Ernesto já não aguentava mais! Glória, sua mulher, era um vulcão que jamais se apagava! Não tinha noite nem dia, quando ela queria …, queria e pronto! No início até que era muito bom; certo dia, pouco depois de juntarem seus panos de bunda, ele chegou em casa após um dia estafante de trabalho e deu com a mulher só de calcinha, esparramada no sofá da sala com o ventilador ligado.
-Aconteceu alguma coisa, meu amor? – perguntou Ernesto muito preocupado – Está sentindo alguma coisa?
-Ahhhhhh! Sim! Estou! – respondeu ela, com tom lânguido – Estou com um tesão dos infernos! Vai! Tira a roupa e vem aqui apagar esse fogo que arde dentro de mim! Vem, meu homem!
Imediatamente, Ernesto despiu-se já com a ferramenta em riste e atirou-se sobre a fêmea, penetrando-a de primeira e passando a golpear forte ao mesmo tempo em que sugava seus mamilos durinhos, apertando-a contra si …, o efeito foi de pronto! Glória gritou histérica, experimentando orgasmos sucessivos que convulsionavam seu corpo, fazendo com que ela se contorcesse, enfiando as unhas vermelhas nas costas do marido. E ao longo daquela noite, o casal trepou na sala, na cozinha, no quarto e até mesmo na varanda nos fundos da casa.
Em outra ocasião, Ernesto voltou do trabalho e Glória não estava em casa; passou a procurá-la, encontrando-a pelada na lavanderia; inclinada sobre a máquina, ela exibia seu traseiro de beleza torturante, deixando o macho em ponto de bala.
-Ai, amor! Tô com um tesão no rabo! – balbuciou ela, enquanto sacolejava o traseiro de modo provocador – Vem aqui e sossega o rabão da tua fêmea! Ahhhhh! Vem!
Ernesto nem titubeou, arrancando as roupas e avançando em direção da fêmea; apontou o mastro rijo para a portinha piscante e arremeteu com força; o primeiro golpe foi tão contundente que abriu as preguinhas, fazendo a cabeça do intruso ocupar todo o espaço, enquanto a fêmea gritava de tesão; aos poucos, ele enterrou a vara no orifício já um pouco laceado, até ver-se inteiramente dentro da parceira.
Passou a estocar com movimentos vigorosos, inclinando-se sobre a fêmea e fuçando sua vagina com os dedos, proporcionando um prazer ampliado; e depois de muitos golpes e dedilhados, com Glória gozando sem parar, ele urrou, ejaculando dentro dela; ao fim, suados e exaustos, permaneceram engatados por algum tempo, até que tivessem forças para de mover novamente.
E foi nesse ritmo alucinante que a união seguiu seu curso …, até o momento em que o macho viu-se exaurido; por mais que ele se esforçasse, não conseguia dar conta do tesão da parceira; acompanhá-la passou de imenso prazer a gigantesca tortura; e ele não se lamuriava por si próprio, mas sim pelo casal; não lhe passava pela cabeça perder Glória, ou descobrir que a dividia com outro macho. Tudo isso era inconcebível! Sua primeira iniciativa, então, foi procurar auxílio médico; procurou um especialista que lhe recomendou a conhecidíssima “azulzinha”!!!!
No início até que funcionou, mas não por muito tempo, pois o que o médico não lhe explicou que aquele medicamento era uma espécie de muleta que colaborava no fisiológico, mas ainda precisava de um velho e bom estímulo, chamado tesão! E como Ernesto via-se extenuado pelo fogo impagável da parceira, o dito medicamento milagroso não operou o efeito desejado; ele não chegava a negar fogo, mas, o ímpeto que antes era algo automático, passou a carecer de certo estímulo, o que, algumas vezes, deixava Glória um tanto impaciente.
-Tá esperando o quê, amigo? Procura uma feiticeira pra te ajudar – disse a ele o amigo Gervásio, a quem acabou por confidenciar seus temores.
-Feiticeira? Cê quer dizer, bruxa? – indagou o sujeito um pouco perplexo.
-Ah! Tanto faz! Trata de dar um jeito no seu problema – retrucou o amigo – Senão …, sabe né …, quem não faz …, toma!
Lembrou-se, então, de uma velha que diziam ser cigana e que residia em um cortiço situado nas imediações; de boca em boca, ele conseguiu chegar até ela …, uma tal de Madame Zoraide. Ela ocupava um pequeno cômodo no primeiro andar daquele muquifo fétido, que Ernesto hesitou em adentrar, mas acabou encarando o risco. Zoraide era uma velha encarquilhada, com olhinhos argutos e uma expressão de desdém a figurar o rosto.
-Senta aí, meu filho – disse ela com sua voz rouca e profunda – Deixa eu ver aqui …
Enquanto Ernesto se sentava, a velha remexia umas cartas de baralho cigano tão carcomidas que pareciam desmanchar-se aos poucos; depois ela fechou os olhos e respirou fundo e quanto tornou a abri-los, Ernesto teve a nítida sensação que ela prescrutava sua alma.
-Já sei! Você é o Ernesto, marido da Glória, não é? – perguntou ela com um tom confirmatório – Seu problema é que a fêmea tem fogo demais e você pavio de menos …, hum, isso é problema …
-Se a senhora já sabe de tudo isso, sabe também como me ajudar – respondeu ele em tom irritado com o comentário da bruxa.
-Bom, isso depende – devolveu ela enquanto acendia um cigarro.
-Depende? Depende de quê? – insistiu em saber o sujeito já perdendo a pouca paciência que ainda lhe restava.
-Depende do que você quer – disse a velha em tom de ironia – Quer baixar o facho da fêmea, ou incendiar ainda mais a tua masculinidade que não consegue dar conta do recado …, então, me diga …, o que quer?
-Quero …, quero …, baixar o facho seria melhor – respondeu ele em tom derrotado.
A velha deu uma gargalhada que preencheu o ambiente como se tivesse vida própria e levantou-se de sua poltrona de espaldar alto, dirigindo-se até uma mesa comprida no canto da parede oposta.
-Tome, leve isso com você! – disse Zoraide ao retornar, tornando a sentar-se em sua poltrona, estendendo a mão para Ernesto.
O sujeito olhou para o que parecia ser um pequeno ovo mumificado de cor preta com pintas amarelas e que dava a impressão de conter algo em seu interior. “O que é isso? Pra que serve?”, perguntou ele, incapaz de esconder sua ansiedade.
-Isso é um ovo encantado da salamandra de fogo – respondeu a velha com tom professoral – Ainda hoje, depois de saciar tua fêmea, mete esse ovo na gruta ainda molhada e deixe que ele opere sua magia …, mas preste atenção! Tem que ser logo depois que ela estiver saciada …, e por sete dias, vocês não poderão ter relações …, entendeu?
Ernesto alternava olhares, ora para o artefato, ora para o rosto sereno da cigana; pensou em deixar tudo aquilo de lado e sair correndo para jamais voltar; por outro lado, seus fantasmas ainda lhe atemorizavam o suficiente para que ele pensasse melhor no assunto. Finalmente, ele acenou com a cabeça, sinalizando que entendera as instruções.
-Muito bem …, e quanto vai me custar isso? – perguntou Ernesto, já sentindo o bolso doer.
-Duzentos e cinquenta – respondeu a velha acendendo outro cigarro.
-Tudo isso! Tá muito caro! – retrucou ele, tentando uma barganha – Dá pra melhorar isso?
-Tá pensando que isso aqui é lojinha de ofertas? É pegar ou largar! – respondeu Zoraide com tom firme – E se largar, ainda me deve a consulta que é cinquentinha!
Pouco depois, Ernesto saía do cortiço levando no bolso o tal ovo de salamandra. Naquela mesma noite, ele pôs em andamento o plano para sossegar o tesão da patroa. Tomou um banho e jantou com ela; logo depois, foram para a sala assistir televisão. Glória usava uma camiseta regata bem justa que realçava suas mamas suculentas e livrara-se da bermuda, ostentando um minúsculo fio dental, que as nádegas faziam desaparecer entre elas. “Era agora ou nunca!”, pensou Ernesto que puxou a bermuda para baixo, exibindo seu membro rijo para a parceira.
Os olhos de Glória faiscaram ao ver o instrumento do marido apontando para o teto com a glande inchada; imediatamente, ela caiu de boca naquela suculência, sugando e lambendo, posicionada de quatro sobre o sofá; a coisa evoluiu para um sessenta a nove com direito a língua e dedadas na fêmea que já não aguentava mais. Ela tencionou vir por cima do marido, mas Ernesto moveu-se mais rápido fazendo com que ela se deitasse para que ele ficasse por cima.
A penetração deu-se como o esperado e Ernesto não perdeu tempo em golpear vigorosamente contra a vagina da esposa, propiciando uma explosão repentina de orgasmos que deixavam Glória enlouquecida; desta vez, o macho não poupou esforços, movimentando sua pélvis o mais rápido e profundo possível, insistindo em exaurir a esposa por meio de uma onda interminável de gozos recheados de gritinhos, suspiros e respirações arfantes …, e o clima tornou-se ainda mais denso quando a fêmea pediu para ser possuída em seu outro orifício, impondo que o marido atendesse ao pedido para não despertar uma insatisfação denunciadora.
Glória pôs-se de quatro sobre o tapete da sala e balançou seu traseiro em um convite irrecusável; Ernesto tomou posição e seguiu em frente, invadindo o selo da esposa com seu membro, passando a estocar com vigor …, e outra sessão de gozo teve início sem que parecesse ter fim. Ernesto já suava às bicas, sentindo seus músculos doerem dado o enorme esforço que se impunha; ele se controlava para não gozar no buraco errado, conforme instruíra Zoraide …, porém, nem sempre o que se quer, se consegue …, e ele urrou ao perceber uma forte contração muscular, seguida de espasmos que redundaram em um gozo farto, inundando as entranhas da fêmea.
Algum tempo depois, Glória ressonava de bruços no sofá, com Ernesto sentado no chão pensando no que deveria ser feito; ele preenchera o orifício errado! Vasculhou os bolsos da bermuda até encontrar o ovo de salamandra; olhou fixamente para o artefato e depois deitou olhos sobre o traseiro apetitoso da esposa. “Que mal tem se eu meter no buraco errado? Acho que deve causar o mesmo efeito!”, pensou ele.
Decidido a fazer o que tinha que ser feito, Ernesto entreabriu o vale entre as nádegas com uma das mãos, enquanto que com a outra segurando o ovo, pressionava o buraquinho melado e laceado, até obter o êxito desejado, enfiando o ovo em sua parceira; respirou aliviado, torcendo para que resultasse o efeito almejado. Levantou-se, pegou Glória no colo e levou-a para o quarto, onde juntos, passaram o resto da noite.
Daquela noite em diante, tudo ficou mais controlado; Glória ainda tinha enorme tesão pelo marido, mas a sua impetuosidade tornou-se mais comedida, chegando mesmo a respeitar o cansaço do marido. Ernesto sentia-se aliviado, pois conseguira conservar seu casamento sem perder a esposa para uma possível concorrência.
A única coisa estranha acontecia todas as vezes que ele manifestava desejo por uma cópula anal; Glória evitava, sempre com uma desculpa diferente; aquilo o deixava intrigado, porém, ele acabava por se contentar com o sexo tradicional. E tudo permaneceria como estava, não fosse a intervenção do amigo Gervásio, confidenciando ao sujeito que corria boatos de que Glória andava ciscando fora do galinheiro, sempre com um macho diferente.
-E o pior, amigo, é que ela só gosta de dar a roda! – salientou Gervásio com um ar receoso.
Ernesto não queria acreditar naquilo, mas, por outro lado, o comportamento da esposa e alguns olhares marotos acrescidos de sussurros indiscretos, o levaram a crer que o amigo lhe dissera a verdade! Furioso, ele foi ao encalço da velha cigana, esbravejando e xingando-a de todos os palavrões que conhecia. “Por sua culpa, agora sou corno de cu!”, arrematou ele exasperado.
-Espere um pouco aí! Você pôs o ovo onde te orientei? – perguntou a velha com ar crítico.
-Bom …, não! Acabei colocando em outro buraco – confessou ele em tom insosso.
-Você é mesmo um idiota! Fez tudo errado – ralhou a cigana, em tom irado – Ao colocar o ovo em lugar indevido, você operou um desejo inverso! Agora é tarde! Não há nada que possamos fazer! Se conforme, meu amigo …, melhor corno de cu do que corno de tudo!