Enquanto mirava o raio de luz explodir no firmamento, o lobo guardião pensou nas palavras da anciã que, a partir de agora, não estava mais nesta dimensão; em seguida, ele se voltou para a loba de pelagem avermelhada, que ainda jazia inerte, mas com vida e mentalizou querendo saber quem era e porque viera. “Meu nome é Li Mei, fui arrebatada por um homem com uma tatuagem de lobo, e não sei mais o que aconteceu …, apenas sei que deveria vir aqui e matar aquela loba branca …”, respondeu ela, cuja energia mental estava tão pífia que o guardião demorou a compreender.
Assim que entendeu a mensagem, o guardião aproximou-se da loba, abrindo seu focinho e deixando um pouco de energia vital fluir de seu corpo para o dela; em minutos, Li Mei estava em pé e seus ferimentos cicatrizaram-se naturalmente. “Preste atenção, desalmada, pois vou dizer apenas uma vez: agora você é uma de nós, e eu não tenho tempo para longas explicações …, corra até a gruta no fundo do vale …, lá chegando, diga que veio em meu nome, guardião, e avise do perigo chamado Sheldon …, você entendeu?”, mentalizou o lobo. A sua interlocutora limitou-se a balançar a cabeça indicando que compreendera a mensagem. “Ótimo! Agora vá! Corra!”, arrematou ele.
Enquanto a loba desaparecia na escuridão, o Guardião tomou outro rumo …, ele precisava chegar ao nascedouro do grande rio o mais depressa possível …, tudo estava sob ameaça!
Em Genebra, Sheppard terminara seus afazeres mais urgentes e preparava-se para sair, quando, Isabella irrompeu em sua sala; tinha um ar esbaforido e uma expressão de apreensão. “O administrador sênior da célula da ONU descobriu uma quebra de segurança!”, disse ela quase berrando. Sheppard ficou atônito, pois os mecanismos de segurança, assim como o poderoso firewall que desenvolvera nunca foram rompidos. Imediatamente, ele pegou sua chave digital e correu para o centro de controle, seguido por Isabella.
Ele, Ronan, o administrador e Isabella vararam a noite até que conseguiram interromper o fluxo de informações e também o ataque de sub-rotinas, retomando a integridade do sistema. Aliviados, prepararam-se para ir embora, quando Isabella sugeriu um café em uma loja de conveniência que ficava próxima do edifício. Sheppard tentou dispensar o convite, porém, ante a insistência dos companheiros, acabou aceitando. Em volta de uma mesa, tomaram café e comeram sanduíches.
Pouco depois, caminhando em direção ao subsolo para pegar seu carro, foi alcançado por Isabella que pediu uma carona. Aproximando-se do carro, Sheppard sentiu uma tontura sem origem que de tão forte, fez suas pernas bambearem e sua visão ficar turva …, e antes que conseguisse entrar no veículo, viu sua cabeça rodar, até que ele perdeu os sentidos …
O guardião, finalmente, chegou ao seu destino; o nascedouro era protegido por uma feroz matilha de mastins tibetanos, e seu líder avançou na direção do lobo, preparando-se para o ataque. “Espere! Eu não vim para lutar! A Anciã não está mais entre nós”, mentalizou o guardião; o enorme cão cessou seu avanço e esperou.
“Preciso que todas as alcateias sejam alertadas do perigo iminente e da ameaça que paira sobre nós”, projetou o lobo.
“Sheldon! Aquele canalha! Farejamos sua presença …, mas, ele já está com Selena!”, respondeu o mastim mentalmente. O guardião sentiu a proximidade da ameaça. “Sabem algo de Sheppard?”,quis ele saber. “Sim, sabemos …, ele está nas mãos de Isabella!”, respondeu o mastim. Por um momento, ambos permaneceram em silêncio. “Preciso ir até ele …, mas, há muito tempo não tomo a forma humana!”, confidenciou o lobo guardião. “Não se preocupe, vou contigo!”, devolveu o mastim.
Lentamente, Sheppard retomava o controle de sua consciência; entreabriu os olhos com a visão ainda turvada, tentando compreender onde estava; parecia um quarto com móveis refinados e imerso em uma luminosidade difusa; ele tentou se levantar, mas sentiu fortes pontadas na cabeça, tornando a deitar-se. Olhou ao lado da cama e viu uma mesinha onde havia uma jarra com água e um copo; com muito esforço, ele conseguiu encher o copo e sorveu a bebida, aliviando a sede e também a secura em sua garganta.
De repente, a porta do quarto se abriu e uma silhueta feminina fez-se presente; o rapaz apurou a vista, tentando identificar a visitante, porém, não tinha êxito com a visão prejudicada e a iluminação difusa do ambiente. A visitante feminina aproximou-se da cama, sentando na beirada, estendendo a mão até pousá-la sobre o peito de Sheppard.
-Selena? É você? – perguntou ele, com voz sussurrada – O que você veio fazer aqui?
-Estava com saudades de ti, meu amor – respondeu a mulher em tom amoroso – Eu vim de Viena apenas para te encontrar.
Dizendo isso, a mulher pegou a mão do rapaz e puxou-a até que ele sentisse o calor da pele desnuda dela; com movimentos lentos, ela levou a mão a passear por seu corpo, até chegar aos seios, deixando que ele a sentisse. Sheppard acariciou as mamas e tocou os mamilos intumescidos, sendo tomado por uma excitação desmedida que fez seus sentidos acordarem de imediato.
Ele levantou o torso até conseguir envolver a parceira com braços buscando os lábios dela; eles se beijaram entre carícias e sussurros; Sheppard acariciava os mamilos da mulher e logo levou sua boca até eles, sugando e lambendo com imensa cobiça, ouvindo os gemidos da fêmea, que fazia carinhos em seus cabelos, projetando-se para que ele pudesse se apetecer ainda mais de seu corpo.
Entre beijos quentes e molhados com carícias ousadas, a fêmea subiu sobre o macho, esfregando sua vagina sobre o membro já enrijecido de Sheppard que não escondia sua excitação; logo, estavam a copular com a fêmea cavalgando o macho e sentindo suas mãos apertarem suas mamas; vez por outra, ela se inclinava para trás e bolinava as bolas do macho, fazendo que ele gemesse de excitação.
Por muito tempo eles permaneceram no idílio carnal, até que Sheppard girou seu corpo, invertendo a posição sem retirar seu membro de dentro da fêmea. Ele passou a golpear com vigor, enterrando profundamente seu membro nas entranhas da fêmea que gemia e gritava de prazer; o coito avançou desmedido, com a parceira experimentando uma sucessão de orgasmos enérgicos que varriam seu corpo, deixando-a em estado de absoluto êxtase.
Por fim, Sheppard ofegou, contraindo seus músculos e denunciando que seu orgasmo sobrevinha; com espasmos e arrepios, ele ejaculou profusamente, inundando as entranhas de sua parceira com seu sêmen quente, ouvindo-a gemer e gritar de satisfação desmesurada. Sentindo-se exaurido, o rapaz tentou retomar o controle de sua respiração e quando conseguiu, sentiu o entorpecimento que o levou a adormecer profundamente.
A fêmea ficou atenta, confirmando que ele realmente perdera, novamente os sentidos e, em seguida saiu do quarto. Do lado de fora, ela caminhou até uma poltrona onde sentou-se pegando o celular que jazia sobre a mesa de canto próxima. “Oi, sou eu …, está feito …, nem precisei colocar a gargantilha!”, disse ela ao seu interlocutor com tom sarcástico.
-Ótimo! Excelente! – comemorou Sheldon ao telefone – Tudo segue conforme o planejado! Agora, venha para cá …, ou melhor, vá para Alemanha …, nos encontramos lá!
-Tudo bem, mas, o que eu faço com esse idiota? – questionou Isabella – Dou um fim nele, ou o quê?
-Hum, deixei-me pensar – respondeu Sheldon – Faça o seguinte: mande meus homens tirarem a roupa dele e largue-o em algum lugar na fronteira com a França …, vou alertar o Víbora que temos um presentinho para ele!
-O Víbora? Tem certeza disso? – insistiu Isabella – Esse franguinho não tem nenhuma chance contra aquele monstro!
-Cale-se e obedeça! – vociferou Sheldon, demonstrando franca irritação – Detesto que me questionem! Mais uma, e você será a próxima presa do Víbora …, agora vá! Rápido!
Isabella engoliu em seco e nada disse; chamou os homens e mandou que eles fizessem o que foi determinado. Enquanto isso, Sheldon retornou ao local onde Selena era mantida prisioneira; olhou o corpo exangue da fêmea, e sentiu um enorme prazer com o resultado de sua sevícia; aproximou-se dela e fitou seu rosto pálido, com os olhos perdidos e os lábios ressecados.
-Tenha certeza, minha cara …, vou adorar fazer isso agora com você – sussurrou ele no ouvido dela, seguido de uma risadinha sarcástica.
Sheldon despiu-se e tomou o corpo quase inerte de Selena, tirando-a da mesa e colocando-a em decúbito, com as nádegas à mostra; abriu as pernas dela com chutes e puxou seus braços para trás; segurou ambos com uma das mãos, enquanto que com a outra, ele cutucava o ânus de sua vítima com o membro rijo. Projetou-se para frente, enterrando o mastro com um só golpe; o rosto de Selena permaneceu passivo; apenas uma lágrima escorreu de seus olhos.
Sheldon seguiu em frente golpeando cada vez com mais vigor, deliciando-se em submeter a mulher ao máximo de humilhação que alguém poderia suportar …, foram longos e escruciantes minutos durante os quais, aquele selvagem, currou impiedosamente sua presa, pouco se importando com o que ela estava a sentir; seu desejo de vingança o deixara cego, e agora, também insano, nutrindo seu desejo de vingança.
Neste cenário desolador, uma imagem veio à mente de Selena …, era a loba anciã. “Não se preocupe, criança, tudo terá um fim em breve …, tenha esperança …, estou cuidando de ti; ignore esse ser vil que não é digno de pertencer à qualquer alcateia …, sua conta está a caminho!”, mentalizou ela para a jovem. Selena esboçou um sorriso e a imagem de Sheppard veio a sua mente, tranquilizando-a e fazendo esquecer de seu sofrimento. Sheldon prosseguiu até que, beirando a exaustão, ele gozou, inundando Selena com seu sêmen maldito.
(Próximo da fronteira com a França): um carro avançava em alta velocidade pela rodovia, até que, tomando o rumo de uma estrada pedregosa, freou bruscamente, dando uma guinada para a direita; o passageiro abriu a porta e desceu, dando a volta no veículo; abriu a tampa do porta-malas e com a ajuda do condutor, tirou o corpo desacordado de Sheppard; atiraram-no em uma clareira mais a frente, retornando para o veículo e voltando pelo mesmo caminho em que veio.
A alguns quilômetros dali, um homem usando uma roupa preta e com uma máscara cobrindo seu rosto, deu uma longa tragada no cigarro que tinha na mão; seus olhos de serpente e seu faro preciso logo lhe indicaram o caminho em direção à sua vítima. “Espero que essa caçada valha a pena! Estou faminto!”, pensou ele, avançando pela picada pedregosa no meio da floresta fria e úmida. “É o Víbora! Pude sentir seu odor maldito!”, comentou o mastim ao lobo guardião. “Com esta forma, não temos a menor chance contra ele”, cogitou o lobo guardião.