Quando assistimos um filme ou uma série vemos tantas coincidências que vão acontecendo com o desenrolar da estória e imaginamos que aquelas coincidências não acontecem na vida real. Porém em minha vida e de minha irmã muitas coincidências foram acontecendo e em algum momento dessa nossa história minha irmã dirá que é o destino. Destino ou coincidências elas aconteceram em nossa vida real mudando nossa vida.
Eu gostaria de contar resumidamente, mas provavelmente não vou conseguir, então para aqueles que procuram uma leitura rápida talvez não seja a melhor opção.
Somos irmãos gêmeos e o nome dela é Julia e sempre fomos muito unidos pois nossas duas irmãs são 5 e 6 anos mais velhas que nós e não nos davam muito atenção a não ser quando nossos pais as obrigavam a cuidar dos irmãozinhos. Morávamos em uma casa com 3 suítes, que antes de nascermos era uma para cada irmã e uma de nossos pais. Quando nascemos não tinha como acomodar o único filho separadamente então um quarto passou a ser meu e de Julia e o outro das outras duas irmãs.
Minha história com Julia começou muito cedo quando começamos nossas brincadeiras ainda pequenos. Eu e ela éramos unidos como unha e carne e por nossos pais trabalharem fora o dia inteiro, ficávamos a maior parte da tarde sozinhos em casa com uma funcionária, ou nossas irmãs quando elas não iam a suas aulas de balé, sapateado ou algo parecido. E foi em nosso quarto, quando estávamos sozinhos que tudo acontecia.
Julia sempre foi a mais destemida e quase sempre era ela que começava as brincadeiras. A primeira foi de papai e mamãe e nesse caso Julia me dava selinhos como mamãe fazia com papai. Como desde que nascemos tomávamos banho juntos e nos trocávamos um na frente do outro nunca tivemos problema com nossa nudez. E nossos pais achavam natural e mesmo que não achassem não tinha o que fazer pois eu não tinha outro quarto para ir.
Conforme fomos ficando maiorzinhos a curiosidade apareceu. Ainda era uma curiosidade inocente e Julia queria tocar em meu pauzinho e para me compensar me deixava tocar em sua xoxotinha. Como ela conseguia segurar em meu pauzinho e eu não via nada de sua xoxotinha fechada comecei a pedir para ela se sentar na cama e abrir sua rachinha para olhar lá dentro ver como era. Era lindinha, toda rosinha e ela me deixou tocar e eu sem ainda saber o que era senti uma sensação deliciosa no corpo. As vezes tinha uma ramelinha branquinha que devia ser o acumulo de sua pequena secreção.
Estávamos na terceira série e nosso instintos sexuais começavam a aflorar. E foi Julia que inventou a próxima brincadeira e não sei de onde ela tirou a ideia com aquela idade. Ela quis chupar meu pauzinho e quando fez me deu uma sensação deliciosa como eu nunca havia sentido. Depois ela me pediu pra chupar sua xoxotinha segurando abertinha com suas mãos. Logo no começo tive um pouco de nojo com o cheirinho de xixi, mas assim que comecei a lamber adorei fazer aquilo, mas não tinha nenhum conhecimento e fazia pensando apenas em lamber sem ainda saber de seu botãozinho. Um dia levamos um susto danado quando nossa irmã mais velha chegou antes da hora e caminhando para seu quarto fez uma brincadeira que pensávamos ser séria.
– O que vocês dois estão fazendo aí?
E como sempre Julia, foi a mais esperta e gritou que estávamos estudando e minha irmã, por sorte passou direto. E eu nem poderia ter respondido pois estava com minha boca colada na rachinha aberta de Julia.
Outro problema que quase nos entregou foi que Julia queria que eu chupasse seus seiozinhos que mostravam uma protuberância quase imperceptível, mas ela incrivelmente sentia prazer que eu chupasse seus biquinhos. Uma vez ela me fez chupar tão forte que ficaram marcas de chupões vermelhas que levaram dias para sumir. E ela teve que deixar de ficar nua em casa na frente de nossas irmãs e nossa mãe o que elas estranharam pois Julia vivia nua pela casa.
Estávamos na quarta série quando ela inventou outra. Queria que eu colocasse meu pauzinho dentro de sua xoxotinha. Infelizmente, ou felizmente, meu pauzinho não ficava rígido o suficiente para penetrar aquele canal minúsculo. Insistimos por muito tempo sem conseguir, mas a sensação da esfregação era deliciosa e então a partir de um momento nosso objetivo era somente nos esfregar.
Quando seus pequenos seios começaram a formar uma lindinha protuberância eu adorava chupa-los e beija-los ou então me esfregar em sua xoxotinha aberta na cama deitada ou sentada em meu colo ou no chuveiro. Nossas irmãs já com 15 e 16 anos começaram a desconfiar e por várias vezes quase nos pegaram e para não corrermos risco começamos a trancar a porta e elas reclamavam com papai ou mamãe e por sermos os caçulas mimados, eram elas que levavam as broncas para nos deixarem em paz pois segundo mamãe e papai nosso amor de irmãos era lindo e puro. Com certeza era lindo pois nos amávamos de doer o coração, mas não era puro.
E quando a puberdade chegou nossa inocência se foi e começamos a ter desejos sexuais um por outro apesar da pouca idade. Só que junto também vieram os sentimentos de culpa e remorso por sabermos que o que fazíamos entre dois irmãos não era o correto. Acho que é um balanço que a natureza cria para nos colocar limites, ou sem eles o mundo seria uma perdição.
Já estávamos na fase de namoradinhos e namoradinhas na escola e falávamos abertamente sobre eles, mas jamais íamos com eles além de uma passada de mão por cima da roupa. Então um dia quando eu esfregava com vontade meu pau já maiorzinho dentro da rachinha de Julia ela teve seu primeiro orgasmo e eu até me assustei pois ela revirava os olhos e dava pequenos gemidinhos. Depois disso não teve mais como segura-la e ela queria fazer duas ou três vezes por dia até que gozasse de novo porque não era sempre que ela gozava. Ainda não sabíamos muito bem o mecanismo do gozo e que eu deveria me concentrar mais em seu botãozinho. E um dia o inevitável aconteceu quando eu também gozei e ejaculei o pouquinho de esperma que eu produzia em sua barriga. E aí ficamos os dois obcecados com aquela brincadeira deliciosa e devagar ela começou a me fazer a gozar em suas mãos também. Com o tempo descobrimos que seu ponto de prazer era seu botãozinho e devagar aprendi a faze-la gozar também com meus dedos.
Assim que chegamos aos 14 anos o corpo de Julia deu uma transformada linda deixando-a cheia de curvas e com pelinhos loiríssimo ralos na xoxota e fiquei mais tarado ainda querendo me esfregar sempre nela. E como meu pau já tinha crescido bem ela também queria ainda mais. Nunca paramos de nos chupar e já fazia tempo que sua xoxotinha produzia um melzinho delicioso me deixando ainda com mais vontade de chupa-la.
E foi aos 15 anos no banho que me chupando Julia não tirou a boca na hora como sempre fazia e engoliu tudo me deixando pasmo, porém me fazendo ter o maior gozo de minha vida até aquele momento. Quando tirou a boca de meu pau Julia ainda sorria.
– Eu queria tanto sentir seu gosto Vi.
Meu nome é Vitor e ela sempre me chamou de Vi.
– Que delicia Julia. Quase você me matou do coração falei ainda em êxtase.
Se levantando e encostando em meu corpo.
– Agora só falta irmos até o fim Vi. Você sabe que eu quero.
– Também quero Julia. Mas você sabe que não podemos. Somos irmãos. Se nossos pais descobrem estamos mortos.
– Mas se eles descobrem agora já estamos mortos de qualquer jeito Vi.
– Não Julia. Vai ser terrível. Vão nos colocar de castigo, me separar de você, mas se eles souberem que você continua virgem e não fomos até o fim eles nos perdoam com o tempo.
Eu sempre fui mais ajuizado e Julia sempre a mais inconsequente, mas eu amava seu jeito de ser e até invejava esse jeito.
– Está bem Vi. Só não sei até quando vou me aguentar. Todas minhas amigas estão perdendo a virgindade e eu quero experimentar e eu quero muito que seja com você. Mas se você não quiser vou ter que arrumar um namorado.
Não era a primeira vez que ela me fazia aquela chantagem emocional e ela me pegava fundo de tanto ciúme que eu sentia, mas eu sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra e eu tentava me convencer a aceitar. Até aquele momento eram apenas ameaças vazias, talvez para me convencer a aceitar tirar sua virgindade.
Quando fizemos 16 anos, meu pai já tinha feito sua empresa crescer e pôde comprar uma casa maior e levamos um baque em nossas brincadeiras pois cada um passou a ter sua suíte. Tudo ficou mais difícil e conseguíamos apenas umas duas ou três vezes por semana no máximo. Essa diminuição fez Julia pirar e ela insistia cada dia mais para que eu a desvirginasse e eu juntava todas as minhas forças para resistir e mantinha somente nossas esfregações e nossos orais. Até o dia que ela ameaçou pegar meu pau já bem grandinho e se penetrar e eu a empurrei com força.
– O que é isso Julia? Você ficou louca.
Ela ainda tentou ser sensual.
– Sim Vi. Estou é louca de vontade de ir até o fim.
– Mas você nem me perguntou se eu queria Julia. Não é certo.
– Me desculpe Vi, mas você sempre fala não.
– Você sabe que eu também quero muito Julia. Mas não é certo. E se fosse, teríamos que decidir junto. Acho melhor pararmos com isso.
Julia começou a chorar.
– Não faz isso. Você sabe que te amo muito. Mais do que um irmão.
– Eu sei Julia. Eu também te amo mais que uma irmã. E é por te amar tanto e não querer estragar sua vida que vamos parar com isso agora.
Me levantei, me vesti e chorando fui para meu quarto deixando Julia chorando atrás de mim. Daí para frente ficamos sem nos falar por semanas, mas depois de um tempo voltamos a conversar, mas nunca mais foi o mesmo relacionamento.
Eu me corroía de ódio por não ter tido a coragem de fazer amor com minha irmã e a ter deixado sofrer. Mas eu também sofria muito. Com o tempo fui arrumando uma namorada atrás da outra tentando substituir Julia em meu coração, mas não conseguia. Quando eu as beijava lembrava dos beijos de Julia, muito mais gostosos e quentes. Julia por um tempo também teve vários namorados até que quando completou 19 anos, já na faculdade começou a namorar firme. E seu namorado tinha uma característica peculiar. Era muito parecido comigo. Da mesma estatura com 1,80 metros, loiro claro com olhos verdes. E com músculos levemente delineados. E bonito. Ele era assim exatamente como eu era sem bem que eu não me achava bonito. Nas vezes que saímos juntos todos nos confundiam como sendo irmãos. E eu fiquei muito desconfiado de que Julia o namorava exatamente por ser parecido comigo. Ela até tinha dado algumas indiretas sobre isso.
Eu estava com 20 anos e fazia faculdade de Administração pois já trabalhava na empresa de meu pai e tinha um salário muito bom. Tão bom que me permitiu alugar um bom apartamento de dois dormitórios e deixar minha casa sob o protesto de todos. Porém o que eu queria era me afastar da tentação que minha irmã era em minha vida. Diferente dela, e pôr a querer tanto, meus namoros iam se sucedendo e mesmo sem vontade, pois só pensava em Julia, consegui transar com uma delas e perder minha virgindade, mas enquanto eu a penetrava estava pensando em Julia.
Nessa idade, Julia estava com um corpo maravilhoso. Ela é loira, mas bem mais loira do que eu com o cabelo praticamente platinado, mas é natural. Sua pele é branca e seus olhos azuis piscina. Seu corpo todo cheio de curvas com a cintura fina, quadris largos e bunda terrivelmente carnuda e arrebitada. E seus seios médios com auréolas clarinhas quase cor da pele com mamilos pequenos. Enfim ela sempre foi uma perfeição e terrivelmente gostosa. E o pior, ela também sempre foi um amor de pessoa com todo mundo, principalmente comigo mesmo depois de eu a ter rejeitado. Então a única solução era eu continuar fugindo de meu amor intenso por minha lindíssima irmã.
Quando ela estava com 21 anos, um dia foi me visitar no apartamento e começou uma conversa difícil.
– Vi, vim aqui conversar com você, pois queria te contar algo antes de você ficar sabendo por outra pessoa.
Ela estava de vestido estampado colado ao corpo com os seios saltando pelo decote o que a deixava ainda mais gostosa. Mesmo evitando-a eu a desejava intensamente a cada minuto e sua presença quando estávamos só nós dois me desestabilizava. Estávamos sentados na mesa da cozinha, eu na ponta da mesa e ela de canto ao meu lado.
– Para você vir até aqui não deve ser boa notícia Julia.
– Depende Vi. Para alguns vai ser boa e para outros não, ela me disse enigmática.
– Então fala Julia. Quero saber como vai ser para mim.
– É o seguinte Vi. Eu e o Tiago decidimos ficar noivos e vamos no casar daqui um ano.
Meu mundo desabou, fiquei branco, meu coração palpitava e uma tristeza profunda se abateu sobre mim. Minha irmã por quem eu era apaixonado iria se casar com outro. Não consegui falar por um bom tempo enquanto processava. Julia me olhava em silencio, mas por minha demora ela falou novamente. Ela sabia que eu a amava de paixão.
– Pelo jeito a notícia para você não foi boa Vi, me falou com uma carinha de pena.
Eu não queria expor meus sentimentos e falei algo bobo.
– Mas já Julia? Você é tão jovem.
– Mas o Tiago não Vi. Ele tem 26 e já tem um excelente emprego, logo vai ser promovido e já quer casar.
Tentei em vão colocar argumentos que de nada adiantariam.
– Vocês podiam esperar um pouco mais. Até você ter um emprego agora que vai ser formar.
– Pelo que ele ganha Vi, não vou precisar trabalhar. Mas eu quero e depois com calma encontro algo. O problema é que ele quer filho logo e aí pode dificultar.
Nesse momento senti que Julia estava me maltratando por eu a ter rejeitado e com a história dos filhos entrei em parafuso e não conseguia pensar mais nada para falar. E até um pouco revoltado fui indelicado com a pessoa que mais amo no mundo.
– Então tá bom Julia. Já fui informado.
Vendo que eu já estava irritado, ela foi ainda mais fundo. Parecia que queria me deixar bem irritado com a história para conseguir algo de mim.
– Tem mais uma coisa Vi. O Tiago faz questão que você seja o padrinho e como você não tem uma namorada fixa, pode fazer par com a irmã dele que também está sozinha.
O convite foi a gota d´água e não me aguentei.
– Julia, você tem certeza que você ama o Tiago e quer casar com ele? Depois capaz de você ficar a vida inteira se lamentando.
Então devagar Julia se levantou, veio até meu lado.
– Afasta a cadeira Vi.
Afastei a cadeira da mesa e ela se sentou em minha perna colocando o braço atrás de meu pescoço. Ainda bem que ela se sentou assim pois meu pau teve uma ereção imediata e dessa forma ela não poderia sentir. Talvez se visse minha calça se olhasse para baixo, mas não era isso que ela queria naquele momento.
Bem próxima ao meu rosto ela me olhou no rosto.
– Você sabe muito bem quem eu amo Vi. Não importa se é o Tiago, o João ou o Pedro. Se não for a pessoa que eu amo, nunca vou ser feliz com nenhum deles. Só você tem o poder de mudar isso. Agora. Se você me quiser, hoje mesmo eu termino com o Tiago.
O que Julia falou foi forte demais. Por me amar ela nunca seria feliz. E por ama-la acima de tudo eu queria vê-la feliz acima até de minha felicidade.
– Você sabe que eu te amo Julia. Se eu pudesse me casaria com você hoje. Só que nossa família não aceitaria, a sociedade não aceitaria e não conseguiríamos ser felizes com toda essa pressão contra nós. No começo iria bem, mas depois com o tempo, talvez não.
– Vi, nós poderíamos sumir pelo mundo, ou ir estudar e morar fora do país e vivermos juntos. Ou até aqui mesmo. Posso morar com você como irmã, mas seremos um casal quando estivermos sozinhos.
Fora a opção de sumir pelo mundo as outras não eram tão loucas, mas mesmo se vivêssemos como casal só entre nós, nossa vida seria muito limitada sem poder formar uma família. E como sempre eu era o mais preocupado com as consequências.
– Não dá Julia. Não quero que você tenha uma vida pela metade comigo. Com o tempo você me esquece.
Ela começou a chorar vendo que estava perdendo a chance de vivermos nosso amor.
– Você vai me esquecer Vi? Fala a verdade.
– Nunca Julia. Vou sofrer cada dia de minha vida te vendo com outro. E só estou fazendo isso porque é o melhor para você.
Após essa resposta ela veio em minha direção e em deu um beijo apaixonado e eu não resisti e também a beijei com paixão por alguns segundos até que consegui me controlar e parei de beija-la.
– Melhor não Julia. Você tem um noivo.
Decepcionada, triste e com lágrimas no rosto ela se levantou, pegou sua bolsa e se preparando para ir embora.
– Lembre-se disso Vi. Eu te dei todas as chances para sermos felizes e você não aceitou. A partir de agora você é responsável pela minha e pela sua infelicidade.
Ela se virou e foi embora deixando em meu colo toda a responsabilidade de nossa vida futura. Eu tinha vontade de me levantar, agarra-la, tirar sua roupa, fazer amor com ela e pedir para ela viver comigo, mas fui covarde e ela tinha razão dizendo que eu seria o responsável se fossemos infelizes. Para minha vida eu já tinha certeza que não seria feliz sem ela, mas ao menos eu queria que ela se casando e tendo filhos pensasse diferente e conseguisse ser feliz.
Ficamos uns dois meses sem nos falarmos, mas como eu seria padrinho, um grupo de troca de mensagens foi feita entre os noivos e padrinhos e começaram alguns compromissos de todos e voltamos a conviver normalmente. Porém, conforme o tempo ia passando eu ficava cada dia mais angustiado. Teve dias que fiquei por mais de 5 minutos com meu telefone no contato de Julia para ligar para pedir a ela para desistir do casamento, mas não tive coragem. Fora essas reuniões para seu casamento me enfurnei dentro de casa evitando a todos o que foi sentido por meus pais e minhas irmãs mais velhas que foram convocadas por minha mãe para meu apartamento para tentarem me animar. Quando relacionavam minha tristeza com o casamento de Julia, para disfarçar eu logo corria para explicar que estava daquele jeito porque minha irmã gêmea já ia casar e eu nem namorada tinha. Por ter só 21 anos não era muito convincente, mas era melhor do que se eles soubessem que eu era apaixonado por Julia.
Então, sem que eu tomasse nenhuma atitude o casamento de Julia chegou e estávamos com 22 anos. Ao meu lado me acompanhando estava a irmã de Tiago. Uma morena linda e gotosíssima com quadril largo e bumbum perfeito, ainda mais dentro daquele vestido de madrinha azul bem justo que ela usava. Ela já vinha dando mole para mim durante os encontros de padrinhos até deixando Julia com ciúme me olhando mal humorada quando percebia. Mas eu não tinha interesse nela naquele momento de baixo astral que eu estava com o casamento prestes a se realizar.
Do meu outro lado no altar estava Tiago e dentro daqueles ternos escuros parecíamos quase gêmeos, pelo que pude ver depois nas fotos. Teve até outro padrinho que tirou sarro dizendo que se trocássemos de posição ninguém e nem a noiva iriam perceber. E intimamente era tudo que eu mais desejava na vida.
Quando a música da noiva começou a tocar e a porta da igreja se abriu quase tive um treco e caí de costas. Minha respiração até falhou e me senti levemente mal e fiquei com medo que alguém reparasse e eu tivesse que explicar que era a emoção de ver minha irmã gêmea casando.
Julia era a mulher mais linda que eu já vi na vida. Seu vestido de noiva era armado como de uma bailarina e ia até a canela. Na parte de cima era justo e acinturado como se fosse um espartilho de seda com um tecido transparente escondendo, mas revelando o busto. No cabelo ela tinha um coque e com flores na cabeça que ficaram maravilhosas em seu cabelo claríssimo parecendo uma princesa de filme. Caminhando ao lado de meu pai ela ia ficando cada vez mais perto de mim e mais bonita. Meu coração batia tanto que parecia que iria saltar do peito e quando meu pai a entregou ao noivo ela deu um rápido olhar para mim e eu chorei sem demonstrar.
Durante toda a cerimônia eu não tirei o olho dela e quando o padre perguntou se tinha alguém contra eu queria gritar a todos que eu era contra pois eu a amava. E o pior momento foi quando ela deu o sim aceitando Tiago como marido. Eu sabia que a partir daquele momento não teria mais volta. Eu só queria sumir daquela igreja e desaparecer pelo mundo. Após a cerimônia realizada fomos para a festa que transcorreu bem, apesar de minha tristeza interior.
Julia e Tiago, antes de uma viagem ao exterior, iriam passar a noite de núpcias e mais 3 dias em um Resort na praia a 60 quilômetros de nossa cidade em Santa Catarina. E como estariam cansados e provavelmente altinhos de tantos brindes, Tiago me pediu se eu poderia leva-los até o Resort e para eu não ficar rodando sozinho pela estrada de madrugada ele pagaria uma noite para mim no próprio hotel. Eu não queria aceitar de jeito nenhum sabendo que estaria no mesmo hotel de minha amada irmã na sua noite de núpcias. Mas foi impossível eu recusar pois mesmo dando a opção de van ou Uber, ele disse que seria muito impessoal e então tive que aceitar. E como eu faria a vez de motorista tomei somente 2 drinks logo no início da festa e não bebi mais.
Lá pelas 3 horas da manhã praticamente todos os convidados já tinham ido embora e só ficaram em uma mesa os noivos, eu porque iria leva-los ao resort, a irmã linda de Tiago e mais alguns poucos amigos mais próximos completamente embriagados. Parecia que sua irmã estava esperando um convite meu para a levar para sua casa ou para a minha. Os garçons já limpavam as mesas e de repente toca o telefone da irmã de Tiago. Era um número que ela não conhecia e naquela bagunça dos garçons ela colocou no viva voz e todos escutamos e do outro lado se identificou como o Presidente da Empresa de Tiago, dizendo que não conseguia falar com ele, que era urgente e que os pais dele tinham dado o telefone da irmã. Tiago tinha deixado o celular no paletó desligado para não ser interrompido em seu casamento.
Quando Tiago atendeu estávamos assustados olhando para ele. Ele desligou o viva voz e aproximou totalmente o fone do ouvido e não conseguimos mais escutar o teor da conversa. Só escutávamos o que Tiago falava e não parecia ser nada bom e ele ia empalidecendo. O pior foi quando ele falou que ia ser a noite de núpcias dele e que ele não poderia deixar a sua noiva e Julia ficou surpresa. Quando terminou a conversa dizendo que iria imediatamente ao Presidente, ele desligou o telefone e nos explicou, mas principalmente a Julia.
– O Presidente de minha empresa me informou que meu Diretor que é meu chefe acabou de falecer em um acidente na BR próxima a Salvador. Ele estava fazendo um trabalho urgente lá e ficou até muito tarde e talvez por estar cansado dormiu na estrada e deu de frente com um caminhão.
Ninguém falava nada balados pela informação e querendo saber sobre o teor daquela conversa.
– O pior foi que ele me disse que o trabalho que meu Diretor fazia é urgentíssimo e só eu consigo acabar no prazo e que eu preciso ir imediatamente. Primeiro para organizar o funeral e depois terminar o trabalho de meu Diretor.
Então eu intervi.
– Mas você não falou que é sua lua de mel Tiago? O que ele falou?
– Ele não foi claro Vitor. Mas nas entrelinhas ele me disse que se eu for, vou assumir a Diretoria e se não for, como não pode confiar em mim nos momentos que ele precisa, provavelmente vou perder sua confiança e o emprego. E que a lua de mel eu posso fazer outra hora.
Então ele olhou para Julia com uma cara de muito triste e de quem não tinha opções.
– Me desculpe meu amor. A única coisa que não quero fazer no mundo essa hora é te deixar, mas se não for posso perder o emprego e nosso futuro pode ficar comprometido. Não tenho escolha.
Talvez em um ou dois dias eu termine lá e volte para ficar com você lá no Resort. Você vai lá e me espera.
Olhávamos para Julia esperando que ela de desesperasse e chorasse, mas não foi isso que aconteceu. Entretanto pareceu triste quando falou.
– Vou ficar muito triste Tiago. É uma noite especial para nós, mas se é tão grave e urgente assim não tem como ficarmos lamentando. E se não acontecer hoje, acontece quando você voltar. Só tenta voltar para ficarmos juntos ainda lá no Resort antes da viagem.
– Vou tentar amor. Vou trabalhar dia e noite para terminar o mais rápido possível.
Então Tiago se virou para mim e fez um pedido que mudaria nossa vida. A sua, a de Julia e a minha.
– Posso te pedir um favor Vitor?
Naquela situação que ele estava seria difícil eu recusar qualquer pedido seu.
– Já está tudo pago lá no Resort e Julia vai ficar me esperando sozinha. Você não poderia, por favor, fazer companhia para ela até eu voltar? Não quero deixa-la sozinha. Seria muito triste. Amanhã é sábado e depois domingo e sei que você não vai trabalhar. Espero chegar no máximo domingo à tarde.
E ficaram todos me olhando esperando minha resposta e Julia era quem tinha o olhar mais enigmático. Eu não consegui saber se ela queria que eu aceitasse ou não, mas com meu coração acelerado eu sabia que não seria uma boa ideia.
– Mas eu só tenho uma noite reservada Tiago. E como é final de semana acho que não vou conseguir outra noite.
– Não tem problema Vitor. Eu reservei a suíte matrimonial que tem 2 quartos. Você pode ficar no menor. Não entendi porque cargas d’água um suíte matrimonial teria 2 quartos, mas fiquei calado. E eu ainda queria me livrar daquela situação que poderia ser desastrosa.
– Eu não tenho roupa Tiago. Só estou levando um pijama para passar a noite.
– Não se preocupe Vitor. Tenho tudo em minha mala que já está lá no hotel. E temos o corpo igual cara. Você usa o que precisar e manda lavar no hotel para quando eu chegar.
Se eu continuasse insistindo na recusa pareceria suspeito por não querer ajudar minha irmã, que todos sabiam, ser minha irmã especial por ser gêmea. E ela já começava a me olhar com um ar triste. Ela ainda estava altinha pelos drinks que tinha tomado, mas tinha consciência do que estava acontecendo. Eram as coincidências acontecendo em nossas vidas.
– Tudo bem Tiago. Não se preocupe, vou ficar com a Julia. Vê se volta domingo. Segunda tenho que trabalhar.
Nos levantamos e ele me deu um abraço forte.
– Obrigado Vitor. Eu sabia que poderia contar com você. Cuida bem de sua irmã. E já que estão lá aproveitem o Resort, mas deixa um pouquinho para mim, falou brincando.
Em seguida ele se despediu dos amigos bêbados. E por último de Julia a abraçando.
– Me desculpe meu amor. Prometo compensar tudo depois. Estou muito chateado, mas não tenho como recusar.
– Tudo bem Tiago. Eu sei que você não queria. Vou te esperar.
– Está bem amor. Vou passar lá no nosso apartamento rápidinho pegar umas roupas pois o Presidente me avisou que já fizeram minha reserva para o voo das 6 horas. Se cuida. Te amo mais do que tudo.
– Também te amo Tiago.
Nessa hora Tiago deu um beijo apaixonado em Julia e eu desviei o olhar para não ver a cena que me deixaria enciumado. Tiago saiu rápido com sua irmã que o levaria ao aeroporto e então estava eu com aquela maravilhosa noiva que era minha irmã sem o marido e eu teria que cuidar dela por três dias dormindo no mesmo apartamento. Não era nada do que eu queria.
E então quando ficamos sozinhos e olhei para Julia no meio daquele salão cheio de garçons caminhando de um lado por outro, ela foi muito má comigo me olhando com um doce rosto de malvada.
– Enfim sós Vi.
Nem respondi. Dei a mão para ela.
– Vamos Julia. Já está tarde e tem quase uma hora até o Resort.
– Para que a pressa Vi? Eu nem tenho marido em minha noite de núpcias. Me preparei toda e vou dormir sozinha.
De novo não respondi.
– Vamos.
– Espera Vi. Vou pegar um champagne para ir afogando as magoas no caminho.
Ela pediu o champagne para o garçom e como só tinha taça de vidro ela não pôde levar e disse que tomaria no gargalo. Percebi que ela ou vomitaria tudo no carro ou quando chegasse eu teria que coloca-la para dormir carregada.
No carro ela toda linda naquele vestido de noiva começou uma conversa se lamentando enquanto dava alguns goles no gargalo.
– Vi, você já ficou sabendo alguma vez que uma noiva teve que passar a noite de núpcias sozinha?
Eu estava impaciente, mas não era culpa de Julia, mas minha por temor do que poderia acontecer naquele Resort. E falava de um modo seco.
– Não Julia. Nunca ouvi, mas é claro que já teve.
– Eu nunca fiquei sabendo Vi. Acho que sou a única azarada.
– Daqui dois dias o Tiago está de volta e vocês fazem sua lua de mel.
– E se ele não voltar Vi? Várias vezes ele falou que terminaria um trabalho em dois dias e teve vez que ele me deixou esperando quase um mês.
Já totalmente impaciente.
– Isso não vai acontecer Julia. Deixe-me dirigir.
E tirei o champagne de sua mão que estava na metade.
– Você me odeia Vi, ela perguntou querendo começar a chorar.
– De onde você tirou isso Julia? Você sabe que te amo.
– É que as vezes amor vira ódio.
– Esse não vai ser meu caso Julia. Vou sempre te amar. Você é minha irmã gêmea. Vamos parar com essa conversa boba.
Enfim Julia se calou perdida em seus pensamentos.
Quando chegamos no hotel antes de descer do carro já enviei uma mensagem para Tiago avisando que já tínhamos chego e ele agradeceu por informar e disse que seu voo logo partiria e avisaria quando chegasse em Salvador. Quando chegamos na recepção com Julia de noiva e eu de terno a recepcionista não teve como perceber e deu as boas-vindas ao casal em núpcias dizendo que havia um brinde no apartamento dando um leve sorrisinho como se desejasse que a noite, quase amanhecendo, fosse maravilhosa. Julia me olhou também dando um sorrisinho pelo equívoco da recepcionista parecendo que tinha gostado e com o cansaço nem me dei ao trabalho de explicar e só avisei que o hospede do outro apartamento não viria. Eu estava com uma malinha pequena só com um pijama e escova de entes. As malas de Julia e Tiago já estavam na suíte enviadas na manhã do dia anterior.
Quando chegamos em frente à porta da suíte estávamos de frente um para o outro e Julia me olhava fixo me tirando arrepios. Assim que a abri empurrei minha mala para dentro com os pés e nesse instante Julia amoleceu as pernas e começou a cair lentamente como se fosse desmaiar e reagindo rápido a segurei e vendo que não tinha jeito a peguei no colo e adentrei o apartamento deixando a porta se fechar atrás de nós. Eu pensei que ela estivesse mal por causa da bebida porem assim que olhei em seu rosto ela estava sorrindo.
– O primeiro ato do noivo de carregar a noiva, você já fez Vi.
Fiquei bravo com sua simulação pois havia ficado preocupado.
– Isso não se faz Julia. Fiquei preocupado.
E a coloquei em pé em frente a mim e sem que eu tivesse tempo de reagir ela se agarrou com os dois braços em meu pescoço.
– Que irmão mais preocupado. Que delícia.
– Para Julia.
E então ela começou uma conversa que não teria volta me olhando nos olhos a 10 centímetros de meu rosto.
– Você acredita em Destino Vi?
– Você sabe que não Julia.
– Pois eu acredito, estamos no lugar onde nós deveríamos estar nesse instante. Esse momento não poderia ser vivido com uma pessoa diferente. Só por nós dois. E o destino fez tudo para que isso acontecesse.
Eu sabia do que Julia falava, mas queria resistir.
– Você é uma mulher recém casada Julia.
– Você sabe porque eu casei com ele Vi? Só porque ele é igualzinho a você. Pensei que poderia te substituir, mas você é você e eu te amo e nunca vou amar ninguém igual.
– Pelo amor de Deus Julia. Para com isso. Você bebeu demais e depois vai se arrepender. Vamos dormir.
– Sei muito bem o que estou fazendo Vi. Muito bem. Você acha que eu estou bonita? Fala a verdade.
– Você está maravilhosa Julia. A noiva mais linda do mundo. Mas por favor, me solta.
– Sabe Vi. Hoje quando eu estava me vestindo. Colocando minha lingerie branca, minha meia e meu salto alto antes de colocar meu vestido e me olhei no espelho me veio um arrepio pois pensei que eu queria que fosse você que me visse daquele jeito. E agora o destino diz que isso pode acontecer.
Eu já estava tremendamente excitado, com o pau duro que ela só não sentia pois não estava encostada em mim. Praticamente eu estava subjugado pelo que Julia ia falando e então ela destruiu todas minhas resistências.
– Vou contar uma coisa Vi. Com muita dificuldade convenci meu noivo para deixar para tirar minha virgindade na noite de núpcias.
Olhei para Julia tremendamente surpreso e incrédulo.
– Você não sabe as desculpas que precisei inventar, mas sabendo que ele seria meu primeiro na noite de núpcias ele aceitou, mas você sabe o motivo real que evitei me entregar para ele Vi?
Fiquei quieto sem respostas.
– Você sabe Vi?
– Não Julia, eu não sei.
– Porque eu tinha esperanças que você parasse de me rejeitar e tivesse tirado minha virgindade Vi. Eu queria entregar ela para você. Só você. Está vendo como o destino existe Vi.