, pegou uma concha de madeira, colhendo parte do líquido para despejá-lo em uma cuia.

Ela, então, ergueu a cuia acima de sua cabeça e proferiu o que parecia ser uma conjuração; ouviu-se um poderoso estrondo e, imediatamente, Mayla sorveu o conteúdo da cuia ante o olhar estupefato do príncipe. “Espere! Pare! Essa poção era para mim!”, gritou ele, sentindo-se insultado. Mayla contorceu-se, caindo de joelhos e curvando-se dolorosamente, enquanto gemia e gritava …, e ante os olhos do príncipe, aconteceu uma transformação.

Ao levantar-se, Mayla havia se transformado em uma linda mulher, de corpo esguio, formas sinuosas, e um rosto de cativante beleza. Sem nada entender, Nikolay ficou embasbacado, olhando para o rosto belíssimo da feiticeira, cuja exuberância o deixava arrebatado. “Mas, o que aconteceu? A poção não era para mim? Você me enganou? Me usou?”, bradou ele, questionando com tom de fúria.

-Não …, eu não te enganei, meu príncipe! – respondeu ela com altivez – Pelo contrário, o que aconteceu atingiu a ambos …, sinta seu corpo e me diga se não estás a sentir uma vitalidade renovada?

-Sim …, é verdade …, estou – respondeu ele, com tom hesitante – Mas, porque isso? E porque dos itens, afinal?

-Teu avô, me amou …, amou muito! – respondeu ela com tom solene – E por conta desse amor, ele me preservou …, ao me expulsar ele me deu uma nova chance …, e os magos Druidas fizeram o resto …, a poção era para que eu e você reencontrássemos nossa existência …

-Porque me sinto tão atraído por ti, Mayla? – perguntou o príncipe atônito e sentindo algo dentro de si – Porque sinto que preciso fazer de ti minha fêmea? Explica-me o que é tudo isso?

-Porque trazes dentro de ti, a semente da estirpe do teu avô – respondeu a feiticeira, aproximando-se ainda mais do jovem nobre – E nessa semente reside o amor e o desejo por mim …, assim foi, que os Druidas me preservaram para este momento …, as relíquias que te pedi serviram ao propósito de me devolver à vida …, e assim, me devolver para ti!

Nikolay ouvia tudo com extrema atenção, embora não fosse capaz de compreender o significado daquele evento insólito. “Ouça, jovem príncipe …, o fio de cabelo de Igor representa sua capacidade viril que desconhece limites; o lenço com o resquício dos prazeres proporcionado a Lana, comprovam que tu sabes dar a uma mulher todo o prazer e toda a dedicação que ela merece!”, explicou a feiticeira com tom de voz suave e carinhoso.

-Por fim – prosseguiu ela – A maçã mordida por Fedora, representa que tu sabes dar valor a quem merece …, e estas não são qualidades apenas de um bom macho, mas também de um homem justo, que será capaz de conduzir o reino com sabedoria …, tu me trouxeste as dádivas de ti para mim, e me resgatou, assim como seu avô sonhou antes de morrer …

Naquele momento, Nikolay não queria mais ouvir …, ele queria sentir! Tomou Mayla em seus braços e a beijou cheio de desejo, recebendo em retribuição, mais beijos e carícias; eles se abraçaram e dedicaram-se a saborear um ao outro …

O jovem príncipe livrou Mayla da túnica, revelando seu corpo de formas enlouquecedoras; tomou-a nos braços, levando-a para a cama; deitaram-se envolvidos em uma onda incessante de beijos e carícias; Nikolay embriagava-se com a textura quente e macia da pele da feiticeira, tocando-lhe os mamilos intumescidos, fazendo neles carícias infindáveis, para, a seguir, saboreá-los com intensa volúpia, ao som dos gemidos suaves da fêmea, que não perdeu tempo para sentir em suas mãos o membro rijo e vibrante do macho.

Em dado instante, Mayla subiu sobre o príncipe, oferecendo-lhe seu sexo quente e úmido, ao mesmo tempo em que sugava vigorosamente, a ferramenta de prazer de seu parceiro; perderam-se no prazer de saborearem-se mutuamente, sendo que Nikolay jamais se sentira tão viril, com seu corpo correspondendo aos movimentos orais de Mayla. Tomada pela insensatez do momento, Mayla pôs-se a cavalgar o jovem, deliciando-se em subir e descer sobre o mastro rijo, sentindo as mãos dele apertando seus peitos e beliscando seus mamilos.

As horas seguiam seu curso inexorável, com a tempestade ainda mostrando sua fúria, enquanto o casal trocava de posições; ora ele por cima, ora ela; ora de lado, ora de quatro; e depois de linguar o selo premiado de sua parceira, Nikolay brindou-a com uma penetração anal feita com muito cuidado e esmero. Mayla gemia e gritava ante os golpes robustos do jovem príncipe, ora penetrando, ora sacando seu membro do interior do pequeno orifício que, agora, pertencia a ele. E assim, seguiu-se o dia …, veio a noite, encontrar o casal ainda repleto de volúpia.

Era algo mágico que enredava o casal em uma teia de desejo que, a cada instante, parecia renovado e pronto para um recomeço …, e os gozos da fêmea já não eram mais contados, pois há muito tempo, números deixaram de ter qualquer relevância para eles; e nos momentos em que o rapaz dava sinais de um possível arrefecimento, a boca e as mãos da fêmea o faziam renascer das cinzas, retomando golpes e movimentos carregados de desejo.

E quando, finalmente, o gozo viril do macho sobreveio, foi deliciosamente recebido pela boca ávida da feiticeira, que deliciou-se em sentir transbordar a carga de sêmen de sua boca, escorrendo por seu corpo, como um presente há muito, por ela ansiado …, vencidos pela exaustão, Nikolay e Mayla adormeceram abraçados e satisfeitos. Na manhã do dia seguinte, após a tempestade, o sol derramou sua luz e seu calor sobre a terra; Nikolay acordou Mayla com mais beijos e carícias, que foram prontamente retribuídas na mesma proporção.

Nikolay prontificou-se a levar Mayla de volta para o reino, mas a feiticeira agradeceu, afirmando que era preciso permanecer no bosque por mais algum tempo; insatisfeito, o príncipe insistiu com veemência, dizendo que sua vida não teria mais sentido se ela não estivesse ao seu lado. Mesmo assim, Mayla resistiu, pois, tinha uma dívida com os Druidas do bosque e não poderia deixá-los sem uma expressa autorização.

Abraçados na porta do casebre, não perceberam a chegada de um pequeno séquito de anciões; Mayla os viu e, imediatamente, ajoelhou-se mostrando seu respeito pelos magos Druidas. Um deles, o mais velho e de semblante plácido, aproximou-se do casal e sorriu. “Aceite o convite do príncipe, jovem feiticeira …, tua passagem junto de nós já deu-se por cumprida …, nada mais te prende aqui!”, disse ele em tom ameno.

Nikolay, por sua vez, estendeu a mão, esperando pela aceitação da feiticeira; Mayla olhou para ele, sorriu e segurou sua mão; caminharam até o garanhão árabe que os aguardava pronto para galopar de volta ao castelo …, enquanto viam o animal desaparecer entre árvores, os anciões entreolharam-se e sorriram …, tudo havia retornado ao seu lugar …

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