A mãe havia aceitado Leia como puta profissional, mas a viadinha sabia que tinha que reconquistar a confiança de Verônica. Por isso pediu permissão para “sair” com o namorado, depois da festa da turma da antiga escola.
A travesti planejava contar tudo para seu homem.
O churrasco do fim do segundo ano do ensino médio, da antiga turma de Leia e ainda turma de Gilda, foi o primeiro evento social em que a boneca foi vestida de mulher. E ela fez questão de se produzir.
Leia ainda tinha um dinheirinho, e ela e Gilda combinaram de irem como “par de jarras”. As duas de bermudas jeans, brancas e coladérrimas, destacando bem os bundões e as coxas grossas. E as duas com blusinhas “ciganinha” amarelas, e sandálias de tirinha e meio salto, também amarelas. A festa era em casa com piscina, mas nem Gilda nem Leia queriam cair na água. Não confiavam nos meninos, mesmo com Gil presente.
O grande cuidado de Leia foi o corte de cabelo, sempre alisado artificialmente. Como seu cabelo tinha crescido bastante, o corte assimétrico estava esquisito, mas ela já podia voltar a usar o mesmo corte indígena de Gilda, com franjinha e fios longos e escorridos, terminando em pontas arredondadas. Claro, o de Gilda terminava uns quatro dedos acima da bunda, e o de Leia ia ficar só pouco abaixo dos ombros. Mas de frente as duas iam parecer irmãs.
Com a proibição de ver Vadão, Leia não podia mais cortar com Paulete. Por isso pediu pra Gilda perguntar à dona Mara, mãe da amiga e do namorado Gil, se tinha problema ela ir na mesma cabeleireira que a indiazinha cunhada, e que a sogra de Leia frequentavam. E dona Mara até gostou, pois sempre queria saber mais sobre aquele viado com quem seu filho tinha um “caso”. Apenas pediu para Leia nunca mencionar Gil no salão, o que a bichinha entendeu.
Gilda e Leia foram juntas e a cabeleireira, Adriana, adorou ter uma jovem travesti como cliente, e elogiou bastante sua beleza. Leia acabou também fazendo sobrancelhas e unhas no salão.
No dia da festa, Gil levou a irmã primeiro, de moto, e depois foi pegar Leia. Logo de cara Gilda foi hostilizada pela ex-amiga Sara, e por umas duas seguidoras da loura, por causa de Marcelo. Chamavam Gilda de “ladra de homens”, mas isso só as fez ficar com mais raiva, porque a indiazinha as ignorou solenemente. Se tinha uma coisa que não faltava na vida de Gilda era homem querendo agradá-la em festas da escola, e ela tinha a atenção de uns quatro ou cinco rapazes da turma, o que deixava Sara ainda mais furiosa.
E quando Leia chegou, vestida igualzinha a Gilda, e com cabelo quase igual, aí mesmo é que Sara e as amigas morreram de ódio. A garota mais bonita e gostosa da escola fazia par com o viado que tinha saído da escola pra virar travesti. E que era uma travesti quase tão bonita e gostosa quanto Gilda, e certamente muito acima da média de atração física das outras garotas ali presentes.
Gilda e Leia eram as estrelas da festa, embora outras garotas pulassem na piscina de biquíni, e dessem beijos ousados em seus ficantes, tentando chamar atenção. E quem tomava conta das duas estrelas era Gil, que tava de excepcional bom humor, regado a cerveja. Na verdade Gil se orgulhava de suas fêmeas. Gilda levou a câmera Polaroid que ganhara de Samira, e fizeram fotos da turma, do trio formado pela indiazinha, Gil, e Leia, e do “par de jarras”, Gilda e Leia, sozinhas. Apesar dos dramas e expectativas de cada um, eram três adolescentes felizes.
Leia se preocupou um pouco com os meninos pra quem ela tinha pagado boquete e dado o cu. Daniel a paquerou com os olhos, à distância, mas ficou num canto discreto. Mas Mário, que continuava com problemas de consciência por ter enrabado o primo Sandrinho, não culpava Leia por isso, e ficou de boas. Até bebeu e brincou com o trio de Leia, Gil e Gilda. O problema mesmo veio do grosseirão Cláudio.
Depois de beber umas duas cervejas, Cláudio fez brincadeiras sem graça, e a pior foi perguntar pra Leia com uma voz já um pouco arrastada pelo álcool:
- E aí, viado? Comé que tá esse cuzão gostoso?
Leia e Gilda olharam preocupadas pra Gil, com medo da reação do macho, mas ele só riu alto e comentou sem raiva aparente que Cláudio era um babaca.
Mas pouco depois Leia prestou atenção em Cláudio contando alguma coisa pra Gil, num canto, e viu de longe o que aconteceu, sem escutar o que eles falaram. Só soube o que Cláudio contou, quando Gil falou depois.
Cláudio segurava uma latinha de cerveja quando falou alguma coisa pra Gil em tom de deboche, apontou pra Leia, e disse mais alguma outra coisa depois. Gil riu da fala do outro e sempre rindo, fingindo que se divertia, apertou por fora a mão de Cláudio que segurava a lata, e esmagou. Esmagou, mesmo! Com lata e tudo, o tempo todo falando alguma coisa pra Cláudio, e sempre rindo.
Cláudio berrou um “Filho-da-puta! Áááiiii!”, de dor, e Gil o soltou, caminhou pra Leia alegre, como se nada tivesse acontecido, e a beijou na boca na frente de todo mundo. Um beijo daqueles cinematográficos, de curvar a fêmea pra trás com os corpos colados de tesão.
A galera do churrasco já tinha bebido bastante, e começou um aplauso e gritaria, em homenagem ao beijo, que foram contagiantes. E Leia foi às nuvens! Foi seu momento de glória! Nunca em sua vida tinha se sentido tão acolhida, tão aceita como mulher, mesmo com todos ali sabendo que era puta. “Todos”, talvez menos Gil. Mas a onda de aprovação do beijo foi tão grande que a viadinha esqueceu na hora qualquer preocupação com a cena entre Cláudio e Gil.
Gil passou o resto do churrasco agarrado a Leia, ora beijando, ora conversando com os outros mas abraçando a travesti pela cintura, ora sarrando o bundão dela com a rola dura dentro da bermuda. Com os alertas da irmã, e da própria Leia, Gil começou a beber coca-cola, e nem chegou a ficar bêbado. Aparentava estar feliz, simplesmente. E a boneca era a viadinha mais feliz de Belém.
No fim do churrasco Gil foi levar Gilda em casa, primeiro, e só então Daniel chegou em Leia, pra cobrar a promessa. O rapaz estava atiçado e invejoso das cenas entre a piranha e Gil.
- Espia... tu tá me devendo!
Leia, feliz da vida, passou um dedo provocantemente pelo peito de Daniel, e respondeu:
- E tô doidinha pra te pagar. Mas tá difícil. Mamãe tá no meu pé! Só me deixa sair de casa pra escola, ou com Gil.
- E teu namorado é brabo, né? Acho que ele desmontou a mão do Cláudio!
- De pedra? Nem vi! Cadê Cláudio? – Leia mentiu, com uma ponta de orgulho de Gil.
- Saiu dizendo que ia pro hospital.
- Égua!
- Mas imagino que deve ter falado merda, e mereceu.
- Ah, nem duvido!
- Espia! Tuas aulas não acabaram, não?
- Acabam quarta que vem.
- Pô... toda quarta-feira é folga da empregada. Ela trabalha domingo, pra ajudar a cuidar da minha avó. E depois que meus pais saem pro trabalho, fico sozinho em casa. Tu bem podia me visitar.
- Áxi? E tua avó?
- Ih, ela não fala coisa com coisa. Só fica vendo televisão na sala, ou no quarto dela. Nem vai te ver.
- Tadinha!
- A gente fica no meu quarto, e ela nem vai saber de nada. Bora?
- Ái, Danny... num sei.
- Eu te pago. Né de graça, não!
- Mas eu falei que tava te devendo...
- É... mas sei que tu precisa. Tu sai que horas?
- Uma hora.
- Quer almoçar lá, comigo?
O tom de Daniel era carinhoso, e Leia cedeu. Tinha gostado da mudança do rapaz, para com ela.
- Espia! Almoço no caminho e chego na tua casa duas horas. Mas sem Cláudio nem ninguém mais, tá?
- Claro!
Logo depois Gil chegou para levar Leia, e eles se despediram de quem ainda estava no churrasco. Cheia de tesão pelo beijo em público, pela cena de Gil amassando a mão de Cláudio em sua defesa, e pela combinação de nova putaria com Daniel, Leia montou na garupa da moto e foi logo patolando a rola do namorado, romanticamente agarrada na cintura dele. Foram pro motel com a travesti dizendo a Gil que ela pagava.
Leia escolheu o motel, em lugar de seu próprio quarto, em casa, por causa do que tinha prometido à mãe: contar tudo! Queria transar com Gil e depois falar toda a verdade sobre sua vida de puta, pra ele. No motel ela podia falar à vontade que sua mãe não ia ouvir. Além disso, a travesti tinha medo da reação de seu homem. No motel, também, se Gil quisesse bater nela, ele podia. Leia achava que merecia apanhar.
Enternecida por saber que ia magoar o homem de sua vida, Leia tratou de Gil com extremo cuidado e carinho. Entraram no quarto de motel se agarrando e beijando, mas a viadinha tomou a iniciativa e despiu o macho sensualmente, e se despiu num piscar de olhos.
Por baixo da bermuda Gil usava uma sunga de natação, pensando na piscina da casa do churrasco. Nem tinha entrado na água, porque Leia e Gilda não quiseram, mas sua rola dura tava com aquele suor especial de macho, de quando fica prensada contra o corpo. Leia ficou nuazinha e se ajoelhou perante seu homem, escondendo o piruzinho murcho entre suas coxas grossas. Com Gil de pé, a viada se deliciou com o sabor e o cheiro da piroca, saco, púbis e virilhas do namorado. A bonequinha ficou dando beijinhos em tudo aquilo, lambendo, esfregando o rostinho, e ronronando como uma gata.
Gil tava cansado do dia, do churrasco, das cervejas, e das idas e vindas na moto. Mas tava com tesão e tinha muito o que conversar com sua travesti. Apoiou as costas numa parede, puxando Leia com força mas com carinho, pela cabeça, e se entregou a um dos melhores e mais apaixonados boquetes que já tinha recebido.
Quando enfim Leia abocanhou a piroca de seu homem, depois de lambuzar toda a genitália e seu rostinho com saliva e gosminha pré-gozo, ela expressava naquela gulosa tudo o que seu coraçãozinho de boneca de 16 anos sentia por Gil. Amor, paixão, tesão, gratidão, carinho, e uma grande compaixão pela futura dor que ela sabia que causaria no macho. Dedicou-se à felação com uma vontade enorme, e tinha também um interesse oculto. Queria fazer Gil gozar em sua boquinha, pra que ele demorasse mais tempo fudendo seu cuzinho até o segundo gozo. Só depois disso ela contaria tudo.
A travesti punhetou a piroca amada sem as mãos, só com a boca, e quando a dureza da pica e os gemidos do macho indicaram que o gozo tava perto, ela engoliu a rola num garganta profunda, e passou a punhetar com a garganta, como tinha conseguido fazer com a pica de Daniel. Mas o caralho de Gil era bem mais grosso, e foi com lágrimas saindo de seus olhinhos negros que Leia recebeu na goela, e depois na boca, o leite de seu homem. Tudo isso com o prazer de saber que tinha feito Gil urrar alto, gozando e segurando a cabecinha da fêmea com força.
Leia esperou Gil terminar de gozar, engoliu quase tudo da porra de seu homem, se levantou apoiando nas coxas fortes do macho e o olhou bem nos olhos. Beijaram-se alucinadamente. A travesti sabia que o namorado sempre se excitava muito quando a beijava com restos do esperma dele ainda na boca da putinha. Mas naquele dia parecia que Gil tava possuído por um demônio que castigava os pecadores a pirocadas.
Gil beijava Leia desesperadamente, e sem a bichinha entender porque, o macho pegou os braços dela e envolveu com eles seu próprio pescoço forte, de touro. Leia sempre tinha gostado de se pendurar ali, mas só entendeu a razão do gesto do macho quando em seguida ela sentiu as mãozonas fortes do irmão de Gilda pegarem seu corpo pelo fim das coxas, pouco abaixo das popinhas da bunda, pra levantar a travesti do chão.
Assim que o comedor a levantou, Leia envolveu a grossa cintura de Gil com suas pernocas e, daquele jeito mesmo, o rapaz começou a andar carregando a viadinha e sempre a beijando na boca. A boiolinha sentia o pau esporrado de seu homem, ainda todo duro, se esfregar deliciosamente contra seu períneo e saquinho. Se Gil quisesse era só suspender a travesti mais um dedinho, que a conseguiria empalar em sua trozoba de pé, mesmo. Mas ele tinha outros planos.
Gil só parou de beijar para se jogar na cama com Leia por baixo, e quase no mesmo movimento em que esmagou deliciosamente a viadinha contra o colchão, com o peso de seu corpo, o soldado cravou a rola babada e esporrada no cuzinho que tinha sido feito pra ela.
Leia deu um grito de dor, de surpresa, e de felicidade. Seu homem voltava pra dentro dela, dilatava suas entranhas com aquele caralho lindo, martelava seu corpinho com o forte jogo de quadris dele, e a comia com gana, com vontade! Seu macho, que momentos atrás a tinha beijado em público, provocando aplausos de sua antiga turminha de escola. Seu dono! Sua mãe tinha razão! Gil era bom demais!
A travesti olhava Gil nos olhos, ainda com uma expressão de susto e de prazer, e se excitava com cada detalhe do namorado e da foda. O olhar de tarado do macho, a dureza da rola entrando e saindo dela, os grunhidos que ele soltava... Leia queria mais! Queria que Gil inteiro entrasse em seu corpo. Corpinho afeminado que ela construía todo dia, com exercícios, hormônios e dieta, para agradar cada vez mais a seu homem. E querendo mais, a viadinha fez um esforço e soltou suas pernas da cintura pra arreganhar as próprias coxonas num frango assado, para que seu garanhão pudesse meter ainda mais.
Gil segurou com força as duas coxas de Leia, colocando o próprio peso ali, e dando mais liberdade a seu jogo de quadris, ao mesmo tempo em que mantinha a bichinha, sua bichinha, toda arreganhada. Os dois já suavam muito, e o corpo bronzeado de Leia brilhava como se a pele fosse de cetim. E brilhando, os triângulos claros dos peitinhos pontudos e já um pouco volumosos da viada, protegidos do sol pelo biquíni, chamavam a boca de Gil. Mas ele não queria parar pra abocanhar as tetinhas agora.
O macho metia rola naquele corpo de fêmea-com-piruzinho, e lembrava que era sua rola que tinha modelado aquele corpinho. Ele, Gil, tinha descabaçado de verdade aquele que tinha sido um menino gordinho e enrustido, e transformado ele naquela travesti linda e gostosa. Travesti puta, que tinha enfeitiçado ele, seu descabaçador, e um monte de outros machos. Que se prostituía pra dar uma moto de presente a Gil. Que dava o cu e chupava rola por dinheiro, até na escola. Que tinha tomado o leite de um grupo de garotos da escola, e transado com dois ao mesmo tempo!
Sim, Cláudio tinha contado da suruba pra Gil, no churrasco. E Gil agora comia Leia com fúria, olhando aquela boquinha linda, de lábios grossos e sensuais que ele adorava beijar, e que amava ter em sua pica, como há pouco. E olhando, ele imaginava os garotos sendo boqueteados pelos mesmos lábios que ele via gemerem entreabertos, por efeito de sua piroca.
Ciúmes? Sim, Gil tinha ciúmes de Leia. Mas a verdade é que aquilo tudo o excitava mais ainda, e quem se dava bem era Leia, que se desmanchava, morria, ressuscitava e se entregava por completo, embaixo do macho. A bonequinha começou a acariciar apaixonadamente o rosto de Gil, mais ou menos na hora em que o comedor, por puro instinto, começou a meter nela com o mesmo rebolado que tinha aprendido a fazer na buceta da mãe dela, a gostosona Verônica.
Gil começou a fazer movimentos de rodar o caralho enquanto a pica passeava pra dentro e pra fora no reto de Leia. Não era como na buceta larga, encharcada e acolhedora da sogra. Era apertado. Mas em compensação todos os movimentos mexiam com a próstata da viadinha, fosse pressionando, quando o pau ia pra cima, pro púbis de Leia, ou repuxando os tecidos da bichinha, quando ia pras outras direções.
Leia começou a gritar de prazer. A cada rodada e entrada e saída daquela piroca, dentro dela, parecia que ela ia gozar. Seu macho tinha inventado um jeito novo e maravilhoso de a fazer fêmea, e ela se desmanchava. A poça de suor em que ela estava, no lençol, e o suor dos dois corpos, fazendo-os deslizar gostosamente um no outro, davam à bichinha esmagada a sensação de que seu corpo ia virar água. E as gotas grossas de suor que caíam de Gil encima dela, diziam que seu macho também ia virar água e se dissolver nela.
Leia queria gritar que amava Gil, mas só conseguia gritar de prazer, até que gozou. Gozou como fêmea completa, penetrada, invadida pela piroca de seu homem, sentindo nas coxas e na cintura todo o peso de seu dono de direito e de fato. Gozou sem tocar em seu pauzinho, que ficou duro só pelo tempo necessário para esguichar na própria barriguinha sua porrinha. Gozou torcendo, chamando, implorando com os olhos para que seu macho não a deixasse sozinha e lhe premiasse de novo com jatos de porra de homem. E ele se juntou a ela.
Gil nem sentiu direito o cuzinho de Leia morder seu pau. Nem tampouco prestou atenção no pauzinho da travesti derramando esperma ralo. Gil viu o gozo nos olhos de sua bonequinha, a síntese do extremo prazer que sua pica provocava naquela fêmea que ele tinha feito, e gozou também. Meteu a rola o mais fundo possível em Leia, e ficou parado lá, jateando o reto da bichinha com seu leite quente de macho. Esticou todo o corpo naquela posição, com o peso nas mãos apoiadas nas coxonas de Leia, e o tronco e cabeça jogados pra trás. E urrou de prazer para o teto do quarto de motel.
Terminado o gozo, Gil olhou de novo para sua boneca, deu umas três bombadas lentas no reto da viadinha, bombadas prazerosas para os dois por conta da porra quente que lubrificava os movimentos, e por fim tirou a rola de dentro, com o cuidado de sempre, pra não machucar a rosquinha que amava. O macho então deixou-se cair pesadamente, ao lado de Leia, e deitou de barriga pra cima, olhando a viada.
Leia estava feliz, satisfeita, mas carregava a nuvem da conversa que tinha que iniciar. Apoiou a cabeça num braço, deitando de lado e olhando pra Gil, e comentou a foda fantástica que tinham tido.
- Nossa, amor! Tu tava tão duro, dentro de mim! Foi tão bom!
Gil queria muito perguntar o que soltou em seguida. Tinha sido difícil esperar até aquele momento, de tanta curiosidade, mas por outro lado a espera havia rendido aquele tesão todo. O rapaz então tomou cuidado para não ser grosseiro, nem agressivo, porque não era isso o que queria, e finalmente perguntou, aproveitando a deixa do comentário de Leia:
- Foi tão bom assim?
- Foi!
- Foi melhor do que chupar quatro rolas juntas, até eles gozar e tu beber tudo? Melhor do que chupar um dos garotos, enquanto aquele outro babaca te comia?
Leia balbuciou alguma coisa, e quase respondeu que sim, que era muito melhor, porque ela amava Gil e porque Gil sozinho era mais gostoso do que os quatro garotos juntos. Seria a pura verdade. Mas a travesti não conseguiu falar nada. Tinha demorado tanto a contar que era puta, que agora Gil jogava isso na sua cara, justo no dia e momento em que ela ia dizer.
A travesti olhava o rosto de Gil sem saber o que dizer e tentando desesperadamente saber o que ele achava do que tinha ouvido. Seus olhinhos negros se encheram de água e seus lábios carnudos tremiam.
Gil não era um bruto. Ele já sabia que Leia era puta, e tinha consciência de que a amava e queria mesmo assim. E sabia que as aventuras sexuais de Leia, com outros, o excitavam. Vendo no rosto de sua bonequinha que ela sofria, lhe deu um beijinho de estalinho e continuou:
- Não fica assim. Tu mesma sempre me disse que não é minha dona, e que sabe que eu transo com outras pessoas. Acho que tem que ser assim mesmo, com a gente. Mas tu devia ter contado.
- Eu...
- Tu gostou foi muito, num foi?
- Gil... num faz assim...
- Só fala, égua! É verdade que tu deu pra dois, ao mesmo tempo?
- Foi...
- E tu bem gostou, que te conheço! Num foi?
- Foi... mas foi por dinheiro... eu...
- Ah, qualé? Deve ser o sonho de toda puta, né não?
Leia ficou meio indignada e tomou a ofensiva, na conversa:
- É! É sim! Ter um homem te comendo, e outra pica na boca, deve ser o sonho de toda mulher, mesmo!
- Hummm...
- E a gente bem fez isso com Gilda. Tua irmã! E tu adorou!
- Claro! Minhas duas fêmeas! E cada uma é um tesão!
- E fizemos com minha mãezinha também. E tu gostou mais ainda!
Agora foi Gil que ficou em silêncio. Era verdade, mas ele tinha pruridos de confessar pra sua bichinha que tinha adorado comer a buceta da mãe dela, apesar disso ser evidente.
Leia olhou pra rola de Gil. O pau que ela amava tava tinindo de duro, e a linda cabeça lilás reluzia toda, babada da mesma porra que ela sentia escorrer de seu cuzinho. Era fácil convencer Gil daquele jeito. Ela sabia disso desde sempre. Pegou a piroca grossa com sua mãozinha, e falou delicadamente pra seu macho:
- Tu me perdoa?
- Ah, tesão! Tem nada pra perdoar, não! Te gosto puta, assim mesmo.
Trocaram um beijinho lascivo, mas curto, e Gil emendou:
- Só quero que tu me conte, das outras vezes!
- Conto. Juro!
- E que tu use camisinha com qualquer outro pau.
Leia podia responder cobrando o mesmo de Gil, e jogando na cara que ele tinha comido um cu desconhecido, sem camisinha, e não tinha falado nada. Mas além dela sinceramente não querer saber, estavam em clima de consolidar a relação e superar a putaria dela com os meninos da escola. Não era o momento de cobrar Gil. Assim, a bichinha respondeu passivamente:
- Eu usei camisinha com eles. E juro que vou usar com qualquer um, se rolar.
- Bom! Então tá resolvido. Agora vem cá!
Gil, ainda de barriga pra cima, puxou Leia pra mais perto, e eles se beijaram apaixonadamente. A travesti sentia na mão os pinotes que a piroca de seu homem dava, dizendo que ele tava pronto pra leitar as entranhas da boneca de novo. Tava tudo fácil pra Leia!
Era só a bonequinha abocanhar aquela rola de novo, dar em Gil uma surra de cu, gozar junto com ele mais uma ou duas vezes, e estariam enamorados de novo, juntinhos, ela e seu macho, como ela sempre quis. Depois, em casa diria pra mãe que tinha contado tudo pra Gil. E Verônica não ia interrogar o genro pra saber se Leia tinha contado todos os detalhes. No máximo a mãe da putinha ia perguntar se a filha tinha confessado pra ele a prostituição, e sabendo da história dos garotos da escola Gil diria que sim.
Pronto! Leia não precisaria nem deixar de trabalhar pra Vadão. Faria isso só quando terminasse de pagar, com seu corpo, a dívida da moto. Mas a fala da mãe ressoou em sua mente: “Gil é bom demais pra nós duas!”
Leia tirou a mão da piroca de seu macho, se afastou de Gil, e ajoelhada na cama, com a bunda sobre os próprios calcanhares, falou muito séria, já quase chorando:
- Não, Gil... eu... agora...
- Que foi, tesão? Vem cá...
- Não! Gil... eu tenho que te falar tudo! Não foi só essa vez! Eu sou puta! Vivo disso!
Gil se ergueu nos cotovelos, meio assustado e de olhos arregalados. Ele sabia disso! Desde que Leia lhe tinha dado a moto ele tinha certeza de que sua travesti se prostituía. Mas não queria falar sobre aquilo. Só que a boneca não lhe deu opção.
Leia contou quase toda a sua história com Vadão. Desde o dia em que alugara com seu corpo o apartamento de Paulete, para pela primeira vez dar pra Gil produzida como fêmea. Só não contou que chegara a se apaixonar pela pirocona do cafetão, e nem que a boiúna de Vadão era bem maior do que o pau de Gil. Contou que Vadão a agenciava, e que foi horrível com os franceses e com o engenheiro Nilson. Mas não contou, claro, que tinha adorado a orgia com os dois italianos pirocudos e as duas travestis colegas.
Leia contava e chorava, com muita sinceridade, apesar de omitir os detalhes que achou que magoariam seu macho ainda mais. E não se deteve em Vadão e nos clientes. A bichinha contou também sobre sua busca pela rola de Luís Cláudio, contou sobre o amigo de Gil, Beto, e o amigo deste, Zuca, e contou sobre os arquitetos que tinha conhecido no bloco de carnaval, Moacir que tinha mamado Gil, e Valério, que tinha gozado no rego de Leia no meio da multidão.
Gil estava estarrecido. Todo aquele tempo! Todos aqueles machos! Até um amigo seu de escola! Era muita mentira. Não deixava de ter empatia pela travesti, e não resistia à cena de Leia chorando. Mas ficava dividido entre explodir violentamente, bater na sua viadinha, ou mesmo só gritar com ela, de um lado, e dar colo para aquela bonequinha lindinha e traidora. Entre uma e outra coisa, assumiu uma expressão dura, cínica, duvidando do arrependimento da boiolinha. E Leia chorou mais ainda ao ver isto.
- Tu não merecia tudo isso que eu fiz... tu sempre foi bom pra mim... eu te amo...
- Sei!
- Eu... eu to te contando tudo... porque eu quero mudar... não quero mais ser assim... quero só ser tua...
- Sei!
Leia chorou muito. Na dura expressão de Gil tinha visto que algo dentro dele tinha se quebrado. Algo que nunca mais seria o mesmo. Teve a compreensão de que o relacionamento deles, como ela queria, era um vaso de cerâmica antigo e raro, que tinha caído e se partido. Podia até ser colado, mas nunca mais seria o mesmo.
Leia foi para o banheiro, ainda chorou bastante, mas conseguiu se acalmar um pouco. Lavou o rosto, todo inchado de tanto choro, e voltou pra cama. Gil se levantou e vestiu a cueca. Aquele gesto significou que o namorado ia embora, que eles iam embora, que o “eles” se perdia. E no coraçãozinho da travesti de 16 anos aquela perda parecia pra sempre.
Fazendo um esforço enorme para não se desesperar, nem chorar mais, Leia sentou na beira da cama, nua, exposta em corpo e alma, frágil, e falou calmamente para Gil, enquanto o macho pegava a bermuda para vestir.
- Tu nunca mais vai me querer, né?
Só naquele momento Gil saiu de seu lugar egocêntrico de macho ferido em seu orgulho, e o que sentia pela bonequinha aflorou. O “nunca mais” soou pesado em seus ouvidos. Com um gesto cansado o rapaz deixou cair os braços, ainda segurando a bermuda numa mão, e de pé, só de cuecas, olhou ternamente pra Leia e respondeu, confuso:
- Eu... não sei. Sinceramente... eu não sei.
Leia não viu nenhum fio de esperança na resposta. Sentia que tinha perdido o homem de sua vida, mas também sentia que não tinha mais o que chorar. Emocionalmente exausta, a boneca pediu a Gil uma despedida. Não era tática para reconquistar o macho, ou qualquer outra coisa pensada. Era um pedido de despedida, mesmo.
- Eu... queria te pedir uma última coisa... juro... juro que é a última coisa que te peço na vida...
Gil já sabia o que a piranha ia pedir. E entrou na contradição. A cabeça de baixo começou a dar sinal de vida, dentro da cueca, enquanto a cabeça de cima queria ir embora dali, o quanto antes. Leia continuou o pedido, falando exatamente o que o macho previa:
- Me come de quatro, por favor... uma última vez... por tudo que é mais sagrado...