É difícil descrever o que senti após o fim de minha transa com meu enteado, o Henrique. Posso descrever como uma espécie de nojo, de desprezo por mim mesma, não apenas por ter ido para a cama com um adolescente, mas também por ter traído meu marido.
Arrependimento. Sim, essa é provavelmente a palavra que descreve melhor o que eu sentia.
Continuarei meu relato do exato ponto em que parei.
Estávamos ambos deitados no chão da sala, suados, exaustos, logo após o fim de nossa transa.
— Por favor... — Ele respirava com dificuldade, seu peito arqueando com vigor. — Não tira esses tamancos... Não tira. Use-os sempre que puder, e também quando não puder.
Senti meu corpo inteiro tremer com o pedido dele. Ergui minha perna para poder olhar meu pé com o tamanco: como ele podia sentir tanto tesão por algo assim? Não fazia sentido. Mas o tesão dele me deixava louca, completamente perdida. O tesão dele pelos meus pés e pelos meus tamancos me excitada de uma forma que não posso explicar. Posso apenas dizer que é uma delícia ser desejada daquela forma.
— Não vou tirar... — Passei meu braço peço seu ombro e deitei seu rosto sobre um de meus peitos. — Eu amo usar tamanco.
— Você não está entendendo — disse ele. — Eu me excito quando você sente dores nos pés. Eu não sei o porquê, mas quanto mais os pés de uma mulher estão desfigurados pelo uso dos saltos, mais eu sinto vontade de me masturbar para eles. E, para piorar, você é exatamente o tipo de mulher que eu gosto, morena e gordinha. Na verdade, eu gosto de mulheres um pouco mais gordinhas que a senhora, mas, ainda assim... — Ele começou a rir. — Meu Deus, eu nunca contei isso para alguém.
— Isso é um fetiche?
— É. Podolatria. E sinto algo parecido com mulheres fumantes.
Comecei a rir.
— Por quê? Pelo cigarro?
Eu sequer precisava olhar para ele para saber que a vergonha começava a aparecer em seu rosto.
— Não. Não é pelo cigarro. É a mesma lógica dos saltos.
— Entendo. Você gosta de imaginar a fumaça queimando os pulmões.
Ele demorou um pouco para admitir, mas acabou concordando.
Conversamos durante algum tempo, e durante nossa conversa acabei entendendo um pouco melhor como funciona os fetiches dele. E devo relatar que ele acabou me contanto de fetiches ainda mais bizarros, taras que não apenas não faziam sentido, mas que eram nojentas demais para qualquer mulher com o mínimo de sanidade.
Aquela noite, após nos separarmos, foi insuportável. Fiquei acordada até o momento em que meu marido chegou em casa, mas fingi que dormia, pois não consegui criar coragem para encará-lo depois do que fiz com o Henrique. Pela manhã, saí da cama com a maior cautela possível, para não o acordar.
Os primeiros dias após o ocorrido se passaram lentamente, com a minha culpa me corroendo. Eu e meu marido nos falamos muito pouco, pois constantemente me forcei a evitá-lo. Até que, no entanto, chegou o último dia no qual o Henrique ficaria em nosso apartamento. Tudo aquilo enfim estava para acabar.
Cheguei do trabalho me sentindo acabada. Eu não me lembro qual dia da semana era, mas fazia um sol de rachar, e por teimosia eu não quis pegar um ônibus para voltar. Suor escorria pelo meu corpo inteiro. Como sempre, sentei no sofá, retirei meus pés dos tamancos e comecei a massageá-los, exausta.
Era o último dia. Imaginei que tudo havia se resolvido, pois durante os últimos dias Henrique e eu mal havíamos nos falado. Mas lá estava ele, parado no corredor, olhando para meus pés.
— Pare — falei o encarando seriamente. — Por favor. Me deixe sozinha.
Ele demorou a responder.
— Você está suada.
Suspirei. Apanhei meus tamancos e fui direto para meu quarto. Tranquei a porta. Desta forma o problema estaria resolvido. Bastava eu adormecer, pois no dia seguinte ele iria embora. Me espreguicei e me aproximei do espelho do guarda-roupa. Aos poucos retirei a roupa de trabalho e me dirigi ao banheiro. Achei melhor, porém, levar uma muda de roupa para o banheiro. No entanto, foi neste momento que as coisas começaram a desandar novamente. Ao abrir minha gaveta de calcinhas me deparei com uma gaveta recheada de camisinhas usadas, além de que todas as minhas calcinhas haviam sumido. Senti um tremor percorrer meu corpo. Ele fora mais ousado do que imaginei que seria.
Era o último dia dele no apartamento. Repeti isso para mim mesma várias vezes, torcendo para que eu me acalmasse. Mas, no fim, cheguei a uma conclusão: o que importava? Eu já havia me sujado uma vez.
Abandonei a ideia do banho, pois Henrique gostou de me ver suada, pude ver em seus olhos. Já que ele escondeu minhas calcinhas, coloquei um vestido amarelo curto, com decote em V. Minhas unhas estavam pintadas de vermelho, então passei um batom cor sangue. Soltei meus cabelos e os balancei em frente ao espelho. Ajeitei meus seios por dentro do vestido, pois decidi que não colocaria sutiã. E, é claro, subi em meus tamancos amarelos.
Destranquei a porta e saí. Na sala o encontrei, sentado em uma das poltronas.
— Meu pai vai chegar tarde hoje — se levantou.
— Sim, ele vai demorar.
— A senhora...
— Não, pare — ele levou um pequeno susto. — Emiliane. Me chame pelo meu nome.
Me sentei no sofá e cruzei as pernas. Comecei a balançar o tamanco, pois Henrique havia me dito que sentia tesão com o barulho da sola do meu pé batendo contra o estofado do tamanco. Os olhos dele estavam cravados nos meus pés.
Eu sabia exatamente o que fazer para enlouquecê-lo,
— Você sabe, Henrique, que tenho trinta e cinco — o encarei antes de continuar a falar — Me apaixonei por tamancos aos doze, por causa dos saltos que minha mãe usava. Venho usando tamancos deste então. Escondida, usei os tamancos da minha mãe em várias festas. Eu gostava muito de um tamanco alto de madeira, com solado preto; o usei até que as tiras que seguravam meus dedinhos se romperem de tanto dançar de madrugada. Meus pés doíam tanto no outro dia...
A mão dele foi direto para dentro de sua calça. Segundos depois ele já estava se masturbando.
— É, você sabe, Henrique, o quando isso me custou... — passei meus dedos pelas veias saltadas em meus pés. — O salto alto destruiu os meus pés... Sinto eles reclamarem todos os dias. E não estou nem aí para o quão destruídos eles estão... Eu apenas amo usar tamanco. Deixo esses tamancos amarelos ao lado da cama, para poder calçá-los assim que eu acordar. Meu vício é tão grande que às vezes durmo de tamanco. Meus pés... Você sabe, Henrique... Um dia terei que amputá-los por isso... Mas eu não me importo nem um pouquinho. Preciso de tamancos nos meus pés.
A essa altura o pau dele estava completamente duro, pulsando enquanto ele se masturbava. Mas decidi forçar ainda mais a barra. Aquilo tudo era estranho para mim, mas era incrivelmente excitante.
— Preciso da sua porra nos meus pés. Eles tão me matando... Sua porra vai aliviar dor.
Ele já não aguentava mais. Se levantou e veio em minha direção. Sem uma única palavra, segurou em meus pulsos e me colocou de quatro no sofá. Ao erguer meu vestido, alisou minha bunda.
— Que bunda enorme... senho... Emiliane.
Sorri.
— Vamos, vem logo. Essa bunda gorda é toda sua.
Enquanto suas mãos apertavam minha bunda, senti seu cacete forçando a entrada do meu ânus. Por sorte eu estava suada, pois Henrique segurou firme em minha bunda e enterrou seu cacete em meu cu. Me forcei a segurar os gritos em minha garganta. Suas mãos tremiam; seu pau pulsava dentro de mim. Assim que suas mãos desceram para minhas cochas as bombadas começaram. Bah... Por sorte aqui posso descrever sem medo de represálias. Ele enterrou gostoso. Seu pau saía e entrava em meu cu de uma forma que nunca senti antes; eu o sentia rasgando a entrada todas as vezes, procurando espaço para se enfiar inteiro dentro de mim.
Em algum momento entre as estocadas comecei a sentir um dos tamancos começar a escorregar do meu pé.
— Não deixa esse tamanco cair, puta! — ele também havia percebido. Provavelmente me fodia olhando para os meus pés.
Pressionei meus dedos para baixo e forcei o tamanco contra o sofá, o prendendo ao meu pé.
Suor escorria pelos meus seios. Minha bunda tremia. Minha respiração estava acelerada.
Então, ele parou. Tirou seu pau de dentro do meu cu, me virou e me forçou a deitar no sofá. Delicadamente, retirou um de meus tamancos e o aproximou de minha vagina. Nesse momento fui atingida por um pouco de medo, tenho de confessar. Era algo inusitado. Ele, porém, não deu importância a isso. Levemente, acariciou minha vagina com o tamanco, esfregando com cuidado a quina com solado. De súbito, porém, quando se deu conta de que o tamanco estava encharcado, o levou até a minha boca. Fiquei surpresa, pois pensei que ele mesmo chuparia. Mas, ao contrário, ele exigiu que eu mesma chupasse. Segurei então o tamanco e o limpei com a língua. O gosto estava horrível, mas fiz por ele, pelo tesão dele.
Sorrindo, Henrique se joelhou e começou a me chupar. Sua língua deslizava pela minha vagina em movimentos aleatórios, selvagens.
— Assim... É assim que eu preciso... Continua chupando, Henrique... Continua e prometo usar esses tamancos pelo resto da vida! — Senti a língua dele girar o redor do meu clitóris. Gritei. — Não para! Me faz gozar de tamanco!
Senti o prazer percorrer todo o meu corpo. A tremedeira surgiu e se intensificou. Minhas pernas relaxaram sobre os ombros dele, com meus tamancos balançando em meus pés.
Após alguns segundos, ele se levantou e segurou um de meus pés na altura da sua cintura. Em seguida, colocou seu pau entre meu pé e o solado do tamanco. Cheio de tesão, começou os movimentos de vai e vem. Mas não durou muito. Minutos depois ele se preparava para gozar. Aproveitei para abrir minha boca pouco antes do gozo dele, fazendo a porra saltar dos meus pés direto para meu rosto. Um dos jatos melou meu cabelo, outro acertou meus olhos, e o último foi direto em minha boca.
Nesse momento, passamos a nos encarar.
— Preciso que faça algo por mim — disse ele. Exausta, imediatamente concordei.
Ele correu em direção a meu quarto. Um minuto depois retornou segurando as várias camisinhas que havia colocado em minha gaveta. Delicadamente, retirou meus tamancos.
— Vou escolher esse, porque está mais gasto, com as marcas dos seus dedos imprimidas nele.
Eu não sabia o que ele pretendia exatamente, mas concordei novamente.
Nos minutos seguintes, ele abriu cada uma das camisinhas e espalhou a porra velha e mal cheirosa dele em cima do tamanco. No fim, o tamanco estava quase que todo branco de porra.
— Coloca seu pé nele.
Sorri, provavelmente como uma cadela. Me levantei e me aproximei do tamanco. O cheiro forte e podre da porra dele me deixou com vontade de vomitar; provavelmente estava guardada há vários dias nas camisinhas. Levantei meu pé e o aproximei do tamanco. Ele encarava meu pé com devoção. Toquei a porra no solado com o dedão, em seguida coloquei os outros dedos; deslizei meu pé para dentro do tamanco com cuidado, devagar, sentindo a porra dele se espalhar por todo o meu pé. No fim, quando senti meus dedos na frente do tamanco, senti a porra dele escorrer pelos lados do salto. Atrevida, caminhei com aquele tamanco, deixando marcas de porra pela sala.
Por fim, antes de ir para meu quarto, parei na entrada do corredor. Eu precisava fazer aquilo. Levantei meu pé e tirei o tamanco melado de porra. Levei até acima da minha boca, deixando a porra escorrer pelo solado até meus lábios. Senti um dos piores gostos de minha vida: tinha gosto de ovos estragados e cheirava a esgoto. Quase vomitei. Mas bebi cada gota daquela porra, pois sabia que era o puro resultado do tesão de Henrique pelos meus pés e tamancos.
Uso os tamancos amarelos até hoje. Meus pés estão ainda mais arruinados.
Na última semana, meu ortopedista me advertiu para parar de usar salto alto. Comprei um salto plataforma ainda mais alto que o tamanco amarelo no mesmo dia.
Quero que se dane. Amo usar tamancos.