Capítulo 1 – Uma Excursão Macabra.
Olá, galera!
Eu me chamo Dimitri e sou um adolescente russo de 14 anos e que tinha acabado o fundamental e abandonado os estudos desde então.
Na realidade eu não pude entrar no ensino médio por causa de um acidente do passado.
Mas isso eu falo outro dia porque não tem nada a ver com o que vocês precisam saber.
Mesmo não continuando os meus estudos eu ainda me envolvi nos rolês da galera da minha idade lá do bairro. Se tinha alguma viagem ou festa eu sempre ia de penetra.
Só que hoje eu não precisaria invadir nada.
Porque se tratava de uma excursão macabra e clandestina.
Sabe aqueles passeios que as pessoas fazem para Chernobyl?
Esse não era o único destino na Rússia para esses passeios exóticos. Um grupo de conhecidos meus tinha feito uma vaquinha e pago um busão para um outro endereço sinistro.
Era uma cidadezinha no norte da Rússia, tínhamos pesquisado endereços sinistros e esse era o principal lugar e o mais próximo. Vários fóruns russos eram lotados de rumores e histórias sobre esse lugar, eram sempre contos de terror sobre uma deusa do submundo, portais para o inferno e rituais de invocação na guerra fria.
E eu peguei um busão com 12 outros amigos para essa cidade.
Eram 6 casais e eu de vela basicamente.
Os pombinhos e as pombinhas eram os seguintes (homens na esquerda e garotas na direita):
Alexei e Irina.
Vladimir e Anastasia.
Boris e Yelena.
Nicholai e Natasha.
Viktor e Lada.
Mikhail e Karine.
Eles já eram alunos secundaristas, porém todos desajustados como eu (talvez nem tanto mas quase). O importante era que a vibe de caos já era o suficiente para eu me sentir mas em casa no meio deles do que no meu lar.
Em resumo era só um bando de adolescente querendo achar algum lugar isolado e assustador para trepar e fumar maconha com a adrenalina e o medo lá em cima.
E eu devia ser o único interessado no mistério do lugar.
- Prontos? Vamos lá?
O motorista parecia uma fusão do Salsicha do Scooby-Doo com um São Bernardo (o cachorro). Era um tiozão com a barba e os cabelos ruivos enormes e sujos. O próprio ônibus era a porra de um ônibus escolar russo de um modelo velho que ele deve ter comprado em um leilão. Isso é muito comum no meu país, talvez no de vocês não seja. Mas aqui as leis de trânsito são bem mais flexíveis e vende-se de tudo. Então você pode muito bem estar em uma lanchonete e ver um Panzer (isso é um tanque de guerra) da Segunda Guerra Mundial passar e estacionar em um Drive Thru e pegar um lanche pela escotilha e comer, e a polícia não vai se incomodar porque isso é normal aqui.
E depois de checar que estavam ali os 13 jovens que pagaram, a viagem começa.
- Eai, Dimitri. Sério mesmo que você veio? Só não incendeia a floresta inteira quando chegarmos. Kkkkkk.
Caralho meu irmão.
Toda hora as mesmas piadas.
- Vai se fuder, Vlad. Se me encher o saco é você que eu carbonizarei.
Essas piadinhas eram por causa do meu apelido (que eu evitava falar e me esforçava mais ainda para que outros não dissessem) e do motivo de eu ter sido impedido (isso mesmo, IMPEDIDO, acreditam?) de entrar no ensino médio.
- Deixa ele, meu amor. Senta comigo. – Era a Anastasia intervindo e chamando ele para sentar ao lado dela.
E os 6 casais ficam se pegando no ônibus enquanto eu olhava pensativo pela janela.
E assim a excursão macabra começa.
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Muito obrigada mesmo (^-^)