Carlos Henrique: eu também amo o Vitor rsrsrsrs, vai ser épico você pedir a mão dele em um dia tão importante todo apoio a essa iniciativa, e realmente vivo muita nostalgia com essa história confesso que chorei em algumas partes quando escrevi, recordar é viver.
Geomateus: Nessa história não tem heróis e vilões assim como na vida real todos tem seu lado sombrio e seu lado iluminado tudo depende das escolhas que fazemos e o quanto nos importamos com os que estão próximos. Dani é o melhor ate hoje.
Fênix 34: Sim, essas características de ciumento com o ar de criança que não cresce deixa um cara super protetor como o Lucas babando.
Pichelim: Obrigado cara, você está sempre acompanhando e isso me deixa muito feliz.
Luuuh: Eu só posso agradecer pelas suas palavras, eu sinto como se fossemos todos amigos sentados em uma mesa de bar compartilhando historias nostálgicas dos tempos de adolescência, obrigado por compartilhar um tempo do dia para comentar/conversar
HermesAton: Cara, você me fez chorar com seu comentário, saiba que eu tenho mais recordações desses silêncios no pátio do que de qualquer conversa, esses momentos não foram raros entre eu e o Vitor, entre eu e o Dani, entre eu e a Valeria e varias outras pessoas especiais dessa época, me lembro de uma com o Vitor que eu estava sentado sozinho no banco pois as meninas não queriam matar aula com medo da prova, o Vitor chegou e sentou no banco que estava na minha frente e falou “ eu sei que eu não sou a companhia que você queria mais eu vou ficar aqui com você” eu não consegui dizer nada pra ele naquela época, apenas sorri e ofereci um lado do fone, mas ficou preso na minha garganta a seguinte frase “ você sempre será a companhia perfeita pra mim pois é aquela que sempre quer estar comigo” ( chorei de verdade), eu não pensei nessa frase do Shakespeare ( e eu adoro esse texto) quando escrevi aquela parte no texto, mas como você falou realmente e a descrição perfeita e eu tive a sorte de vivencia-la mais de uma vez, e obrigado por me abrir os olhos para esse fato, por vezes somos cegos para a riqueza da nossa própria história.
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Corremos para o colégio para não nos atrasarmos para a primeira aula, o dia seguiu-se sem muitas novidades, assistimos todas as aulas e quando arrumávamos os materiais para ele ir embora e eu para o treino de Handebol, me bateu um vazio por dentro, parei de arrumar meus materiais e fiquei observando seus enquanto ele guardava os dele, ele demorou um tempo ate perceber que eu o observava.
- Vitor: O que foi?
Sorrindo eu fiz a conclusão mais obvia da minha vida. – Você vai embora.
Ele me olhou sem entender bem o que eu queria dizer.
- Vitor: Mas eu volto amanhã, prometo.
Fui tomado por uma crise de risos, como ele podia ser tão inocente assim, irremediavelmente essas falas dele me fazia gostar ainda mais daquele jeito fofo dele levar a vida, tentei me controlar enquanto ele me observava.
-Eu: Você não pode ser assim tão fofo.
- Vitor: Se você quiser eu posso ficar ate o final do seu treino.
Eu bem que queria que ele ficasse. – Não, você vai pra casa dormir cedo que amanha as 8 horas vamos começar a estudar para as suas provas.
Ele me olhou meio triste. – Tá bom, eu vou pra casa, mas me manda mensagem quando terminar seu treino e quando chegar em casa?
Sorri para ele e consenti com a cabeça, já estava me virando para ir embora quando ele me puxa para ele.
- Eu: Você tá louco?
- Vitor: Talvez, mas louco mesmo eu estaria se não ganhasse ao menos um beijo seu por dia.
Sorri para ele, olhei ao redor e já não havia mais ninguém na sala, resolvi então deixar rolar, ele me puxou pra mais perto dele e me beijou de forma gentil e inocente como ele sempre iniciava, deixei que ele guia-se o beijo até que as suas mãos ficaram fora de controle e eu o empurrei um pouco separando nossos corpos, olhei para ele e sorri.
- Eu: Vai com calma parceiro, mais um pouco e eu não respondo por mim.
Ele não queria conversa puxou-me de volta pra ele, mas eu firmei o seu tórax mantendo a distancia entre nós, ele me olhou meio chateado soltou-me e abaixou a cabeça, eu levantei seu rosto com minha mão direita e acariciei sua bochecha sorrindo de forma fraternal ele me correspondeu com um sorriso de canto de boca ainda meio triste.
- Eu: Amor, se continuarmos nesse ritmo não vamos conseguir parar, e eu não quero parar na coordenação por ser pego sem roupa com você na sala de aula.
Ele riu sonoramente com a imagem que provavelmente se formou em sua mente.
- Vitor: Ok, você tem razão.
Dizendo isso ele começou a passar seu rosto pela palma da minha mão e eu aproximei-me dele mais uma vez e com extremo cuidado dei um beijo em sua boca não muito demorado para ele não se animar demais.
- Eu: Agora você vai porque meus pensamentos já estão ficando enevoados com você aqui perto.
Ele sorriu e foi embora, ainda fiquei ali um tempo rindo das atitudes e do jeito infantil que ele tinha ( que eu amava) e mais uma vez a voz na minha cabeça me dizia “ você esta ferrado”, talvez eu estivesse mesmo, mas já que eu ia pro inferno mesmo não existia motivo para não aproveitar o caminho, e com esse pensamento corro para o ginásio para não chegar atrasado.
O treino correu bem, o Paulo já não estava mais suspenso e estava bem integrado com o resto do time o que fazia que nosso time estive-se na melhor formação possível, o professor fez um pequeno intervalo para a agua antes de começarmos o jogo treino, olhei para a arquibancada sem muita expectativa pois sabia que ele não estaria lá (mais bem que ele podia estar), não era o Vitor mais existia alguém me esperando lá, me direcionei ate o canto afastado que ele estava e me sentei um pouco distante dele.
- Eu: Oi Cauan, como você está?
Ele sorrindo – Estou bem e você?
- Eu: estou bem também, e aí o que você queria conversar comigo?
- Cauan: Bem que a Valeria avisou que você era bem direto, eu queria falar com você a respeito dela.
- Eu: Ela sabe que você está falando comigo então? Bom, quer dizer que se você não voltar vivo ela vai me matar amanhã.
Falei sorrindo porem na expectativa dele perceber que tinha seu fundo de verdade na frase, ele sorriu com a brincadeira mais não pareceu mostrar preocupação comigo.
- Cauan: Então, eu sei que vocês são bons amigos quer dizer, são praticamente irmãos e senti que você e protetor em relação a ela e gostaria de te dizer que minhas intenções com ela são as melhores, ela e muito especial e eu tenho sorte dela me deixar aproximar dela.
- Eu: Você tem razão.
Ele me olhou meio confuso.
- Eu: Ela é especial e eu tenho ela como minha irmã, e para o seu bem é bom que ela não sofra por sua causa, pois se ele ficar triste por sua causa eu vou ficar com grilado e se eu ficar com grilado eu vou tirar satisfação com você e ai o negocio vai ficar meio feio, se é que você me entende.
Ele me olhou com a cara séria, mais senti que seu tom de voz suavizou demostrando que entendeu meu recado. – É como eu te falei não tenho intenção se fazer mal a ela, eu gosto dela.
Eu sorri para ele em sinal de trégua, não era meu objetivo criar inimizade e sim deixá-lo ciente de que não deveria brincar com os sentimentos dela.
- Eu: Então ela já falou com você em relação a viagem?
- Cauan: Falou sim, eu estou muito animado, mas eu queria te pedir mais uma coisa.
- Eu: Uai, pode pedir.
- Cauan: Tem um amigo meu que adorou sua apresentação no festival e ele escreveu uma musica, queria saber se você poderia gravar ela pra ele.
Sorri com esse pedido, quer dizer eu não era um bom cantor era muito mais um louco pulando e dançando do que cantor.
-Eu: Eu conheço esse amigo?
- Cauan: apenas de vista, segundo ele vocês só se cumprimentaram algumas vezes na biblioteca. O nome dele é Danilo e magricela e alto com cabelo raspado.
- Eu: não sei dizer se me lembro dele, mas como vou passar um tempo na biblioteca talvez eu o encontre por lá, você tem a letra da música aí?
Cauan faz uma cara estranha e tira um papel dobrado do bolso e me entrega, desdobrei o papel meio amassado com es estivesse bem guardado em uma carteira ou gaveta, no canto superior podia ver maraca de que o papel havia sido grampeado e cuidadosamente separado dos demais papeis para ser entregue, achei meio estranho mais o papel exalava um perfume que não era de papel mais a fragrância era bem fraca quase imperceptível ( tenho faro de cachorro), por fim reparei na letra, era bonita porem um pouco tremida e pequena e por fim resolvi per a letra, dizia mais ou menos:
“Não Me Dou Por Vencido
Fico calado
Sou como um menino adormecido
Que pode acordar
Com apenas só um ruído
Quando menos você o espere
Quando menos o imagino
Sei que um dia não me aguento e vou e te olho
E o digo para você aos gritos
E você ri e me toma por um louco atrevido
Pois não sabe quanto tempo em meus sonhos tem vivido
Nem suspeitas quando te nomeei
Eu, eu não me dou por vencido
Eu quero um mundo contigo
Juro que vale a pena esperar, e esperar, e esperar um suspiro
Um sinal do destino
Não me canso, não me rendo, não me dou por vencido
Tenho uma flor de bolso
Murcha de buscar a uma mulher que me queira
E receba seu perfume até trazer a primavera
E me ensine o que não aprendi da vida
Que brilha mais cada dia
Porque estou a apenas um passo de ganhar a alegria
Porque o coração levanta uma tempestade enfurecida
Desde aquele momento em que te vi
Eu, eu não me dou por vencido
Eu quero um mundo contigo
Juro que vale a pena esperar, e esperar, e esperar um suspiro
Um sinal do destino
Não me canso, não me rendo, não me dou por vencido
Esse silencio esconde palavras demais
Não me detenho, aconteça o que acontecer eu continuarei
Eu, eu não me dou por vencido
Eu quero um mundo contigo
Juro que vale a pena esperar, e esperar, e esperar um suspiro
Um sinal do destino
Não me canso, não me rendo, não me dou por vencido.”
Sinceramente aquela letra era por demais familiar para ser uma composição de alguém, eu já havia ouvido alguma coisa muito parecida com aquilo, porem meu tempo havia acabado o pessoal do time já estava me gritando para voltar para a quadra, me despedi do Cauan guardei o papel na minha mochila e voltei para a quadra.
Quando o Jogo terminou ele não estava mais lá, mandei uma mensagem para o Vitor avisando que o treino havia acabado e fui para casa e percebi que tinha três mensagens da Valeria, abri a primeira.
Valeria: O Cauan vai conversar com você não seja o ogro que eu sei que você é.
Me diverti lendo aquela mensagem mais do que eu deveria.
Respondi: Sinto muito mais uma vez ogro sempre ogro.
Valeria2: Não acredito que você ameaçou o Cauan, você perdeu totalmente o senso do ridículo? É por sua causa que eu nunca namoro.
Resolvi ler a terceira antes de dá a resposta da segunda, vai que a história amenizou.
Valeria3: Tá você e um ogro, mas e o ogro mais fofo do mundo você realmente se preocupa comigo.
Eu: Você é uma destrambelhada Valeria, e logico que eu me preocupo com você e não foi uma ameaça foi um aviso se ele te fizer chorar digamos que ele vai passar uma temporada no hospital com as pernas quebradas, só eu posso fazer você chorar, lide com isso.
Cheguei em casa, tomei um banho e me deitei na cama para ver as mensagens e avisar o Vitor que eu já estava em casa, ele havia me mandado uma mensagem.
Vitor: Vai com cuidado pra casa e não esquece de me avisar quando chegar pra eu poder dormir em paz.
Ele era realmente fofo.
Eu: Já cheguei em casa e o senhor trata de dormir porque eu não vou pegar leve com você amanhã cedo porque você está sendo fofo não.
Abri a mensagem seguinte que era da Valeria.
Valeria: Você nunca me fez chorar então e fácil lidar com isso.
Eu: E é assim que as coisas têm que ser, você não foi feita pra chorar e sim para sorrir.
Tinha mais uma mensagem no meu celular, uma mensagem de um número desconhecido, achei estranho pois nunca tinha recebido nenhuma, resolvi abrir mesmo sem saber de quem era, A mensagem dizia apenas:
Desconhecido: Aproveite sua felicidade enquanto você ainda pode, muito em breve tudo vai mudar.
Não consegui evitar o sorriso com aquela mensagem, alguém deveria estar maratonando os filmes do pânico ou eu sei o que vocês fizeram no verão passado, era digno de pena a pessoa que perdia seu tempo ameaçando os outros dessa forma tão vazia, eu resolvi responder utilizando as mesmas tática de filmes de suspense que ele, se ele queria que eu fosse o protagonista do show eu iria encarar o papel.
Eu: “Porque você não mostra a sua cara”, agora você deveria sair de baixo da minha cama e tentar me matar, mas você é muito covarde para isso seja lá quem você for, faça o seu melhor pois eu farei o meu mane.
Depois de enviar essa mensagem adormeci tranquilamente.
No outro dia acordei cedo confesso que sem muito animo, mas promessa e dívida, tomei um balho e fui para o colégio, cheguei lá por volta das 07:45 e não era surpresa o Vitor não estava lá, sentei me em uma mesa mais afastada e fiquei tomando meu café, passado 15 minutos e nada dele chegar e para piorar havia começado a chover, após mais 10 minutos ele chega ao meu lado encharcado de agua, e pasmem ele estava lindo molhado, a camiseta grudada no corpo pela chuva mostrava claramente os seus músculos, o cabelo meio grande molhada contrastava bem com os traços no seu rosto mais o mais marcante era o sorriso que ele sustentava ao me olhar, sentou ao meu lado e sacudiu o cabelo como se fosse aqueles cachorros de peludo dos filmes, me molhando todo, olhei pra ele indignado mais ele me olhou sorrindo o que me fez esquecer o motivo daquela indignação que eu tinha, soquei o braço dele e sorri de volta.
- Eu: Você não trouxe toalha não?
- Vitor: Sim, tenho uma na mochila.
- Eu: então vai se secar e trocar essa camisa molhada mane.
Ele sorriu pra mim e foi ate o banheiro, voltou alguns minutos com o cabelo todo bagunçado e com uma camisa de time, sentou-se ao meu lado.
- Vitor: bom, estou pronto para a minha tortura pode começar.
Sussurrei em seu ouvido. – Eu tenho algumas ideias bem interessantes de como te torturar bebê.
Ele me olhou assustado, era a primeira vez que eu falava sacanagem para ele dessa forma.
-Vitor: Você não pode falar assim comigo não, afinal eu sou um bebê.
- Eu: Tá bom, vamos estudar então que você agora vai ter que aprender física.
Agora foi sua vez de me deixar encabulado. – Eu preferia a outra tortura, na realidade estou louca para saber do que você e capaz.
Eu apenas sorri. – Uai, não era um bebê até agora apouco?
- Vitor: Eu era mais você só quer me torturar, e ainda vem com física.
- Eu: Para de chorar que eu não quero ganhar seu dinheiro atoa.
Comecei do básico com ele, explicando a diferenças entre lentes côncavas e lentes convexas, o significado de D.I e D.O e outras questões básicas do conteúdo, ele tinha dificuldade mais com o avanços das tempo ele já estava conseguindo fazer os cálculos sozinhos o que me deixava muito orgulhoso dele, por volta das 10 horas paramos para ele ir fazer o treino de futsal.
-Vitor: Vamos comigo para o treino?
- Eu: pode ir na frente, antes do jogo começar eu vou estar na arquibancada.
Ele me olhou com a cara de tristeza de quando queria me forçar a fazer o que eu não queria.
- Eu: Não me olhe assim, vou usar esse tempo para preparar a aula de amanhã.
Ele sorriu e saiu satisfeito por eu estar fazendo alguma coisa por ele, eu fiquei meio indignado com esse comportamento será que pra ele agora só existia ele na minha vida? Conhecendo a cabeça dele a resposta era sim, sorri com esse pensamento. Na realidade eu queria ver aquela carta do Cauan novamente, não sei por que mais eu conhecia aquela letra de algum lugar, existia mais naquela carta do que eu sabia e o Cauan jamais revelaria, eu teria que encontrar o Danilo para ter mais informações e minha melhor pista e que nós já nos cumprimentamos na biblioteca, fiquei olhando todas as mesas ao redor procurando alguém sozinho que encaixa-se na descrição do Cauan, alguns minutos passaram ate que eu vejo um cara do outro lado da biblioteca escondido entre os livros e ignorando tudo a sua volta, ele era meio parecido com a descrição, mas a descrição que eu tinha encaixava em muitas pessoas, eu não tinha escolha iria arriscar na pior das hipóteses não seria ele e eu iria para a quadra., caminhei lentamente ate ele observando-o ate que cheguei ao lado dele e o estranho e que ele ainda não havia me notado, sentei na cadeira de frente a dele e ele quase caiu da cadeira que estava ao olhar para mim, sorri com a sua reação e ele ficou vermelho.
- Eu: Calma cara, eu só acho que você é um amigo de um amigo e queria ter certeza, seu nome é Danilo, não é?
Ele apenas balançou a cabeça de forma afirmativa.
- Eu: Então quem falou de você pra mim foi o Cauan.
Espera tranquilizá-lo com aquela informação, mas ele me olhou ainda mais assustado com o que eu havia falado, eu sinceramente estava ficando sem opções para abordá-lo.
- Danilo: Desculpa, eu não sei o que o Cauan te falou mais as coisas não são assim.
- Eu: Ele só me falou que você gostou da minha apresentação no festival e que escrevia algumas letras, desculpa estar sendo invasivo você está claramente desconfortável com a minha presença talvez seja melhor eu ir embora.
Era uma jogada arriscada mais se funciona-se ele abriria uma brecha para que eu pudesse conversar com ele.
- Danilo: Espera, não vai embora, não e pessoal cara eu afasto todo mundo.
Eu sentei-me novamente e cruzei meus braços atrás da cabeça.
- Eu: Sei bem como é isso.
Ele me olhou com curiosidade. – Desculpe, mas eu não vejo como.
Eu sorri para ele e a confusão instalou-se em seu rosto.
- Eu: Bom, você não gosta que as pessoas se aproxime de você, prefere desaponta-las no inicio para que elas não te desapontem mais tarde, é uma ótima estratégia se você quer ficar sozinho, porem eu sou imune a ela também já a sei por muito tempo na vida.
- Danilo: Bom, e como você sabe se não vou decepcioná-lo?
- Eu: essa e a Graça Danilo, eu não sei a vida e feita de apostas e eu resolvi que vou fazer uma aposta em você, mesmo que você não queira.
Ele me olhou desconfiado. – E como vou saber se isso é verdade?
Eu o olhei meio ofendido. – E realmente importa? Quer dizer você tem tantos amigos assim que não pode fazer mais um?
- Danilo: Na realidade não tenho amigos.
- Eu: Corrigindo, não tinha e é estranho o Cauan falou que vocês são amigos.
- Danilo: Tá tenho um. Ficou vermelho novamente, - Tenho dois.
Sorri satisfeito com a colocação dele. – Que ótimo.
Peguei um papel e uma caneta dele e escrevi meu número. – Aqui está você pode me mandar mensagem para que a gente converse mais, fiquei sabendo que você escreve músicas e fiquei muito admirado com isso, quem sabe você não possa me mostrar o que escreve?
- Danilo: Acredite não é nada demais.
- Eu: não seja modesto. Era hora de jogar a isca. – Cauan me mostrou uma letra que você escreveu, ele ate queria que eu cantasse ela.
Ele ficou vermelho novamente. – Ele não podia ter feito isso, aquela letra era particular.
- Eu: Poxa, pensa bem se ele não tivesse me mostrado nos não estaríamos conversando, e eu prometo não mostrar pra ninguém. Fiz cara de inocente, confesso que nunca foi minha especialidade.
Ele pareceu relaxar.
-Eu: Olha só, o Vitor está jogando futsal e eu fiquei de ir ver o jogo, vamos comigo?
- Danilo: Eu em um lugar público, acho melhor não.
Sorri para ele. – Isso pareceu um convite? Vamos logo moço ninguém vai te fazer mal perto de mim não, e os caras lá são feios mesmo mais são todos gente boa.
Comecei a juntar os livros dele e colocar na mochila, enquanto fazia isso eu percebia que ele era um cara legal, presos nos seus livros e no mundo que ele criou seguro mais incompleto, peguei um livro que eu conhecia bem “o Silmarillion”.
-Eu: Danilo, você já leu o Senhor dos anéis?
- Danilo: Ainda não.
- Eu: ainda bem que você me conheceu, você não pode começar a ler pelo Silmarillion, tem que ler o Hobbit e o Senhor dos anéis antes.
Ele me olhou e sorriu de forma sincera pela primeira vez.
Saímos da biblioteca ruma a quadra...
Continua...