Sinopse: Nívea finalmente faz com que o Professor Eric a repare em sala de aula fazendo com que a jovem crie expectativas. Seu corpo intocado reage intensamente ao flagrar uma cena ao vivo nunca vista antes.
(leiam os capítulos I e II antes deste)
...
A minha rotina começa cedo. Às 5h00 da manhã eu já estou debaixo de um chuveiro gelado para, às 7h30, estar em sala de aula. Meus pais também acordam cedo para trabalhar e a movimentação em casa é simultaneamente entre nós três. Estudar em colégio tradicional com horários bem rígidos requer sacrifícios. Atrasos não são tolerados. Dentro do ambiente escolar somente o idioma francês é permitido entre alunos, professores e funcionários. E para mim, as 2as feiras se tornariam motivo de nervosismo: mais uma aula com o Professor Eric, a primeira de um dia inteiro. Sendo assim, agi do mesmo modo de todas as manhãs porém com o emocional em alerta. O uniforme impecavelmente arrumado, composto por uma blusa branca com decote em V até o colo, mangas curtas com a borda na cor vinho e a saia plissada na altura das coxas da mesma cor. Os sapatos pretos estilo boneca com meias brancas.
O lado bom de acordar cedo é poder tomar o café da manhã com os meus pais e logo após saírmos juntos. Meu pai me deixa todos os dias em frente à escola cuja rua está bastante movimentada por causa de outros pais que também deixam os filhos na escola causando um nó no trânsito. Felizmente eu sempre chego antes da hora.
Ao entrar na sala, haviam poucos alunos. Sentei no meu lugar de sempre, bem à frente para ficar atenta às aulas e agora, ficar mais perto dele, rsrs... Faltavam ainda uns dez minutos para a aula começar e o burburinho normal entre a turma dominava o ambiente. Já sentada, meu coração acelerava pois a qualquer momento o professor Eric iria chegar para mais um dia de trabalho. Peguei o meu material para a aula e em especial um resumo sobre a leitura indicada por ele. Aos poucos, o restante dos alunos foram chegando em sala, ocupando os seus lugares e finalmente ele entrou.
Usando roupas formais de sempre, blusa social branca, calça preta e a enorme mochila. Estava mais lindo do que na semana anterior ou era eu que estava nas nuvens? Imediatamente, as conversas desapareceram na sala. E eu, hipnotizada. Não conseguia deixar de encará-lo. Deixou a mochila em cima da mesa, abrindo-a para retirar a lista de presença e se voltou para nós.
- Bonjour!
(Bom dia)
Todos responderam normalmente.
- Je voudrais savoir comment la lecture est indiquée. Lisez-vous? - ele questionou.
(Gostaria de saber como está a leitura indicada. Estão lendo?)
Silêncio sepulcral. A atmosfera tensa entre os alunos denunciava que poucos ou talvez ninguém teria começado a ler o poema medieval. O semblante dele que já era sério, se fechou mais ainda.
- Puis-je comprendre ce silence comme un non? C'est vrai? personne n'a commencé à lire?
(Posso entender esse silêncio como um não? É isso mesmo?Ninguém começou a ler? )
Ao mesmo tempo em que estava nervosa, eu ansiava para que ele me olhasse. Respirei fundo e levantei a mão na intenção de respondê-lo.
- Je l'ai lu, professeur. J'ai terminé samedi dernier.
(Eu li, professor. Terminei no último sábado.)
Ele se virou na minha direção e me encarou continuando com a mesma expressão.
- Bien. Et que pouvez-vous dire de lui?
(Bom. E o que pode dizer sobre ele?)
- Ce qui a retenu mon attention chez lui, c'est la forme poétique, qui est très longue. 4002 versets dans 290 strophes - o respondi calmamente enquanto que por dentro eu estava um turbilhão.
(O que me chamou a atenção nele foi a forma poética que é bem longa. 4002 versos em 290 estrofes)
- Quoi d'autre? - ainda impassível.
(O que mais?)
- C'est un récit rapide et sans beaucoup de détails. - concluí a resposta. Ao menos era o que eu achava.
(É uma narrativa rápida e sem muitos detalhes)
- Et combien de caractères a le poème?
(E quantos personagens o poema possui?)
- C-caractères? - eu gelei. Não esperava por isso.
(Personagens?)
- Si vous lisez le poème, vous savez certainement combien de caractères il a! - a resposta atravessada me fez desejar que um buraco aparecesse na minha frente para que eu pudesse me jogar dentro dele. Respirei fundo e lembrei do resumo que havia feito onde no final tinha escrito sobre isso.
(Se você leu o poema, com certeza sabe a quantidade de personagens que ele possui!)
- Le poème a dix caractères. - o sentimento de alívio derreteu o gelo no meu estômago.
(O poema possui dez personagens).
Eric continuou a me encarar, recuando alguns passos na direção da mesa e olhou para um papel que parecia ser a lista de chamada.
-Quel est votre nom? - perguntou enquanto parecia procurar algo.
(Qual o seu nome?)
- Nívea. Nívea Caroline.
Encontrou o meu nome e anotou. Voltou-se para a turma olhando para todos, onde o lindo azul dos seus olhos se conflitava com a irritação no pescoço na cor vermelha.
- Ce qui vient de se passer ici, je ne veux pas qu'on le répète! Je suis un enseignant de vingt étudiants et pas seulement d'un étudiant. Je veux que vous lisiez le poème et dans le prochain cours, je vais appeler l'un de vous pour en parler. Tout le monde a compris?
(O que acabou de acontecer aqui eu não quero que se repita! Eu sou professor de vinte alunos e não de apenas uma aluna. Eu quero que leiam o poema e na próxima aula eu vou chamar um de vocês para falar sobre ele. Todos entendidos?)
- Oui professeur! - a classe inteira em coro.
(Sim, professor!)
- Ouvrez vos livres. Nous continuerons à parler de la période médiévale d'où nous nous étions arrêtés la semaine dernière. - a voz firme e imponente contribuía ainda mais para o seu porte másculo.
(Abram seus livros. Vamos continuar a falar sobre o período medieval a partir de onde paramos semana passada.)
Imediatamente toda a turma se movimentou abrindo os livros e claro eu fiz o mesmo. Após abrir e me virar em sua direção, o flagrei sentado na sua cadeira à mesa, me observando sério. Meu Deus, o que estaria pensando de mim? O que ele teria anotado na lista de chamada? Eu poderia sair correndo dali para que aquele lindo azul dos seus olhos não me encarasse mais? Daria a minha mesada pelos seus pensamentos! Virei rápido meu olhar na direção do livro sobre a minha mesa com meu coração a ponto de explodir, minha respiração faltando e meu rosto fervendo. Em meio à tudo isso, veio de súbito: ele havia me notado! Como boa aluna, respondi aos seus questionamentos e talvez isso tenha chamado a sua atenção. O nervosismo deu lugar ao alívio e uma sensação imbecil de alegria me fez sorrir de canto. Eric levantou-se novamente com o livro nas mãos finalmente dando início à aula.
...
Meu dia não poderia ter sido mais perfeito pois agora o Eric sabia da minha existência. De um jeito ou de outro, eu havia me destacado perante a turma e a partir daquele ocorrido em sala, minhas 2as feiras não seriam mais as mesmas. Para muitos, é o pior dia da semana. Para mim, seria o melhor.
Ao chegar em casa, após um bom banho, jantar e conversar as amenidades de sempre com os meus pais, fui para o meu quarto e automaticamente espionar mais uma vez o perfil dele. Havia uma nova postagem. Nada demais, era uma selfie de frente para um espelho. Usando blusa azul marinho, justa, exaltando o peitoral perfeito e os mesmos óculos transparentes. O semblante sério que me deu uma pontada no peito. É isso estar apaixonada? Ou simplesmente é atração juvenil por um homem tão bonito? Só sei que beleza igual a dele eu nunca tinha visto antes. De repente, meus pensamentos foram interrompidos por gemidos que estavam vindo do lado de fora do meu quarto. Cheguei até a varanda e quando me viro, meus olhos se arregalam com a cena: no apartamento do lado esquerdo, a varanda igual a minha, um casal na rede de descanso transando loucamente. Ela por cima, com os cabelos bem ruivos, longos e encaracolados. Tinha a pele branca igual a minha. Ele deitado na rede, também gemendo de prazer. Parecia ser bem alto, as coxas grossas, os cabelos pretos cortados com os fios espetados. Também tinha a pele branca. Eu já havia esbarrado com ela algumas vezes no elevador do prédio mas nunca nos falamos, era no máximo um "bom dia". Mas ele era um total desconhecido pra mim. Ela rebolava por cima dele com fervor enquanto que ambos estavam de mãos dadas com os dedos entrelaçados. Presenciar uma cena de sexo ao vivo fez meu corpo reagir de inúmeras formas: minha bucetinha começou a palpitar de uma forma tão gostosa, diferente de um ato de masturbação e molhando a calcinha na hora. Os bicos dos meus seios enrijeceram furando minha camisola e o coração parecia errar as batidas. Uma delícia. Vê-los ali, transando ao ar livre me fez contorcer minhas coxas uma na outra tentando conter o prazer. E então, ao arquear o corpo para trás em um impulso, ela se joga no tronco dele, ofegante e saciada. Ele acaricia a farta cabeleira ruiva puxando seu queixo em seguida dando-lhe um beijo caloroso.
Estavam tão dominados pela emoção e ofegantes que não me viram espionando. E pela primeira vez flagrei o sexo sendo feito ao vivo. Uma experiência única e, principalmente, excitante. Fui dormir nua imaginando como seria um dia minha primeira vez.
Continua...
⚠️Notas da autora: Peço desculpas pela demora em postar, a inspiração travou rs.
O casal que aparece ficará permanente na história como forma de movimentar a trama. No entanto, Nívea e Eric continuarão como personagens centrais. Se eu demorar a postar o próximo capítulo é porque a partir de agora precisarei ter cuidado com mais detalhes. ⚠️
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