Fui gostar logo de um puto 11

Um conto erótico de Marcelo
Categoria: Gay
Contém 1290 palavras
Data: 05/11/2020 23:09:04
Assuntos: Gay, Romance

Acordamos no outro dia cedo e logo fomos tomar um banho pra tirar o cheiro de sexo da noite passada em meio a muitos beijos e sarro debaixo do chuveiro.

Fiquei arrumando o quarto enquanto Caio foi pra cozinha preparar o café e ficamos depois na mesa conversando e comendo. Caio gato como sempre só com um short sem camisa. Enfiou metade do lanche na boca e ainda veio comer uma parte do meu, quando o celular dele apitou.

- Amor, tem uns brother meus chamando pra um rapel hoje... você importa? ...Quer ir? – ele completou logo meio inseguro

- Claro que não, vai lá se divertir. Eu estou meio cansado pra sair pra rapel e também não estou no nível de vocês, fica pra outra

Ele veio com a cadeira mais pro meu lado e me puxou pra mais um beijo, partindo pouco depois pra ir ao apartamento dele buscar os equipamentos.

Estava distraído guardando umas coisas no armário quando ouvi a campainha tocar e logo pensei que fosse Caio vindo me ver antes de partir, mas para minha surpresa era João.

Abri e ele entrou todo murcho se sentando no sofá, sem parecer saber o que falar.

- Me desculpe, passei da conta ontem

- Passou mesmo, ofendeu o Caio que nem nunca falou nada contra você

- Eu sei eu sei, mas é que você também ficou diferente com a gente

- Claro, João...onde a gente vai você tá sempre enfiando o Adonis no meio parece que pra provocar o Caio.

- foi mal foi mal... olha só, vamos passar o dia juntos como nos velhos tempos antes de Caio – ele falou e eu fechei a cara, mas logo aliviei a expressão abrindo um sorriso.

Passamos a tarde juntos no shopping revirando a livraria como gostávamos de fazer procurando bons títulos e depois fomos na cafeteria do shopping. Estava distraído conversando quando senti o celular vibrar e era uma foto de Caio, pendurado de cabeça pra baixo. Senti um frio na espinha e logo digitei de volta “Cuidado, menino...se você morrer eu morro”. Ele respondeu com um sinal de risada falando pra eu ficar tranquilo porque não sairia tão fácil da minha cola.

Mostrei pra João que falou que sabia onde era aquele lugar que a galera costumava fazer rapel e se eu não topava passar lá pra dar um susto nele. Sentia que ele estava tentando se redimir pelo papelão com Caio da noite passada e resolvi aceitar e aproveitar a oportunidade pra deixar os dois de bem de novo. Afinal, apesar de Caio não ter falado nada, sabia que ele não tinha gostado da atitude de João do dia anterior e o que eu menos queria era meu namorado brigado com meu melhor amigo.

Chegamos no local e João acertou na mosca, porque logo vi de longe Caio e mais uns quatro se preparando pra descer.

Caio estava distraído nos preparativos e só me viu quando já estava perto deles. Aproximei para cumprimenta-lo direito, mas ele se antecipou me fazendo um cumprimento um tanto extravagante.

- Fala, Marcelo – ele falou estendo a mão e me dando um tapinha nas costas em seguida – galera esse aqui é meu brother Marcelo e o amigo dele João, essa é minha galera do rapel – ele falou me apresentando. Estranhei o jeito dele, mas segui o fluxo.

Logo cumprimentei os caras, todos mais ou menos na faixa etária nossa e gostosos. César e Diogo eram brancos, peludos, malhadinhos de academia; porém menores que Caio. Já o terceiro, Sandro, era fortão como Caio, porém loiro, um olho muito azul e predador que senti me despindo. O quarto era moreno também, Wender, magro definido e todo liso com um rosto bonito e sorriso sincero.

- Vai querer descer também? – ouvi Sandro perguntando enquanto seus olhos me escaneavam.

- Ah não, viemos só ver como é, Caio falou que ia tá por aqui hoje.

- Nem trouxemos equipamento – João falou também pulando fora.

- A gente empresta – Wender falou e eu e João nos olhamos.

- Sabe o que é, é que acabamos lanchar, fica pra outro dia, só viemos ver onde era o lugar. Caio, vai pra casa daqui ou passar lá em casa?

- Ahh, hoje não vou animar pegar balada não, brother – ele falou e eu sem entender o jeito dele – trabalho amanhã cedo.

- E aí frangos, vamos descer ou ficar aqui a tarde toda? – Sandro falou empurrando os caras pra posição pra fazerem mais uma descida.

- Bom, vou nessa...- falei me despedindo dos caras que só me deram uma saudação junto com Caio que logo voltou pro meio deles se preparando.

- O que foi isso, João? – Falei quando já estávamos no carro vendo o primeiro deles iniciar a descida.

- Eu preciso mesmo falar? – ele falou e eu me virei pra olhá-lo – Isso, é óbvio, foi ele com vergonha dos amigos dele desconfiarem de qualquer coisa entre vocês. Relaxa, Marcelo. Olha eu nem gosto do Caio, mas é a coisa mais comum em caras desse tipo.

- Aquele ali é o mesmo cara que estava hoje de manhã todo apaixonado comigo na cama?

- ele mesmo, agora vamos embora vamos. Antes que aquele loirão sinistro venha cá, ele não parava de olhar você um minuto e parece que continua, olha lá.

Cheguei em casa depois de ficar um tempo na casa de João conversando e processando tudo do dia e só então fui ver a mensagem de Caio.

- Chamando aqui na sua casa e não atende, onde você tá? - Essa mensagem veio seguida de várias outras, nas mais de três horas seguintes a primeira.

- Uai, pensei não ia querer me ver mais hoje, não estava cansado, brother? -falei deixando a última palavra bem sublinhada.

- Marcelo, posso ir aí agora? A gente conversa...

- Não, quero ficar só hoje...boa noite

- Tá bem, amanhã falamos...amor, manda beijo pra eu dormir

- Boa noite, Caio

- Eita, tá bom, boa noite

Fui dormir cedo aquele sábado e acordei no domingo cedo também. Tomei um café, calcei meus tênis e parti pra dar uma corrida e colocar os pensamentos em ordem.

Fui até um parque do bairro vizinho, que tinha muita área verde, alternei entre corrida e caminhada um bom tempo até que o sol começou a esquentar mais, quando senti alguém correndo próximo logo atrás de mim e emparelhar comigo na caminhada. Virei pra olhar e a primeira coisa que reconheci foram os olhos azuis penetrantes, que pareciam despir a gente.

- Oi, bom dia, bem? – falei meio sem saber como agir

- Bom demais – ele falou estendendo a mão e esmagou a minha, só então fui reparar no peitoral brilhando de suor sem camisa, que ele levava na outra mão, e o short que ia até pouco acima dos joelhos.

Fomos conversando e sentia umas indiretas dele e uns olhares as vezes bem diretos pra minha bunda.

Já estava cansado e falei que iria voltar, quando Sandro perguntou se eu conhecia uma trilha bacana que tinha no parque e se topava ir ver antes.

Eu falei melhor não e ele insistiu dando uma pegada no pau por cima do short e só então reparei um volume um pouco maior ali.

- Vamos, pára de doce

- Que doce? – falei meio confuso e ele se aproximou mais de mim e falou baixo, apesar de não ter ninguém por perto.

- Eu sei reconhecer um viadinho a quilômetros – ele falou pro meu choque – e com uma bunda linda dessa, putz tá me deixando louco...desde ontem.

- viadinho é a puta que te pariu – falei nervoso e ele sorriu sarcástico.

- Relaxa, não quis ofender, mas gosta de uma piroca não gosta?

- Cara, vou embora, falou

- claro que gosta – ele falou enquanto eu já me afastava – se quiser vai tá aqui a sua disposição ele falou rindo e meu sangue ferveu mais ainda de raiva.

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Comentários

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Faz um mês e ainda não teve a continuação, você desistiu desse tbm?

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Eu estou amando esse conto e muito ansioso para ler os próximos capítulos e Please não demore muito não.

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A cada capítulo eu fico com a impressão de que algo vai acontecer, o título do conto ainda não faz total sentido, o que acaba me deixando super curioso pra ler os capítulos seguintes

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